por CARLOS VILARINHO
especialmente para o
Mundo Botafogo
sócio-proprietário e
historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
[A narração que se segue
reporta-se ao ano de 1965]
A resposta de Palmeiro: […] não lhe
concedo a solicitada rescisão do contrato, mas passo a considerá-lo em regime
de licença, por tempo indeterminado, com todos os seus vencimentos contratuais,
por entender que lhe faltam, no momento, condições psicológicas para prosseguir
a sua gloriosa carreira de jogador de futebol.
O Jornal […] comentou: […] “Ao receber, ontem, a carta que lhe enviou
o presidente Ney Cidade Palmeiro, negando-lhe a rescisão solicitada, Nilton
Santos revelou satisfação íntima, pois confessou a parentes que, na verdade,
não pretendia deixar o Botafogo em tais circunstâncias.” […]
Nilton Santos reagiu com uma segunda
carta aberta (publicada no domingo), cobrando de Palmeiro: “Liberte o
Garrincha. Dê-lhe de presente o passe que nada custou ao Botafogo”. Na coluna
do último domingo, 14, Armando
[Nogueira] havia escrito: “Devolvam-lhe o
passe que o Botafogo não comprou a ninguém.” Ora vejam! […]
À noite, Maneco agitou a segunda carta
(também de autoria de Armando),
lendo-a na Resenha da TV Excelsior, sendo
apoiado por [João] Saldanha. […]
Vargas Netto reduziu-os a pó: […] “Um dia
antes da publicação, um deles me contou o texto da carta. Houve outro [Armando]
que não fazia mistério em se dizer autor da epístola aos romanos. Um outro
[Sandro] tentou justificar a mim, que achei a carta sem objetivo, sem propósito
e sem lógica, contraditória, na forma e na essência provando que Nilton Santos
era apenas ‘cobra mandada’, afirmando que não era contra o Botafogo, mas apenas
para promover Nilton Santos para um programa de TV, que deveria ser bem
vendido. Fizeram o pobre rapaz servir de robô.”
Fonte do excerto: VILARINHO, C.
F. (2016). O Futebol do
Botafogo 1961-1965. Edição do Autor: Rio de Janeiro, pp. 274 a 276.
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