quarta-feira, 22 de junho de 2011

Paulo Amaral: um gigante inesquecível



Paulo Lima Amaral, preparador físico afamado, nasceu no dia 8 de Outubro de 1923, no Rio de Janeiro, e faleceu no dia 1º de Maio de 2008, na mesma cidade, com 84 anos de idade.

Paulo Amaral, que na juventude praticou boxe e halterofilismo, possuía quase dois metros de altura e cem quilos de músculos e a cabeça raspada a navalha. Conta-se que numa excursão do Botafogo a Medellín, na Colômbia, quebrou a cama do hotel com seu peso. Aos 80 anos ainda corria e nadava na praia. No dia 8 de outubro, Paulo Amaral iria completar 85 anos.

Foi jogador do Flamengo (infanto-juvenil em 1939, juvenil em 1940-41, amador em 1942-43, profissional em 1943-44-45) e do Botafogo (1946-47-48). Em 1942, por sugestão de Flávio Costa, matriculou-se na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil, concluindo em 1944 o curso de professor de educação física. Em 1947 obteve o diploma de técnico de futebol e em 1952 estreou-se como preparador físico nos aspirantes do Botafogo. Posteriormente treinou os profissionais do Botafogo, Vasco da Gama, Fluminense e Corinthians, bem como Juventus e Genoa em Itália. Também colaborou com o Porto, de Portugal. Porém, foi como preparador físico que Paulo Amaral se destacou realmente, em especial na Seleção Carioca, em 1956, com Pirilo, e posteriormente na Seleção Brasileira bicampeã mundial em 1958 e 1962.

Pioneiro em quase tudo o que se relaciona com o futebol, Amaral foi o primeiro preparador físico do Brasil (Botafogo, 1952). Ele era honesto, trabalhador e valorizava a preparação física acima da tática ou da técnica. Pouco depois era preparador físico da seleção carioca e da seleção brasileira.

Como características pessoais pode-se dizer que Paulo Amaral também era explosivo. Durante um famoso Brasil 3x1 Uruguai, pelo Campeonato Sul-Americano de 1959, disputado na Argentina, o jogo acabou se batalha campal e Paulo Amaral conseguiu nocautear vários adversários antes de os jogadores brasileiros serem agredidos.

Em 1973 Paulo Amaral treinava o Paraguai e conta-se que quando perguntou quem estava contra ele nada menos do que 17 jogadores paraguaios deram um passo à frente. Em 1978 foi técnico do El Helal (Riad, Arábia Saudita) e logo na sua estreia, no dia 7 de Setembro, a equipa ganhou por 5x1. Dois dias depois, Amaral recebeu um bilhete em árabe que pensou ser de congratulações pela vitória, mas tratava-se de um “bilhete azul” dispensando-o. E somente a intervenção de João Havelange, então presidente da FIFA, evitou que fossem devolvidos os passaportes confiscados a ele, à mulher, à filha menor e até à empregada.

Sua última aparição pública foi em 2006, quando foi homenageado pela CBF, e estava na lista entre os que participariam dos eventos em comemoração dos 50 anos da conquista do título na Suécia neste ano.

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo) e Pedro Varanda (Colaborador do Mundo Botafogo)

2 comentários:

Ruy Moura disse...

Luiz Carlos, nos termos em que se manifestou, o blogue não publica o seu comentário. Publicarei o seu comentário se o refizer em termos socialmente aceites, sem agressividade nem desconsideração por quem tens anos de pesquisa ao serviço do Botafogo. Cumprimentos.

Ruy Moura disse...

E, evidentemente, citando as fontes que implicitamente sugere existirem, e onde poderei pesquisar melhor.

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