por SÉRGIO SAMPAIO
«umpoetinha»
Moro
na Lapa, ex dos malandros, navalhas e Madame Satã, agora, de alguma decadência
burguesa. Cá existe um grupo que recita versos em bares e restaurantes,
intitulado Ratos diVersos.
Fui convidado por eles para declamar as minhas modestas poesias, numa espécie
de Entradas e
Bandeiras pela
noite ensandecida por vapores alcoólicos. Aceitei o convite através do
acróstico a ser usado na abertura feita por mim:
Ratos
do bem, só transmitem pura poesia,
A mim convidaram para um evento na Lapa.
Torcia
que fosse na “rive gauche”, Paris,
O mais adequado ao tipo do Grupo, seria...
Separei
quinta e vou, senão o destino escapa!
Di,
vivo estivesse, talvez fosse (Deus não quis)
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em pinturas, telas, a resistência:
Versos
escudos, versos lanças, versos tenência,
“Escrever
é preciso, viver não é preciso”,
Radical
paródia ao fenomenal Pessoa...
Silenciaremos
os bares, calmos, numa boa,
Ofertando-os
tais tira-gostos, com juízo,
Serenos,
solícitos e sangrentos! Ecoa...
Sérgio Sampaio, «umpoetinha» por encomenda de Ratos diVersos
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