quarta-feira, 9 de abril de 2025

Os primeiros fachos de luz da Estrela Solitária em 2025 e o caminho a percorrer na estrada dos louro

por DINAFOGO | Coluna “Botafogo nisso!” | Colaborador do Mundo Botafogo

Bom dia, Blog! Estou de volta. Demorei a escrever um texto, primeiro por ter retornado às aulas da faculdade e, em segundo, para esperar ao menos alguns jogos do Glorioso e poder avaliar esse início de temporada. Eis que hoje resolvo finalmente escrever, porém, uma tristeza me abateu ao abrir o Instagram e constatar o falecimento do nosso ídolo e inesquecível Manga (in memoriam). Aliás, farei outro texto sobre isso, já que a ocasião assim exige. Voltando à temporada de 2025 do Botafogo, seguem algumas observações:

1) Palmeiras x Botafogo

O Botafogo entrou nesse jogo como uma grande incógnita e com uma preocupação muito grande por parte da gloriosa torcida, uma vez que o clube fez um campeonato estadual pífio, até mais do que nas outras vezes, não conseguindo sequer se classificar para a Taça Rio. Ademais, muitas peças foram embora, e as que chegaram, com exceção de Santi, não empolgaram muito a massa preta e branca. O Botafogo vinha de duas derrotas duras nas finais da Supercopa e da Recopa, o que deixou o torcedor incomodado — ainda mais por uma delas envolver um rival local. Se não bastasse tudo isso, o adversário da estreia no Brasileirão seria o forte e sempre candidato ao título (ao menos segundo a imprensa) Palmeiras, fora de casa, mantendo o mesmo treinador há anos, jogando o Paulistão até às finais e com ritmo de jogo. Muitos já davam a derrota como certa. Contudo, o Botafogo surpreendeu, talvez muito pelo fato da saudade de vermos um futebol à altura do campeão da América do Sul e do Brasil. Assim, jogou de forma confortável dentro dos domínios alviverdes, criou jogadas, pressionou, mas alguns erros começaram a aparecer — erros que se mostrariam problemáticos no jogo contra a Universidad de Chile. Apesar do bom futebol, o time alvinegro errou muitos passes e perdeu gols muito possíveis. Ainda teve uma falha da zaga que deixou o jogador Ríos, do Palmeiras, cara a cara com John, que evitou o gol com uma grande defesa — diga-se de passagem, é o paredão de General Severiano, lar de muitos deles. Por fim, o jogo terminou 0 a 0, e saímos contentes e frustrados ao mesmo tempo: contentes pelo bom futebol, frustrados pelo resultado possível que poderíamos ter conquistado. Porém, era apenas o primeiro jogo da temporada sob novo comando técnico.

2) Universidad de Chile x Botafogo

Nesse jogo, a torcida gloriosa já estava mais confiante diante do desempenho apresentado no Brasileirão, mesmo sendo uma partida em solo chileno — onde não costumamos ter muita sorte — e com a casa cheia. O Botafogo investiu mais, tem um elenco robusto e é o atual campeão da Sul-americano, logo, não era absurdo acreditar. No primeiro tempo, os times trocaram alguns chutões no início do jogo, mas aos poucos o Glorioso passou a engolir o adversário e dominar as ações ofensivas. O gol parecia uma questão de tempo, entretanto, o placar foi para o intervalo em branco. Na volta, o adversário fez substituições pontuais e o Glorioso desmoronava fisicamente e tecnicamente. A falta de gols contra o Palmeiras, os erros de passe e os buracos na zaga começaram a ser constantes. Em um lance capital, o jogador do time chileno ficou livre contra John e só precisou colocar força no pé para empurrar a bola para as redes alvinegras, inflamando a torcida local, que havia comparecido em peso. O Botafogo depois até tentou reagir, chutando, substituindo e indo para o abafa, contudo, como naquelas noites que não são de Botafogo, não conseguiu nada. Ainda teve tempo para Igor Jesus ser expulso em um lance bobo e infantil da sua parte, desfalcando o alvinegro para o jogo desta noite.

3) Botafogo x Juventude

Após a frustração na estreia da Libertadores, o Alvinegro estava sedento por uma vitória em seus domínios, diante de sua apaixonada e fiel torcida, sempre presente nas horas boas e ruins. O adversário seria o indigesto time sulista do Juventude, algoz de outrora e comandado pelo ex-botafoguense Fábio Matias. Mesmo sabendo da fragilidade técnica e financeira em comparação com o time da Estrela Solitária, sabemos o quão perigoso é o Campeonato Brasileiro e quantos pontos já deixamos escapar dentro de casa. Então, o jogo não seria tão fácil assim. No início, tivemos uma partida equilibrada, e o Juventude teve claras chances de inaugurar o marcador e pressionar o time alvinegro, que demonstrava falta de entrosamento e repetidos erros técnicos. Em um lance de rara felicidade, um cruzamento na grande área encontrou a cabeça de Igor Jesus, que abriu o marcador no Nilton Santos e fez delirar a massa alvinegra. O Fogão foi para o intervalo vencendo e, mesmo melhor, não apresentava um futebol de calar a boca de qualquer crítico — apenas se aproveitava da fragilidade técnica do adversário e do talento individual de alguns jogadores. O segundo tempo teve domínio do Botafogo, mas o Juventude criava jogadas perigosas e teve chances de empatar e, depois, diminuir. Todavia, foi o Glorioso que fez mais dois gols: um com o uruguaio Mateo Ponte, aproveitando cruzamento na área e chegando rapidamente para empurrar a bola, e outro novamente de Igor Jesus, mas anulado por impedimento. Enfim, o Botafogo venceu o jogo, conseguiu a primeira vitória e cumpriu a sua obrigação dentro de casa.

O que vem por aí?

O time da Estrela Solitária enfrentará, na noite desta terça-feira, o Carabobo da Venezuela, pela Libertadores, sendo considerado o time mais fraco do grupo. O objetivo é vencer bem e aumentar o saldo de gols, que será importante para garantir a liderança da chave em caso de empate na pontuação. Espera-se uma vitória sem sustos, porém, é Libertadores, e deve-se sempre ter atenção e respeito aos adversários — ninguém está ali por acaso. Outra observação é não criarmos idealizações em resultados positivos contra times como Carabobo e Juventude. Eles merecem todo o nosso respeito, mas são elencos mais modestos e com investimentos mais tímidos, não servindo como parâmetro exato da força e qualidade do nosso elenco — apenas para constatarmos se os erros persistem ou dão sinais de melhora para futuros desafios.

Estarei na torcida, confiante de que o Glorioso saia com uma vitória significativa contra  Carabobo, que os erros sejam corrigidos, o entrosamento venha com o tempo e conquistemos os nossos objetivos da temporada.

Saudações alvinegras e viva o Glorioso!

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