BOTAFOGUENSES ANÔNIMOS (29): Ariosto

por JOSÉ RICARDO CALDAS E ALMEIDA | Colaborador do Mundo Botafogo

Antônio Ariosto de Barros Perlingeiro nasceu em Santo Antônio de Pádua (RJ), em 13 de maio de 1928.

Começou a carreira no Paduano Esporte Clube, de sua cidade natal. Em 1949 transferiu-se para o Canto do Rio, de Niterói, passando a defender a equipe de Aspirantes.

Disputava o campeonato carioca dessa categoria quando foi chamado pelo técnico Lourival Lorenzi para integrar a equipe titular do Canto do Rio contra o Vasco da Gama, no dia 23 de outubro de 1949, sua estreia oficial. O Canto do Rio foi derrotado por 4x0 e formou assim: Pernambuco; Alcides e Manoelzinho; Carango, Edezio e Serafim; Raimundo, Waldemar, Geraldino, Ariosto e Hélio.

Uma semana depois, Ariosto enfrentou a equipe do Botafogo, a qual venceu o Canto do Rio por 7x1. Mas, no jogo seguinte, na vitória de 5x1 sobre o São Cristóvão, em 6 de novembro de 1949, marcou seu primeiro gol pelo Canto do Rio.

Passou boa parte de 1950 no Canto do Rio até que o Botafogo o contratou. Sua estreia aconteceu no amistoso realizado no dia 5 de agosto de 1950, em General Severiano, com vitória de 4x2 sobre o Flamengo, substituindo Geninho.

Uma semana depois, em 13 de agosto de 1950, no Maracanã, fazia sua estreia oficial, na derrota de 4x2 para o América, válido pelo Campeonato Carioca. Formou o Botafogo com Oswaldo Baliza, Índio e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Richarde; Braguinha, Souza, Ariosto, Zezinho e Jayme. Técnico: Carvalho Leite.

O primeiro gol só viria a acontecer em 21 de outubro de 1950, na vitória de 4x1 sobre o Madureira, também pelo Campeonato Carioca. O Botafogo terminou essa competição em quarto lugar.

Seu último jogo pelo Botafogo foi em 24 de abril de 1955, no amistoso contra o Rio Preto (SP), com vitória do clube carioca por 3x0.

Sua carreira no Botafogo é assim contada:

ANO	J	V	E	D	GM
1950	16	13	1	2	13
1951	21	12	6	3	12
1952	4	3	0	1	0
1953	7	6	0	1	4
1954	3	3	0	0	2
1955	8	4	2	2	2
TOTAL	59	41	9	9	33

Ariosto foi artilheiro do Botafogo nos Campeonatos Cariocas de 1950 e 1951, com 12 e 7 gols (junto com Pirilo), respectivamente.

Em 7 de setembro de 1955 Ariosto chegava a Salvador (BA), contratado pelo E. C. Bahia para disputar o restante da temporada daquele ano. Estreou no dia 11 de setembro de 1955, fazendo um dos gols da vitória sobre o Cerro Porteño, do Paraguai, e permanecendo no clube até o final da temporada.

Seu último jogo no tricolor baiano foi em 20 de novembro de 1955, na vitória de 1x0 sobre o Fluminense, de Feira de Santana, válido pelo 2º turno do Campeonato Baiano, vencido pelo Bahia, que acabou ficando em segundo lugar na classificação final, perdendo o título de campeão para o Vitória.

Transferiu-se em 1956 para a A. A. Portuguesa, do Rio de Janeiro (RJ). Chegou a participar de alguns treinos entre os reservas, mas quando o clube estava tentando legalizar seu passe junto à Federação carioca, Ariosto desistiu de voltar a jogar futebol.

Abandonou o futebol mais cedo para se dedicar aos estudos. Formou-se em Direito pela Universidade Federal Fluminense e trabalhou por muitos anos na Procuradoria Geral do Estado do Rio.

Ariosto faleceu no dia 2 de agosto de 2010, aos 82 anos, em Niterói (RJ).

Fontes: A Noite; Blog Bahêa na História; Blog Tadeu Miracema; Jornal dos Sports; Sport Ilustrado.