domingo, 15 de maio de 2016

Do Inexplicável Botafoguismo

por MILENE LIMA
Editado no blogue Inquietude, 03.05.2016

O Rui, meu querido amigo botafoguense de Portugal e do mundo, levou a minha figura fofa para o seu blog. Fiquei meio besta, confesso.

Era domingo à noite e eu deixei recado pra minha irmã Cristiane pedindo a ela emprestada a blusa do Botafogo que eu havia lhe dado... Prometi devolução. Tenho pensado.

Era domingo à noite e o Botafogo acabava de perder pro Vasco quando eu decidi que trabalharia no dia seguinte uniformizada pelo meu amor que é preto e branco, que é branco e preto, que tem uma estrela grandiosa no peito, que me pulsa, me sonha, me canta que ninguém cala esse nosso amor, que me encanta, e pronto.

Domingo que vem tem outro jogo, o segundo e derradeiro dessa peleja e eu já decidi que vou novamente, noutra segunda-feira, me vestir dessas listras e ir a fim de quem quiser me ver e achar bonito, ou achar estranho, ou desdenhar, ou dizer “que massa”. Tomara que dessa vez eu vá vestida de vitória com V de Vasco. Tomara.

Essa coisa de botafoguismo entranhado na gente não é coisa de se explicar muito não, é de se sentir, e só. É de não saber como dizer da grandeza da emoção, é sofrido e bom, é incrível! A gente escuta as histórias passadas e românticas e chora. E pensa que se agora está um momento assim não tão vitorioso, a gente tem raiva, xinga, sofre... mas segue amando. A gente ama mais e espera, e esperança.

A gente quer dar uns cascudos no Botafogo, mas no instante seguinte colocar no colo e dizer que está tudo bem, que a gente se importa, que a gente vai estar sempre junto. Você entende? Acho que não, mas não tem muita importância a sua compreensão ou falta dela. A gente vai ser assim pela vida toda, zelando pelo Botafogo como algo de uma preciosidade única... e tão bonita.

Um abraço... Na verdade, dois abraços, um pra vocês e um especialíssimo pro Rui, do Blog Mundo Botafogo. Até.

2 comentários:

Zatonio Lahud disse...

É por coisas assim que digo que o Botafogo não é para os óbvios, para os que seguem manadas ou bandos.

Ruy Moura disse...

Nem mais, Barão! Os óbvios não fazem cá nenhuma falta!

Abraços Gloriosos.

John Textor, a figura-chave: variações em análise

Crédito: Jorge Rodrigues. [Nota preliminar: o Mundo Botafogo publica hoje a reflexão prometida aos leitores após a participação do nosso Clu...