por LÚCIA SENNA, escritora e cantora
escrito para o blogue Mundo Botafogo
Domingo chuvoso, de trovoadas e ventania. Clima perfeito para exercitarmos em baixo dos lençóis de seda macia, o tal do dolce far niente de que falávamos na crônica anterior. São seis horas da manhã e o telefone toca insistentemente. Não me perdoo por não ter um identificador de chamada. Quem poderia estar me ligando a esta hora da madrugada?
Não sou o tipo de
pessoa que consegue não atender a um chamado. Levanto-me da cama, tonta e
cambaleante. Atendo a ligação. Reconheço, de imediato, a voz do outro lado do
fio: Maria da Conceição. Essa não!!! Essa nããããããooooo!!!
Maria da Conceição,
mais conhecida por Ceça, não é minha amiga. Não temos afinidade, ingrediente
indispensável para se construir uma boa amizade. Mulher de meia-idade, virgem,
carente e... hipocondríaca!
Conheci Ceça em junho do ano passado em uma
reunião musical. Festa animada, alegre e divertida, promovida por Aparecida,
irmã de Ceça. Não sei exatamente como aconteceu, mas, quando
dei por mim, estava sentada ao lado de Ceça
e envolvida até o pescoço com as suas histórias de doenças, as mais variadas
possíveis: desde as tropicais até as mais letais. Todas existentes apenas na
sua mente doentia.
Contava-me sua
desgraça sem nenhuma pressa e com uma fabulosa riqueza de detalhes. Na família ninguém mais dava ouvidos às suas
lamúrias, queixava-se. Andava se sentindo muito mal. E pelos sintomas, podia
apostar, tinha sido contaminada com o vírus HIV. Estava em pânico. Agarrava-se
em mim como se eu pudesse salvá-la da terrível maldição. Nunca havia tido
sequer uma experiência sexual, mas estava fazendo tratamento de canal e
tratamentos dentários que – dizia-me – são
altamente perigosos. Além disso, os alicates de unhas, as lixas e os temíveis
pauzinhos de laranjeira! Sentia-se à beira da morte.
Aparecida veio ao meu
socorro. Agradeci e saí de fininho. Ceça me olhava incrédula como a me dizer
que ainda havia muito a ser compartilhado...
Não, meus amigos, não é nada fácil lidar com hipocondríacos. Eles são
umas verdadeiras enciclopédias de tudo o que pode acontecer de errado ao ser
humano.
Uma simples dor nas costas pode ser uma fratura exposta. Dormência na perna? Pode ser uma possível
doença rara dos tempos da antiguidade que, não raro, leva à amputação do dedão
do pé. Cisco no olho esquerdo? Não, isso não está direito. Corres o risco de
perder a visão. Resfriado? Cuidado. Resfriados são prenúncios de pneumonia. Uma
verruga na palma da mão? Não há dúvida, é tumor maligno. Já podes encomendar o
caixão. Dor de cabeça? Esqueça e não
insista, pois tua vida está por um triz. Aneurisma à vista.
Mas como eu estava dizendo, o dia amanheceu chovendo, são seis horas da
manhã e o telefone toca insistentemente. Atendo, tonta de sono. É a Maria da Conceição,
ou melhor, Ceça, a hipocondríaca. Está em pânico! Em pânico! Precisa de ajuda
com urgência. Mal desligo o telefone, o
interfone toca. É ela. Está com febre amarela. Não quer morrer sozinha. Apelou
para a vizinha que não a acolheu. Lembrou-se de mim e veio para falecer em meus
braços.
Abraço-a afetuosamente. Tento acalmá-la, informando que não há um só
caso de febre amarela no Rio de Janeiro. Pego o termômetro, tiro a temperatura
para que ela veja que está totalmente normal: 36 graus. Incrédula, pondera que
o termômetro deve estar com defeito. Sente-se quente e com dores no peito. Percebeu
o momento exato em que o mosquito de nome esquisito pousou em sua testa.
Dizia-me com olhos esbugalhados ter sido há exatos quarenta e cinco minutos
atrás. Já sente fortemente todos os
sintomas da doença. O caso é grave. Gravíssimo!
Sigo a minha intuição. Preparo um belo café da manhã. Coloco um CD de músicas clássicas e mudo o
rumo da prosa. Puxo conversas divertidas
e convido-a para um passeio pelo quarteirão, agora que a chuva deu uma boa estiada.
E não é que ela aceitou?
Saímos de braços dados, como se fossemos amigas desde a infância. Ceça já é outra pessoa. De repente,
alguma coisa lhe chama a atenção de forma especial: é a nova farmácia do
bairro. Saltitante e com olhar brilhante, convida-me para entrar e conhecer
melhor o estabelecimento. Confessa-me que, apesar de não ser hipocondríaca (!?!?!?),
é maníaca por farmácias. Entramos e, enquanto ela se
diverte pesquisando os preços dos remédios em promoção, eu penso cá com os meus
botões que na vida de um hipocondríaco nada parece ser mais afrodisíaco do que
entrar em uma farmácia para ver as novidades.
Ceça está visivelmente excitada. Vejo-a passar, cantarolando, com a
cestinha abarrotada de remédios. Cruz
credo!
58 comentários:
Lúcia,
És realmente uma cronista e tanto. Tudo quanto escreves é interessante e leve. Imagino que já deves ter ouvido comentários desse tipo dezenas de vezes. Mas, não há como fugir dessas
observações. E nunca é demais dizer: tua escrita é tudo de bom! Sou teu fã número 7.896.542 (rsrsrsrs)
Forte abraço.
Rodrigo
Amiga,
Apesar de ser um tema "doentio", consegues torná-lo "saudável " e divertido. Invejo, no bom sentido, é claro, a capacidade que tens de retirar o peso dos assuntos considerados difíceis transformando-os em textos repletos de comicidade.
Beijos, minha amigona.
Eliana
Lucia,
Abro o blog e algo me chama a atenção. Paro, olho atentamente a imagem, ótima por sinal, leio o título, super bem bolado e vou saboreando o texto bem devagarzinho , não querendo chegar ao fim. Você deve ter uma varinha de condão,pois seus escritos tem vida, tem ludicidade, tem som e uma enorme criatividade. Você tem muito de tudo.
Além disso, vejo pelas respostas que vc. dá aos seus leitores que você é muito carinhosa e simpática. Você, Lúcia, excede !
Gabriel, um fã entre tantos
Como sempre demonstras o que és ( na língua do tu como gostas)- uma bela cronista!
Do primo e admirador
Ney
Livre da hipocondria, um pouco, debelada,
Uma, outra imagem do passado, desbotada,
Coragem te vem de dares cores nas crônicas,
Instigada por Ruy, no blogue, contumaz,
Assim fazendo que tenhas crises agônicas...
Sentas-te ao computador, fazes uma frase
E, dela, tiras outras, outras, delas, mais,
Nadando a favor da forte emoção, voraz.
Nesse veraz proceder, achas, quase e quase,
A da imaginária doença, panaceia,
Cumprindo o "escrever é preciso" do Pessoa...
Os traumas, desta forma, ficam circunscritos
Só a ainda não enfrentada antiga idéia:
Tomar da caixa, a tal, guardada e que ressoa,
Abrires, leres, da tua mãe, os escritos!
Sérgio Sampaio
www.umpoetinha.com.br
Tenho uma irmã hipocondríaca. E lhe digo que me diverti nuito lendo a sua crônica. Eu a vi em várias situações no texto e não pude deixar de compará-la com a personagem principal , a Ceça. Como a Ceça, ela também tem verdadeiro fascínio por farmácias. Claro que ninguém escolhe ser hiponcondríaco. Mas,às vezes perdemos a paciência. Não é nada fácil lidar com esse tipo de doença. Seu texto me fez rir um bocado. E lhe agradeço por isso.
Marcelo.
Foi muito divertido a leitura dessa hipocondríaca, de grau muito elevado, penso, porque na verdade nunca conheci em toda minha vida uma fanática hipocondríaca, conheci, sim, alguns amigos que a gente classificava de hipocondríaco, mas de grau bem mais leve, não tão divertida quanto da leitura da Lucia, que como sempre é impagável, maravilhosa. Adorei. Bjs. Sonia Costa
Parabéns pela ótima crônica.
Já tive a minha fase de hipocondria.Graças à Deus,demorou mas passou. Agora já posso até rir do fato. E o texto retrata com clareza e muita graça os espinhosos caminhos da vida de um hipocondríaco.
Lúcia,
Acordo cedo e antes de ir para o trabalho tenho o hábito de abrir o blog atrás das últimas
notícias do meu glorioso. E, hoje, quem eu vejo, brilhando mais do que a Estrela D'alva ?
A Estrela do blog! Fico animado e antes de acessar qualquer outra publicação, vou direto ler a sua crõnica, que de bobo não tenho nada -rsrsrs.
Começo o dia rindo e admirando cada vez mais essa crõnista de estilo único e que tem o dom da leveza, característica espetacular, nesse nosso mundo cada vez mais pesado.
Grande abraço.
Amiga, Lúcia
Você tinha que ser preservada! Cada dia está mais difícil encontrar pessoas bem humoradas.
Essa crônica é deliciosa. Que me perdoem os hipocondríacos, mas o que dá pra chorar, dá pra rir também.
Beijos,
Isabel- IBC
Lu,
Tu és uma verdadeira fonte de criatividade.Deverias te chamar " Lúcia Fontes".Não eu!rsrsrs
Beijos,
Elisa Fontes
Lúcia Senna,
Você usa e abusa do seu talento criativo. Usa e abusa de rimas sonoras gerando intensa musicalidade na escrita. Usa e abusa da capacidade que você tem de nos divertir e seja o tema que for.
Usa e abusa da já tão propagada leveza e simplicidade.
Lúcia, continue usando e abusando de seus leitores que como eu são " maníacos " , não por farmácias (rsrs) mas por suas crônicas.
TADEU
Oi, Rodrigo
Fico muito agradecida pois teus elogios são muito estimulantes. Achei divertido seres meu fã número 7 896 542.
Quanto exagero, Rodrigo! -kkk.
Só rindo!
Abraço.
É preciso rir um pouco até mesmo do que não tem muita graça.
Sei que os hipocondríacos sofrem e muito. Já tive a minha fase hipocondriaca e respeito os que sofrem desse problema.
Ainda assim, como tudo na vida, se procurarmos direitinho, poderemos ter um olhar menos trágico e até mesmo engraçado.
Beijos.
Valeu, primo!
Beijos!
Hipocondriaca,eu? Será? Me identifiquei com algumas coisas e fiquei de cabelo em pé.
Também adoro entrar nas farmacias para ver promoções e novidades.
Cruz credo! É melhor parar de vez com isso- rsrsrs.
Beijos.
Marlene - Do hotel Fazenda.
Tens razão, é realmente bastante difícil a vida de um hipocondríaco.
Todos em volta acabam perdendo a paciência, pois sabem que ele não
sofre de nenhuma doença real. Mas as doenças da mente são ainda mais complicadas, mais difíceis de serem entendidas.
Que bom que a tua fase já passou, caro leitor e que já podes até rir do fato.
Abraço.
Bjs.
Sonia, querida
Maravilhosa és tu, sempre presente e me cobrindo de elogios que nem sempre mereço.
Beijos.
Alguém já disse que a crõnica é a forma contemporãnea de filosofar. Concordo plenamente com esse conceito. Lendo tuas crõnicas , tão simples e tão profundas, essa ideia fica ainda mais consistente. És uma grande filósofa, Rainha do Mundo Botafogo!
GUILHERME
Gosto da forma que expões as tuas ideias. Leitura agradável, com princípio, meio e fim.
Sempre com mensagens positivas e final divertido.
Abraços do Milton- Hotel fazenda.
Obrigada, Sérgio, por teus versos tão especiais.
Abraços,
Oi, Marcelo
Sei que é complicado mas seja paciente com sua irmã. Para a hipocondria - paradoxo dos paradoxos- não há remédio. Afinal, a pessoa em questão não está doente fisicamente.
No caso, acho eu. a terapia seria tratamento mais adequado. Mas, não posso dar palpite. O assunto é para psicólogos, psicoterapeutas, etc...
Abordei o assunto de forma divertida. Mas respeito e muito os que sofrem desse mal.
Obrigada pela participação.
Abraços.
Os hipocondríacos que me perdoem mas não tenho a menor paciência para lidar com eles. Só falam em doença o tempo inteiro. Não há cristão que aguente. Adorei a crônica. Super divertida!
Lúcia,
Já li todas as suas crônicas. Posso dizer, então, que você me ensinou a " dar bananas " para os que intelectualizam a vida.Você me ensinou que o homem precisa do riso, como a criança do afago. Você me ensinou a importância de deixarmos a emoção aflorar em qualquer circunstância. Você me ensinou a olhar o mundo com olhos infantis e a contar com a imaginação para nos livrarmos das situações conflitantes.
É a primeira vez que deixo um comentário para você. Quis primeiro ler todos os seus textos que são belos e livres como a verdade.
João Alberto
Realmente a pessoa que sofre de hipocondria não é a melhor das companhias.
Longe disso! Já passei pelas duas situações e não sei o que é pior: estar com o problema ou lidar com alguém que esteja.
Que bom que gostaste da crõnica. Isso me deixa muito animada.
Abraços.
Obrigada, Milton. A intenção é sempre a de apostar na descontração. A rotina das pessoas , geralmente, é bem estressante. Necessitam, portanto, de uma leitura fácil
e... risonha(kkkk ). E é por aí que tento caminhar.
Abraços
Concordo, Isabel. Tudo na vida tem duas medidas e mesmo respeitando os
hipocondríacos, nada nos impede de brincar um pouco com a situação.
Obrigada, amiga!
Oi, Elisa
Não apoiada, querida. Das tuas fontes jorram águas cristalinas. E como jorram...
Obrigada, amiga.
Beijos.
Marlene, Marlene... CUIDADO!
Esse sintoma é altamente comprometedor.
Perigo à vista (kkkkkk)
Beijos, amiga.
Lúcia, prima querida
Super interessante essa crônica. Você continua nos surpreendendo.
Parabéns mais uma vez.
Beijos.
Filósofa, eu? (kkkk) Nunca havia pensado nisso, mas Cazuza já dizia:" Filosofia, eu preciso de uma pra viver..." Todos temos uma filosofia de vida. Também tenho a minha.
Mas, Guilherme, daí a ser uma grande filósofa, vai uma distância imensa.
Confesso, porém, que ADOREI o generoso elogio (kkkkkk)
Grande abraço.
Quem excede, certamente, é você cobrindo-me de elogios.
Acho que tenho mesmo uma varinha de condão. Essa varinha tem vários nomes: Gabriel, Rodrigo, Marlene, Isabel, Sônia, Eliana, Milton, Rodrigo, Elisa e muitos outros ainda.
São vocês, meus queridos leitores, que fazem a mágica, estimulando-me cada vez mais
com palavras siceras e que me tocam profundamente o coração.
Obrigada, Gabriel.
Grande abraço.
Que comentário mais ensolarado!!!Não imaginas o bem que me fazes com uma mensagem tão especial, tão estimulante...
Obrigada por me deixares assim... rindo de orelha a orelha (kkkk)
Grande abraço!
Lúcia, Lúcia, Lúcia
Acabo de ler a tua última crõnica e estamos aqui reunidos e morrendo de rir. Sabes porquê?
Um dos componentes da turma é hipocondríaco em alto grau. Ele é a versão masculina da Ceça e já ganhou o apelido de Ceço. Rimos tanto, tanto, tanto que os nossos fígados vão ficar desopilados por muito tempo. Ah, Lúcia, como é bom rir e que dom é esse que tens, menina?
Até o próprio Juarez acabou rindo nuito. O Juarez é o tal que sofre de hipocondria. Gasta todo o salário dele em complexos vitamínicos, xaropes, pastilhas benalet, remédios para a micose que tem nos dedos do pé e sabe-se mais o quê... Uma verdadeira piada! Ainda não conseguimos comprar as redes para o nosso ócio criativo. E, agora, já nem sei mais se será conveniente. Juarez, sempre com problemas de saúde, é capaz de se aboletar na rede e de lá não sair mais. Anda com cãibras terríveis nas pernas e com medo de ter que amputá-las.(rsrsrsrs).
Lúcia , querida, tu és absolutamente indispensável. És o nosso melhor e mais belo remédio.
Beijos meus e da turma.
Ruy,
Há muito tempo não ria tanto. A Lúcia nos fez rir demais... Ela tem um jeito de escrever simplesmente delicioso. Deus quando criou essa "guria", devia estar de muito bom humor.
Tem um astral incrível. É feliz e passa essa felicidade. Ao menos, é essa a impressão que tenho. Tomara que eu esteja certo. Bom demais ver pessoas felizes, principalmente nos dias de hoje.
Também tenho um grande apreço por ti. Teu blog é espetacular! Parabéns, amigo!
Quero continuar a te surpreender, Lourdeca!
Adoro surpreender e principalmente ser surpreendida. Aliás, quem não gosta?
Beijos, prima.
Lúcia,
Parabéns! Você simplifica a complicação. Gosto das rimas e do som que elas produzem no texto. Seus escritos cantam canções contagiantes. Você tem um jeito muito particular de desenvolver uma história e que sem ser piegas, tem sempre um final feliz.
Beijos.
Clara
Adoro os teus enormes e gordos comentários. Saiba, Maurício, que eu me divirto demais com as histórias que me trazes da turma do escritório. Tens um grande senso de humor. Considero o humor fundamental para as nossas vidas. O mundo ocidental aprecia o "vale de lágrimas ", a dor, o sofrimento,o pecado e o peso da crucificação. Quando conseguimos entender que o mais importante nessa vida é ser feliz e compartilhar essa alegria com os que estão à nossa volta, é maravilhoso!
Imagino que o teu ambiente de trabalho seja de altíssimo astral - quase uma família. Acertei? De alguma forma já me sinto meio que fazendo parte da turma.
Obrigada pelos deliciosos e encantadores relatos dos, digamos, bastidores do escritório. Vocês dão uma crônica!
Abraços pra todos.
Me acabei de rir com os " temíveis pauzinhos de laranjeira ".
Isso é mesmo próprio dos hipocondríacos. Um nada e a morte está à espreita. Muito bom, Lúcia!
Tuas crônicas valem por uma sessão de risoterapia.
Beijos.
Márcia.
Lucia,
Você tem mais um leitor para as suas crõnicas. Vou me apresentar: sou Roberto Lemos, aposentado e com muito entusiasmo pela vida. Vou lhe dizer , com toda franqueza, que você é uma partícila de algum cristal, mistério alquímico impossível de ser definida ou rotulada. Tens o dom de filtrar todas as cores e irradiações. Mais não digo. Palavras aprisionam. Seus textos tem o sabor da liberdade. Alguém já lhe apelidou de "butterfly".
Livre, leve e solta como uma butterfly...
Oi, Roberto
Prazer enorme em te receber aqui no nosso espaço. Nota-se, claramente, que tens um grande
entusiasmo pela vida. A tua forma de escrever e de tecer elogios, já são altamente reveladoras. Teu comentário é uma poesia. Vou me apropriar, PORTANTO, de algum dos teus versos para dizer que não sei como te agradecer pois as " palavras aprisionam" E, "mais não digo" !
Grande abraço.
Oi, Márcia
A gente brinca com os hipocondríacos, mas quero sempre ressaltar que respeito muito as pessoas que sofrem desse mal. Ao invés de viverem a vida, vivem a morte. Do diabético, por exemplo, ninguém ri. Mas do hipocondríaco...
Mas o fato é que como são extremamente exagerados em relação às "doenças", acabam sendo alvo das nossas risadas.
Beijos e obrigada pela participação.
Tens razão, querido leitor. O blogue do Ruy é insuperável no que diz respeito ao Glorioso. O incalculável número de acessos diários já diz por si só. Notícias fresquinhas em tempo real. Nosso editor é homem de grande visão. Chegou até mesmo a me dar uma "etiqueta" só minha! Olha que máximo!
Muito me honra o fato de teres lido a minha crônica antes das notícias do Botafogo. Fico mesmo bastante emocionada. E se ainda por cima te faço rir, aí é a glória total.
Grande abraço.
Meu querido amigo Maurício, eu te acho espetacular, e o teu grupo é simplesmente delicioso. Vocês descobrem coisas fantásticas em cada crônica da nossa 'Maravilhosa Guria'. Terem descoberto um 'Ceço' em pleno escritório é a Oitava Maravilha!
Deixa-me dizer-te que a Lúcia não é isso que pensas que ela é. Na verdade, ela é a própria quintessência!
Fico muito feliz que aprecies tanto o blogue!
Abraços Gloriosos.
Informo o leitor RUBENS que a autora Lúcia Senna considera o seu comentário impróprio, pelo que foi suprimido. Cumprimentos.
Lúcia,
Até os assuntos sérios e que à primeira vista pareceriam impossíveis de serem tratados de outra forma, arranjas um jeito de os tratar com muita graça e criatividade.
Tereza - hotel Fazenda
Beijos.
Oi, Tereza
Que boa surpresa te encontrar aqui! A vida é curta e não temos tempo a perder. Espero que os hipocondríacos que porventura cheguem a ler essa crõnica não se aborreçam comigo. O assunto é sério, eu sei. Ainda assim, há espaço para risonhas reflexões. Penso que quando conseguimos rir dos nossos próprios problemas, estamos no caminho da cura.
Beijos, querida.
João Alberto,
É com forte emoção que recebo o teu comentário. Dizer que leste todos os meus textos e que eles, na tua opinião, " são belos e livres como a verdade " é altamente inspirador. Linda a mensagem que me deixas. Linda e intensa.
Um grande abraço.
Adoro um " happy end". Ao menos nas histórias que criamos podemos terminar com um final feliz. Já na vida real, o "the end " nem sempre é "happy" (kkkkkk).
Obrigada, Clara!
Beijos,
Lúcia,
" Hipocondríaca, eu?" Acho que tenho " talento" para a coisa. Já me peguei entrando em farmácias e comprando complexos vitamínicos de A a Z.
A crõnica me fez refletir e rir um bocado... Me vi no papel da Ceça (rsrsrs).
Bravo, cronista. Ótimo texto!
Eduardo.
"Uma simples dor nas costas pode ser uma fratura exposta. Dormência na perna? Pode ser uma possível doença rara dos tempos da antiguidade que, não raro, leva à amputação do dedão do pé... " . Minha mãe é exatamente assim. Não sei mais o que fazer. Gasta todo o dinheiro que ganha com médicos e remédios. Tá difícil! Socoooooooooooro!!!
Saudações Gloriosas.
Oi, Eduardo
Acho que todos temos uma dose de hipocondria. É importante que a gente fique atento para não chegarmos ao nível da Ceça, pois isso ninguém merece (kkkkk).
Abraços e obrigada pelo comentário.
É, meu caro leitor, eu te entendo perfeitamente. Mas as pessoas que sofrem de hipocondria precisam geralmente de terapia. Sem ajuda de um especialista fica difícil vencer o problema.
Grande abraço.
Lúcia, rir ainda é o melhor remédio! Diga isso para Ceça, ela vai parar de ir as farmácias e vai passar a frequentar mais a sua casa e, em poucos dias, terá esquecido qualquer doença. Parabéns pela crônica, grande beijo.
Graça
Se a Ceça passar a ir na tua casa, também fará uma bela opção.
Tens uma relação de piadas maravilhosas que quase me mataste de tanto rir, há alguns atrás em Rio das Ostras.
Obrigada, Gracinha
Beijos.
Sentia muita falta de crônicas leves e engraçadas, mas com um toque especial.
Encontrei tudo isso em Lúcia Senna. Aliás, ela foi além das minhas expectativas, pois me encantei com a nusicalidade do texto. Maravilha, Lúcia!
Meus Parabéns.
ELISEU - arquiteto.
Lucia,
Que delicia!!! você me faz rir!!! .. e tudo isso amiga, e a sua cara!! me refiro claro, a sua paciência em acolher pessoas iguais a ceça. Alias, você tem um monte delas.. e você as acolhe com a maior paciência e bondade.. um dia seu filho desabafou, "e amor que ela sente", quando comentei com ele, sobre esse saco enorme e essa disponibilidade infinita que você tem, para essas tantas ceças.
Oi, Eunice
Sabe o que é, amiga? É que todos temos facetas interessantes e outras " chatinhas". Procuro explorar o lado interessante das pessoas. Afinal, nós também temos as nossas chatices e ainda assim queremos ser aceitas pelos amigos. É pensando nisso que procuro ter paciência e até um certo carinho pelo lado não tão "fascinante" dos amigos.
Eles também me aturam...kkkk
Obrigada, Eliseu.
É muito importante receber mensagens com um toque tao especial. Espero estar sempre à altura das tuas expectativas. Isso me incentiva a escrever cada vez mais e melhor .
Grande abraço.
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