por LÚCIA SENNA, escritora e cantora
escrito para o blogue Mundo Botafogo
Não, não pode ser. Mal abro a porta de casa e, já meio atrasada, desço apressada as escadas e dou de cara com a vizinha do segundo andar. Não importa a hora do dia ou da noite, ela está sempre disposta a conversar.
escrito para o blogue Mundo Botafogo
Não, não pode ser. Mal abro a porta de casa e, já meio atrasada, desço apressada as escadas e dou de cara com a vizinha do segundo andar. Não importa a hora do dia ou da noite, ela está sempre disposta a conversar.
Acho que ela vive
escondida por trás do olho mágico. Ao menor sinal de passos nos corredores abre
a porta do seu apartamento para fingir coincidência. E, lépida e fagueira,
apronta-se para atacar.
Sente uma necessidade
enorme de falar. De ouvir, jamais! Viúva há muitos anos, sem filhos, alimenta-se
de lamentações, especialmente da solidão. Mora sozinha. Entendo a condição lastimável da
vizinha, mas a culpa, afinal, não é minha.
Nada é mais estafante e
inútil do que aquela conversinha aguada quando se está correndo contra o tempo.
A vontade que tenho é voltar para casa e descer pela porta dos fundos. Sem
chance. Arrisco um rápido e risonho bom dia, já sabendo que sou presa fácil da
sua chatice. E isso acontece pela dificuldade que tenho em dizer uma palavrinha
nada simpática, porém muito positiva: NÃO!
Aproxima-se de mim e,
depois dos dois beijinhos de praxe, pergunta-me, sem o menor constrangimento, se
eu me lembro da Alice, uma de suas cunhadas que foi casada com Agenor, seu
irmão falecido há cinco anos atrás. Digo, afobada, que não. Como não, continua
ela, sem a menor pressa. Aquela morena bonita, de quadris largos, que falava
pelos cotovelos e que, impressionantemente, não escutava ninguém e blá, blá, blá,
blá, blá ...
Começo a ficar inquieta.
A sensação é de ter caído em uma armadilha. Sinto um mal estar físico, uma leve
tonteira. Ainda assim, acabo por reunir todas as forças que me restam, saio
tropeçando nos degraus e deixo a vizinha falando sozinha. Não sei se ela
percebeu a minha ausência. Talvez não. Ouço, ao longe, portas batendo e passos
na escada. São moradores indo para os seus trabalhos e que não sabem o que os
espera no segundo andar.
Se fizerem uma pesquisa,
vão descobrir que o número de falantes compulsivos, nos dias de hoje, é
extraordinário. Não sabem o que é dialogar. Não têm o menor interesse em ti e
sequer escutam o que tens a dizer. Tudo o que eles precisam é de uma orelha. Da
tua pobre orelha, meu caro leitor.
Observando essas pessoas
conseguiremos, sem grande esforço, perceber a parte cômica da situação. Emendam um assunto no outro, se perdem no
meio do caminho, voltam para o ponto morto, engrenam uma segunda marcha, uma
terceira, uma quarta e, sem retirar a língua do acelerador, descambam ladeira
abaixo e nos atropelam sem dó nem piedade.
Outro dia, dentro de um restaurante, encontro
uma amiga que quase me matou a golpe de palavras. Esteve viajando pela Europa e,
deslumbrada, contou-me todo o roteiro de sua interminável e cansativa viagem.
Quando, por fim, acabou
de me atirar todo o seu pesadíssimo material verborrágico, despediu-se, deixando-me
atônita, tonta, lábios arroxeados, fraca, fria e com forte sensação de desmaio.
Antes de sair, acenou-me
dizendo sorrindo que precisávamos urgentemente marcar novo encontro, pois o 'papo' tinha sido ótimo.
Na próxima encarnação,
se algum merecimento eu tiver, vou pedir para vir blindada contra falantes
compulsivos. Juro que vou!
72 comentários:
Lúcia,
Você tocou em um assunto super atual.
Nunca vi coisa igual. As pessoas, hoje em dia, estão insuportavelmente falantes. NÃO ouvem ninguém. Só querem falar de si próprias.
Deus me livre.
Beijos.
Eliza
Lúcia,
Pra rir dos falantes compulsivos só mesmo através da tua crônica, sempre muito interessante.
Fora disso, fica difícil. São chatissimos.
Beijos carinhosos.
Marlene
Lúcia, querida
Estou de alma lavada. Pensava que era só eu que atraía os falantes compulsivos. Mas ao que parece é uma espécie de " praga" que vem crescendo assustadoramente.
Adorei o texto.
Beijos,
Eliza
Lúcia,
Não podias ter escolhido tema mais atual. O que será que está acontecendo com as pessoas de modo geral?
Falam compulsivamente e nem percebem que não estamos nem um pouco interessados no assunto em pauta.
Uns loucos!
Beijos,
Adorável Lúcia
Milton
Querida amiga,
Mais uma crônica perfeita e atual. Muito engraçado o trecho que dizes que " sem retirar a língua do acelerador , descambam ladeira abaixo e nos atropelam sem dó nem piedade".
Excelente! És mnesmo muito criativa na tua forma de escrever.
Abraços afetuosos,
Eliana
Amigona,
Li a tua crônica e fiquei aqui pensando fazendo uma auto análise.
Estou bastante desconfiada que ando falando bem mais do que antes.
Preciso me policiar , pois não quero ser considerada uma pessoa desagradável por falar demais.
Obrigada por me fazer refletir.
Beijos,
Bete.
É mesmo, Eliza!
Querem falar, falar e falar.
Será que isso acontece por se sentirem sós, sem ter ninguém para compartilhar seus problemas? Será?
Beijos.
Oi, Marlene
Contando pode até parecer engraçado.
Mas vivenciando a situação é desesperante...
Concordo contigo: São chatissimos!
Beijos, amiga
Eliza,
Acho que as pessoas estão sofrendo de solidão. Estão carentes de afeto. E, por isso, quando encontram alguém disposto a ouvi- las exageram na dose e deixam o " pobre" com os ouvidos ardendo e loucos pra dar o fora.
Terrível!
Beijos
Pois é, Milton!
Precisamos estar atentos. Eles estão por todos os lados, sempre prontos a nos importunar com as suas histórias chatas e sem a menor graça. Verdadeira loucura!
Kkkkk
Abraços,
Oi, Eliana
Temos que ter cuidado , minha amiga!
Eles são capazes de nos matar a golpe de palavras - kkkkk
Beijos,
Lúcia,
Finalmente te reencontro. E é sempre um encontro muito esperado por mim. Já havia até reclamado tua presença, mas o teu editor me fez ver que a ansiedade é péssima companheira e que não havia nenhum atraso na publicação.
Hoje apareces no blog e ,como sempre, trazendo um assunto de interesse geral. Quem é que afinal já não se deparou com um falante compulsivo? E como é difícil sair da situação! Tu escreves como se estivesses conversando pessoalmente com teus leitores. E isso é o que te torna única. Especial. Estava precisando de um momento de descontração. O TEXTO está ótimo e contínuas cativando teus leitores com teus escritos leves e divertidos.
Agora, sim! Voltei a ficar de bem com a vida.
Obrigada, querida cronista!
Gabriel - um fã entre tantos.
É não demore a aparecer!
Lúcia,
Tanto eu quanto você sempre fomos vítimas desse tipo de gente. Precisamos usar mais a positiva palavra NÃO, como bem dizes no texto.
A crônica expressa a mais pura realidade,ou melhor a surreal idade (rsrsrsrs) dos fatos.
Ney- primo
Gabriel ou Paulo? AHAHAH!!!! O mistério se desfez...KKKKK
E ainda por cima fazes o comentário usando " Lúcia Costa "? Dei boas risadas por conta dessa deliciosa trapalhada.
Obrigada Gabriel pelo comentário, quer dizer, obrigada Paulo, pela mensagem.kkkkkkkkk
Abraços aos dois (KKKKK)
Tens razão, primo. Temos sido castigados pelos tagarelas. É a nossa cruz, afinal(KKKKKKK)
Beijos
Lucia Senna,
vamos torcer para que muitos dos falantes compulsivos leiam a tua crõnica e " vestindo a carapuça ", reflitam e deixem os vizinhos em paz (RSRSRSRS)
Abraços da Clara
Há algum tempo venho me perguntando a razão de algumas pessoas falarem de forma compulsiva?
Querem apenas um OUVIDO. Não conseguem estabelecer um diálogo. Acho que pensam alto Sei lá... Só sei que são extremamente inconvenientes. Não dá pra suportar. Tens alguma ideia do que ocorre?
Beijos,
Luciana- prima de Brasília
Penso que as pessoas que estão sempre a falar de si próprias são altamente narcisista. Não estão nem aí para o outro. O outro,aliás, não existe. Egoístas em último grau. Um horror!
O TEXTO retrata com fidelidade e graça, a desgraça nossa ao darmos com um desses pelo caminho.
Grande abraço
GUILHERME
Inacreditável! Comigo aconteceu algo muito semelhante: encontrei com um amigo em um festa e ele me " alugou" o tempo inteiro. Contou -me tudo, absolutamente TUDo, sobre a briga que teve com a namorada que, diga-Se de passagem, nunca vi na vida. Estava arrasado e não parou de falar nem um instante sequer.
Resultado: não me diverti nada.
Ah... como é difícil dizer a tal palavrinha super positiva e que mencionaste no texto: NÃO.
Amei a crônica.
Beijos,
Isabel - IBC
O problema, acho eu, é que as pessoas estão vivenso sozinhas e não têm com quem partilhar suas cotidianas experiências. Outro dia dentro do ônibus e em vinte minutos de viagem, uma senhora que, eu nunca havia visto antes, contou-me toda a história de sua vida. Fiquei tonta com tanta informação!
A crõnica é muito apropriada e , como sempre, alegre e bem- humorada.
Parabéns pelos bons textos.
Lúcia,
Ri muito com o seu texto. Outro dia, estava com vários amigos em um bar
aqui em Copacabana. Em um dado momento parei de falar e observei que todos falavam ao mesmo tempo. Ninguém ouvia ninguém . Uma doidera generalizada. Situação absurda!
Identificação total com a tua crônica. Valeu!
Abraços,
RODRIGO
Lúcia,
Título divertido, imagem original e o texto ... Ah! o texto tu já sabes: inteligente, bem-humorado, divertido, atual, pertinente e que mexe com toda gente. Todos querem dar uma opinião, deixar uma mensagem, fazer um comentário. ..
Parabéns por mais essa crônica divertidíssima.
Beijos,
Márcia
Como sou tua amiga e temos muita intimidade, posso te dizer que estás bem mais falante do que antes.
Ainda não posso dizer que és uma falante compulsiva, mas...
Atenção! Podes estar à caminho. Kkkkkkk
Beijos
Lúcia
Maravilhosa sua crônica , amei ler seu belissimo texto , suas belissimas interpretação de nossos cotidianos ...
E como e chato quando não temos tempo e quando não queremos ouvir assuntos alheios !
parabéns por mais uma vez nos fazer sorrir com os seus belissimos textos ...
beijos
DAIANE
Obrigada,Márcia.
Diante de tantos elogios fico até sem ter o que te dizer.
Beijos, amiga
Oi, Rodrigo
Isso já aconteceu inúmeras vezes comigo. Fico observando o comportamento das pessoas, todas falando alto , talvez para conseguir conquistar alguns ouvintes, mas totalmente em vão. Chega a ser engraçado!
Abraços,
Pois é, caro leitor. Acho que é mesmo por aí: solidão. As pessoas estão cada vez mais isoladas, principalmente os mais velhos que, muitas vezes, na nossa sociedade sentem-se desvalorizados até mesmo por seus familiares que devido às circunstãncias da vida não têm tempo para ouvir as suas lamúrias. E quando encontram alguém que lhes dê um mínimo de atenção... não param de falar. ´Realmente complicado!
Obrigada pela participação.
Abraços
Oi,Luciana
Solidão, carência afetiva, egocentrismo, egoismo , narcisismo ou CHATICE mesmo ( KKKK)
Beijos, Lulu
Lúcia,
Tenho horror de pessoas que só sabem falar de si próprias. O que elas pensam que são?
Falam, falam , falam e quando queremos participar com alguma ideia, não dão a menor " pelota" e continuam no seu monólogo e acho mesmo que se formos embora, jamais perceberão.
Coisa de maluco. Também vou plagear o seu pedido de vir invisível aos olhos dos falantes compulsivos, em uma proxima encarnação.
Parabéns pelo impecável texto. Bom demais!
Lúcia, Lúcia, Lúcia
Só hoje abri o blog e com muito entusiasmo te encontrei.
Fiz a primeira leitura sozinho e ri muito. Vou ter que confessar que sou um falante compulsivo. Aliás, sou compulsivo por chocolates, por trabalho, por salgadinhos, pelas tuas crônicas e ... falo demais.
Acho que pertenço ao grupo dos que falam por ansiedade. A outra razão de eu ser um tagarela é que a minha equipe é composta de surdos/mudos( rsrsr). Quando são requisitados a desempenhar algum relatório fora do habitual, são surdos. Quando percebo alguma falha no trabalho e peço explicações, emudecem. ( kkkk)
Então, eu falo. Mas quando sabem que tem crônica nova chegando mudam de comportamento: tornam- se falantes e ouvem até demais.
Acabo de ler o " Blá, blá, blá " é a turma " caiu na minha pele".
Dessa vez o texto foi pra mim!
Riram muito e passaram a me chamar de " Blá, blá, blá ". Claro que entrei na brincadeira, pois adoro me divertir , ainda que o alvo da diversão seja eu mesmo.
Lúcia, tu és o nosso recreio!
Tuas crônicas nos trazem alegria e descontração. É sabes que o trabalho corre até melhor?
A equipe fica bem mais azeitada.
Mais uma vez constatamos a grande cronista que és. Felicidade é ter crônicas tuas no blog.
Beijos meus e dos surdos /mudos (rsrsrsl).
Ruy,
Tu também pertences ao grupo dos tagarelas? Rsrsrs
A Lúcia está sempre nos provocando e de forma deliciosa. Ela é a própria inspiração. Dessa vez, o texto é pra mim- rsrsrs.
Mal acabamos de ler a crônica e já pensamos na próxima.
O blog continua " bombando".
Parabéns, meu amigo. Sucesso sempre.
Abraços.
Mais uma crônica bem escrita , gostosa de ler e com a leveza de uma " buterfly"- apelido perfeito dado por um leitor do blog.
Nelson - do hotel Fazenda.
Tia, que demais sua capacidade de colocar em palavras aquilo que somente ronda nossa mente ao encontrar estes vizinhos chatinhos e sem noção... rs... quem não tem um destes? Parabéns por mais esta criação literária! beijos da sobrinha para minha tia rica!!
Amiga, seu texto é pra lá de atual. É impressionante a incapacidade das pessoas de perceber o outro, de trocar, dialogar, dividir experiências. Atualmente, o que se vê é muita gargante e nenhum ouvido. As pessoas fazem verdadeiras catarses sem qualquer interesse em saber como você está. Parece que quando cruzam com alguém, descarregam a solidão aos berros. Mal dos tempos. Tá faltando afeto por aí.Beijos e parabéns! Maria Inês
Meu estimado amigo Maurício, és o máximo! Cada comentário teu é uma inovação! Maravilha de alegria, descontração e... tagarelice!
Não sou tagarela. Sou capaz de falar por muito tempo, mas apenas se for um tema interventivo em debate. Mania de intervenção política e pedagógica... Na verdade, também sou capaz de ficar horas calado. Sou discreto, mas gosto de gente extrovertida como a Lúcia e... o Maurício! Gosto de ver a espontaneidade e os gestos largos das outras pessoas.
Bem, vou parar, se não tu e a Lúcia ainda me apelidam de tagarela. A nossa Lúcia completará o comentário.
Abraços Gloriosos, amigo blá-blá-blá (rs)
Oi, Clara
Bem que merecemos esse gesto generoso.(kkkkkk)
Nada é impossível, Clara. NADA!
Abraços,
Oi, Guilherme
É mesmo muito complicado. Essas pessoas não têm noção do quão desagradáveis são.
Acham que tudo que dizem tem grande importãncia e que são super interessantes.
E aí é um BLA, BLA, BLA, sem fim.
Abraços,
Obrigada, Daiane
Logo você que é tão ocupada, não pode mesmo perder tempo ouvindo chatices alheias.
Beijos, querida
Que surpresa boa, Nelson! Obrigada pelos elogios. O apelido de " Butterfly " me foi dado há muito tempo por um amigo muito querido, quando estávamos na faculdade.
Na verdade , eu voava muito - das salas de aula para o barzinho, pois adorava cantar e " bater papo" com outros fujões. Coisas da juventude! O apelido, no entanto, ficou. Eu o guardo com muito carinho.
Um grande abraço
Juliana, sobrinha muito querida
Adorei tua participação. Venha sempre me visitar aqui no blogue.
A " tia rica" (KKKKKKK) vai ficar te aguardando.
Beijos
Resumiste muito bem, minha amiga : tá faltando interesse pelo outro. E mesmo as pessoas que têm assuntos interessantes para contar, ainda assim, tornam-se chatíssimas pois não admitem sequer qualquer interrupção. Tá faltando afeto e sobrando "cara de pau".
Beijos.
Que situação mais chata, hein, Isabel.
E que sujeito mais sem noção...
Para ter um amigo assim, é melhor ter um inimigo , né mesmo? Kkkkk
Tadinha da minha amiga...
Espero que nunca mais te aconteça nada parecido e se acontecer tens que sair de fininho. Boa sorte! Kkkkk
Beijos
É o melhor pedido que podemos fazer ao nosso Criador.
Vamos torcer para que numa próxima encarnação os falantes compulsivos não nos vejam e possamos seguir nosso caminho na paz de Deus.kkkkkkj
Abraços,
Os falantes compulsivos, Lúcia, são extremamente inconvenientes e deles corro léguas se preciso for.
Gosto muito da forma como expões tuas idéias. O texto corre macio e com muito charme. Parábens!
AMAURI
Oi, Lúcia
Não há nada pior do que pessoas que falam sem parar e ainda exigem nossa total atenção. O que pensam que são?
Bem... eu sei usar e muito bem a palavrinha positiva: NÃO !
Sem chances de aturar uma criatura narcisista que, como diz a música: "acha feio tudo o que não é espelho".
Beijos
Mariana
Sou o botafoguense arretado e quero dar vivas à nossa gloriosa cronista.
Tu és o nosso PIMPÃO! Quando a bola está contigo , não tem erro: é gol na certa.
Do teu grande admirador arretado.
Abraços gloriosos.
É diga NÃO sempre que encontrar pela frente esses papagaios enjoados (rsrsrs)
Muito bem lembrado, Mariana.
As letras das nossas músicas são inspiradoras. Definição perfeita para os intoleráveis narcisistas.
Beijos.
São mesmo, Amaury! Falam o tempo inteiro e por vezes ainda dizem que o " papo" foi delicioso. É de matar de raiva (kkkkkk).
Obrigada pelos "macios " elogios. Kkkkk
Abraços.
Loucos, não raros, para ouvirem a própria voz,
Um ataque dela, às vezes, lançam sobre nós,
Carentes, inseguros, oprimidos, talvez!
Impiedosa, aponta este incômodo atroz:
Alheias queixas fazem, do nosso ouvido, a Foz!
Sobre os assaltos, a tua crônica investe,
Em humorados textos, diverte muito a gente...
Nadas de braçadas no assunto recorrente,
Nele transitas com segurança inconteste,
A vida real ali, ao absurdo, rente!
Sérgio Sampaio,
www.umpoetinha.com.br
Errata: aponta ao invés de aponta no quarto verso.
Desculpas.
Lúcia,
Estou cercada de falantes compulsivos. Mal de família. Nas nossas reuniões familiares todos falam ao mesmo tempo, riem das proprias piadas ... uma loucura total.
A mim só cabe tampar os ouvidos ou enlouquecer de vez.
Muito boa a crônica. Tema atualíssimo! Identificação total e absoluta com o texto.
Abraços de um sofredor( RSRSRS)
São mesmo, Amaury! Falam o tempo inteiro e por vezes ainda dizem que o " papo" foi delicioso. É de matar de raiva (kkkkkk).
Obrigada pelos "macios " elogios. Kkkkk
Abraços.
Que delícia de comentário.
Tu és arretado e muito divertido também. Muito criativo e super bem humorado.
Tantas qualidades gloriosas assim, só poderiam vir de um botafoguense.
Gloriosas saudações.
Não, caro leitor! Não faça nenhum desatino. Tem que haver outra maneira de sobreviveres dentro da tua própria família. ( kkkkkk).
Quem sabe dar um grito primal e com todas as forças do teu pulmão gritar: BAAAAAAAAAAAASTA!
Espero que dê algum resultado já que não podes mudar de família kkkkk
Boa sorte!
Abraço
Eta poetinha bom !
Caramba! NÃO me canso de exaltar o teu talento que é simplesmente fenomenal.
Estás cada dia melhor, se é que isso ê possível.
Beijos, poeta
Errata da errata: apontas ao invés de aponta no quarto verso.
Duas vezes desculpas!
Sérgio Sampaio,
www.umpoetinha.com.br
Bruxaaaa!
Sua blablabenta! Kkkkkk brincadeirinha!! 💜💜💜
Amei a crônica! Neste mundo de falantes vamos ser ouvintes! Pacientes and peace and love.
Obrigada pela provocação!
Love iu.
Gaby.
Maurício, Maurício, Maurício
Não sei qual é a tua atividade profissional, mas posso dizer sem medo de incorrer em exagero que estás na profissão errada. Darias um excelente humorista. Poderias escrever textos cõmicos para TV, tão necessitada de programas humorísticos inteligentes e de alto nível.
Já disse e repito: teus comentários são verdadeiramente cõmicos. E a tua turma também é o máximo! E agora mais essa dos surdos mudos!!!! HILARIANTE!
Que pessoal mais divertido! Se as minhas crônicas são o recreio de vocês, os teus comentários são o meu parque de diversões. E felicidade é ver mensagens tuas , incríveis situações que me deixam muito alegre.
Beijos pra ti e pra turma
Que bruxa mais boazinha !. Acho que é o LORIS que está te ensinando a ser ouvinte. É o amor. O amor pelo LORIS te faz ser a mais paciente das ouvintes. Eta papagaiozinho arretado!!!! Se fosse gente seria, sem nenhuma dúvida, falante compulsivo!
Beijos Brux
Love iu tu (KKKKKKKK)
Já eu, sou extrovertida , mas adoro pessoas discretas. Gosto daqueles que apesar de serem capazes de ficar muitas horas em silêncio, são capazes de quebrá-lo por uma boa causa, que pode ser , por exemplo, uma intervenção política ou pedagógica.
São pessoas raras e especiais. Não gostam de muito Blá, blá, blá...
Abraços ,
Lúcia Senna
É uma declaração de amor, Lúcia Senna?!
Beijos Gloriosos.
Sim, Ruy Moura!
É uma declaração de amor !
Gloriosos beijos.
Que eu saiba, isto é o mais normal que se encontra na vida. Acredito que não haja ninguém que não conheça um tagarela, que não escuta ninguém e não consegue parar de falar, emenda um assunto no outro, mesmo que você diga que tem compromissos...Também penso que sou daquelas pessoas que cai na rede e não consegue escapar, mas... não me incomodo, gosto das pessoas, devo ser carente também e fico escutando. Como sempre adorei sua crônica, divertida, inteligente, bem humorada. Bjs. Sonia Costa
Eu sou discreto, mas adoro pessoas extrovertidas, de gestos largos, de gargalhadas contagiantes e voz forte. Adoro pessoas que saibam cantar e encham as almas dos outros de coisas sensíveis, que escrevam crônicas simultaneamente alegres, despretensiosas e profundas, que sejam incorruptíveis, corajosas, leais, solidárias, generosas, ousadas, crentes no futuro e… Ah… Lúcia Senna… quanto rara e especial és!!! Beijos Gloriosos!
E uma declaração de amor, Ruy Moura?
Beijos gloriosos.
Oi, Sonia
Que bom que consegues cair na rede e não se importar com os peixinhos falantes.
És rara também, amiga!
Beijos para
Sim, Lúcia Senna!
É uma declaração de amor!
Beijos Gloriosos.
Amiga,
Não tenho nenhuma paciência para essas criaturas mas sou muito tolerante e acabo escutando ate o fim.. sei la, acho que e pecado não dar atenção a esses vampiros sofredores, que sugam toda nossa energia em pouco tempo. O problema e que quando o assunto tem algum interesse e você ate gostaria de um adendo, não te e permitido,te cortam e continuam a desenvolver o raciocínio deles. Nesse momento o melhor e pedir ajuda do papai do céu,pra que o acaso colabore e sempre acontece:uma amiga inesperada que passa por ali, naquele exato momento; o telefone que toca e assim vai...
Boa Amiga... ainda bem que não somos assim..ou somos?? ja nem sei mais...
" O acaso há de me proteger enquanto eu andar distraída..."
Também te confesso que não tenho nenhuma paciência para os falantes compulsivos. Pior ainda quando são gentis e educados... Como ser grosseira, então? Ah, como é difícil dar um corte, dizer NÃO, falar de forma mais rispida...
Não, amiga! Nós não somos assim.
Trocamos idéias, temos muito assunto, mas DIALOGAMOS .
Os compulsivos sequer conhecem a palavra DIÁLOGO.
BEIJOS
Entro no blogue, depois de duas semanas afastado do MUNDO. Vou lendo as notícias sobre o meu Botafogo e continuo Zapeando, Zapeando, vou voltando no tempo e ... te reencontro, Lúcia, sempre em SENNA. Que leitura deliciosa para um sábado a noite! Leve, descontraída, inteligente e engraçada. Tuas crônicas tem um quê de " QUERO MAIS". Quero sempre mais! Peço sempre BIS! Parabéns pelo número de comentários dos teus fiés leitores. Até os comentários são hilários. Tudo é palpitante. Tudo é Lúcia em Dó, ré, mi, fá, sol, lá , SENNA. Tu és a propria escala musical.
Um abraço musicado.
Paulo Gorini - músico
Oi, Paulo
Obrigada pelo presente tão especial que me ofereces em um sábado à noite. Gosto muito de saber que encontras alegria, leveza e descontração nos meus textos. Aliás, Paulo, são esses os adjetivos que os meus queridos leitores costumam usar para defini-los. Fico feliz e honrada. O mundo anda complicado, a vida está difícil e a overdose de realidade é a ruína do ser humano. Há que se ter uma janela , uma porta, uma escada para o imaginário, para o idílico. Acho que cada um de nós tem a obrigação de encontrar uma maneira menos burocrática de existir. A minha válvula de escape , eu a encontro na escrita e no canto.
E se consigo passar um pouco disso tudo através das crônicas, sinto-me realizada.
Agradeço o teu musicado comentário.
Um abraço.
PS: substantivos e não adjetivos KKKKKK
Substantivos ou adjetivos, Lúcia,
não importa. São teus predicativo, sujeitos a aplausos.
O resto é acessório.
Paulo
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