Com seu estilo surfista, Rodrigo chegou a
General Severiano com uma árdua tarefa: devolver a esperança de gols e títulos
para a torcida do Botafogo. Após três temporadas no Alvinegro, tornou-se o
jogador mais valorizado do clube, mas não conseguiu levantar a taça tão
esperada.
por
LÉO ROMANO
Revista
Placar, edição nº 1242, Set/2002, retomando reportagem de 2001.
A
única característica dos boleiros tradicionais que Rodrigo possui é a
intimidade com a bola. Em vez de ouvir pagode, prefere surf music. Em vez dos
bares de pagodeiros, a sua diversão predileta é pegar uma boa onda. Às vezes,
quando os treinamentos não são tão puxados, chega a levantar-se às cinco da
manhã para surfar antes do treino – isso faz com que seja um dos jogadores no
Botafogo com melhor preparo físico. […]
Junto
com Paulo Autuori, que voltou a comandar o time neste Brasileiro, Rodrigo é a
grande esperança da torcida alvinegra de ver o time jogando um bom futebol e
disputando o título. […]
Depois
da saída de Donizete, passou a ser a estrela da companhia.
[…]
Realmente,
pelo talento e também pelo estilo, é diferenciado dos outros companheiros de
profissão. Veio de família de classe média alta de Santos e só continuou no
futebol por pura insistência. Chegou a cursar dois anos de Administração […] mas largou o futebol para trabalhar na
firma de calçados do pai. […]
Mas
Rodrigo deu sorte e, no início do ano seguinte, […] o supervisor da Portuguesa Santista […] o chamou para treinar. […] Ficou seis meses lá e […] no segundo semestre foi estudar inglês nos
estados Unidos e participou da Liga Interestadual pelo time da Universidade de
Des Moines. […]
A
sua paixão mesmo é o futebol. Sem mudar o estilo, vem tendo sucesso, tanto que,
depois de quase três temporadas no Botafogo, tornou-se o jogador mais
valorizado e cobiçado do elenco alvinegro. […] Rodrigo teve o seu nome cogitado para
defender o Flamengo, São Paulo e Santos. O Botafogo quer 3 milhões de dólares.
A última sondagem foi do Palmeiras. […]
Mas “Quero ficar no Botafogo por muito tempo ainda.”
Agradecimentos a Mauro Axlace, editor do blogue Aqipossa [https://aqipossa.blogspot.com] que gentilmente cedeu a informação.
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