sexta-feira, 13 de julho de 2018

Paulo César Caju: a caminhada de Didi

por PAULO CÉSAR CAJU
jornal O Globo

O que mudou na seleção, me digam? Saiu um professor sisudo e entrou um pastor, um palestrante de autoajuda. Mudou apenas o discurso. E, se Dunga tinha zero de apoio da mídia, porque nunca fez questão de ser simpático, Tite teve uma aprovação retumbante. Aí fica mais fácil trabalhar. Mas pensem comigo.

Sua técnica de autoajuda não melhorou em nada, por exemplo, o lado psicológico de Neymar, que até o último minuto tentou ludibriar o árbitro com suas quedas. O Tite psicólogo falhou. Como uma seleção chega no ponto alto da Copa com tantos jogadores em frangalhos, contundidos? O Tite departamento médico falhou. Como uma seleção consegue dar 50 passes errados em um jogo tão importante? O Tite fundamentos falhou. Como uma seleção não tem uma jogada ensaiada, um contra-ataque mortífero, um toque de bola envolvente e coloca o centroavante para marcar como um cabeça de área? O Tite técnico falhou. Como olhar para o banco e ver Fernandinho, Renato Augusto e Firmino como as principais alternativas? O Tite convocação falhou.

A verdade é que o “genial” Tite falhou além da conta, mas a imprensa continua passando a mão em sua cabeça, e a CBF já garantiu a sua permanência, a do filho e a do papagaio até o ano 3000. É preciso mudar não só o Tite, mas toda a cúpula da CBF que transformou a seleção em um balcão de negócios.

Texto completo em https://oglobo.globo.com/esportes/a-caminhada-de-didi-22866056#ixzz5KlF9VAiV

12 comentários:

Zatonio Lahud disse...

Tite,o encantador de otários! Saudações alvinegras!

Ruy Moura disse...

Resposta à boa moda do Barão de General Severiano. Fica-me a dúvida: os otários começas com a cúpula do CBF ou só com os 'especialistas/comentaristas' de futebol? (rsrsrs)

Abraços Gloriosos.

Carlos Eduardo disse...

Eu canso de dizer,time q não tem liderança(o jogador nao precisa ser o mais habilidoso,rico,ou cheio de "parças") aquele que todo mundo para pra ouvir o que tem a dizer,ñ precisa nem ser o capitão,nem o mais experiente,aquele cuja liderança já é nata.Time sem liderança,dança.
Liderança não é panelismo nem pachequismo,o povo desaprendeu o significado dessa palavra.
Liderança não é mandar(pq mandar qualquer um faz) é conseguir através de uma troca de ideias sensatas chgar a um ponto comum.
Hoje Ruy com o futebol moderno,o jogador que é LIDER,tem que saber o básico dentro das quatro linhas:noção tecnica,tatica e psicologica.O que faz cada posição,como se mover em campo,saber o minimo quando está jogando.
Temos isso no Brasil(futebol brasileiro/continental),Ruy????

Anónimo disse...

Craque incontestável da bola e da palavra! Com Jairzinho, Gérson, Rogério e Roberto, uma das duas maiores linhas de frente de TODA a história do futebol; a outra, claro, é aquela um pouco anterior, de Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo e Zagalo. Bom ter notícias da fera: como sempre fez em campo, um show de inteligência. Grande comentário, Caju! Saúde, felicidades e saudações alvinegras,
Acácio.

Ruy Moura disse...

Onde devo assinar?... PERFEITO, Carlos Eduardo!

Sem liderança e sem visão não há grupo que resista, não há equipe que seja vencedora!

Abraços Gloirosos.

Ruy Moura disse...

Que duas linhas de ataque fabulosas, Acácio! Quanto a mim foram as duas mais fabulosas linhas de ataque do futebol brasileiro. Aliás, a prova está aí: linhas tricampeãs do mundo!!!

Abraços Gloriosos.

Carlos Eduardo disse...

Sobre o comentario do anonimo acima,já vi um documentario sobre o botafogo um cara dizer q a linha de frente de 1948 era outra coisa fabulosa.
Paraguaio,Geninho,Pirillo,Octavio e Braguinha.E é só ver onde se encontra Paraguaio,Geninho e Octavio na historia do clube.
Fora algumas trincas de jogadores na dec 30 como Martim,Ariel e Canalli,Carvalho Leite,Nilo e Celso(Patesko).
Acho que quem comanda o clube não sabe nem um terço da nossa historia.
Ruy,se eu fosse presidente ou tivesse um cargo importante lá,antes do jogador assinar o contrato,eu ia fazer questão de mostrar esses craques e a nossa historia,tanto bons ou momentos ruins,e depois perguntar: "E aí,agora que você sabe o tamanho e importância desse clube no mundo,vai dar conta do recado jogando em alto-nivel??? Pq aqui ninguém nunca aceitou menos que isso???" Só pra ver a reação deles.Dá aquela intimada que tá faltando em General Severiano.

Ruy Moura disse...

Concordo, Carlos Eduardo, mas como 'nuances'. Isto é, as duas linhas de maior sucesso no Clube e na Seleção foram as duas mencionadas que funcionaram desde final da década de 1950 até final da década de 1960. As linhas de Nilo e Carvalho Leite foram muito móveis, desde Celso a Patesko, não constituiram um quinteto estabilizado (Patesko só foi notável em 1935). A linha de 1948 estava muito bem entrosada, mas não eram 'verdadeiros' craques. Foram entronizados por quebrarem um longo jejum de 13 anos e por Carlito Rocha exponenciar aquela vitória com as suas superstições, porque o Vasco da Gama era melhor e continuou a ser melhor depois de 1948. Em 1949 o Vasco retomou o título e o Bota só tornou a ser campeão 9 anos depois. Em suma, eu diria que esta foi a 4ª linha de sucesso, se bem que Nilo e Carvalho Leite nunca tivessem tido um quinteto muito estável (mas foram dois dos maiores craques do Botafogo em todos os tempos).

Abraços Gloriosos.

Anónimo disse...

Olá, Rui, saudações gloriosas!
Desde já, obrigado por sua atenciosa resposta. Aliás, nem mencionei os títulos intercontinentais que o Botafogo conquistou com essas feras (todos muito bem documentados no Mundo Botafogo, a legítima Enciclopédia do verdadeiro alvinegro): vamos, por ora, lembrar “apenas” o Pentagonal (1962) e o Hexagonal (1968) do México, o Internacional de Paris (1963) e o tri desse sensacional Torneio de Clubes e Seleções de Caracas (1967/1968/1970). Seis mundiais (que, sem politicamente correto: tem latino-americano e europeu, não é só intercontinental, é mundial mesmo)! Batendo outros gigantes do futebol e seleções como México, Argentina e a extinta URSS, é bom ou quer mais?
Pena que, dos 60 para trás, a informação mais detalhada dos jogadores (exceto, talvez, do Heleno) seja tão escassa, eu gostaria de conhecer melhor um pouco deles, seu estilo de jogar, descrição das grandes performances.
No mais, concordo com o Carlos Eduardo: jogador que veste a camisa mais gloriosa do universo tem que ter noção de sua grandeza; mas isso também deve derivar de TODA a diretoria ter grandeza...
Um grande abraço e muito obrigado pelo seu blog, ele é responsável pela difusão de um capítulo essencial e gigante da História do Futebol e dos Esportes,
Acácio.

Ruy Moura disse...

Puxa, Acácio, que elogios fabulosos: "Mundo Botafogo, a legítima Enciclopédia do verdadeiro alvinegro" e "Responsável pela difusão de um capítulo essencial e gigante da História do Futebol e dos Esportes".

UFA!... Inchei de orgulho! Muitíssimo grato por tão notável reconhecimento, Acácio!

Também sinto o mesmo em relação ao passado. No noticiário dos jogos dos anos '20, '30, '40, consegue-se apanhar alguma coisa, assim como no livro do Mestre Alceu, mas realmente a imprensa da época era muito diferente da imprensa moderna pós anos '60 e, especialmente, da imprensa atual que escalpela tudo ao pormenor. Na rubrica 'figuras' caracterizo alguns atletas, mas a informação é realmente pouca.

Abraços Gloriosos.

Anónimo disse...

Olá, Rui, saudações gloriosas!
Rapaz, eu é que agradeço. Os elogios são mais que merecidos, pois o Mundo Botafogo disponibilizou, simplesmente, um material histórico, que até então eu nunca tinha visto em lugar nenhum, site, livro ou revista, listando (com súmulas) TODOS os – não poucos! – títulos que o nosso Botafogo acumulou em sua gloriosa história. Baixei todo esse material e copiei num portentoso doc de 307 páginas, com os links devidos, e posso avaliar o trabalhoso e demorado esforço que deve ter sido reunir tanta informação difícil de encontrar, de tantos títulos em mais de um século de história. Além disso, indico sempre o Mundo para os meus amigos, botafoguenses ou não, como referência, não só de paixão clubística, mas de prova documental incontestável para derrubar aquela estúpida mentira que os rivais invejosos nos atiram, de que o Botafogo das eras Garrincha e Jairzinho não ganhou nada de importância: Taça Brasil 1968 (competição ressuscitada, anos depois, como Copa do Brasil – sim, temos Copa, primeiro clube do Rio a ganhá-la!); 3 Rio-SPaulo; e, para humilhar, os 6 mundiais que citei no post anterior: e não aceito a desculpa esfarrapada de que não seriam oficiais, sem chancela de federação alguma, senão vejamos: difíceis (vide os adversários), bem remunerados, respeito aos participantes, bem organizados e, para arrematar, honestos, sem tretas. Seis competições profissionalmente organizadas não federativas, e convenhamos: com o histórico tenebroso dessas federações (patética e lamentável CBF, bipolar CONMEBOL, arbitrária FIFA) alguém tem o desplante de dizer ainda que só o que vem deles presta? Resumindo, por isso o Mundo é essencial: é história, é fato, é prova incontestável de nossa Glória: e sintam o cheirinho da humilhação, detratores!
Um grande abraço, Rui, e muita saúde e prosperidade: que você continue por muitos anos a divulgar a mais cativante história clubística de todas; nós, legião botafoguense, humildemente agradecemos.
Acácio.

Ruy Moura disse...

Acácio, meu amigo, o tempo em que essa gente vai dizer que não temos títulos vai acabar na cara deles. Repare nas décadas das nossas maiores glórias: 1930; 1960; 1990. Quer dizer... a Glória espera-nos na década de 2020!

Esperança que esta diretoria desapareça e venham diretorias que nos levem novamente à Glória!

Reitero a minha gratidão pelos elogios.

Abraços Gloriosos.

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