sexta-feira, 16 de junho de 2023

John Textor: os “covardes sem rosto”

Crédito: Botafogo F. R.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

A aquisição de 90% da SAF Botafogo por John Textor é que permitiu que não fossemos hoje um Clube que abrira falência ou que estaria na série B do campeonato brasileiro amargando, talvez, uma nova descida de divisão – desta vez para a série C – e que, em vez disso, lidera o campeonato brasileiro.

Naturalmente que temos receios sobre o futuro do Botafogo se perfilar como fornecedor de matéria-prima para o Lyon e este beneficiar dessa matéria-prima, exibindo-a na sua montra europeia e ganhando rios de dinheiro na revenda para, por outro lado, contratar outros jogadores profissionais para levar o Lyon novamente à ribalta do campeonato francês e, quiçá, disputar a Champions League em boas condições.

Textor é um empresário cujo fito parece ser o de estruturar bem o Botafogo de modo a criar condições para concretizar o que acima mencionei, isto é, revelar grandes craques e engrandecer o Lyon. Já o fez com Jeffinho, o astro que despontava no nosso futebol masculino, e com Giovanna Waksman, a estrela que se destacava para enriquecer o futuro do nosso futebol feminino.

Teremos que estar muito atentos e ativos para pressionar Textor e Cia. de modo a não haver um prejuízo das nossas atuais esperanças de tornarmos a ser um Grande Clube na conquista de títulos, mas não devemos ser ingratos ao ponto do que se lia nas redes sociais, há meses, de torcedores que clamavam pela “devolução do nosso Botafogo”, que se traduzia pelo típico “FORA, TEXTOR!”, como se nós ainda hoje tivéssemos futuro imediato sem John Textor.

Poderíamos não ser extintos para sempre porque haveria uma solução jurídica para retomarmos o nosso papel, mas essa solução passava provavelmente por uma descida à Série D com mudança de nome – tal como aconteceu com o Glasgow Rangers – e atravessar um deserto imenso com a cruz às costas antes de chegarmos novamente a um bom porto.

Estamos longe disso hoje e Textor já faz parte da história do Botafogo. Por isso, e pelo papel fundamental que tem desempenhado – independentemente de críticas racionais que lhe possamos dirigir –, é justo, também neste espaço, registrar as palavras de revolta de John Textor contra aqueles que têm feito jogos políticos de bastidores há décadas e que levaram o Botafogo, juntamente com os nossos presidentes, às trágicas situações de 2002, 2014 e 2020 com três descidas de divisão para a Série B.

Eis a resposta de John Textor aos ‘politiqueiros’ emproados que querem travar o nosso processo de profissionalização sem manhas nem esquemas, e que reprovaram as contas de gestão apresentadas pelo Botafogo Social em 2022:

O motivo que estou divulgando [o projeto do Centro de Treinamento] agora é porque esse é o tipo de coisa incrível que Durcesio está nos ajudando a fazer. E esses covardes sem rosto querem criar uma terceira guerra mundial entre o clube e a SAF. Eles vão matar coisas como essa. Somos amigos do clube associativo e ninguém me pediu para fazer isso. […]

Eu me preocupo com o remo. Estou comprando novos barcos para o setor de regatas. Essas pessoas não dão nenhum dinheiro! Eu estou investindo […] em barcos de remo para que Lucas Verthein, que é um remador incrível, tenha um barco de topo e possa ganhar nas Olimpíadas. […]

Quando eu vou ao basquete vejo meninos de 15 anos treinando com bolas de basquete sem nenhuma qualidade, e as bolas custam vinte dólares! Eles não têm dinheiro nem sequer para comprar bolas e, ainda assim, querem aparecer e dizer que eu sou ruim para o clube, quando o que estou fazendo é gastar meu tempo fazendo essas coisas. […]

Eles quebraram o acordo de confidencialidade que nós temos com o clube ao mandar cópias de acordos para a imprensa. Os motivos deles precisam ser questionados quando violam contratos. Essas pessoas são covardes sem rosto nem nome. Se eles querem ser líderes do clube associativo deveriam fazer isso com os próprios nomes e rostos, e deveriam falar à luz do sol. Ser um líder é duro, solitário. Você tem que se erguer frente a muitas pessoas e comunicar sua visão. Então não façam isso em segredo, como covardes, vazando coisas para a imprensa. Venham à luz do sol e doem bolas de basquete para as crianças do clube.

Carta Aberta de Durcesio Mello, presidente Botafogo, aos sócios e aos botafoguenses disponível em  http://www.botafogofrsocialolimpico.com.br/emailmkt/carta/

6 comentários:

jornal da grande natal disse...

Comentário perfeito.

Sergio disse...

Curioso é que durante décadas os desmandos administrativos em relação as finanças nunca provocaram reações dos conselhos fiscais e com isso o clube estava a beira da falência
Graças a iniciativa do Durcésio implementando a SAF e com o acionista majoritário John Textor o Botafogo parece ver uma luz no fim do tunel.
E o que o Textor fará no futuro em relação a venda de jogadores não sabemos, o fato é que esses antigos amadores verdadeiramente nunca pensaram no clube e jogadores saiam do clube a preço de duas mariolas e uma cocada e a dívida aumentava ano após ano. Acho que essa turma dos "covardes sem rosto" está com saudades das infinitas mamatas e da eterna impunidade e por isso não querem que o clube se profissionalie aliás, nuca quiseram.
Devemos agradecer ao Textor, pois mesmo sem ter a obrigação está olhando para o remo que é parte fundamental do clube, afinal somos de futebol e regatas, mostrando uma sensibilidade com os esportes amadores que a turma da sauna parece nunca se importar.
Repito, o que o americano fará no futuro não sabemos, mas no momento o sentimento dos torcedores que amam o clube deve ser de gratidão. Quanto aos amadores , tenho cá minhas dúvidas se são realmente botafoguenses, mas parecem sabotadores e, como já foi dito "os maiores inimigos do Botafogo são os próprios dirigentes do Botafogo". ABS e SB!

Ruy Moura disse...

Grande Abraço Glorioso, Vanilson!

Ruy Moura disse...

Perfeito, Sergio. Assino embaixo. Calados a vida toda, e quando sentem 'cheirinho' de uma oportunista oportunidade para continuarem o que sempre fizeram década após década, não hesitam. São os chamados 'patrioteiros' do Botfaogo!

Abraços Gloriosos.

Anónimo disse...

As ratazanas 'boomers' de General Severiano estão todas desesperadas com a iminente perda da bajulação recíproca que por lá contempla a incompetência (para dizer o mínimo) há 50 anos. O clube social devia era fechar de vez e dar espaço ao Museu do BFR, conforme o ambicioso projeto. Manter-se-ia GS apenas como um espaço histórico, delegando as atividades esportivas e administrativas para o Estádio Nilton Santos, Centro de Treinamento (Lonier e/ou o novo), Mourisco (reformado para os esportes aquáticos, sem espaço para 'boomers' egocêntricos corneteiros) e Sacopã. Profissionalismo integral! Os sócios, beneméritos e grandes beneméritos que não gostarem que rateiem entre si e devolvam o 1 (HUM) BILHÃO em dívidas que contraíram enquanto ocupavam cargos de dirigente!

Ruy Moura disse...

Não domino as questões administrativo-legais para dar uma opinião, mas hipóteses de soluções que afastassem definitivamente a pandemia familiar roedora que grassa desde há meio século em GS, seria indubitavelmente bem vinda.
Abraços Gloriosos.

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