por LÚCIA SENNA
Escritora e
Cantora
Cronista do
Mundo Botafogo
O sítio do seu Acursio era feito de mistérios, lendas e alquimias. Ficava
às margens do Amazonas, rio que banha a cidade de Manaus. Foi lá que passei
alguns dos melhores finais de semana da minha vida. De um lado, o fabuloso rio.
Do outro, a pujante floresta, densa e rica. E no meio de tão exuberante
natureza surgiam ao longe, pequenas e frágeis, construções ribeirinhas, arquitetura
típica de quem mora às margens dos rios da região. As casas eram erguidas sob
palafitas flutuantes, com o objetivo de não serem arrastadas pelas forças das
águas. Vistas à distância, mais pareciam
mulheres magras, de pernas finas e arqueadas, a lutar ao lado de seus Quixotes,
contra todo e quaisquer moinho de vento, ou melhor, contra estrondosas
pororocas.
A casa de
Acursio era uma delas. Embora fosse homem de posses mantinha o sítio, pois seu
contato com a natureza era visceral. Neto de índios da tribo Marubo, não
concebia a vida sem estar em plena harmonia com o meio ambiente. E gostava de
convidar amigos para desfrutar daquele magnífico santuário tropical de rara
beleza, seu habitat natural.
O acesso ao
sítio já era por si só uma grande aventura. Íamos em família e, portanto, havia
necessidade de fretar um caminhão. Meus tios viajavam na boleia. O resto do
pessoal, na carroceria. A viagem era longa e divertida. Cantávamos durante todo
o trajeto. Mal alguém puxava uma música e muitas outras chegavam aos borbotões,
como se já estivessem previamente selecionadas numa espécie de playlist
familiar.
Do caminhão,
direto para o vapor, um tipo de embarcação a motor, completamente tosco e
desconfortável. Os passageiros, ainda hoje, atam suas redes velhas e coloridas
e aproveitam para puxar um ronco durante a travessia. Mais três horas, rio
acima, rio abaixo, até chegar no destino final.
A chegada no sítio
era sempre deslumbrante! Não me sinto capaz de reproduzir a beleza do cenário e
a emoção que sentia envolta em toda aquela magia. Faltam-me palavras. Pra
começar, o silêncio absoluto da noite, chegando de mansinho na mata. Silêncio
absoluto, não. O silêncio, na verdade, era entremeado pelos exóticos cantos dos
pássaros, o piar das corujas, as araras barulhentas a disputar um lugar nas
copas das mais frondosas árvores da floresta. E, de repente, o barulho de uma
frutinha que caiu de uma palmeira, bem ali na margem do rio e o céu todo
avermelhado, maravilhosa pintura do anoitecer amazônico. A floresta, como eu, é
extremamente musical. Com uma diferença a seu favor: sendo divina, jamais
desafina.
A casa do amigo
era demasiadamente primitiva. Mais primitiva não poderia ser. Como todas da
região, também era de palafitas. Para ter acesso ao seu interior, tínhamos que
subir uma escadinha de uns 10 degraus. Até aí, tudo igual. A estrutura era de
madeira, mas o teto era uma cobertura feita com folhas secas trançadas. Uma
coisa, no entanto, chamava atenção: não tinha portas, nem janelas. Camas também
não havia. Só redes, e poucas. Diante
dessas precárias condições e, por conta do calor infernal, a única solução era
dormir ao relento, atando redes nos galhos das árvores mais baixas. E, como se todo
esse incomodo já não bastasse, havia muitos carapanãs – os vulgos mosquitos – e,
portanto, tínhamos que nos proteger com mosquiteiros surrados, mais parecendo a
última lona de um circo mambembe.
Bem, mas se
estávamos à procura de aventuras e vida selvagem, o cardápio era especial e
estava sendo servido com pompas e circunstâncias. Nada a reclamar! Tirando o desconforto da casa, o resto era
deslumbrante! Ainda hoje sinto o aroma exótico daquele lugar. Não sei bem a
razão, mas o fato é que os cheiros me trazem tantas e tantas lembranças. Lá,
havia uma árvore muito alta, de folhas e frutinhas vermelhas que exalavam um
aroma tão inebriante, mas tão inebriante, que não será exagero se eu disser que
tal fragrância estará pra sempre em mim. Tudo era afrodisíaco e inspirador!
Numa das minhas
idas ao sítio convidei uma amiga pra conhecer o paraíso. A noite estava
especialmente linda e iluminada. Aquilo era um convite para fazer algo diferente,
inusitado. Algo me chamava em direção ao Rio. O reflexo do luar dentro das
águas parecia um imã a me atrair com uma força excepcional. Minha amiga e eu
estávamos bastante impactadas. Jovens, românticas e nada minguantes, aceitamos
o destino que a lua cheia nos propunha.
Acursio tinha
um barquinho simpático que vivia ancorado no meio do rio. Que tal, então, se
passássemos a noite no barco, sob os efeitos incríveis daquele cenário,
recitando poesias à luz do luar, falando de amor, e depois de muitas
elucubrações, devaneios, risadas e altas reflexões, nos entregássemos ao sono
até que o dia amanhecesse no horizonte?
Estávamos
altamente excitadas com a ideia. Não poderíamos comentar o plano com ninguém.
Era um segredo meu, dela e da lua. Quando todos já estavam em suas redes, enrolados
em seus mosquiteiros, pedimos ao Rufino, um caboclo que morava no sítio, que
nos levasse de bote até o barco e que nos apanhasse assim que o dia raiasse.
Munidas de livros de poesia e de biscoitos, chocolates e duas garrafas de sidra
de maçã, com a ajuda do rapaz, adentramos o barco. Rufino era mais calado que a
calada da noite. Sorte a nossa!
Nada podia ser
mais fascinante do que estar vivenciando aquela experiência. A estonteante lua
parecia nos banhar com seus raios prateados. Aquilo sim, era viver. Estávamos
em pleno Rio Amazonas, com um luar sobre os nossos corpos, lendo A ARTE DE AMAR,
de Erich Fromm, e querendo decorar frases de efeito para dizermos no momento
oportuno. Tinhamos plena consciência que o momento era de magia, de mistério,
de transformação, de alquimia. Maria, deitada na proa do barco, recitava
poesias amazonenses. Depois de esvaziarmos as garrafas de Sidra, bateu o sono.
De repente, e
não mais que de repente, as águas começaram a ficar muito revoltas, e quem
conhece a força do Amazonas sabe que é ele quem dá as ordens e só sossega na
hora que bem entender. O barco balançava demais e a impressão exata é que ele
ia virar. As ondas, cada vez mais fortes, batiam violentamente no casco. O
banzé era intenso. Em pânico, gritávamos, lívidas de pavor: “socooooorro, é a
Cobra Graaaaaaande! “
Não sei se tu
sabes, mas a lenda da Cobra Grande é uma das mais conhecidas do folclore
amazônico. Trata-se de uma cobra gigantesca que habita a parte mais profunda do
rio. A origem é indígena. Conta-se que em dias de lua cheia ela deixa seu
habitat, sai afundando embarcações, além de aterrorizar e devorar a população
ribeirinha.
Se era ou não a Cobra Grande, eu não sei. Gosto de pensar que era.
Afinal, nasci na região amazônica e a minha biografia vai ficar muito mais
interessante com essa fantástica passagem.
E tem mais: sou filha de boto, sim senhor. O boto é um rapaz muito
bonito e sedutor. Mora nos igarapés e sai das águas para conquistar as moças
bonitas da cidade. Foi numa dessas
investidas que...
Bem... essa é uma outra história para ser contada em outra crônica.
102 comentários:
Luar, mesmo em luta negros olhos que tens,
Ungiu a noite a bordo do barco atado ao rio
Caudaloso e que domina todas as suas margens,
Igarapés e que “ama” zonas o desafio,
A força das águas que lhe frutas selvagens!
Simplesmente levaste amiga mais a coragem,
Em redes, dormem ouvindo a sinfonia selva
Nascida da vida pelas árvores, na relva,
Nos seres imaginados por caboclos crentes,
Algaraviada das aves, rastros das serpentes…
Corações de esperança de aventura e de amor,
O nascer do sol soberbo e dando, a tudo, cor,
Saudades do que houve mudaram as duas sim:
Temos rainha e cronista, é bem simples assim;
Ambas, numa só, temerária, com todo ardor!
Sérgio Sampaio, www.umpoetinha.com.br
És cronista ou és poetisa?
Linda narrativa! Espetacular, poetinha do blog!!!!
Anonimo CONVICTO
Amiga,
Que linda história de aventura.Fiquei om inveja da tua amiga MARIA que viveu essa incrível experiência na tua companhia.
Onde será que eu estava que não me convidasse? AIAIAIAIAI, HUM!
BEIJÃO DA TATY
Lucia,
Que história fantástica! Fechei os olhos e , sem nenhum esforço, me vi dentro da cena que tão bem criaste pra nós. E que cenário estonteante é esse da região amazônica. Não queria que o texto terminasse. Encantador!
Grande abraço do ALCEGLAN
Você é, de corpo , alma e mente uma mulher verdadeiramente amazônica, no literal sentido da palavra...
Gabriel, um fã entre tantos.
Lindo texto! Também conheci o sítio do Sr.Acurcio mas posso te assegurar que o pintaste muito mais bonito do que realmente era. Adorei.
Beijos, SÍLVIA
Lucia, querida
Tu estás sempre nos trazendo novas e novas emoções com as tuas vivências tão especiais. A de hoje é espetacular! Afinal, estar um barquinho no Rio do fabuloso Amazonas , em uma noite de luar já é incrível. Não precisava nem mesmo da COBRA GRANDE pra ser fantástica!
Beijos, amiga linda
ELIZA,
Oi, Lúcia
Belo texto! Digo que não é só o sítio do seu Acursio que é feito de " lendas, mistérios e alquimias". Tuas crônicas também têm essas mesmas carácteristicas.
E ainda mais: bom humor e musicalidade.
Parabéns mais uma vez.
João Martini
Lucia amigona,
Viajei contigo e estive também no sítio do seu Acursio. Senti todas as " tuas" emoções. Me apropriei dos cheiros do sítio, da sensação de entrar no barco ancorado no meio do Rio, do medo da COBRA GRANDE , enfim... vivi a tua aventura e fiquei extasiada de prazer.
Valeu,querida! Valeu mesmo
Beijão da Lia.
Nada como uma cronista que sabe nos fazer sonhar, retratando com muita precisão toda a beleza e o mistério de uma das regiões mais encantadoras do nosso país. Li o texto, fechei os olhos e mergulhei no misterioso AMAZONAS.
Bom demais!
Abraços Gloriosos,
ALCEU
Amiga, li e curti muito.
Agora estou curiosa pra saber sobre essa história do boto. Você é filha do boto?
Uauuuuuuuu! Conta logo essa história, conta....
Beijão,
Sandra
Oi, Lúcia
Você escreveu esse texto de uma forma tão nítida, tão clara , tão perfeita que a impressão que eu tive era de conhecer o sítio há muito tempo. E isso é mágico!
Acho até que conheço RUFINO, o sujeito que levou vocês para o barquinho ancorado no meio do Rio rsrsrs.
Excelente!
Abraços do Jayme.
Acho super interessante as lendas amazônicas. Essa da Cobra Grande é uma das mais conhecidas. Você que é lá da região deve conhecer bem essas extraordinárias lendas. Que bom que a do boto está a caminho. Que muitas outras venham pois serão muito bem vindas.
Beijocas,
ANA.
Oi, Lúcia
Boa noite. Leitura muito prazerosa. Sair do cenário árido do Rio e ser levado para uma aventura em plena floresta amazônica pela nossa RAINHA, é simplesmente majestoso. Palmas pra ela!
MARCELO.
Minha amiga querida,
Que linda história saida da selva amazônica! Da viagem de caminhão, passando pelo vapor de redes coloridas até a chegada no sítio, tudo é carregado de lirismo e encantamento.
Amei o relato!
BEL
Oi, Luquita
Também tenho grandes recordações do sítio do seu Acursio. Elas ficaram ainda mais vivas e mais bonitas depois da tua crônica. Saudades de ti e do Rio.
Beijos da CHESCA.
Li com muito interesse e curiosidade a crônica publicada hoje.Trouxeste detalhes deliciosos e perfumados de um sítio de beleza primitiva e, por isso mesmo, enormemente atraente. Um texto, como diziam os mais antigos, para beijar e guardar bem guardado.
Abraços do MÁRIO.
Oi, Lúcia
ME diga bem depressa, onde fica esse sítio? É pra esse paraiso que quero ir correndo. Quero me livrar da cidade grande e de qualquer lugar que tenha transmissão dos jogos do BOTAFOGO.
Por favor , seja rápida.
SUPLICAS DE UM BOTAFOGUENSE EX-ARRETADO.
ABRAÇOS,
Amiga, somos amigas há tanto tempo e nunca soube dessa tua aventura no Rio Amazonas. É verdade ou é mais uma das suas deliciosas invencionices? rsrsrs.
Beijão da Bete.
Alô,Lúcia
Que relato encantador! A medida que ia lendo, através da tua escrita e do teu olhar amazônico, consegui penetrar na floresta, na casa do ACURSIO , deitar na rede armada ao ar livre e até os carapanas vieram me visitar (rsrs).
Bom pra CARAMBA!
Grande abraço e parabéns pela bela crônica.
Lucia Senna,
Parabéns! 0 tema é fascinante e o cenário que descreves é um deslumbre só. Fiquei me imaginando nesse lugar de sonhos e a vontade que tive foi a de fazer as malas e me mudar pra dentro da mata e poder acordar ao som de pássaros e dormir com o piar das corujas.
Quem sabe um dia, se é que ainda teremos floresta pois do jeito que vai...
Um abraço grande
Haroldo Telles
Duas ou Três palavras definem bem essa crônica: magia, mistério e sedução.
Ingredientes indispensáveis para nos deixar totalmente fascinados e com gosto de quero mais. Valeu, LÚCIA! Que venha a lenda do Boto e suas investidas noturnas.
OTÁVIO
Hello, amiga
Fico aqui me perguntando se esse lugar era mesmo tudo isso que contas ou se é um pouco fruto da tua sensibilidade aguçada e criativa...
Sei não, sei não...rsrsrsrs.
Mas uma coisa posso te assegurar: ADOREI! GIRO!
BEIJINHOS
SOLANGE.
Lúcia,
Tens mesmo um estilo muito especial e, aplicando com graça recursos de marketing, deixas os teus leitores já curiosos pela próxima crônica. Eu já estou salivando e esfregando as mãos pela próxima: a de seres filha de boto rsrsrsrs.
Aguardando ansioso, despeço- me com um abraço afetuoso,
CELIO ALVARENGA
Eta crônica refrescante que me deixou com os pulmões carregados de oxigênio para o resto do ano. Vou imprimi- la e deixá-la ao alcance das mãos.Todas às vezes que me sentir sufocada pela poluição do nosso meio ambiente é ela que há de me socorrer do sufoco rsrs.
Amei!
Ju
Lucia,
Meu próximo passeio será pra Região Norte. Estou louca pra conhecer Manaus e mergulhar nas aventuras dessa cidade de tanta programação interessante. Ah, quero o endereço do ACURSIO que , a partir da tua crônica será um dos pontos turísticos da região, com toda certeza ( risos ).
Beijão da TELMA.
Lúcia,
És um espanto! Tens tantas histórias pra contar que se não fosse pelas belas fotos tuas postadas pelo nosso caro editor, poderia apostar que deverias ter uns 150 anos RSRSRS. Parabéns por seres a pessoa que és, tão cheia de vivacidade e mente criativa.
ALOÍSIO
Imaginação criativa ou pura realidade esse paraíso na terra?
Acho que estou te provocando por uma única razão e bem reprovável: FIQUEI MORRENDO DE INVEJA DA TUA LOUCA AVENTURA!
Perdoa- me , amiguinha rsrsrs.
Te amo,
JANE
Lucia Senna,
Sei que vou ser repetitiva mas só tenho um adjetivo para empregar em relação ao texto: DELICIOSO.
Beijos da VALDIREZ ( VAL).
Muito boa a sua crônica. Agora quero saber que história fantástica será essa sobre o Boto ser seu pai. Já fizeram o DNA? rsrs. Se for mesmo , será a botinha mais bonita de toda região amazônica.
RODRIGO
Boa tarde, Lúcia
Não conhecia a lenda da Cobra Grande. Assustadora! Rsrs.
Não sou brasileiro mas sou muito interessado no folclore do Brasil.E são tantos Brasis dentro do Brasil e é esse caldo cultural que faz com que esse país, cheio de sotaques e costumes seja tão Extraordinário.
POXA VIDA, você é uma ótima cronista.
CONRAD SCHWARTZ
Oi, prima
Só conheço o sítio do seu Acursio de ouvir vocês contarem as histórias da casa sem porta e sem janela , tão primitiva era. Engraçado é que lendo o texto, acabei por sentir saudades de algo que nunca vi antes. Sei lá, mas é como se eu conhecesse cada palmo de terra do sítio. Amei !
LUCIANA
Lucia Senna tem demorado a entrar em cena aqui no blog. Mas quando chega, vem MAJESTOSA, alegrando nosso dia de uma maneira pra lá de especial. A imagem que acompanha o texto é um forte convite à leitura bem como o título , sempre tão atraente. O texto é o que já se sabe : SABOROSO DEMAIS! Bravo, Lúcia!
Abraços Gloriosos
Amiga, eu ia amar esse lugar...
Gosto de casas primitivas , sem portas ou janelas e cercada de mistérios e...carapanã rsrsrs.
Vivemos cercadas de prédios cinzentos e frios , tão distantes da natureza...
E essa natureza exuberante da floresta amazônica, com seus pássaros de cantos exóticos, é de encher a boca de qualquer um de água.
Acho que o sítio do Sr. Acursio vai ser invadido pelos leitores do blog kkkkkk
Beijão,
DECA.
Relendo o texto e os vários comentários e também para verificar se já havias começado a nos presentear com as tuas simpáticas respostas, percebi que não havia me identificado, o que faço agora:
WANTUIL MORAES
Oi, Lúcia
Muito emocionante o teu relato sobre a casa daquele senhor que sendo neto de índios, tinha uma relação viceral com a natureza. O relato que fazes mas parece um retrato fidedigno de todo o ambiente rústico porém exuberante como os rios , os igarapés e a floresta amazônica sabe ser.
Fiquei encantado com a tua descrição. Vi cada cena e senti todos os aromas e todo o mistério envolvendo o lugar.
Meus parabéns sinceros.
RENATO CAMPOS.
Lúcia sempre Lúcia Senna.
Até hoje jamais li uma crônica sua que não seja de agradável e prazerosa leitura. São todas de excelente nível.
A de hoje , a meu ver , é excepcional!
EDSON .
O comentário é pra crônica da Lúcia, mas a minha sugestão vai para o Ruy Moura. Ruy, e se fosse aberta uma etiqueta sobre o folclore brasileiro com foco para a região amazônica?
A Lúcia, com sua criatividade , criaria histórias sobre os vários personagens do folclore amazônico. A ideia não seria de um tipo de dicionário do folclore, porque isso já existe. A ideia seria histórias criadas pela Lúcia a paŕtir do folclore da região, a exemplo da Cobra Grande. Não sei se me faço entender. Será que não ficou muito claro? O boto seria a próxima, como ela própria já determinou. Depois poderia ser a do CURUPIRA e , assim por diante.
Bem, não é nem preciso dizer o quanto gostei da crônica pois a ideia nasceu a partir do texto.
Grato.
NICOLAU
Essa crônica é completa pois passamos por muitas emoções: tem lirismo a dar com o pau, tem magia e tem mistério e tem medo e até terror com a cobra grande tentando virar a embarcação. No final, tem humor e tem curiosidade pela próxima história a ser contada.
Ela gosta de nos deixar roendo as unhas de ansiedade pelo o que há de vir.
Lucia dos mil tons de fortes cores.
Abraços,
RUTH
O cenário é espetacular mas ... como sofre a população ribeirinha que vive sempre assombrada, talvez não com a COBRA GRANDE, mas certamente com os períodos que o Amazonas enche e o povo tem que se equilibrar nas suas casas de pernas compridas e frágeis. Aliás, divertida a comparação entre as casas de palafitas com mulheres de pernas finas e arqueadas a lutar contra as constantes pororocas. A crônica é primorosa.
Meus parabéns.
OLGA DAMASCENO.
Amiga,
Não há dúvida que a tua biografia ficará ainda mais rica com essa aventura no Amazonas. Portanto, era mesmo a COBRA GRANDE e não se fala mais nisso.
Aliás, adoraria ser a tua biografa.
Claro , só daqui a 50 anos RSRSRS.
Topar?
Beijão da Marta.
Essa crônica é o que se pode chamar de uma crônica INEBRIANTE! EU SIMPLESMENTE AMEI! Cheguei até a ficar meio tonta com o cheiro forte e único da mata que , de repente, entrou pelas minhas narinas. Imagino o anoitecer num lugar desses...Deve ser ...INEBRIANTE! RSRSRS. Alguém disse que a turma do blog vai invadir o sítio do ACURSIO. Estou nessa. Vambora? Rsrsrs
Beijão, sua aventureira!
CLARA
Lúcia,
Você diz que há uma grande diferença entre o seu canto e o canto da floresta: que ela não desafina por ser divina.
Sendo você a nossa Rainha , também é divina. No canto, não creio que você desafine. Agora, nas crônicas vc. é uma verdadeira MARIA CALLAS.
Thadeu.
Oi, querida
Que situação horrível que vocês passaram no barco , acreditando que fosse mesmo a COBRA GRANDE. Sei que o Amazonas é bipolar e quando se zanga, sai de baixo... kkkkk. Mas , como dizes, se era aventura que vocês procuravam , a missão foi realizada. Valeu! JOANA .
Depois de 43 comentários, minha querida,o que é que me resta dizer?
Nada, além de te dizer que EU ADOREEEEEEI!!!!
Beijocas
VERA.
Eu sei do que falas ... confesso que vivenciei histórias bem parecidas. Quando criança, morria de vontade e curiosidade em conhecer o belo rapaz que encantado, visitava as moças da região, em noites de lua cheia. Também, imaginava como seria a cobra grande, no fundo do rio..era assustador e ao mesmo tempo, fascinante! Nossas histórias, se confundem. Somos nativas da região.
Acho até, que somos irmãs, filhas do mesmo encantado BOTO.
Bjs
Sou apaixonada pelo nosso folclore.
A regiao amazônica é um Rio caudaloso de personagens folclóricas.Que região tão fascinante! Temos que preservá- la a todo custo. Importante também estar contando e repassando para as futuras gerações suas lendas cheias de magias.
E quando a lenda aparece dentro de uma crônica tão bem escrita é espetacular.
Que venha a do Boto, a do CURUPIRA, a da Vitória Régia etc...
Saudades tuas, amiga
EDNA
Lucia Senna está melhor a cada crônica.
Sabe ser divertida, séria, romântica e característica maior : bom humor. Sempre dá pinceladas bem humoradas nos textos que cria. Enquanto o mundo anda mal humorado, só nos trazendo notícias ruins, a Lúcia chega com temas notáveis e nos oferecendo o seu delicioso humor, com aroma refrescante de eucalipto. E, não há nesse mundo nada mais atraente e sedutor do que uma pessoa bem humorada.
Por tudo isso, tiro o meu chapéu para a nossa cronista rainha risonha rsrsrs.
AMERICO REZENDE
Salvador Dali diz que a beleza de uma obra de arte não estã exatamente na obra, mas na beleza dos olhos que a contempla. Lucia tem olhar seletivo e vê beleza onde muitos outros não a encontram. Esse é o seu grande e maior diferencial. Beleza pura!
Raphael Mallet
Querida amiga, que lindo registro da infância. A crônica é tão rica em detalhes que, mesmo sem conhecer o Amazonas, viajei contigo pelos igarapés. Belo cenário descrito com sensibilidade e beleza por você.Lindo de ler! Parabéns! Bjs.
Nossa, 3 dias sem acessar o blog e já encontro um Mundo de novidades. Li a crônica com total avidez, como de costume. Assim como quem tem sede, abre a geladeira e toma um copo d' água de um gole só. A segunda leitura é para desfrutar devagarinho , saboreando frase por frase, palavra por palavra , vírgula por vírgula das tuas gostosas crônicas.
Foi delicioso adentrar contigo no sítio do ACURSIO. Uma experiência fantástica!
Agora é aguardar a próxima que, segundo dizes , será a do Boto namorador rsrs.
Parabéns!
AMAURY
Bem, depende do momento e, principalmente, dos olhos que estão lendo o texto. E, então, caro leitor, sou cronista ou poetisa? Kkkkk.
Grande abraço
Acho que ainda estavas no bico de alguma cegonha por aí...kkkk
Beijos, sua maluquete querida.
Realmente, ALCEGLAN, o cenário lá daquelas bandas é algo fantástico!
Apaixonante mesmo.
Obrigada e bom final de semana.
Ah, Gabriel! Tu és sempre muito generoso nos teus elogios. Acabo ficando bem convencida , hein? Kkk
Grande abraço,
Será? Não creio. Acho que, ao contrário, estive bem aquém por não ter capacidade de descreve- lo em sua estonteante beleza.
Beijos da prima,
A COBRA GRANDE, Eliza, foi apenas um mero detalhe irrelevante diante daquele santuário ecológico inigualável.
Beijão, amiga.
ADOREI, João, teu comentário!
Nem sei o que dizer diante de tantos elogios. Nesse caso, o melhor é te agradecer muito e te enviar um forte abraço.
Compartilhar emoções com as amigas, os amigos, e os queridos leitores é tudo de bom. Aliás, o que mais poderia desejar uma cronista? Kkk
Beijos.
E nada como ter um leitor tão sensívei a ponto de embarcar num texto e, através dele , mergulhar de cabeça e sonhar um sonho amazônico.
Obrigada, Alceu
Glorioso abraço,
Que moça mais curiosa, essa minha amiga...
Espera e verás...ou não...kkkk
Beijão ,
Ah, Jayme, bem divertido o teu comentário em relação ao RUFINO kkk
Fino humor! Muito bom !
Abraços,
Gostaria de saber bem mais sobre as nossas lendas. Na verdade, ANA, estou longe disso. A do Boto , acho eu, é a mais conhecida dentre todas. Uma coisa é certa: exercem um fascínio incrível em todos que delas tomam conhecimento.
Beijão
Vamos juntar a corte inteira e tomaremos o sítio do ACURSIO de assalto kkk. Topas, MARCELO?
Valeu. GRANDE abraço,
Exato, BEL: LIRISMO E ENCANTAMENTO.
Nada menos do que isso. Sou muito feliz por ter tido a oportunidade de estar num lugar paradisíaco como aquele, especialmente quando ainda se é uma adolescente...
Beijão
Saudades de ti e de Manaus.
Beijos, Chesca querida.
Eu, Mário, diria assim: uma aventura para beijar e guardar no lado esquerdo do coração.
Muito obrigada pelo bonito comentário. Abraços Gloriosos!
Oi, meu amigo botafoguense
Parabéns pelo teu excelente bom humor. Adoro quem me faz rir.
Grande abraço,
A mais pura verdade, Bete.
Acho que te contei sim.Tu é que não prestas muita atenção nas coisas que te digo. Falas muito e ,portanto, não me dás ouvido. Kkkkk
Beijão, sua tagarela querida.
Oi, WANTUIL
Ainda bem que acabaste por te identificar. Comentário tão estimulante assim não pode ser ANÔNIMO. Aliás, abro aqui um parênteses, para dizer que eu ADORARIA não ter um único comentário sem identificação. Sei que são poucos os anônimos. Mas ainda existem. Que tal saírem do anonimato de vez, hein? Bem, deixo aqui o meu apelo.
Mas,WANTUIL, é mesmo muito gratificante saber que viajaste com o texto e que até sentiste as ferruadas dos irritantes carapanãs kkkk
Abraços,
Estamos organizando um grupo e iremos todos do MB de mala e cuia para o sítio. E, certamente, faremos trabalhos voluntários em prol da nossa amada floresta amazônica para que ela permaneça linda e altiva como sempre foi. Portanto, Haroldo, podes ir arrumando a mala, ok?
Abraços,
Obrigada OTÁVIO pelas tuas carinhosas palavras. Boto a caminho. Ou não?
Esse tal de boto é mesmo imprevisível... kkk
Abraços,
Que amigas mais descrentes que eu tenho. Primeiro, a Bete. Agora, você.
Que absurdo! Pois saibam que é verdadeiro e que foi uma experiência única, maravilhosa e fascinante.
Morram de inveja! Kkkkk
Beijocas , sua incrédula kkk
Olha, CELIO, não sei se vou escrever uma crônica sobre o Boto...
Acho que foi apenas uma forma que encontrei para despertar a curiosidade dos meus queridos leitores. Mentirinha feia, né?
Mas considero-a uma mentirinha cor de rosa. Igual ao boto kkkk
Grande abraço,
Eu também amei o COMENTÁRIO.
Deixaste- me oxigenada por muito tempo.
Valeu, Juju !
Beijocas
O Acursio , pelo jeito , vai faturar muito com a crónica. Acho que vou cobrar um percentual em cima do faturamento. Que achas, Telminha?
É uma boa? Kkkk
Beijão.
Oi,Aloísio
Quem sabe eu tenha nascido "a 10 mil anos atrás " ou...quem sabe eu ainda seja uma garotinha...
Kkkkk
Abração,
Perdoada JANE.
Também te amo,amigona! Kkkkk
Beijos ,
Para ouvir, VAL, que o texto ê DELICIOSO,não me importo de ouvir mil vezes o mesmo DELICIOSO adjetivo.
Beijinhos,
Oi,Rodrigo
Ainda não fiz o DNA. E acho que não seria justo escrever sobre essa possível paternidade sem a certeza absoluta. Aguardemos por um resultado definitivo. Não quero prejudicar o BOTO, embora saiba que a fama dele não é das melhores. Kkkkk
Abração
Poxa, Lulu, NÃO sabes como me agrada saber disso. Quando escrevemos um texto , tudo o quanto mais almejamos é que os leitores se envolvam com o tema e com o cenário que descrevemos. Portanto, prima, curti demais o teu comentário.
Beijos,
Palavras tão bacanas e ...sem identificação. Que pena! Ainda há tempo para te identificares. Sempre haverá, amigo leitor.
Obrigada pelos elogios. Eles me fazem um bem enorme.
Abração,
Sem dúvida alguma, vai ser.
Alguém aqui já disse que o sítio do seu Acursio vai se transformar em ponto turístico na região. É tudo muito divertido. Giro! Rsrs
BEIJÃO, DECA
Teu comentário, RENATO, me deixa altamente sensibilizada. Agradeço as palavras tão doces e vibrantes quanto a própria natureza daquela região.
Abração,
Muito obrigada , caro leitor e amigo do blogue. Sinto- me cada vez mais estimulada a escrever e compartilhar
com todos vocês as histórias que me ocorrem registrar.
Grande abraço,
Concordo contigo, Conrad. O Brasil é um país extraordinariamente interessante por conta desse caldo cultural a que te referes. Permita- me te fazer uma pergunta : qual é a tua nacionalidade? Aguardo resposta.
Sou bastante curiosa , aliás como a maioria das mulheres, não é mesmo?kkk.
Seja bem vindo ao nosso Mundo Botafogo. Abraços,
Oi, Nicolau
Infelizmente não sou uma profunda conhecedora do folclore amazônico e , portanto, não me sinto capaz de concretizar a tua interessante sugestão. Além disso, só consigo desenvolver um texto tomada por uma emoção verdadeira. Não sei se consigo me fazer entender...
De qualquer maneira, é muito válido o teu interesse em querer contribuir com uma etiqueta nova para o blogue.
Obrigada pelo carinho.
Abração,
Deixar o leitor curioso pelas próximas atrações...faz parte do marketing , né RUTH? KKKK
Quero te ver com todas as unhas das mãos ruidas...e ,depois , as dos pés também kkkk.
Beijocas ,
Já estás contratada. Daqui a 50 anos assino o contrato de uma biografia autorizada. Mas só daqui a meio século,.pois ainda tenho muito que viver e muitas histórias pra contar.
Valeu, amigona.
Beijocas,
Já estamos formando um grupo enorme aqui com o pessoal do blogue. O Ruy está fazendo as inscrições. Estamos cobrando uma pequena quantia de 50 reais por pessoa a título de preservação do meio ambiente. Certo?
Beijão, amiga. E corra pois só temos poucas vagas. Kkkk
MARIA CALLAS, THADEU? ISSO JÁ É DEMAIS! Agora plageio o CAZUZA pra te dizer: " Exagerado, tu és mesmo exageraaaaado ...". Kkkkk
Mas pra dizer a verdade, ADOREI.
Obrigada pelo exagero.
Grande abraço,
Gostei quando dizes que o Amazonas é bipolar. Acho que tens toda razão.
O danadinho é mesmo assim : às vezes um doce , de outras , zangado demais.
Agora,amado sempre.
Beijos,
E precisa mais, amiga ?
Um "ADOREI " teu , é o máximo!
BEIJÃO,
Teu comentário me emocionou. De verdade,amiga. De verdade!
Beijos, querida.
Oi, Edna
Que bom te reencontrar aqui no nosso Mundo. Obrigada por um COMENTÁRIO tão bacana. Também sinto saudades das nossas conversas recheadas de boas gargalhadas.
Grande beijo,amiga.
Que versos tão delicados, esses que a mim dedicas. Sou mesmo uma mulher de sorte por ter um poeta amigo a me proporcionar notáveis acrósticos a cada crônica publicada.
Obrigada , poetinha, por mais esse.
Abração.
Quanta honra, Américo, ter o teu chapéu tirado pra mim.
E que comentário mais gostoso de se ler. És mesmo muito gentil e generoso e eu te agradeço por isso.
Abraços Gloriosos,
Poxa, Raphael, te agradeço muito pelas tuas belas palavras e que me deixam muito, muito feliz!
Grande e GLORIOSO abraço.
Minha amiga querida,
Quem sabe um dia viajaremos juntas por aqueles belos igapós e igarapés, de beleza extraordinária? Irias amar, tenho certeza. Depois, poderíamos contar as nossas aventuras aqui mesmo no MB. O que te parece? Gostaste da idéia?
Beijão
Também saboreei bem devagarinho o teu COMENTÁRIO. Assim como quem come o último biscoito do pacote Kkkk
Obrigada, Amaury.
Abração,
Também saboreei bem devagarinho o teu COMENTÁRIO. Assim como quem come o último biscoito do pacote Kkkk
Obrigada, Amaury.
Abração,
Uma linda história, bem narrada, em que nos leva para longe, para os sonhos, para a magia e lendas da Amazônia. Adorei e gostaria de continuar lendo e saber o restante da história, como saíram de lá...e mais e mais, é aquele gostinho de "quero mais". Bjs. Sonia Costa
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