Imagem: JoãoPaulo fotografado por Vitor Silva/SSPress/Botafogo
Honrando o momento privilegiado de Maurício há 28 anos, o
Botafogo tornou-se ontem o MELHOR DO RIO na classificação geral do Brasileirão.
Além de se manter na Copa do Brasil e na Taça Libertadores.
Fico às vezes cogitando o que fariam Tite ou Cuca com uma
equipe destas, tecnicamente abaixo de mediana, com lesões permanentes, com
contratações que deixam muito a duvidar. Eu sei: demitiam-se…
E, contudo, Jair vai para coletivas e, sem lamúrias, explica
que futebol é assim mesmo: tem que jogar com o que se tem, e dentro do que se tem,
montar uma estratégia, implementar um sistema e blindar a equipe com uma
resiliência invejável.
Maurício Assumpção até nisto foi profundamente mau:
afastou Jair Ventura por sete meses, despedindo-o sem explicações!!!...
Bem… sobre o jogo… CIRÚRGICO!
Equipe estranha, que perde gols feitos por incapacidade
técnica no instante decisivo do último passe ou do remate a gol, e de repente
faz dois jogos absolutamente cirúrgicos: não ataca, defende-se, rola a bola,
deixa o adversário chegar e, de repente, em contra-ataque, faz gols. Dois na
vitória tranquila com a Chapecoense, três na vitória tranquila com o Vasco da
Gama.
Em suma: com grande destaque para João Paulo e Roger,
quiçá para Matheus Fernandes e Bruno Silva, o Botafogo teve três chances e… fez
três gols!
E Montillo, cadê ele?...
Ao contrário, o Vasco atacava, atacava, mas não criou uma
única jogada de defesa difícil para Gatito. O gol não foi oportunidade, foi
mais uma ‘inteligência’ absurda do árbitro com o jogo em 3x0, mas vinha na
sequência de um monte de cartões amarelos mostrados aos nossos jogadores, nada
mais, nada menos, do que cinco contra nenhum do Vasco.
O oportunismo à frente do gol e a jogada de falta
ensaiada compuseram a noite. Uma noite em que o Botafogo postou mais uma vez a
equipe bem posicionada, cerrada na defesa, deixando o adversário evoluir até
fora da área, desarmando-o constantemente e partindo rapidamente para o ataque
com um João Paulo e um Bruno Silva surpreendentemente em grande forma e Roger
começando a querer ser mesmo o goleador do ano, apesar da sua lentidão. Mas
parece que Jair já percebeu como alimentar Roger através de contra-ataques.
Treinador não defende gols, não desarma atacantes, não
carrega jogo, não arma o ataque e não faz gols, mas Jair fez o que sempre nos
faltou neste século com qualquer treinador: uma equipe resiliente, cirúrgica, surpreendentemente
experiente e até mesmo cínica na sua forma ‘traiçoeira’ de jogar. Era assim o
Botafogo da década de 1960.
Aliás, os árbitros também não mudaram: sempre
prejudicando o Botafogo na década de 1920 ou 1940 ou 1960 ou 1980 ou 2000 até
hoje… Não têm vergonha na cara e os responsáveis da arbitragem no País e nos
estados são um descalabro vergonhoso estampado em cada exibição que fazem.
GLÓRIA AO BOTAFOGO NAS ALTURAS… DA ESTRELA SOLITÁRIA!
FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x1 Vasco da Gama
» Gols: Roger, aos 4’ e 60’ e
Victor Luís, aos 45’+4 (Botafogo); Caio Monteiro, aos 84’ (Vaso da Gama)
» Competição: Campeonato
Brasileiro
» Data: 21.06.2017
» Local: Estádio Nilton Santos, no
Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 13.287 pagantes
» Renda: R$ 363.610,00
» Disciplina: cartão amarelo - Victor Luís, Joel Carli,
Roger, João Paulo e Dudu Cearense (Botafogo)
» Botafogo: Gatito Fernández, Arnaldo,
Joel Carli, Igor Rabello e Victor Luís; Rodrigo Lindoso (Montillo), Bruno Silva
(Guilherme), Matheus Fernandes (Dudu Cearense) e João Paulo; Rodrigo Pimpão e
Roger. Técnico: Jair Ventura.
» Vasco da Gama: Martin Silva, Gilberto, Breno, Paulão
e Henrique (Madson); Jean, Douglas, Yago Pikachu (Paulo Vítor), Mateus Vital
(Caio Monteiro) e Nenê; Luís Fabiano. Técnico: Milton Mendes.
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