Garrincha
com Angelita Martinez, atriz e cantora brasileira que gravou a marcha de
carnaval ‘Mané Garrincha’ após a conquista do Mundial de 1958. Crédito:
Sem informação/Arquivo
Público do Estado de São Paulo.
por ANDRÉ FELIPE DE LIMA
Ruy Castro escreveu que […] Garrincha
e Angelita iniciaram um caso. Àquela altura, Garrincha morava, no Rio, com
Iraci, a rival de Nair – a primeira esposa de Mané —, que morava em Pau Grande
com a filharada do casal.
Para tentar despistar Iraci, dizia: “Amor, hoje não vou
poder ficar. A Angelita vai ensaiar a minha música e quer que eu escute” ou
“Amor, estou chispado. Tenho de ir com Angelita num baile em que ela vai cantar
a minha música”. E a música foi mesmo longe.
A letra da marchinha diz: “Mané, Mané /Até hoje meu peito
se expande/ Mané que brilhou lá na Suécia/Mané que nasceu em Pau Grande”. Esta
última frase era a mais efusiva nos shows de Angelita, quando a plateia,
sarcasticamente, alterava a letra e cantava (em alto e bom som): “Mané que
nasceu de pau grande”. Sobre isso, assim escreveu Ruy Castro: “Com toda a sua
quilometragem masculina, [Angelita] nunca vira ninguém como ele. Garrincha
devia ter em torno de 25 centímetros.” […]
Como destaca o historiador da MPB, Renato Vivacqua,
Garrincha foi, talvez, o jogador mais citado em sambas. O mesmo Jorge de
Castro, com Luiz Wanderley, compôs “O feiticeiro da pelota”, cujo áudio,
infelizmente, não conseguimos obter, mas vai lá a letra: “Olé, Olé, O
feiticeiro da pelota é seu Mané/ Garrincha em Viña del Mar/ Fez a platéia
vibrar/ O feiticeiro do mato/ Foi o herói do bi-campeonato.”
Sem comentários:
Enviar um comentário