Os
islandeses são um povo de uma longínqua nação isolada geograficamente no Mar do
Norte – o único país europeu que não conheço –, mas que consegue dar lições ao
mundo.
No Índice de
Desenvolvimento Humano, o mais importante índice mundial que permite avaliar os
progressos humanos e o desenvolvimento sustentável, coloca a Islândia como o
melhor país do mundo. Ora, foi o melhor país do mundo que há uns anos faliu com
a especulação financeira e cujo povo sacudiu o falhanço, impôs um novo modelo
de desenvolvimento e retomou a senda do progresso – razão pela qual o
jornalismo mundial e a especulação financeira se calaram para não divulgarem a
existência de alternativas credíveis ao neoliberalismo selvagem do FMI e de
outras instituições mundiais.
Os
Islandeses, em número de apenas 330 mil, comprovaram, uma vez mais, que a
grandeza de um Povo não se mede por proporções físicas ou demográficas de um
país, mas pela qualidade das suas iniciativas.
Tal como a
Escandinávia percebeu há duas décadas que a tecnologia e a língua inglesa eram
fundamentais para quebrar o isolamento geográfico da região, e investiram em
ambas desde os primórdios escolares, a Islândia percebeu que a projeção mundial
de um país – quer se queira quer não – reside no… futebol!
Então, a
Islândia investiu em escolas de jogadores e em escolas de árbitros; investiu em
preparação física dos atletas e em organização desde a sua Confederação até ao
interior dos estádios, os quais – na terra do gelo – são alvo de tratamento
especial de aquecimento para que os jogos se realizem em condições ideais.
Mas o que
motiva realmente este artigo não é exatamente o que já escrevi, mas o que vou
escrever agora: a cultura Islandesa foi transferida para dentro dos gramados e
para as arquibancadas. Se as comemorações de arquibancada, feitas de classe e
sabedoria, mostram a enorme capacidade de um povo em afinar as suas emoções
primárias em demonstrações verdadeiramente culturais, as comemorações dentro de
campo são algo absolutamente inédito e fantástico.
Sabia-se das características peculiares da Islândia, mas a capacidade de inovar no futebol é realmente inesperada.
A imagem
mostra um dos fantásticos quadros coreográficos realçando uma cena de pesca –
tão cara aos povos nórdicos – que faz parte do vídeo que se propõe ao leitor: https://www.youtube.com/watch?v=YjHTGjLp6DY
O meu
roteiro de férias anotou: visitar a Islândia!
2 comentários:
Tenho uma imensa inveja da Islândia vendo o esfacelamento do Brasil, um país imensamente rico em recursos naturais e grande parte de sua população imensamente pobre, principalmente pela falta de sensibilidade humana da elite, ou melhor, da casa grande. Agora que ficou provado que o neoliberalismo é um flagelo para o planeta, os autores do golpe brasileiro querem readotá-lo e entregar o país, aumentar o lucro absurdo do sistema financeiro e que se danem os menos favorecidos. E o que dizer do nosso futebol, uma nação rica em talentos, mas da mesma foram que o país é mal administrado, assim ocorre com o futebol. Que inveja tenho da Islândia. E falando do nosso Botafogo, que inveja tenho do Sporting clube de Lisboa. Será que um dia os brasileiros irão acordar? Acho difícil com a manipulação diária da mídia, mas quem sabe se até essa se torna democrática e civilizada, assim como o capital. Parafraseando o genial poeta: "Sonhar é preciso". Abs e SB!
A realidade brasileira e tao ma, mas tao ma, em crescente exponencial desde que a ditadura destruiu os valores brasileiros, que importa SONHAR, SONHAR, SONHAR, acreditando que novos movimentos civicos surjam e obriguem a que uma nova elite consiga emergir. No futebol e na sociedade. Abraços gloriosos.
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