quinta-feira, 30 de junho de 2016

Botafogo e Sporting: parabéns pelo vosso aniversário!

Glórias de 122 anos de história iniciada nas regatas da Enseada de Botafogo

Grande Gala dos 110 anos do Sporting fará a premiação da temporada 2015-2016

Neste blogue demonstrou-se, inúmeras vezes, um determinado paralelismo entre a história do Botafogo de Futebol e Regatas e a história do Sporting Clube de Portugal.

Evidentemente que o aniversário teria que coincidir: as raízes de ambos estão num 1º de julho – o CRB em 1894 e o SCP em 1906 (ano em que o Botafogo Football Club se estreou no 1º campeonato carioca de futebol).

Doze anos separam as duas datas homólogas: o mesmo 12 que, em conjugação com 21, nos permite supersticiosamente brincar com a nossa seca de 21 anos sem o título de campeões cariocas.

PARABÉNS, BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS!
PARABÉNS, SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!

Islândia: cultura e futebol

Os islandeses são um povo de uma longínqua nação isolada geograficamente no Mar do Norte – o único país europeu que não conheço –, mas que consegue dar lições ao mundo.

No Índice de Desenvolvimento Humano, o mais importante índice mundial que permite avaliar os progressos humanos e o desenvolvimento sustentável, coloca a Islândia como o melhor país do mundo. Ora, foi o melhor país do mundo que há uns anos faliu com a especulação financeira e cujo povo sacudiu o falhanço, impôs um novo modelo de desenvolvimento e retomou a senda do progresso – razão pela qual o jornalismo mundial e a especulação financeira se calaram para não divulgarem a existência de alternativas credíveis ao neoliberalismo selvagem do FMI e de outras instituições mundiais.

Os Islandeses, em número de apenas 330 mil, comprovaram, uma vez mais, que a grandeza de um Povo não se mede por proporções físicas ou demográficas de um país, mas pela qualidade das suas iniciativas.

Tal como a Escandinávia percebeu há duas décadas que a tecnologia e a língua inglesa eram fundamentais para quebrar o isolamento geográfico da região, e investiram em ambas desde os primórdios escolares, a Islândia percebeu que a projeção mundial de um país – quer se queira quer não – reside no… futebol!

Então, a Islândia investiu em escolas de jogadores e em escolas de árbitros; investiu em preparação física dos atletas e em organização desde a sua Confederação até ao interior dos estádios, os quais – na terra do gelo – são alvo de tratamento especial de aquecimento para que os jogos se realizem em condições ideais.

Mas o que motiva realmente este artigo não é exatamente o que já escrevi, mas o que vou escrever agora: a cultura Islandesa foi transferida para dentro dos gramados e para as arquibancadas. Se as comemorações de arquibancada, feitas de classe e sabedoria, mostram a enorme capacidade de um povo em afinar as suas emoções primárias em demonstrações verdadeiramente culturais, as comemorações dentro de campo são algo absolutamente inédito e fantástico.

Sabia-se das características peculiares da Islândia, mas a capacidade de inovar no futebol é realmente inesperada.

A imagem mostra um dos fantásticos quadros coreográficos realçando uma cena de pesca – tão cara aos povos nórdicos – que faz parte do vídeo que se propõe ao leitor: https://www.youtube.com/watch?v=YjHTGjLp6DY

O meu roteiro de férias anotou: visitar a Islândia!

Arena Botafogo - uma pérola na Ilha do Governador

Imagens: Vitor Silva / SSPress / Botafogo

Sporting Notícias (V)

Equipe de futebol juvenil

Resumo de títulos da 25ª semana de 2016: campeonato nacional de futebol da categoria juvenil; campeonato nacional de futsal categoria juvenil; campeonato nacional de atletismo; atletas vencedores da Euro Beach Soccer Cup.

FUTEBOL

O Sporting sagrou-se campeão nacional de futebol na categoria juvenil, no domingo, após vencer o SL Benfica por 3x2 na penúltima rodada e o SC Braga por 3x0 na última rodada. A vitória dos Leões contra os benfiquistas fora de casa garantiu a liderança, confirmada com uma goleada na última rodada (gols de Elves Baldé, aos 14’, Rafael Leão, aos 32’, e Nuno Moreira, aos 82’).

FUTSAL

O Sporting sagrou-se tetracampeão nacional de futsal na categoria de juvenis ao vencer o Benfica por 3x2. O Clube faz o pleno do Futsal 2015/2016 conquistando os títulos nacionais de juvenis, de juniores e de seniores, sendo neste escalão principal de seniores vencedor de todas as competições: Campeonato Nacional, Taça de Portugal, Taça da Liga e Taça de Honra.

As taças oficiais conquistadas pelo futsal na temporada

ATLETISMO

15 atletas sportinguistas sagraram-se campeões nacionais:

Masculino
200m – David Lima, em 20”88
800m – Sandy Martins, em 1’52”07
5000m – Eduardo Mbengani, em 14’13”74
10km marcha – João Vieira, em 41’24”07

Feminino
100m – Lorene Bazolo, em 11”40
200m – Lorene Bazolo, em 23”86
400m – Cátia Azevedo, em 52”96
800m – Salomé Afonso, em 2’10”81
100m barreiras – Olímpia Barbosa, em 13”46
400m barreiras – Vera Barbosa, em 57”70
Altura – Anabela Neto, com 1,74m
Lançamento do martelo – Vânia Silva, com 57,35m
Lançamento do disco – Irina Rodrigues, com 61,03m
Triplo Salto – Patrícia Mamona, com 14,53m
Vara – Marta Onofre, com 4,38m

FUTEBOL DE AREIA

Madjer, melhor jogador do mundo, Rui Coimbra e Tiago Petrony, atletas da equipe de futsal do Sporting, sagraram-se vencedores do Euro Beach Soccer Cup, disputada em Belgrado, vencendo a Itália na final por 6x3 e juntando este título aos anteriores títulos portugueses de Campeão do Mundo e Campeão da Europa.

Pesquisa de Rui Moura (editor do blogue Mundo Botafogo)

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Voz de Carlos Eduardo Pereira


Demitirei qualquer pessoa que tenha conversado com o Flamengo. E não permitirei que o Flamengo jogue no Engenhão.” - Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo.

Apito: Brito bateu no juiz - outros tempos, outros comportamentos

Juiz que errava grosseiramente contra o Botafogo era alvo da fúria de atletas como Nilton Santos (que empurrou o juiz pelas escadas do túnel de acesso ao vestiário) e Brito (que socou o juiz). Ao contrário, o juiz Gama Malcher, na década de 1950, foi alvo de fúria da torcida por não ter beneficiado quem os torcedores queriam: foi brutalmente espancado, hospitalizado e, finalmente, sujeito a cirurgia.

Antes, os juízes eram alvo de depredações geralmente pelos seus ‘maus’ comportamentos; atualmente são intocáveis e donos absolutos do gramado. Já são cinco árbitros por partida e, ainda assim, não ‘vêem’ o que toda a gente viu e ‘vêem’ o que ninguém viu. Os seus erros clamorosos não são punidos e dão títulos a quem não os merece. Na imagem, Brito soca o estômago do juiz.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Islândia e EuroCopa: as contas da lista de convocações

Voz de Carlo Ancelotti

Cristiano Ronaldo respeita Messi, respeita muito. Penso que um precisa do outro. Um pressiona o outro para novos recordes, novas marcas de gols.” Carlo Ancelotti, treinador do Bayern München.

Voz de Thiago Pinheiro

Messi perde pênalti: amarelão, covarde. Zico perde pênalti: herói, pois ninguém quis bater. Anotado.” Thiago Pinheiro, blogueiro do Botafogo de globoesporte.com, no seu facebook.

Mundo Botafogo: um veículo privilegiado entre Botafoguenses

Contagens do blogue Mundo Botafogo, oscilando geralmente entre 4.000 e 8.000 acessos diários.

O Futebol do Botafogo 1961-1965: uma análise crítica

Carlos Ferreira Vilarinho lançou o segundo volume da sua obra ‘O Futebol do Botafogo’, correspondente ao período 1961-1965’.

Aquando da crítica que efetuei ao primeiro volume (ver em http://mundobotafogo.blogspot.pt/2013/08/o-futebol-do-botafogo-1951-1960-de.html), escrevi o seguinte:

Li de ponta a ponta: é a almejada continuidade da obra de Alceu Mendes de Oliveira Castro. Carlos Vilarinho adotou o mesmo modelo e mesclou as descrições dos jogos com os acontecimentos mais importantes do Botafogo e acrescentou, aqui e ali, subitamente, ligações ao que acontecia no país em termos políticos. (…)

Numa linguagem tipicamente anglo-saxónica, de parágrafos sucintos e significantes, Vilarinho imprime uma dinâmica fortíssima à narração, porque a leitura envolve o leitor na própria narração. E com a mesma facilidade que envolve o leitor nas jogadas, Vilarinho muda subitamente de registro entre um jogo de quarta-feira e outro de domingo, narrando episódios de assuntos que estão a ser geridos pelo Botafogo ou outros novos acontecimentos de gestão, não poucas vezes relacionados a acontecimentos políticos do país.

É assim que, de uma forma aparentemente aleatória, mesclando a descrição dos jogos com a narração dos acontecimentos e com a pontuação de ocorrências no país, Vilarinho consegue manter um ritmo fortíssimo de leitura com mudanças frequentes de registros que levam o leitor de um lado a outro e varrem da leitura qualquer hipótese de descrições entediantes e repetitivas.

Além do mais, Vilarinho está dentro do livro: o seu envolvimento é total e toma partido. Partido sobre as ocorrências políticas, partido sobre os atos de gestão, partido sobre as jogadas e os resultados, usando sempre um adjetivo muito significante para catalogar o resultado das partidas. Isto é, Vilarinho não é consensual, não pode ser consensual. E essa não consensualidade certamente causará alguns desagrados entre alguns dos leitores que foram protagonistas reais das histórias narradas. Mas Vilarinho não cede um milímetro ao cinismo, à hipocrisia, ao apaziguamento; não é consensual, mas pretende justamente não sê-lo, assumindo a sua ‘individualidade coletiva’ sem qualquer condescendência ao ‘politicamente correto’. O autor é um investigador rigoroso, que pesquisou intensivamente os acontecimentos, mas não fica à margem deles: protagoniza-os como botafoguense apaixonado e dá-lhes uma coerência feita de emoções e razões. (…)

Vilarinho sabe, obviamente, que o real nunca se apresenta tal como é, que o real é construído num escrutínio que alcança muito mais do que a vista e por cada um de nós na interação com o Outro, e o Botafogo não é o real em si mesmo, mas sim um significante em mutação que carrega consigo opções e decisões de inúmeras gerações de botafoguenses que foram moldando um clube recheado de personalidade e ideologia própria, (…) mas uma história ciência, uma história analítica, uma história que constrói o real com todos os seus protagonistas e lhes dá a força da emoção e da crença num destino escolhido.

A análise mantém-se completamente válida, mas com um pormenor diferenciador que revelei ao próprio Carlos Vilarinho após a leitura deste segundo volume: o segundo volume – embora quase impossível de tê-lo conseguido fazer – AINDA É MELHOR DO QUE O PRIMEIRO!

Se o primeiro volume era uma mescla imensa de acontecimentos, o segundo volume é um jorrar sucessivo de acontecimentos e de emoções que leva qualquer um a nocaute pela intensidade da narrativa e da revelação de fatos mal conhecidos do público em geral!

À mesma dinâmica do volume anterior Vilarinho ampliou a narrativa em duas componentes espetaculares: uma mescla permanente de narração dos jogos do Clube e das reações dos seus protagonistas, da realidade sociopolítica do Botafogo, do futebol carioca, da Seleção Brasileira, dos acontecimentos político-partidários do país; e uma contínua revelação de acontecimentos sui generis que na primeira metade da década sucederam em turbilhão, no Botafogo e no País, desmistificando uma grande parte deles e acrescentando EFETIVO CONHECIMENTO ao leitor.

No quadro de um período áureo do Botafogo e da meia loucura do futebol bicampeão do mundo, assim como da efervescente situação política do País, a narração de Vilarinho sabe potencializar ao milímetro, com emoção e lucidez, cada um desses acontecimentos. E não se coíbe de – tal como antes – tomar partido na narrativa, implicar os leitores e manter-se ele mesmo numa dupla posição: profundamente implicado com o Clube e absolutamente implacável na narração dos fatos reconstruídos a partir de um manancial de informações predominantemente desportivas que, articuladas, ganham sentido ético, estético, político e estratégico – abrindo implicitamente pistas para resgatar a Glória Clubista que, outrora, percorreu os quatro cantos do planeta.

É o melhor livro que li até hoje sobre a vida do Botafogo, e creio que a saga de Vilarinho, iniciada em 1951 a partir do ponto em que ficou o ‘mestre’ Alceu Mendes de Oliveira Castro, e cujo terceiro volume (1966-1970) está praticamente concluído, assegurará ao Grande Escritor Botafoguense um lugar eterno na literatura sobre o Botafogo de Futebol e Regatas!

***
LOCAIS DE AQUISIÇÃO DA OBRA: É distribuída pela Editora e Distribuidora Mauad X (ver portal) e pode ser adquirida nos portais das grandes livrarias do Brasil, na Internet, e nas suas lojas, como, por exemplo, a Livraria Saraiva. Também pode ser adquirido na tradicional Livraria Folha Seca, na Rua do Ouvidor nº 37.

Seleção Brasileira de todos os tempos!

Votação pública realizada pelo Museu da Pelada

6 Titulares do Botafogo de Futebol e Regatas (54,5%)

MANGA
DOMINGOS DA GUIA, SEBASTIÃO LEÔNIDAS, LEANDRO E NILTON SANTOS;
FALCÃO, DIDI E ZIZINHO;
GARRINCHA, PELÉ E JAIRZINHO
Técnico: por eleger (vote através do endereço abaixo)

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Voz do Sporting CP

O meio campo do Sporting titular da Seleção de Portugal (Imagem: Twitter do Sporting)

"Nós avisámos que a vitória ficava mais perto!" – Sporting Clube de Portugal comentando a vitória dos portugueses frente à Croácia com uma publicação na rede social Twitter e com uma fotografia em que surgem, equipados com as cores do clube leonino, William Carvalho, Adrien Silva e João Mário, os quais são titulares do meio campo do Sporting e foram empossados como o trio armador de Portugal frente à Croácia.

Nota do Mundo Botafogo: Portugal atuou com 8 titulares formados na Academia do Sporting, 5 dos quais são atualmente titulares da equipe de futebol sportinguista (os três referidos e, ainda, Rui Patrício e Cédric). A formação do Sporting superou o número de jogadores de formação do Barcelona na Seleção de Espanha e estabeleceu um recorde de convocações (10) e de titulares (8).

Ana Cristina Pina Cruz

BFA: Botafogo venceu o II Torneio Início da III Taça Brasil


O Botafogo sagrou-se bicampeão do II Torneio Início da III Taça Brasil [campeonato brasileiro] (1992) em futebol de mesa da Bottons Foot-ball Association ao vencer o São Paulo na final por 2x1.

Eis a campanha do Glorioso:

1ª Fase
Botafogo 2x1 Flamengo (RJ)

Quartas-de-Final
Botafogo 2x1 Corinthians (SP)

Semifinal
Botafogo 2x1 Vasco da Gama (RJ)

Final
Botafogo 2x1 São Paulo (SP)

Síntese: 4 jogos, 4 vitórias; saldo de gols, 8-4.

Pesquisa de Rui Moura (editor do blogue Mundo Botafogo); Fonte: Sítio Oficial da Bottons Foot-ball Association. http://www.bfafuteboldemesa.com/home/

Jaime Cubero: futebol e anarquismo

Jaime Cubero nasceu em Jundiaí, em São Paulo, a 5 de Abril de 1926 e faleceu em São Paulo a 20 de maio de 1998. Foi um intelectual, jornalista, pedagogo e militante brasileiro ligado ao movimento anarquista. Ainda em sua adolescência fundou, com a ajuda de amigos, o Centro Juvenil de Estudos Sociais. Participou de inúmeras atividades (palestras, cursos, debates, peças de teatro) em centros culturais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ativo militante, simpatizante do Anarquismo, manteve uma linha crítica ao Estado Novo de Getúlio Vargas e à ditadura militar no Brasil e ao autoritarismo dos partidos políticos brasileiros e dos marxistas. [Fonte: Wikipédia]  

Esta publicação retrata excertos do depoimento de Jaime Cubero, anarquista louco por futebol, concedida a Antônio José Romera Valverde, entre 5 e 9 de maio de 1989, no Centro de Cultura Social, em São Paulo.

"O anarquismo é uma utopia positiva."Jaime Cubero.

Naquela época [1935], havia uma pobreza tão grande, a gente lutava com tanta dificuldade, que os alunos não podiam comprar quase nada. Muitos não tinham calçados, outros não tinham uniformes e a Secretaria de Ensino Estadual fez uma determinação: a partir de certa data, todos os alunos deveriam usar uniforme. Calça branca e paletó azul. Era uma pobreza brutal. O tempo ia passando e eu não conseguia adquirir o uniforme. Lembro-me que as minhas tias de Jundiaí me deram a calça branca, que usei durante os três anos de curso - a mesma calça. Já o paletó era de saco de farinha tingido de anil. Minha irmã, que tinha doze anos e já costurava, fez o paletó para mim. No entanto, muitos não conseguiam de jeito nenhum o tal uniforme. Então, o diretor lançou um desafio: a primeira sala de aula que conseguisse se apresentar inteirinha uniformizada ganharia um dia de folga e uma bola para jogar. Aquilo para nós foi um estímulo enorme, pois eu passava todas as minhas poucas horas de folga jogando futebol na rua.

De novo, nosso professor mostrou sua face mais generosa e compreensiva. Disse: "Bom, é uma competição e é ruim a gente estar brigando com os outros, pois alguns vão perder, seria bom que todos pudessem vir uniformizados, mas nós formamos uma pequena comunidade...". Me lembro bem das palavras dele. "Somos uma classe, podemos perder porque tem aqui pessoas que não podem comprar de jeito nenhum até o dia marcado ou mesmo mandar tingir uma... Vamos fazer um esforço e cada um vai dar um tantinho que puder para comprar a roupa deles, mesmo se for para a gente não jogar bola, mas somente para mostrarmos o nosso esforço comum, nossa luta". Foi assim, e cada um deu vinte réis.

A solidariedade era muito marcante entre nós. Cheguei em cada e contei essa história. Os recursos em casa ficavam com minha avó, aquela coisa de medir os tostõezinhos. Digo isso de uma forma simbólica, mas não estava muito longe da realidade de dividir um ovo em três. Minha avó fazia aquelas tortillas de ovo e cortava em pedacinhos, que não correspondiam a um ovo por pessoa. Era uma pequena multidão o conjunto de todos os irmãos na hora da alimentação. Fizemos uma espécie de conselho e me deram a moedinha. Para mim, foi uma vitória junto com a classe poder concorrer e acabamos ganhando. E fomos jogar futebol. De novo o professor foi magnânimo, conseguiu que o diretor dispensasse também a outra sala que não tinha conseguido uniforme para todos os alunos. Foi uma boa experiência e aprendi o que pode a solidariedade... Aquele professor tinha mesmo um espírito libertário. Demoro nesse aspecto porque realmente teve uma grande influência na minha vida.

Ainda menino, com onze anos, eu chegava a ir até a porta do Colégio, ficava rondando, morrendo de vontade de entrar, sofria quando via as crianças entrando. Voltava para casa, procurava um livro para ler. Minha avó tinha o hábito de ler romance e comprava uns, tipo folhetim, que vinham como encarte, um por semana. Nós líamos para ela, que não lia português, embora entendesse corretamente. Tinham coisas curiosas naquele tempo. Por exemplo, os horários. Marcava de jogar bola com a meninada na rua e estava lá na hora marcada. Tinha também o horário de ler o folhetim para minha avó e, às vezes, coincidiam. Então, eu lia atropeladamente para poder chegar a tempo ao jogo, mas ela me obrigava a ler de novo, pausadamente. Claro, perdia o jogo. (…)

Quando acabava de ler um livro, como não havia outro de imediato para ler, relia aquele mesmo. Outras vezes, tinha que reler como castigo por alguma desobediência. Uma vez fiquei na rua até tarde, num racha de bola. Como tinha passado a hora do jantar, fiquei de castigo por umas duas semanas, sem sair, só lendo. O racha não acabava nunca, era na base do doze vira e vinte e quatro acaba, só que não acabava nunca. Jogávamos sob o luar, que era fantástico. Quando chegava em casa, era aquela surra porque todos já tinham jantado. (…)

Quando comecei a participar do movimento anarquista, entrei em contato com militantes que não tiveram nenhuma escolaridade regular, mas que demonstravam muito saber e conhecimento. (…) O anarquismo não pressupõe a conquista do poder pelo poder, simplesmente, nem deseja os privilégios ou a conquista de bem-estar só para alguns poucos. O anarquismo é contrário aos padrões morais da sociedade de consumo.

O norte do anarquismo repousa em fundamentos puramente éticos e morais, porque o anarquista sente, simplesmente, prazer em ser digno. É a atitude ética que ele coloca em face da justiça, da eqüidade, da dignidade humana, da elevação e superação do homem pelo homem.

domingo, 26 de junho de 2016

Botafogo 3x2 Internacional

Camilo em foto de Vítor Silva / SSPress / Botafogo

Uns breves apontamentos.

Acontecendo sempre o menos esperado: perde-se com equipes ‘tolas’ e ganha-se ao potencial líder.

Numa exibição muito boa, Camilo destacou-se e pode ser uma peça fulcral para a equipe, juntamente com Pimpão.

Luís Henrique devia ser trabalhado para jogador de área, porque com Camilo e Pimpão pode recuperar a sua posição original. Ele não é transportador de bola, mas oportunista de área – precisa receber bola em condições. Mas resta saber se Ricardo Gomes saberá trabalhar o potencial individual dos jogadores. Duvida-se disso…

Sidão é uma boa surpresa. Bom substituto de Jefferson, já que Helton Leite, que havia feito boas partidas no passado, perdeu a sua melhor oportunidade – e com alguma arrogância à mistura em declarações à imprensa.

Yaca e outros ‘jogadores’ são incomportáveis como titulares ou sequer como substitutos: são a prova da incompetência do departamento de futebol em se tratando de contratações. Ou não será incompetência?...

A equipe continua sem articular bem, apesar dos 3 gols no Beira-Rio. Se o tivesse feito teria chegado tranquilamente a 5x2 nos contra-ataques. Vai ser um ano difícil, mas estes três pontos mostram que é possível, com aplicação e persistência, engendrar uma equipe e subir na tabela.

PS: Fabinho tomou uma ‘Garrinchada’ e não resistiu à sarrafada – bem expulso. Penâlti claro não marcado a favor do Botafogo.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x2 Internacional
» Gols: Fernandes, aos 7’, Neílton, aos 9’ e Camilo, aos 71’ (Botafogo); Eduardo Sasha, aos 70’ e Ernando, aos 73’ (Internacional)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 26.06.2016
» Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
» Público: 25.307 pessoas
» Renda: não divulgada
» Árbitro: Pereira Sampaio (GO); Guilherme Camilo (MG) e Pablo Costa (MG)
» Disciplina: cartão amarelo – Sidão, Renan Fonseca e Gervasio Nuñez (Botafogo) e Ernando, Alan Costa, Rodrigo Dourado e Geferson (Internacional); cartão vermelhoFabinho (Internacional)
» Botafogo: Sidão; Luís Ricardo, Emerson Silva, Renan Fonseca e Diogo Barbosa; Aírton (Rodrigo Lindoso), Bruno Silva, Fernandes, Camilo (Gervasio Nuñez) e Ribamar; Neílton. Técnico: Ricardo Gomes.
» Internacional: Jacsson; William, Alan Costa, Ernando e Geferson (Alex); Rodrigo Dourado, Fabinho, Gustavo Ferrareis (Bruno Baio), Anderson e Andrigo (Marquinhos); Sasha. Técnico: Argel Fucks.

Anos de Glória: 1970 (XIII) - vitória sobre a Seleção Soviética

Botafogo 1x0 Seleção da União Soviética
» Gol: Roberto
» Data: 04.02.1970
» Local: Caracas – Venezuela
» Botafogo: Cao; Moreira, Moisés, Leônidas e Valtencir; Nei e Carlos Roberto; Zequinha, Roberto, Humberto e César.
» União Soviética: Rudakov; Dzodzuachvilli, Chesternev I, Sovchev e Suztcilava; Serebrianicov e Chesternev II; Asatiani, Puzach, Gechcovik e Nodla.

FLAtulências (139)

Futebolistas do Sporting na EuroCopa (II)

Atualização da campanha da Seleção de Portugal na EuroCopa segundo a importância do Sporting na equipe:

Legenda: [SCP], significa que o jogador foi formado no Sporting; negrito, significa que o jogador atua no Sporting; itálico, significa que o jogador atua em outro clube português.

PORTUGAL 1x1 ISLÂNDIA. Gols: Nani [SCP].
Rui Patrício [SCP]; Vieirinha, Pepe, Bruno Alves, Raphael Guerreiro; Danilo, João Mário [SCP] (Quaresma [SCP]), João Moutinho [SCP] (Renato Sanches), André Gomes (Eder); Nani [SCP], Cristiano Ronaldo [SCP].

Resumo: 5 titulares formados no Sporting; 1 substituto formado no Sporting; jogadores atuando por clubes portugueses: Rui Patrício e João Mário (Sporting CP); Danilo FC Porto).

PORTUGAL 0x0 ÁUSTRIA. Gols: -
Rui Patrício [SCP]; Vieirinha, Pepe, Ricardo Carvalho e Raphael Guerreiro; William Carvalho [SCP], André Gomes (Eder) e João Moutinho [SCP]; Quaresma [SCP] (João Mário [SCP]), Nani [SCP] (Rafa Silva) e Cristiano Ronaldo [SCP].

Resumo: 6 titulares formados no Sporting; 1 substituto formado no Sporting; jogadores atuando em clubes portugueses: Rui Patrício, William Carvalho e João Mário (Sporting CP); Rafa Silva SC Braga).

PORTUGAL 3x3 HUNGRIA. Gols: Cristiano Ronaldo (2) [SCP] e Nani [SCP].
Rui Patrício [SCP]; Vieirinha, Pepe, Ricardo e Eliseu; André Gomes (Quaresma [SCP]), William Carvalho [SCP], João Moutinho [SCP] (Renato Sanches) e João Mário [SCP]; Cristiano Ronaldo [SCP]  e Nani [SCP] (Danilo).

Resumo: 6 titulares formados no Sporting; 1 substituto formado no Sporting; jogadores atuando em clubes portugueses: Rui Patrício, William Carvalho e João Mário (Sporting CP); Danilo (FC Porto).

PORTUGAL 1x0 CROÁCIA. Gol: Quaresma [SCP].
Rui Patrício [SCP]; Cédric [SCP], José Fonte [SCP], Pepe e Raphael Guerreiro; Adrien [SCP] (Danilo), William Carvalho [SCP], André Gomes (Renato Sanches) e João Mário [SCP] (Quaresma [SCP]); Nani [SCP] e Cristiano Ronaldo [SCP].

Resumo: 8 titulares formados no Sporting; 1 substituto formado no Sporting; jogadores atuando em clubes portugueses: Rui Patrício, Cédric, William Cavalho, Adrien e João Mário (Sporting CP); Danilo (FC Porto).

Em suma, nos quatro jogos (1 vitória e 3 empates), dos 44 titulares de Portugal 25 (56,8%) foram formados no Sporting; em 17 jogadores que entraram e atuam em clubes portugueses 13 (76,5%) são do Sporting, 3 do FC Porto e 1 do SC Braga; dos 12 substitutos 4 (33,3%) foram formados no Sporting; os 5 gols marcados foram da autoria de jogadores formados no Sporting (100%).

Entre titulares e substitutos (56 jogadores), os 10 atletas convocados para a Seleção (43,5% do total dos convocados) formados no Sporting atuaram 29 vezes (51,8%) [5 jogam atualmente no Sporting (indicados a negrito) e os outros 5 no estrangeiro]:

Rui Patrício (4), João Mário (4), Quaresma (4), Nani (4), Cristiano Ronaldo (4), João Moutinho (3), William Carvalho (3), Cédric (1), José Fonte (1) e Adrien (1).


Pesquisa de Rui Moura (editor do blogue Mundo Botafogo)

Botafogo campeão carioca de basquete +50 (todos os pormenores)

Equipe master +50. Fonte: Instagram botafogosocialolimpico. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo sagrou-se bicampeão cari...