Drible da vaca
Alvaro Costa
e Silva, da Folha de São Paulo, fala sobre o intragável jargão futebolístico da
atualidade brasileira começando por citar Paulo Mendes Campos, poeta e cronista
botafoguense, que recolhia exemplos muito interessantes de narradores e
comentaristas:
– “Adentra o tapete verde o facultativo
esmeraldino a fim de pensar a contusão do filho do Divino Mestre, mola
propulsora do elevem periquito”. Ou seja: o médico do Palmeiras entrara em campo
para atender o craque Ademir da Guia.
Sobre o
jargão de hoje, Alvaro Costa e Silva exemplifica:
– Fulano é importante porque ‘verticaliza’ a
jogada.
– Sicrano sabe fazer a ‘leitura’ da partida.
– Beltrano é ‘diferenciado’.
– Faltam ‘peças de reposição’.
– Tem que entrar um jogador que ‘pense por ele
e pelos outros’.
– ‘Galgar parâmetros’ em ‘losangos flutuantes’.
(Sebastião Lazaroni sobre o que a sua equipe deveria fazer)
Mas Alvaro
Costa e Silva considera que ‘professor’ mesmo é Tite:
– Imposição de corpos na marcação.
– Maleabilidade dos alas.
– Performar o resultado.
– Previsibilidade do erro.
– Sinapses no último terço.
– Externos desequilibrantes.
Ou como
comentava ironicamente um torcedor em um twitter: “Poucos são os externos que agridem o último terço do campo. Muitos
deles cortam para dentro sofrendo uma mutação e viram internos finalizadores”.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
4 comentários:
Depois não sabem porque o futebol brasileiro anda mal das pernas. Abs e SB!
Pernas desequilibrantes internas ou externas, Sergio?... Previsibilidade nas pernas? Performar as pernas?... Sinapses no último terço das pernas?... Ou... 'galgar pernas' em 'joelhos flutuantes'?... (rsrsrs) São mesmo malucos, Sergio! E o pior é que coisa semelhante se passa na política, no jornalismo, nas redes sociais... Anda mais de meio mundo 'mal das pernas'... o outro quase meio, idem...
Abraços Gloriosos, companheiro!
Futebol é um jogo que precisa usar a inteligencia,porém o jogo é constuído na informalidade.
Esses termos nada mais são do que uma gourmetização do que já temos,se não,vejamos:
"IMPOSIÇÃO DE CORPOS NA MARCAÇÃO": Marcação alta,pressionando o adversario no seu campo(de preferencia),ou seja "chegar junto na marcação e se impor."
Maleabilidade dos alas: Laterais que podem compor o meio;atacam e defendem na mesma intensidade no seu setor.
Performar o resultado: Construir o resultado que te favorece.
Previsibilidade do erro: Descobrir qual é o erro principal que o time comete no jogo;por exemplo:o ultimo passe antes da conclusao da jogada.
Sinapse(???) do ultimo terço: parece nome de instituição religiosa,mas simplismente é: quais jogadores serão os responsaveis pela criação das jogadas para conclusão,usando o entrosamento e individualidade de cada um.
Externos desequilibrantes: Poderiam ser sobre dirigentes que agem nos "bastidores";mas pode ser:um jogador elemento-surpresa,ou alguém que fará o "lado" sendo agudo no ataque.
Futebol quanto mais simples melhor,falar o "boleirês" é simples.
Estão transformando a preleção em palestras daquelas que dão vontade de dormir e garanto para você que tem jogador que não entende naaada,os caras mal gostam de treinar(falo por experiencia propria de "boleiro" que é MELHOR JOGAR kkk)
Abraços,Ruy!!!
Exatamente, Carlos Eduardo! O mais grave de tudo é que os jogadores têm muita dificuldade em entender tais conversas, além de ser ridículo que treinadores queiram tirar uma onda de intelectuais. Intelectual é intelectual e não se confunde em coisa nenhuma com jogos de futebol ou conversa vã que não tem outro intuito se não tentar ingloriamente ganhar estatuto. Quantos treinadores de grande estatuto falavam/falam simples?... Os melhores...
Abraços Gloriosos.
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