por RUY MOURA
Editor do Mundo Botafogo
Quase que só apetece dizer: “Ganhamos os 3 pontos”. Porque o jogo em si, meus amigos, foi muito fraco. Este Botafogo sem o Chay funciona muito mal – do tipo Real Madrid sem Cristiano Ronaldo e Barcelona sem Leonel Messi (salvo as devidas diferenças de qualidade entre Chay e os ainda ‘donos da bola’). O ponto forte: um gol a favor e nenhum do adversário.
Aos 15 minutos de jogo havia uma grande oportunidade de gol de parte a parte. Depois disso, a marcação do Confiança tornou-se mais forte à medida que o Botafogo pressionava e o adversário recuava. O Confiança era tão bom defendendo como mau atacando. Até ao final do primeiro tempo o panorama foi o Botafogo com posse de bola no meio campo do adversário e nenhuma oportunidade de gol, nenhuma infiltração realmente perigosa. A chamada ‘posse fútil de bola’.
No início da segunda parte o jogo tornou-se pelada. De uma só vez Enderson fez entrar Oyama, Warley e Diego Gonçalves aos 56’, e por volta dos 68’ o Botafogo acordou, imprimiu velocidade ao jogo e as suas três substituições trabalharam o gol aos 74’: Oyama fez um belo lançamento, Warley dominou a bola, foi à linha de fundo e centrou a bola para Diego Gonçalves marcar o gol da vitória graças à furada de Rafael Navarro. A “quinquagésima sétima” furada de Navarro: falhou todas as bolas onde meteu o pé durante o jogo.
Depois disso parecia que o Botafogo tinha o jogo dominado, e até podia ter ampliado através de Oyama, mas numa batida de falta o Confiança levou a bola ao travessão do Botafogo sem nenhuma possibilidade de defesa do goleiro se a bola tivesse subido menos 3 centímetros.
Posto isso, vamos às classificações qualitativas:
»
Rafael Navarro: o ‘perna de pau’ do jogo.
» Oyama:
o ‘craque do jogo’ pela mudança que operou na equipe após a sua entrada.
» Enderson
Moreira: a ‘estrela da sorte’ quando fez entrar Oyama, Warley e Diego
Gonçalves.
» Travessão:
o ‘salvador’ dos nossos pontos perto do final da partida.
» Torcedor Glorioso: o ‘sortudo’ da noite que regressou a casa com mais 3 pontos no bolso!
FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x0 Confiança
» Gols: Diego Gonçalves, aos 74’
» Competição: Campeonato Brasileiro – Série B
» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Data: 03.11.2021
» Público: 4.129 espectadores
» Renda: R$ 136.505,00
» Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (DF); Assistentes: Daniel Henrique da Silva Andrade (DF) e José Reinaldo Nascimento Júnior (DF); VAR: Daniel Nobre Bins (RS)
» Disciplina: cartão amarelo – Rafael Navarro e Barreto
(Botafogo) e Rafael Santos. Jonathan Bocão e Neto Berola (Confiança)
» Botafogo: Diego Loureiro, Daniel Borges, Kanu, Joel Carli e Hugo; Barreto (Luís Oyama), Pedro Castro (Ricardinho) e Marco Antônio; Ronald (Warley), Luiz Henrique (Diego Gonçalves) e Rafael Navarro. Técnico: Enderson Moreira.
» Confiança: Rafael Santos, Jonathan Bocão, Nirley, Adalberto e João Paulo; Adriano (Rafael Vila), Vinícius Barba e Álvaro; Willians (Lucas Sampaio), Hernane (Tiago Reis) e Ítalo (Neto Berola). Técnico: Luizinho Lopes.
2 comentários:
Salve Salve meu caro Rui,.perfeita sintese..isso mesmo..noves fora..a sorte dessa vez está conosco..bom arremate final..estou aqui sorrindo..PS em temporadas anteriores ..ganhando de 1 x 0 aos 40 do segundo tempo ..contra times inferiores era algo pavoroso..agora a impressao inverteu..mesmo nesse campeonato de 2o..no 1o turno..a sina nos perseguiu. Mas eis que..desde o 1o jogo contra o Confiança em diante nossa sorte mudou pra melhor ( veja..até o.Lisca doido, que era a 1o opção antes do Enderson,foi desviado para a rota cruz maltina..por pura sorte..)
..Agora é manter a calma e esperar o Vasco escorregar na casca de banana..pois no domingo eles estarao desesperados diante da sua torcida...Abraços gloriosos amigão
Viva, FILIPE! Realmente a sorte mudou. A equipe é fraca e, em caso de subida (quase certa), se não reforçam a equipe, caem novamente. Esperemos que haja uma solução financeira para reforços. Mas esta equipe, além da sorte, tem algo que as outras não tinham: sabe ser paciente em busca do gol, resguardando a defesa, jogando com bola no chão sem chutões, não se afobando em ataques "eletrizantes", estouvados em desesperao de causa quando o fim da partida se aproxima e ainda não estão ganhando, e acabam muitas vezes por conseguir o gol porque não se enervam e persistem na sua busca, embora com pouca qualidade de remate, como se viu com as furadas sucessivas de Navarro. Nisso o técnico tem uma influência decisiva e fundamental.
Gosto de partidas com muito uso da racionalidade e nada "eletrizantes". Eu explico. As partidas eletrizantes significam, em geral, que ambas as equipes atuam com emoção e usam pouco a razão. Um bom jogo, movimentado, assertivo e com uso da racionalidade é que eu gosto, porque causa outro tipo de emoção, muito mais elaborada, saborosa e sem perdas de foco. As emoções não têm que ser estouvadas. Por mim, é muito mais emocionante ouvir uma orquestra sinfônica muito bem treinada, com muito uso da razão e do talento dos artistas, do que emoções primárias baseadas num jogo de doidos em que duas equipes correm estouvadamente e partem completamente o jogo. Um jogo para mim tem que se basear num suporte bem racionalizado, preparado afincadamente em treino, e capaz de encaixar com liberdade o talento individual e as jogadas mais artísticas. A jogada do gol foi muito racional e simultaneamente teve arte. Revi o gol várias vezes. Assim, consigo sentir o prazer afinado de ver uma 'orquestra sinfônica' evoluindo em campo. Mesmo com esta equipe de nível fraco consegui retomar algum prazer devido a uma postura em campo mais próxima do que penso dever ser uma equipe de futebol nos dias de hoje.
Torcendo para que o Enderson afine bem a 'casca da banana' para a próxima partida... (rsrsrs)
Abraços Gloriosos!
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