FC Bayern München vs TSV 1860 München / 1939
Imagem: www.futebolmagazine.com
Apesar da fama de clube frívolo, o Bayern München tem um
passado de resistência ao nazismo do qual poucos clubes alemães podem presumir.
(…)
É curioso como há clubes como o Ajax Amsterdam que sempre
possuíram uma aura de grandeza associada ao seu multiculturalismo e à sua
resistência contra o establishment. E outros, como sempre sucedeu com o Bayern München,
que foram acusados vezes sem conta de serem clubes de regime, clubes acomodados
e clubes sem personalidade. Ironicamente, durante a II Guerra Mundial o Ajax,
um clube da comunidade judaica, colaborou com o regime nazi na denúncia de
membros influentes da comunidade judaica local que acabaram em campos de
concentração. Por outro lado, o Bayern München, foi o único clube alemão que
desafiou abertamente as directrizes de Hitler. E pagou um elevado preço por
resistir ao regime nazi.
Entre os anos 30 e os anos 60, a maior equipa do futebol
alemão perdeu tudo o que tinha ganho a custo. Passou largos anos nas divisões
secundárias, sofreu o estigma social na Baviera e viu muitos dos seus
dirigentes exilados para nunca mais voltar. Foi o preço por opor-se ao regime
nazi e à sua politica de anti-semitismo.
O clube tinha começado a afirmar-se na elite do futebol
germânico desde o final da década de 20 e em 1932 sagrou-se campeão nacional
pela primeira vez na sua história. Não voltaria a vencer um título até ao final
dos anos 60. (…)
Bernhardt Rust, ministro da educação, promulgou em Junho
de 1933 um paquete legislativo que expulsava qualquer membro da comunidade
judaica de qualquer instituição estatal, desportiva ou educativa na Alemanha.
Muitos dos clubes alemães já se tinham antecipado à medida, conhecedores da
ideologia hitleriana. O Bayern München recusou. Até ao último dia o seu
presidente, o judeu Kurt Landauer, homem por detrás da gestão que levou ao
primeiro titulo dos encarnados, manteve-se no posto com o apoio absoluto da
restante directiva e dos jogadores e adeptos, muitos dos quais membros do
partido. (…)
Leia a excelente reportagem completa em http://www.futebolmagazine.com/bayern-vs-hitler-o-clube-que-resistiu-ao-nazismo
2 comentários:
Excelente site, Rui. Sempre lindas, essas histórias de resistência a regimes sanguinários.
Deste lado do mar, causou furor a declaração do Dep.Jair Bolsonaro, numa parva homenagem a um torturador de nosso medonho regime militar; já o desumano regime cubano, é inexplicavelmente glorificado pela esquerda local. Se o Dep.Jean Wyllys soubesse do tratamento dispensado a homossexuais por Fidel & cia, não se caracterizaria como Che...
Concordo inteiramente, José Carlos. Quanto ao medonho regime militar e quanto a Cuba, não só pelo tratamento aos homossexuais, mas pela própria sociedade que se encontra completamente estagnada. Fui lá em 2015 e fiquei estupefacto com o que vi em termos de subdesenvolvimento.
Abraços Gloriosos.
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