sábado, 3 de abril de 2021

Omena, irmão de Paulinho ‘Ladrão de Bola’ fez sucesso no Maranhão

Antonio Omena, o ‘Badau’, o 3ºatleta da esquerda para a direita.

por JOSÉ VANILSON JULIÃO

Blog Jornal da Grande Natal

[Nota do editor do Mundo Botafogo: Paulinho ‘Ladrão’ foi alvo de uma publicação recente no blogue, e para quem gosta das histórias curiosas inicia-se uma série na esteira daquela publicação. Hoje, o estimado amigo do Mundo Botafogo, José Vanilson Julião, trata da vida futebolística de Antônio Ribeiro de Omena, o ’Badal’, que não foi atleta no Botafogo mas era irmão de Paulinho ‘Ladrão’, que acabou por levá-lo, em 1962, para o Madureira e o defrontar mais tarde. Uma história verdadeiramente de bola e… alfinete!]

O carioca Antônio Ribeiro de Omena nasceu no Bairro de Marechal Hermes. Era conhecido familiarmente como ‘Badal’. Aos 17 anos trabalhava na Marinha. Caçula de quatro irmãos – Hildebrando, Iraci e Paulinho, a quem via jogar.

Em 1962, com 18 anos, chegou ao Madureira levado pelo irmão Paulinho. Permaneceu por oito anos no Tricolor Suburbano: juvenil, aspirante e profissional. Era coringa: meia-esquerda, zaga central, lateral-esquerda e até no gol.

Na Portuguesa carioca ficou uma temporada. No final de 1961, no batizado de um amigo, soube que Garrinchinha estava querendo levar três jogadores para o Moto Clube, para passar 20 dias em São Luís.

Vieram Omena, Zé Carlos e Joubert. – Fiquei impressionado com a recepção. Jogávamos em time sem torcida no Rio e de repente estávamos num time de grande torcida. O fascínio se tornou grande responsabilidade.

Desembarcaram no sábado e no domingo enfrentaram o Sampaio Corrêa. O Moto não ganhava havia dois anos. 1 a 0, gol de Nabor, amistoso (29/04/1962). Nos dois domingos seguintes o rubro-negro venceu pelo mesmo placar (5x1).

Com medo de perder o emprego na Marinha, voltou ao Rio. O presidente César Aboud foi buscá-lo a pedido da torcida, quando conseguiu a transferência do emprego. Nas temporadas 62/63 não foi campeão. – Éramos unidos dentro e fora de campo. Ficamos dois anos sem perder para o Sampaio.


Em 1963 se casou com Lâmia Ayoub. Relembra que foi um casamento regado a uísque. – Casei com uma pessoa da alta sociedade. Na festa meus amigos da bola não puderam ser convidados, exceto o técnico Rinaldi Maia.

Campeão da Região Norte do Brasileiro de Seleções (1962), em 1964 saiu para o Sampaio, o que parecia impossível. Mudança que traçaria outro rumo na carreira. No mesmo ano foi campeão e a torcida o apelida de ‘Divina Dama’. Em 65 o bi. Sem vitória do Moto.

No ano do bi Tricolor, um fato inédito. Chateado por Coelho (MAC) ter feito um gol irregular em cima dele num jogo contra o Sampaio, resolveu dar um troco politicamente incorreto. Entrou com um alfinete e toda vez que Coelho ia para a área o espetava. Foi expulso, mas o árbitro, pela reclamação do centroavante atleticano, levou o caso ao TJD, que, por falta de provas, não condenou o zagueiro. – Essa história rendeu notícia nacional.

Brigou com dirigentes em causa própria e pelos companheiros. O declínio começou após briga com Antônio Bento Cantanhede Farias, diretor do Sampaio. – Fiquei sem jogar por seis meses. Não aceitava as condições que me oferecia.

No segundo semestre de 1966 estava no Ferroviário. Em 1967 no Maranhão. – O Moto me buscou, o Sampaio dá glórias e o MAC conquista meu coração. Em 1969, aos 35 anos, encerrou a carreira. Com o casamento abalado voltou ao Rio.

Como técnico foi auxiliar na Seleção Brasileira sub-20 (1989), Alecrim (Natal/RN), Ferroviário, Ji-Paraná (Rondônia), Rio Negro, São José e Tocantins.

Fontes: O professor de Educação Física Hugo José Saraiva Ribeiro, natural de Pinheiro/MA, escreve: "Sampaio Corrêa, uma Paixão dos Maranhenses" (lançado em fevereiro/2011, "Memória Rubro-Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte" (setembro/2012) e "Salve, Salve, meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube" (Setembro/2014). Republica no Blog Futebol Maranhense (28/5/2014) o texto “Omena ‘Divina Dama’”, dos repórteres Edivaldo Pereira Biguá e Tânia Biguá, na seção "Onde Anda Você?" (O Estado do Maranhão – 22/02/1999).

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