por PEDRO VARANDA
Colaborador do Mundo Botafogo
A lista que se apresenta foi atualizada no decorrer das pesquisas em curso, substituindo a publicação de 5 de fevereiro de 2020.
Haílton Corrêa de Arruda, o ‘Manga’, é o mais titulado jogador do Botafogo em todos os tempos e inspirador do ‘Dia do Goleiro’, comemorado a 26 de abril, data do nascimento do craque, por iniciativa dos Professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro, capitão Reginaldo Pontes Bielinski e Raul Carlesso, preparador físico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1974, pioneiro em desenvolver preparação especial para goleiros no Brasil.
Apresenta-se a lista dos 40 jogadores de futebol mais titulados do Botafogo Football Club e do Botafogo de Futebol e Regatas, liderada por Manga.
JOGADORES DO BOTAFOGO COM MAIS CONQUISTAS (TÍTULOS)
JOGADOR |
CONQUISTA |
PERÍODO |
JOGOS |
GOLS |
Manga |
20 títulos |
1959 a 1968 |
442 + 9 |
396* + 1* |
Paulistinha |
18 títulos |
1958 a 1969 |
318 + 10 |
6 + 0 |
Nílton Santos |
16 títulos |
1948 a 1964 |
721 + 3 |
11 + 0 |
Rildo |
15 títulos |
1961 a 1966 |
298 + 6 |
3 + 0 |
Roberto Miranda |
15 títulos |
1962 a 1973 |
347 + 5 |
154 + 0 |
Zé Carlos |
15 títulos |
1962 a 1970 |
314 + 6 |
0 + 0 |
Gérson 'Canhotinha de Ouro' |
15 títulos |
1963 a 1969 |
247 |
96 |
Joel Martins |
14 títulos |
1962 a 1968 |
240 + 3 |
1 + 0 |
Jairzinho |
14 títulos |
1962 a 1974 e 1981 |
412 + 3 |
188 + 1 |
Garrincha |
13 títulos |
1953 a 1965 |
611 + 1 |
243 + 0 |
Ayrton Povill |
13 títulos |
1958 a 1965 |
190 + 10 |
9 + 0 |
Afonsinho |
12 títulos |
1965 a 1970 |
153 |
10 |
Zagallo |
11 títulos |
1958 a 1965 |
300 |
23 |
Quarentinha |
10 títulos |
1954 a 1964 |
438 |
298 |
Zé Maria |
10 títulos |
1960 a 1965 |
237 + 8 |
0 + 0 |
Dimas |
10 títulos |
1963 a 1969 |
147 + 6 |
0 + 0 |
Humberto Rêdes |
10 títulos |
1964 a 1970 |
111 + 4 |
19 + 0 |
Waltencir |
10 títulos |
1967 a 1976 |
453 + 3 |
6 + 0 |
Carlos Roberto |
10 títulos |
1967 a 1976 |
440 + 3 |
15 + 1 |
Wilson Gottardo |
10 títulos |
1987 a 1990, 1994 a 1996 |
354 |
13 |
Jefferson |
10 títulos |
2003 a 2005, 2009 a 2018 |
456 |
514* |
Édison |
9 títulos |
1957 a 1963 |
245 + 7 |
26 + 0 |
Amoroso |
9 títulos |
1957 a 1964 |
156 + 9 |
65 + 4 |
Cao |
9 títulos |
1965 a 1974 |
202 + 4 |
181 + 0 |
Moreira |
9 títulos |
1965 a 1971 |
213 + 4 |
1 + 0 |
Leônidas |
9 títulos |
1966 a 1971 |
246 |
1 |
Rogério |
9 títulos |
1966 a 1971, 1974 a 1976 |
197 |
29 |
Wagner |
9 títulos |
1993 a 2002 |
410 + 2 |
507* + 1* |
Legendas: * O número após o sinal de + é referente aos jogos do Torneio Início; ** Gols Sofridos (GS). Notas: 1. O critério de conquistas (títulos) se refere em que pelo menos o jogador tenha jogado no mínimo 1 (um) jogo do campeonato, da taça ou do torneio; 2. Quarentinha não disputou qualquer jogo pelo Campeonato Carioca de 1961, estava contundido; 3. Jairzinho não disputou nenhum jogo da Taça Brasil em 1968, pois se encontrava contundido; 4. Wagner não disputou nenhuma partida da CONMEBOL em 1993; 5. Jefferson ainda não tinha retornado ao Alvinegro quando o BFR conquistou a Taça GB de 2009.
Com 8 (oito) títulos:
Carvalho Leite, período: 1929 a 1942.
Neyvaldo, período: 1954 a 1962.
Pampolini, 1955 a 1962.
Amarildo, 1958 a 1963.
Nei Conceição, 1966 a 1974.
Paulo Cézar ‘Caju’, 1967 a 1971 e 1977-1978.
Gonçalves, 1989 a 1990 e 1995 a 1998.
Com 7 (sete) títulos:
Bentinho, período: 1996-1997.
Com 6 (seis) títulos:
Nilo Murtinho, período: 1919 a 1921, 1923 e 1927 a 1937.
Cacá, 1958 a 1962.
Josimar, 1982 a 1989.
Túlio ‘Maravilha’, 1994 a 1996, 1998 e 2000.
14 comentários:
Parabéns Ruy!
Que trabalho maravilhoso.
É verdade, Leymir. Pedro Varanda é sinônimo de qualidade de estatísticas futebolísticas do Botafogo.
Abraços Gloriosos.
Foi Pedro Varanda e vc deu o destaque?
Eu Não notei, farei justiça: Parabéns a vc pelo destaque e a Pedro Varanda pelo trabalho brilhante!
Sim, Leymir, o Pedro Varanda é colaborador do blogue desde 2008. De entre os colaboradores do MB ele é, de longe, o mais publicado.
Grande Abraço.
Abração aos dois!
Olha Ruy e em certa medida Pedro tbm, vcs complicam muito a minha vida...
Sigo sendo apaixonado por Garrincha e entregando a ele o que a ele é devido, o título de maior alegria que o futebol já viu.
Mas acho que estou encantado pela história de Carvalho Leite, se eu fosse Botafoguense esse seria meu ídolo de cabeceira, dentre os inúmeros gigantes que não faltam ao Botafogo.
Tô em dúvida, tbm tenha essa dúvida no Flamengo... que mundo difícil meus amigos! Hahahaha
E nenhum desses foram jogadorzinhos baixo nível, Ruy.
Todos eles tiveram grande importancia no cenário nacional, continental e mundial enquanto jogaram.
Grandes times se faz com grandes jogadores. Nenhum time levanta taças com exclusivamente com jogadores de qualidade duvidosa.
Abraços!!!
Leymir, Carvalho Leite foi, em minha opinião, o mais destacado futebolista botafoguense na primeira metade do século XX. Claro que Flávio Ramos foi essencial para a fundação, Mimi Sodré pela exemplaridade ética do seu comportamento, Heleno de Freitas pela sua genialidade, mas Carvalho Leite foi mais, muito mais. Enquanto Heleno foi um individualista que nunca conseguiu ser campeão pelo Botafogo, Carvalho Leite foi um coletivista que acumulou títulos, fez medicina, foi treinador do Botafogo e abriu o 1º departamento médico de futebol no Rio, e creio mesmo que em todo o Brasil. E, no entanto, quem fala dele?... Porque Heleno é muito mais lembrado?... Em minha opinião, a coisa é simples: o povo gosta mais da tragédia do que da competência absoluta. Isto é, além da sua competência, Carvalho Leite não tem histórias dramáticas: foi discretamente competente em todos os domínios. Ao contrário, Heleno foi um egocêntrico, um polêmico das frases impactantes e, sobretudo, teve um fim trágico ainda jovem, como convém a quem quer ser lembrado. Marilyn Monroe, John Kennedy e tantos outros serão sempre lembrados mais pela lado da tragédia.
A tragédia e a polêmica dão frutos: todo mundo fala de carlito Rocha, que como presidente teve um título carioca; Paulo Antônio Azeredo teve oito títuloa cariocas e foi o responsável peloa dois períodos mais brilhantes da história do Botafogo. porém, Paulo Azeredo era discreto e competentíssimo no planejamento estratégico e na negociação, enquanto Carlito Rocha pouco tinha d eestratega, não sabia negociar, cometeu erros tais como dispensar Leônidas da Silva, mas... era supersticioso, tinha histórias de gemadas, cortinas amarradas, Biriba, etc.! Rende muito mais para o público do que umhomem como Paulo Azeredo.
Em suma, todas as personagens que citei são fantásticas, mas as pessoas mais lembradas são sempre os excêntricos e não necessariamente os melhores no seu ramo.
Grande Abraço.
Exato, Carlos Eduardo. Aliás, as equipes menos capazes do Botafogo creio que realmente são as equipes das diretorias da dupla N. Mufarrej e C. E. Pereira.
Abraços Gloriosos.
Boa tarde!
É bom lembrar q o Goleiro Wagner disputou dois jogos de 45 minutos em 1999. Então Jogou 410 partidas de 90' + 2 jogos de 45'. Ele não jogou Torneio Início, q tbm não tinha 90 minutos.
Abraço
SB
Pedro Varanda
Leymir, temos 7 antes e os 7 depois de Garrincha, claro na minha opinião: Flavio Ramos, Mimi Sodré, Nilo Braga, Carvalho Leite, Heleno, Octavio de Moraes, Nilton Santos, GARRINCHA, Jairzinho, Marinho Chagas, Mendonça,Josimar, Maurício, Tulio, Jefferson.
Menção honrosa ao Loco.
Com esses citados da pra contar um pouco da história gloriosa desse clube tão maltratados pelos próprios dirigentes.
7 antes e 7 depois, num Clube com tantos craques é bem difícil, Carlos Eduardo. Porque, por exemplo, acho impossível excluir Didi ou Gérson, obreiros da criação das equipes das décadas de 1950 e 1960. Se têm que ser 7, Didi entra no lugar de Octavio de Moraes e Gérson no lugar de Josimar ou Maurício. Didi tem mais história do que Octavio e Gérson mais história que Josimar, julgo eu - e títulos!
Talvez fosse mais fácil escolher 21 antes e 21 depois de Garrincha! (rsrsrs) Quer fazer esse exercício?... (rsrsrs)
Abraços Gloriosos.
👍👍👍👍👍👍👍
Abraços Gloriosos.
Um dos motivos de sempre vir aqui, são essas aulas. Que maravilha e que prazer a leitura!
Concordo em tudo, na nossa sociedade do espetáculo a tragédia é um importante ingrediente para notoriedade enquanto vidas retas e exemplares como a de Carvalho Leite são colocadas a segundo plano.
Eu penso o contrário, a habilidade de servir em grande nível durante sua vida a uma instituição como o Botafogo coloca Carvalho Leite como um gigante e um dos maiores na minha opinião.
A história dele é linda, é fantástica é de exceção sem deixar de ser tremendamente "ordinária".
Que bom!!!!
Exatamente, Leymir! Há uma frase de uma célebre psicóloga portuguesa sobre países em permanente ebulição ou em busca de algo perdido ou em desencontro de si próprio, que muito admiro: "Eu só gostava de viver num país banal..."
Países 'banais': Canadá, Nova Zelândia, Islândia, Noruega, Finlândia, Dinamarca... E, contudo, são profundamente inovadores e de bom senso no modo como resolvem os seus problemas. Mas o que dá mesmo mídia não são os seus excelentes dirigentes desses e de outros países não citados, mas sim pessoas megalômanas como Trump, Maduro, Erdogan, Kim-Jong-un, Bolsonaro, Putin...
Veja, Leymir, nunca há histórias abundantes com craques do Botafogo como Jefferson, Carvalho Leite, Quarentinha, Oswaldo Baliza, Palamone, Nariz, Rildo... Mas abundam as histórias sobre o egocentrismo e o showman de Heleno, os socos e o mau feitio de Nilton Santos, o álcool e a indisciplina de Garrincha, a vida desregrada de PC Caju, o folclore de Marinho Chagas ou de Túlio Maravilha, as excentricidades de Loco Abreu...
Penso que é natural haver de tudo um pouco na saga humana, mas os humanos gostam particularmnete da tragédia. Gostam mais de rir de quem escorrega na rua do que ir imediatamnete ajudar a levantar-se quem escorregou...
Grande abraço.
Enviar um comentário