quinta-feira, 22 de junho de 2017

Botafogo 3x1 Vasco da Gama

Imagem: JoãoPaulo fotografado por Vitor Silva/SSPress/Botafogo

Honrando o momento privilegiado de Maurício há 28 anos, o Botafogo tornou-se ontem o MELHOR DO RIO na classificação geral do Brasileirão. Além de se manter na Copa do Brasil e na Taça Libertadores.

Fico às vezes cogitando o que fariam Tite ou Cuca com uma equipe destas, tecnicamente abaixo de mediana, com lesões permanentes, com contratações que deixam muito a duvidar. Eu sei: demitiam-se…

E, contudo, Jair vai para coletivas e, sem lamúrias, explica que futebol é assim mesmo: tem que jogar com o que se tem, e dentro do que se tem, montar uma estratégia, implementar um sistema e blindar a equipe com uma resiliência invejável.

Maurício Assumpção até nisto foi profundamente mau: afastou Jair Ventura por sete meses, despedindo-o sem explicações!!!...

Bem… sobre o jogo… CIRÚRGICO!

Equipe estranha, que perde gols feitos por incapacidade técnica no instante decisivo do último passe ou do remate a gol, e de repente faz dois jogos absolutamente cirúrgicos: não ataca, defende-se, rola a bola, deixa o adversário chegar e, de repente, em contra-ataque, faz gols. Dois na vitória tranquila com a Chapecoense, três na vitória tranquila com o Vasco da Gama.

Em suma: com grande destaque para João Paulo e Roger, quiçá para Matheus Fernandes e Bruno Silva, o Botafogo teve três chances e… fez três gols!

E Montillo, cadê ele?...

Ao contrário, o Vasco atacava, atacava, mas não criou uma única jogada de defesa difícil para Gatito. O gol não foi oportunidade, foi mais uma ‘inteligência’ absurda do árbitro com o jogo em 3x0, mas vinha na sequência de um monte de cartões amarelos mostrados aos nossos jogadores, nada mais, nada menos, do que cinco contra nenhum do Vasco.

O oportunismo à frente do gol e a jogada de falta ensaiada compuseram a noite. Uma noite em que o Botafogo postou mais uma vez a equipe bem posicionada, cerrada na defesa, deixando o adversário evoluir até fora da área, desarmando-o constantemente e partindo rapidamente para o ataque com um João Paulo e um Bruno Silva surpreendentemente em grande forma e Roger começando a querer ser mesmo o goleador do ano, apesar da sua lentidão. Mas parece que Jair já percebeu como alimentar Roger através de contra-ataques.

Treinador não defende gols, não desarma atacantes, não carrega jogo, não arma o ataque e não faz gols, mas Jair fez o que sempre nos faltou neste século com qualquer treinador: uma equipe resiliente, cirúrgica, surpreendentemente experiente e até mesmo cínica na sua forma ‘traiçoeira’ de jogar. Era assim o Botafogo da década de 1960.

Aliás, os árbitros também não mudaram: sempre prejudicando o Botafogo na década de 1920 ou 1940 ou 1960 ou 1980 ou 2000 até hoje… Não têm vergonha na cara e os responsáveis da arbitragem no País e nos estados são um descalabro vergonhoso estampado em cada exibição que fazem.

GLÓRIA AO BOTAFOGO NAS ALTURAS… DA ESTRELA SOLITÁRIA!

FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x1 Vasco da Gama
» Gols: Roger, aos 4’ e 60’ e Victor Luís, aos 45’+4 (Botafogo); Caio Monteiro, aos 84’ (Vaso da Gama)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 21.06.2017
» Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 13.287 pagantes
» Renda: R$ 363.610,00
» Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS); Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi (RS) e Maurício Coelho Silva Penna (RS)
» Disciplina: cartão amarelo - Victor Luís, Joel Carli, Roger, João Paulo e Dudu Cearense (Botafogo)
» Botafogo: Gatito Fernández, Arnaldo, Joel Carli, Igor Rabello e Victor Luís; Rodrigo Lindoso (Montillo), Bruno Silva (Guilherme), Matheus Fernandes (Dudu Cearense) e João Paulo; Rodrigo Pimpão e Roger. Técnico: Jair Ventura.
» Vasco da Gama: Martin Silva, Gilberto, Breno, Paulão e Henrique (Madson); Jean, Douglas, Yago Pikachu (Paulo Vítor), Mateus Vital (Caio Monteiro) e Nenê; Luís Fabiano. Técnico: Milton Mendes.

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