quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

‘Clássico Vovô’ sob o frio soviético

Década de 60. O premiado pianista Arthur Moreira Lima está exilado em Moscou, na então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A vida distante do Brasil foi a melhor alternativa encontrada diante da repressão imposta pela ditadura militar brasileira.

Ao arrumar a bagagem para a partida, Moreira Lima não esqueceu seu inseparável time de botões do Fluminense e, depois de alguns meses em Moscou, as regras do futebol de botão já tinham sido ensinadas a alguns soviéticos, que enfrentavam o pianista em partidas disputadas em pleno frio asiático.

Quando os amigos brasileiros iam visitar o pianista, também, levavam as suas equipes dentro das malas. Foi o que fez o arquiteto Alfredo Brito, em 1967, quando embarcou em um trem na Polônia, carregando um time do Botafogo em direção a Moscou, para a disputa do clássico entre Fluminense e Botafogo, conhecido como o clássico vovô do futebol carioca.

Na fronteira russa, Alfredo Brito foi revistado por policiais soviéticos que subiram ao trem. A caixa com botões, ao ser aberta, levantou suspeitas sobre o brasileiro. Os policiais queriam saber o que eram aquelas peças estranhas, acompanhadas de uma caixa de fósforos de parafusos, que para os russos, certamente, seria uma bomba de estilhaços, Brito disse que se tratavam de football toys, e o nome da bomba era Osvaldo baliza, goleiro do Botafogo no final da década de 40.

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