domingo, 16 de abril de 2023

Botafogo 2x1 São Paulo: estrear ganhando

Foto: Alexandre Durão. Montagem: Twitter Botafogo F.R.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Vi o jogo e, por curiosidade, fui ler e ouvir comentários da mídia generalista, li e ouvi comentários de botafoguenses e até fui ouvir comentários de uma rádio paulista pró São Paulo depois de ouvir comentários ‘nossos’.

Surpresa: não há botafoguense – dos que li e ouvi – que tenha feito uma avaliação positiva ao jogo e, contudo, a rádio paulista avaliou que o jogo foi muito interessante para início de temporada de um campeonato dificílimo, com aspectos positivos de parte a parte e que a vitória do Botafogo, pelo jogo jogado, foi inteiramente justa.

Ora, diziam muitos botafoguenses, até antes do jogo contra o São Paulo, que na atual série invicta de jogos todos os adversários eram fracos e o São Paulo iria ser o verdadeiro teste à equipe. Pois bem, superamos o teste, mas de nada adiantou porque a maioria já pré-vaticinara: jogamos mal. E os corneteiros persecutórios – insuportáveis de ler e ouvir devido à sua falta de racionalidade e discernimento – repetiram o estigma anunciado jogo a jogo: “ganhamos exclusivamente graças aos jogadores”. Se o Botafogo tivesse perdido?.... Ah… então o estigma seria: “perdemos exclusivamente por culpa do técnico”.

Às vezes perde-se por erros da comissão técnica, outras por erros dos jogadores, outras porque o adversário foi melhor, outras ainda porque o ‘apito’ pré-decidira quem havia de ganhar. É futebol, é assim. O que incomoda são os modos e a indiscriminada insistência do ‘cornetismo’.

Como sabem os leitores do Mundo Botafogo, penso que a comissão técnica tem sido lenta a perceber o futebol brasileiro e as suas ‘nuances’, e que a equipe deveria render mais do que rendeu devido não propriamente aos últimos resultados, mas às exibições que não foram famosas e ainda não nos transmitiram confiança apesar dos oito jogos sem perdermos (1 vitória em casa, 4 vitórias em campo neutro e 1 vitória e 2 empates fora). Por várias razões: 1ª – a visão estratégica e a gestão administrativa não são consequentes porque a decisão final está a milhares de quilómetros de distância e tem outros interesses comerciais; 2ª – a comissão técnica ainda não ajustou a tática mais adequada às características dos atletas; 3ª – temos estado jogando fora de casa ou em estruturas neutras; 4ª – temos tido lesões sucessivas e suspensões inesperadas; 5ª – os jogadores falham sucessivamente passes elementares, tomam decisões erradas e desperdiçam absurdamente remates à boca da baliza.

Em suma, esta nossa insatisfação permanente com a derrota ou o empate ou a vitória mostra que nenhum resultado nos satisfaz porque dar ‘tiro no pé’ parece ser bem melhor para alguns. Henfil – infelizmente – tinha razão quando desenhou o botafoguense cri-cri que puxa os próprios cabelos jogo após jogo – e estávamos no tempo de Garrincha, Nilton Santos, Didi, Amarildo e Zagallo! Se podíamos ter jogado melhor ontem?... Provavelmente, sim. Mas não é isso que está em causa, o que está em causa é a permanente conduta de uma boa parte – não toda, evidentemente – da nossa torcida. Torcida que, aliás, é imensamente impactante nos estádios, alegre, envolvente e apaixonada, e de repente passa de 8 a 80 – da excessiva benevolência à excessiva condenação.

Um caso atualíssimo: o Benfica, de Lisboa, esteve 10 meses sucessivos a vencer, chegou às quartas-de-final da Liga dos Campeões Europeus – o que não ocorria há muito e muito tempo –, o seu futebol e o seu treinador foram elogiadíssimos pelos incansáveis benfiquistas que encheram os estádios, e, de repente, após duas derrotas sucessivas, a equipe está ‘descontrolada’ e o treinador é colocado em causa como ‘culpado’ pelas derrotas porque, afinal, escala mal!!!

Diz-se que o futebol brasileiro é resultadista. Pode ser, mas para os botafoguenses corneteiros nem o resultado parece dar grande satisfação. Por exemplo, há botafoguenses no facebook que nunca se manifestam nas vitórias, mas apenas nas derrotas. Sempre nas derrotas. Apenas e somente nas derrotas.

E mais: jogamos mal?... Pergunto: e quando é que jogamos bem?... E quando é que as equipes brasileiras, fora o Palmeiras, o Flamengo, o Atlético Mineiro, e talvez em algumas ocasiões o Fluminense ou o Athletico Paranaense, jogaram bem?... Durante a espetacular campanha na Libertadores com Jair Ventura, os corneteiros perseguiam o rapaz jogo após jogo, indiferentes às sucessivas vitórias que nos levaram à semifinal e a qual provavelmente perdemos pela malandrice do famoso drone.

Caramba, eu penso que temos que jogar melhor, temos que ajustar melhor a equipe, reforçar o padrão de jogo, corrigir muitas falhas individuais elementares, mas… tiros nos pés é que evito dar.

Se o treinador é para continuar e os jogadores também, sejamos discernentes cobrando o que devemos cobrar e avaliar positivamente o que devemos positivamente avaliar. Apoiar, cobrar, reconhecer – eis o caminho.

E confesso que, aparentemente, das análises que li e ouvi, só viram o mesmo jogo que eu os narradores e comentaristas da rádio paulista. Eu explico.

O Botafogo jogou bem em quatro períodos de jogo, e em todos eles foi quando marcou gols e poderia ter marcado mais. Isto é, jogou bem no início e no final da primeira parte, fazendo um gol; jogou bem no início e no final da 2ª parte, fazendo o segundo gol devido à equipe estar novamente, de forma clara, em busca da vitória, enquanto o São Paulo estava conformadíssimo com o empate.

Quando é que a equipe jogou mal ou menos bem ou simplesmente geriu a posse de bola do adversário?... Logo após as blitz iniciais e antes da pressão nos finais de cada período de tempo. E nesses períodos a bola ficou em posse do São Paulo, mas geralmente sem perigo. O Botafogo jogou bem sem bola, o que é essencial no futebol atual. Aliás, muitas vezes já escrevi que gouve grandes conquistas a nível mundial por equipes que tiveram 30-35% de posse de bola e foram campeãs. Confesso que não gosto da posse de bola tiki-taka. Talvez porque fiquei marcado pelo fantástico futebol de contra ataque do Botafogo da década de 1960: tinha sempre um bom goleiro para fazer defesas mais difíceis, uma zaga quase sempre segura e as peças adequadas para lançamentos rápidos e contra ataques mortais em velocidade. Era assim, e fomos campeões sem jogar bonito em diversas ocasiões.

Em suma, a estratégia foi atacar muito nos inícios dos dois tempos de jogo e resolver aí a partida. Ora, nos primeiros quinze minutos poderíamos ter chegado a 3x0 com inteira justiça. Não o fizemos e não poderíamos continuar naquele ritmo alucinante de amasso do São Paulo. O problema é que, mais uma vez, a zaga vacilou – no caso, o bom jogador Cuesta – e o empate ocorreu. Porém, no conjunto da 1ª parte, o Botafogo ainda tornou a ter pelo mais uma chance clara de desempatar no fim dos primeiros 45 minutos, enquanto o São Paulo não teve mais nenhuma oportunidade após o empate. Teve posse de bola?... Teve, mas vã.

E na segunda parte tanto o Botafogo como o São Paulo tiveram oportunidades de gol em quantidade semelhante, mas foi o excelente jogo aéreo – ensaiado, ao contrário dos corneteiros que julgam nada ser ensaiado – que decidiu a partida com dois gols muito parecidos, enquanto o São Paulo teve Perri pela frente em boas defesas, mas não ‘impossíveis’ ou ‘milagrosas’ como se disse. Foram defesas típicas de um bom goleiro que faz o que deve, tal como Manga fazia. Porque só se ganham jogos de duas maneiras: um bom goleiro que faça defesas difíceis e atacantes que metam a bola na baliza, seja com gols bonitos seja com gols meramente eficazes.

Enfim, confesso que o que me irrita solenemente não é termos menos posse de bola ou jogar mais recuado desde que o adversário não consiga furar a defesa; o que me irrita é a comissão técnica errar por falta de sagacidade para certos aspectos e ou os jogadores repetirem os mesmos erros elementares. Já para não falar em quem tem a visão, a estratégia e a liderança de topo.

Estou muito feliz com a vitória de ontem!

FICHA TÉCNICA

Botafogo 2x1 São Paulo

» Gols: Tiquinho Soares, aos 3’, e Eduardo, aos 87’ (Botafogo); Calleri, aos 14’ (São Paulo)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Data: 15.04.2023

» Público: 10.618 pagantes; 11.708 espectadores

» Renda: R$ 733.920,00

» Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC); Assistentes: Johnny Barros de Oliveira (SC) e Henrique Neu Ribeiro (SC); VAR: Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC)

» Disciplina: cartão amarelo – Di Placido, Eduardo e Victor Cuesta (Botafogo) e Rodrigo Nestor e Calleri (São Paulo)

» Botafogo: Lucas Perri; Di Placido (Luís Segovia), Adryelson, Victor Cuesta e Rafael (Daniel Borges); Danilo Barbosa, Tchê Tchê (Lucas Fernandes) e Eduardo; Gustavo Sauer (Luís Henrique), Tiquinho Soares e Júnior Santos (Matías Segovia). Técnico: Luís Castro.

» São Paulo: Rafael; Rafinha, Arboleda, Alan Franco e Caio Paulista; Jhegson Méndez (Pablo Maia), Rodrigo Nestor (Alisson) e Michel Araújo; Wellington Rato (Gabriel Neves), Calleri e Luciano (David, depois Marcos Paulo). Técnico: Rogério Ceni.

8 comentários:

Sergio disse...

Amigo Ruy, tivesse eu essa capacidade de me expressar tão bem seria exatamente com esse seu texto brilhante.
Antes de qualquer comentário direi apenas que pouco importa se jogou bem ou mal, o que importa é que ganhou, o resto é cornetagem de gente pré conceituosa com Luís Castro desde a sua contratação sem levar em consideração uma série de fatores inerentes a montagem de um time, estrutura profissional, avaliação do elenco. De minha parte o único blog que frequento atualmente é o Mundo Botafogo, o resto é irritante em análises partindo de conceitos pré concebidos e como disse anteriormente, pré conceito.
A impressão que tenho mem relação aos corneteiros e suas cornetagens é que parece que o time do Botafogo entra em campo e que o adversário não pode reagir, se reagir e tentar vencer a partida, lutar em busca de melhor resultado é porque o Botafogo é incompetente, nunca reconhece o valor do adversário, e isso em todas as formas, ou seja, quando toma um gol a culpa é do jogador do Botafogo, nunca virtude do adversário. Interessante é que na maioria das vezes o inverso é desconsiderado. Outras duas falácias são: o time só venceu por causa do goleiro, ué, o goleiro tá ali para que? Ou quando vence foi graças aos jogadores! Como dizia o grande Nilton Santos, quem perde ou ganha os jogos são os jogadores. Claro que o técnico muitas vezes comete erros, mas quem não comete. O jogo contra o Magallanes o empate só veio por um erro terrível do Tchê Tchê e os gols perdidos pelo Pires, artes esse lance do Tchê Tchê o Botafogo tinha o jogo controlado, mas a culpa foi do Castro.
Eu acho que a maioria desses corneteiros não vram os times do Botafogo da década de 60, pois acham que todo jogo o Botafogo dava espetáculos, ou mesmo os vencedores na década de 90. Cansei de ver o Manga e o Cao salvarem o time, assim como o Vagner na final de 95.
Para terminar, prefiro ver o time vencer sem grande exibição do que perder com uma exibição espetacular, e olha que assisti isso diversas vezes. Talvez isso se dê não só pela idade e maturidade vinda da experiência de acompanhar futebol há mais de 60 anos, mas sobretudo porque o futebol brasileiro mudou muito e a escassez de craques no Brasil, se é que há algum aqui nestas terras. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Sergio, em contra partida, V. é um brilhantísimo músico e eu, que tanto gostava de saber tocar algum instrumento, nem gaita de boca sei tocar. Tenho um violão e sou um desastre. (rsrsrs)

Quanto ao seu texto, perfeito. Assino em baixo. Fujo com quantos pés possa de blogues e páginas de botafoguenses corneteiros, não dos que criticam racional e construtivamente, tal como os que comentam tão bem no Mundo Botafogo, mas sim daqueles que nunca encontram virtudes nos nossos desempenhos estratégicos, táticos ou operacionais. E, apesar das dificuldades, temos virtudes. Nos anos anteriores também defrontamos equipe modestas no Carioca e até fomos eliminados por equipes das séries C e D na CdB e não tivemos a campanha que temos tido nos últimos jogos, apesar de o futebol praticado ainda precisar de evoluir bastante mais do ponto de vista tático (treinador) e operacional (jogadores).

Confesso que não tenho estado com muita fé e até admitia que haveria algo no vestiário. Porém, o modo como o Castro fala dos seus jogadores e o modo como se entregam (tanto quando jogam como quando jogam mal), indicia-me que estarei enganado quanto a haver problemas ente eles. E se assim for, há possibilidades de boa evolução, porque o próprio Textor ajudou à união dando novamente respaldo ao Castro. Vamos ver se a equipe encarreira finalmente, embora estejamos a jogar de 3 em 3 dias, o que significa que o descanso é pouco, o treino é escasso e o tempo para pensar novas coisas é tão diminuto. Para já só desejo e espero - jogando melhor ou pior - que ganhemos as próximas duas disputas para a Sul-americana e a Copa do Brasil.

Abraços Gloriosos.

jornal da grande natal disse...

Eu não sei tocar nenhum instrumento como o Sérgio, não sei "ver" o jogo, "bastidores" e o "depois" como o Ruy, mas vi um jogador até "balançar" e não queimar os pés com a pelota. Um bom começo já é um indício que até poderemos ter progresso no desenrolar do campeonato. Como diz o ditado neste caso: o que vale é bola na rede e quem não faz leva. (Rsrs)

Ruy Moura disse...

Perfeito, Vanilson! O indício não é nada mau, porque, além de tudo o que eu próprio mencionei no meu comentário ao do Sergio, devo acrescentar que desde 2012 não vencíamos o 1º jogo do campeonato brasileiro. E logo contra o São Paulo!

A sua referência ao ditado faz-me lembrar o que o Enderson Moreira dizia em 2021: que em qualquer circunstância era muito difícil bater o Botafogo. Creio que o Luís Castro disse mais ou menos o mesmo em 2022. E creio que o mesmo registro se possa repetir em 2023, jogando bem ou mal - mas sobretudo enfiando a bola na rede e depois confiar no Lucas Perri..

Abraços Gloriosos.

Sempre Botafogo disse...

Amigo Ruy Moura
Perfeito o teu texto.
O time venceu porquê venceu. Foi o Lucas Perri o grande nome? Tristeza para o São Paulo. Alegria para nós botafoguenses. Foi o Tiquinho que deu ""sorte" naquele cabeceio? Bom pra nós! Foi o Eduardo com sua classe nos passes e finalização certeira? Que sorte! Vencemos? Vamos comemorar! Como disse o amigo, tem uma galera pessimista que não enxerga o que o time produziu de bom. Ruy, acho que o "imediatismo" tomou conta da raça humana sem exceções, como relatado por ti no caso do clube português. Mesmo assim, quebramos um tabu de onxe anos sem vence em estreias no brasileirão.
Que venham outras vitórias assim!
Abraços e saudações botafoguenses!
Humberto

Ruy Moura disse...

Viva, Humberto. Quanto tempo!

Comentário bem arejado! É esse ar de positivismo alegre e comemorativo que devemos harmonizar com críticas justas baseadas em racionalidade e discernimento.

Concordo que o imediatismo tomou conta da humanidade. A celeridade tecnológica deste século, que rompeu com um conjunto de princípios essenciais e universais de convívio tolerante, instalou-se de vez em todos os domínios da nossa vida social, sendo as redes sociais - algo teoricamente muito interessante e com capacidade para democratizar a voz dos cidadãos - um exemplo da radicalidade tecnológica 'cega' que, sem estabelecer os usos tecnológicos com base em princípios e regras do interesse geral da humanidade, trespassa o social radicalizando-o. No futebol, na política, na vida.

Abraços Gloriosos.

Eduardo Samico disse...

Caro Ruy, excelente vitória do Botafogo! Muito bom iniciar o campeonato com vitória. Sem contar que mantém o moral para o jogo da Sul Americana na próxima 5ª feira.
Sigo preocupado por achar o sistema defensivo do Botafogo vulnerável, com o meio campo despovoado, deixando os zagueiros expostos.
As falhas individuais, como a do bom zagueiro V. Ciesta, teimam em ocorrer propiciando os gols dos adversários.
Também me preocupa a carência do elenco nas laterais. Di Plácido parece ser afeito a receber muitos cartôes por demonstrar deficiência na marcação e D. Borges não é jogador de série A.
Por outro lado, que goleiro estupendo nós temos! Tivéssemos um goleiro assim em 2007/09 ou naquela final do Estadual contra o Vasco, quando Jefferson estava contundido e jogamos com o Renan, as histórias teriam tido outro final, feliz para a gente, certamente.
Danilo entrou muito bem, melhorando nosso poder de marcação sem que perdêssemos a qualidade no passe.
Eduardo e Tiquinho vêm se mostrando altamente eficientes e cada vez mais entrosados.
Gostaria de ver o Lucas Fernandes juntamente com estes dois. Talvez em lugar do Sauer, talvez no do Junior "Magic" Santos.
Que venha o time peruano, que o Botafogo siga crescendo.
Em tempo, o time vem demonstrando muito empenho e comprometimento. Sei que é obrigação deles, como seria de qualquer profissional em relação ao seu trabalho, mas bem sabemos como funcionam as coisas no mundo do futebol. Isto dá tranquilidade à torcida, ter a percepção de elenco unido em busca dos bons resultados.
Abs.

Ruy Moura disse...

É verdade, meu amigo, excelente vitória, sobretudo porque não a alcançavamos à 1ª rodada há mais de uma década.

Também me precocupa o sistema defensivo. O Castro é melhor a montar ataques do que defesas. Sei que os zagueiros e os laterais fazem muitas borradas, mas p+arte delas é por mau posicionamento coletivo. parece-me que quando fazem marcação alta não recuperam a tempo, levam bolas nas costas e tomam gol.

O Di Placido não me convence minimamente, já falhou imensas vezes. O Daniel Borges também não.

Os goleiros do Cuca só nos podiam fazer rir ou então chorar, de tão ruins. Mas o Cuca teve culpas, porque o melhor goleiro que tinha (não melembro do nome) o Cuca colocou de lado por não fazer parte da panelinha dele. O Cuca é daqueles que, paradoxalmente, fez muito bem e muito ma ao Botafogo. Adiante.

O Lucas Fernandes parece-me muito irregular, e o Tchê Tchê faz muito jogo lateralizado. Talvez se o LF jofasse mais próximo da área tivesse melhor resultado. Quanto ao Sauer não o acho mau, mas ainda não se fixou.

Em tempos (após jogos contra Vasco e Flamengo) avaliei que o Castro perdera o controlo da equipe e até alvirei a sua demissão, mas parece que o homem está unha e carne com a equipe, que aparentemente aplica-se muito seriamente e parece satisfeita. E isso - que os corneteiros não reconhecem - é uma virtude fundamental em qualquer treinador, porque não é boicotado e - como diz - dá confiança à torcida.

Vamos torcer por dias melhores em que o nosso padrão de jgo se fixe definitivamnete. Ganhar ao Magallanes era um bom auspício.

Abraços Gloriosos.

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