por
DINAFOGO | Coluna “Botafogo nisso!” | Colaborador do Mundo Botafogo
Bom dia, Blog!
Estou de volta. Demorei a escrever um texto, primeiro por ter retornado às aulas
da faculdade e, em segundo, para esperar ao menos alguns jogos do Glorioso e poder
avaliar esse início de temporada. Eis que hoje resolvo finalmente escrever,
porém, uma tristeza me abateu ao abrir o Instagram e constatar o falecimento do
nosso ídolo e inesquecível Manga (in memoriam). Aliás, farei outro texto sobre
isso, já que a ocasião assim exige. Voltando à temporada de 2025 do Botafogo,
seguem algumas observações:
1) Palmeiras x
Botafogo
O Botafogo entrou
nesse jogo como uma grande incógnita e com uma preocupação muito grande por
parte da gloriosa torcida, uma vez que o clube fez um campeonato estadual pífio,
até mais do que nas outras vezes, não conseguindo sequer se classificar para a
Taça Rio. Ademais, muitas peças foram embora, e as que chegaram, com exceção de
Santi, não empolgaram muito a massa preta e branca. O Botafogo vinha de duas
derrotas duras nas finais da Supercopa e da Recopa, o que deixou o torcedor
incomodado — ainda mais por uma delas envolver um rival local. Se não bastasse
tudo isso, o adversário da estreia no Brasileirão seria o forte e sempre
candidato ao título (ao menos segundo a imprensa) Palmeiras, fora de casa,
mantendo o mesmo treinador há anos, jogando o Paulistão até às finais e com
ritmo de jogo. Muitos já davam a derrota como certa. Contudo, o Botafogo surpreendeu,
talvez muito pelo fato da saudade de vermos um futebol à altura do campeão da
América do Sul e do Brasil. Assim, jogou de forma confortável dentro dos
domínios alviverdes, criou jogadas, pressionou, mas alguns erros começaram a
aparecer — erros que se mostrariam problemáticos no jogo contra a Universidad
de Chile. Apesar do bom futebol, o time alvinegro errou muitos passes e perdeu
gols muito possíveis. Ainda teve uma falha da zaga que deixou o jogador Ríos, do
Palmeiras, cara a cara com John, que evitou o gol com uma grande defesa —
diga-se de passagem, é o paredão de General Severiano, lar de muitos deles. Por
fim, o jogo terminou 0 a 0, e saímos contentes e frustrados ao mesmo tempo:
contentes pelo bom futebol, frustrados pelo resultado possível que poderíamos
ter conquistado. Porém, era apenas o primeiro jogo da temporada sob novo
comando técnico.
2) Universidad de
Chile x Botafogo
Nesse jogo, a
torcida gloriosa já estava mais confiante diante do desempenho apresentado no
Brasileirão, mesmo sendo uma partida em solo chileno — onde não costumamos ter muita
sorte — e com a casa cheia. O Botafogo investiu mais, tem um elenco robusto e é
o atual campeão da Sul-americano, logo, não era absurdo acreditar. No primeiro
tempo, os times trocaram alguns chutões no início do jogo, mas aos poucos o
Glorioso passou a engolir o adversário e dominar as ações ofensivas. O gol
parecia uma questão de tempo, entretanto, o placar foi para o intervalo em
branco. Na volta, o adversário fez substituições pontuais e o Glorioso
desmoronava fisicamente e tecnicamente. A falta de gols contra o Palmeiras, os erros
de passe e os buracos na zaga começaram a ser constantes. Em um lance capital,
o jogador do time chileno ficou livre contra John e só precisou colocar força
no pé para empurrar a bola para as redes alvinegras, inflamando a torcida
local, que havia comparecido em peso. O Botafogo depois até tentou reagir,
chutando, substituindo e indo para o abafa, contudo, como naquelas noites que
não são de Botafogo, não conseguiu nada. Ainda teve tempo para Igor Jesus ser
expulso em um lance bobo e infantil da sua parte, desfalcando o alvinegro para
o jogo desta noite.
3) Botafogo x
Juventude
Após a frustração
na estreia da Libertadores, o Alvinegro estava sedento por uma vitória em seus
domínios, diante de sua apaixonada e fiel torcida, sempre presente nas horas
boas e ruins. O adversário seria o indigesto time sulista do Juventude, algoz
de outrora e comandado pelo ex-botafoguense Fábio Matias. Mesmo sabendo da
fragilidade técnica e financeira em comparação com o time da Estrela Solitária,
sabemos o quão perigoso é o Campeonato Brasileiro e quantos pontos já deixamos
escapar dentro de casa. Então, o jogo não seria tão fácil assim. No início,
tivemos uma partida equilibrada, e o Juventude teve claras chances de inaugurar
o marcador e pressionar o time alvinegro, que demonstrava falta de entrosamento
e repetidos erros técnicos. Em um lance de rara felicidade, um cruzamento na
grande área encontrou a cabeça de Igor Jesus, que abriu o marcador no Nilton
Santos e fez delirar a massa alvinegra. O Fogão foi para o intervalo vencendo
e, mesmo melhor, não apresentava um futebol de calar a boca de qualquer crítico
— apenas se aproveitava da fragilidade técnica do adversário e do talento
individual de alguns jogadores. O segundo tempo teve domínio do Botafogo, mas o
Juventude criava jogadas perigosas e teve chances de empatar e, depois,
diminuir. Todavia, foi o Glorioso que fez mais dois gols: um com o uruguaio
Mateo Ponte, aproveitando cruzamento na área e chegando rapidamente para
empurrar a bola, e outro novamente de Igor Jesus, mas anulado por impedimento.
Enfim, o Botafogo venceu o jogo, conseguiu a primeira vitória e cumpriu a sua
obrigação dentro de casa.
O que vem por aí?
O time da Estrela
Solitária enfrentará, na noite desta terça-feira, o Carabobo da Venezuela, pela
Libertadores, sendo considerado o time mais fraco do grupo. O objetivo é vencer
bem e aumentar o saldo de gols, que será importante para garantir a liderança
da chave em caso de empate na pontuação. Espera-se uma vitória sem sustos,
porém, é Libertadores, e deve-se sempre ter atenção e respeito aos adversários
— ninguém está ali por acaso. Outra observação é não criarmos idealizações em
resultados positivos contra times como Carabobo e Juventude. Eles merecem todo
o nosso respeito, mas são elencos mais modestos e com investimentos mais
tímidos, não servindo como parâmetro exato da força e qualidade do nosso elenco
— apenas para constatarmos se os erros persistem ou dão sinais de melhora para
futuros desafios.
Estarei na
torcida, confiante de que o Glorioso saia com uma vitória significativa
contra Carabobo, que os erros sejam
corrigidos, o entrosamento venha com o tempo e conquistemos os nossos objetivos
da temporada.
Saudações
alvinegras e viva o Glorioso!
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