quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Garrincha: a lógica e a mágica

Arte de Renan Motta Lima.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Na década de 1950 o Botafogo possuía uma grande equipe, sobretudo após o regresso de Paulo Antônio Azeredo ao comando da Diretoria do Glorioso, na qual se destacava o melhor ponta direita do planeta. Nessa época o Botafogo realizava grandes excursões pelo Brasil e pelo mundo e foi a Goiânia jogar um amistoso.

O Glorioso enfrentou o Goiânia, que era o campeão estadual. De modo a conter o poderoso Botafogo, o técnico Joaquim Veiga instruiu individualmente todos os jogadores antes da partida, mas não conversou com Herman Saci, o lateral-esquerdo que iria marcar Garrincha.

Herman foi então atrás do técnico perguntando-lhe o que deveria fazer. O técnico respondeu: – “Você que se vire.”

O poeta e cronista Paulo Mendes Campos dizia que Garrincha era a prova de que “a mágica pode ganhar da lógica”.

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