por CARLOS VILARINHO
especialmente para o
Mundo Botafogo
sócio-proprietário e
historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
[A narração que se segue
reporta-se ao ano de 1965]
O Flamengo armou-se em 4-2-4, mas não
pôde furar o solido sistema alvinegro (em 4-3-3). […] Enquanto
Hélio orienta a barreira e antes que Rildo ocupe sua posição, Fefeu, sem
autorização do juiz, atira rasteiro: 0x1. Vale tudo! Mas aos 35, Artur cruza na
área. Fefeu tenta aliviar, mas Bianchini toca para Sicupira empatar: 1x1. […]
Aos 22, Bianchini dispara. O couro bate
no peito de Franz e, na volta, Jairzinho completa para o filó. Num piscar de
olhos, Frederico Lopes “vê” falta no lance e anula o gol. […] Ditão deu
outra em Bianchini (aos 35). Dentro da área! Ricardo Serran (O Globo) intitulou
seu artigo deste modo: “O Juiz Impediu a Vitória do Botafogo”. […]
Jairzinho esbravejou [no vestiário]: […] “Que Franz
largou a bola todo o estádio viu. Apanhei a sobra com a maior certeza de que
estava completando um lance limpo, mas o juiz atrapalhou tudo”. Bianchini
completou: “Lance limpo, absolutamente normal. Fiquei tão revoltado que dei um
murro na trave e cheguei a pensar que a direção do soco poderia ser outra”.
Rildo era o mais indignado: “É sempre assim. Contra o Botafogo vale tudo!”
Fonte do excerto: VILARINHO, C.
F. (2016). O Futebol do
Botafogo 1961-1965. Edição do Autor: Rio de Janeiro, pp. 282-283.
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