por CARLOS VILARINHO
especialmente para o
Mundo Botafogo
sócio-proprietário e
historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
[A narração que se segue
reporta-se ao ano de 1964]
No
domingo, Goulart enviou Mensagem ao Congresso, propondo medidas a serem
submetidas a um Plebiscito, mediante o voto de todos os brasileiros maiores de
18 anos (incluindo analfabetos e militares). “Basta!” – decidiu o imperialismo.
[…]
Em
La Paz, o Banik venceu o Strongest (3x1) e ficou com o 3º lugar. No jogo de
fundo, Garrincha (com o diabo no corpo) concentrou as principais jogadas e
empurrou o Botafogo para a conquista da Taça, efusivamente comemorada pelos
bolivianos nas arquibancadas e nas ruas. […]
Mesmo
marcado com deslealdade (pontapé, agarrão, tesoura voadora, etc.), Mané (com
70kg) propiciou seguidas chances para Jairzinho (um touro indomado) e Arlindo.
Aos 32, Magdalena derruba Garrincha nas proximidades da área. Gérson, com linda
folha seca, vaza o ângulo direito, sem chance para Roma: 1x0.
[…]
O
meia-esquerda Silveira, criminosamente, chutou o joelho de Manga, mas levou de volta
uma bofetada. O tempo fechou! Palavrões, empurrões. O uruguaio foi expulso. Aos
44, sem merecer, o Boca
empatou com Sanfilippo. […]
Garrincha dribla Marzolini e
Rattin. Também batido, Orlando o derruba no corredor da grande área. Mané cruza
e Jairzinho (de testa) balança o filó: 2x1. Apito final Botafogo campeão
invicto do Pentagonal de La Paz! […]
Garrincha […] confidenciou: “Palavra de honra, nunca levei
tanto pau na minha vida”.
Fonte do excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição do Autor:
Rio de Janeiro, p. 207.
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