por CARLOS VILARINHO
especialmente para o
Mundo Botafogo
sócio-proprietário e
historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
[A narração que se segue
reporta-se ao ano de 1963]
O
Caso de Garrincha assumira contornos sobrenaturais.
[…] A Última Hora publicou que o babalaô
Derê “confirmou haver feito um despacho, a fim de desmanchar o que a cantora
Elza Soares certamente mandou fazer contra D. Nair” […]
Surpreendido
com as declarações da moça, de que iria processá-lo, Derê não se intimidou:
“Não fiz feitiço por vingança, mas apenas para defender a mulher de Garrincha e
suas oito filhas. Não há lei alguma que proíba alguém de fazer a caridade. Dona
Elza é que deve tomar juízo, pois sua parte espiritual precisa de cuidados”. O
famoso babalaô disse ao jornal que […] fora procurado pela cantora, que não se identificou, para lhe pedir que
fizesse “um trabalho para amarrar um rapaz de futebol”. […] “Recusei-me porque, apesar de possuir a
força da magia negra, eu não a executo com finalidades maléficas”. […]
O
povo viu nas palavras de babalaô a explicação definitiva da incompreensível
mudança de Garrincha. […]
Garrincha
perdera o rumo e se afastara de todos que lhe queriam bem.
[…] No juízo do povo, só podia ser o
resultado de “coisa feita”, de coisa do mal.
Fonte do excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição
do Autor: Rio de Janeiro, p. 158-159.
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