segunda-feira, 30 de junho de 2008

Botafoguenses em copas do mundo


Durante o século XX o Botafogo cedeu 46 jogadores ao escrete canarinho em copas do mundo, constituindo recorde absoluto entre os clubes. A lista de jogadores foi a seguinte:

· 1930: Benedicto, Carvalho Leite, Nilo e Pamplona
· 1934: Pedrosa, Germano, Martim, Canalli, Octacílio, Ariel, Waldyr, C. Leite, Áttila
· 1938: Nariz, Martim, Patesko, Perácio e Zezé Procópio
· 1950: Nilton Santos
· 1954: Nilton Santos
· 1958: Nilton Santos, Garrincha e Didi
· 1962: Nilton Santos, Garrincha, Didi, Amarildo e Zagallo
· 1966: Jairzinho, Gérson, Rildo e Manga
· 1970: Jairzinho, Paulo César Caju e Roberto Miranda
· 1974: Jairzinho, Marinho Chagas e Dirceu
· 1978: Rodrigues Neto e Gil
· 1982: Paulo Sérgio
· 1986: Alemão e Josimar
· 1990: Mauro Galvão
· 1998: Bebeto e Gonçalves

domingo, 29 de junho de 2008

Os cinco zeros

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O ‘clássico vovô’ do gol mil encheu o Maracanã de torcedores. Calcula-se que estiveram presentes 90.000 torcedores, a maioria botafoguenses.

As duas equipas jogaram um futebol de craveira superior, mostrando-se sérios candidatos ao título brasileiro. Impulsionados pelas torcidas vibrantes, que não se calaram nem um minuto, ambas as equipas criaram inúmeras oportunidades de gol, especialmente o Botafogo, cujos atacantes continuaram a assinalar jogadas perigosíssimas, tal como nos últimos jogos.

O Botafogo, jogando impecavelmente, raramente errou passes e os seus jogadores lutaram denodadamente durante todo o tempo.

Não obstante o Fluminense ter jogado muito bem, apesar de entrar com uma equipa reserva, não conseguiu mostrar em nenhum momento que conseguiria ser superior ao Botafogo.

Os alvinegros, dispostos taticamente de uma forma muito inteligente, beneficiaram de uma estratégia notável por parte do novo treinador, o qual mostrou a sua sabedoria ao ter escolhido Vanderlei para o ataque botafoguense, que ao lado do goleador Wellington Paulista levou perigo constante à meta tricolor.

Soberbamente articulado, com passes milimétricos e remates notáveis, o Botafogo evidenciou estar a caminho de algo inesquecível…

Todos se recordam da teoria de gestão empresarial de há uns anos atrás conhecida por cinco zeros que caracterizou a excelência das empresas japonesas: zero defeitos, zero stocks, zero avarias, zero papel, zero erros.

Tal e qual como este excelente ‘clássico vovô’: zero torcedores, zero táticas, zero passes, zero gols, zero futebol.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 0x0 Fluminense
Competição: Campeonato brasileiro
Estádio Mário Filho, o ‘Maracanã’; 20/06/2008
Arbitragem: Leonardo Gaciba (RS); Dibert Pedrosa Moisés (Fifa) e Claudio José de Oliveira Soares (RJ)
Cartões amarelos: Rafael (Fluminense); Diguinho, Renato Silva, Túlio Souza (Botafogo); Rafael (Fluminense)
Cartão vermelho: Ferrero (Botafogo)
Botafogo: Castillo, Renato Silva, Ferrero e Leandro Guerreiro; Alessandro (Túlio Souza), Túlio (Vanderlei), Diguinho, Lúcio Flávio e Triguinho; Carlos Alberto e Wellington Paulista (Fábio). Técnico: Eugênio Souto, o 'Geninho'
Fluminense: Fernando Henrique, Rafael, Sandro, Anderson e Uendel; Fabinho, Romeu (Fernando), Maurício e David (Léo Itaperuna); Tartá e Alan (Somália). Técnico: Renato 'Gaúcho'

Bicampeão de voleibol 1978-1979

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O Botafogo foi undecampeão de voleibol entre 1965-1975 – título somente igualado pelo halterofilismo botafoguense. Em 1978 e 1979 o clube retomou o título de campeão carioca, o qual voltou a ocorrer apenas em 2007.

Em 1978 a equipa venceu o Flamengo na final por 3x1 com parciais de 15x5, 11x15, 15x13, 15x10. O primeiro parcial foi ganho facilmente em 20 minutos. O segundo parcial, mercê de uma movimentação muito boa de Zezinho na armação, na defesa e no ataque, o Flamengo empatou a partida. O terceiro parcial, com o Flamengo animado pelo empate, terminou por um resultado apertado de 15x13, mas o quarto parcial foi vencido tranquilamente pelos botafoguenses. A equipa alinhou com Levenhagem, Mauro, Suíço, Paulo Roberto e João Siqueira.

Em 1979 a equipa tornou-se bicampeão ao vencer o Flamengo por 3x2 com parciais de 15x4, 15x4, 8x15, 8x15, 15x4. Os dois primeiros parciais foram facilmente vencidos pelo Botafogo e no terceiro parcial chegamos a 7x3. Porém, os torcedores do Flamengo invadiram a quadra e o Botafogo desorientou-se, acabando por perder dois parciais por 15x8. Mas no parcial decisivo o Botafogo chegou rapidamente a 4x0, a inflamada torcida do Flamengo emudeceu e a vitória robusta foi construída para a conquista do título.
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Jorge Bittencourt, técnico do Botafogo, enalteceu todos os jogadores:

– “Seria injustiça destacar um ou dois. Todos foram fundamentais para a conquista. Mesmo sem treino chegamos à vitória. Quando conseguirmos treinar, será ainda mais difícil para os adversários.”

Suíço, o grande destaque do jogo, atribuiu a vitória final à maior experiência do Botafogo, especialmente quando ele próprio tornou a explorar as cortadas.

O Botafogo alinhou com Jorge Luís, Marco Aurélio, Paulo Roberto, Leonardo, João Luís, João Siqueira, Cláudio, Nelson, Fernando, Suíço, Roberto e Frederico.

Fonte
Acervo de Cláudio Falcão, companheiro do blogue

sábado, 28 de junho de 2008

Antiguidades botafoguenses (I)


Claudio Falcão, colaborador do blogue, é um coleccionador das mais variadas peças botafoguenses. Desde calendários a escudos antigos do Botafogo Football Club, passando por caixas de fósforos e espelhinhos de bolso, até flâmulas e outros artigos, além de recortes que comprovam muitos títulos do Botafogo que não são referidos em nenhum outro sítio ou blogue da Internet, o nosso amigo Cláudio guarda tudo o que se relacione com o nosso clube.

Anteriormente apresentou-se algumas peças botafoguenses do Cláudio, tais como baralho de cartas, rótulos de bebidas, utensílios e outros símbolos botafoguenses raros, como o galo ‘rei dos reis’.

Desta vez Claudio colaborou com caixas de fósforos, calendários e um ‘espelhinho’ notável. Alguns destes elementos são recentes e outros são antigos. Veja-se as caixas de fósforos:


As diferentes configurações dos escudos evidenciam que as caixas de fósforos reportam a tempos diferentes. Os contornos dos escudos e, em alguns casos, a configuração da estrela solitária, mostram as diferenças de épocas.

Os calendários do acervo de Claudio também evidenciam períodos diferentes. Veja-se os calendários:

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Ao lado de calendários recentes (2004) existem calendários antigos, bem visíveis nos desenhos mais antigos. A maior parte dos calendários apresenta-se com o Pato Donald, mas alguns variam bastante, mostrando o hino do clube, os títulos, a torcida e até simpáticas donzelas.

Finalmente, Cláudio decidiu brindar-nos com uma verdadeira relíquia: um ‘espelhinho’ cujo desenho evidencia a antiguidade da peça:


Uma delícia!...

Fonte
Acervo de Cláudio Falcão

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Garrincha reencontrado


Há uns meses atrás um grupo de brasileiros caminhava pelas ruas de Covent Garden, tradicional reduto da noite londrina, sob uma chuva fina e um frio glacial de Inverno. Os viajantes resolveram abrigar-se do frio londrino num grande pub, com andar superior e banheiros na cave. Entre umas bebidas e conversa animada um dos brasileiros resolveu entornar um pouco das ‘loiras suadas’ que bebera e resolveu ir ao ‘porão’ do pub.

Após algum tempo o camarada apareceu alvoroçado, vermelho e sem fôlego. Os companheiros até pensaram que ele havia sofrido uma tentativa de assalto; ou de estupro, ou talvez um ataque de skinheads. O pessoal correu para auxiliar o bravo brasileiro, que continuava vermelho e sem fôlego.

Após um milagroso gole de cerveja belga, ele começou a articular algumas palavras, irreconhecíveis no início e, depois de algum tempo, alarmantes.

– “Fogo!” – exclamava o caríssimo amigo (que, aliás, é rubro-negro), sobressaltando os outros.

Os demais pensavam que se tratava de um daqueles terríveis incêndios londrinos, mas interrogado sobre a hipótese, o camarada negou imediatamente. Então, recuperando-se do susto, ele pôde explicar a sua história verídica, ocorrida num banheiro no ‘porão’ de um pub londrino.

Ao entrar no banheiro, o sujeito que fica guardando a porta, ao perceber que ele era brasileiro, disse:

– “Fogo!”

Surpreso ao ouvir a palavra em português, depois de dez dias de muito excuse me, sorry e thank you, passou a dar mais atenção à figura parada na frente dele, que novamente exclama:

– “Fogo!” – e perguntou ao camarada era brasileiro mesmo. Diante da resposta afirmativa do nosso companheiro, ele imediatamente perguntou:

– “Botafogo?”

O nosso diletante amigo respondeu:

– “Brazil, Praia de Botafogo?...”
– “No… Praia de Botafogo, no! Botafogo! Botafogo!” – respondeu o inglês.

O rubro-negro começou a entender de que se tratava, mas claro que demorou a convencer-se de que era aquilo mesmo e tentou fazer uma gracinha com o cidadão de sua majestade:

– “Botafogo, não! Flamengo!”

O inglês olhou para ele com cara de pouco caso e finalizou com a seguinte frase:

– “Botafogo! Garrincha! Nilton Santos! Didi! Marinho Chagas! Botafogo, yes! Good! Flamengo, no!”

O rubro-negro ainda tentou uma graça combinando palavras inglesas:

– “Men Go! Men Go! It´s English! It's the best!”

E o inglês, numa fleuma de fazer cair ao chão o queixo de Wellington ou o de Marlborough, para acabar com qualquer esperança do nosso indômito expedicionário, atalhou:

– “Mengo? What's Mengo, men? I know Botafogo, Real Madrid, Boca Juniors... What crappity smack crazy Mengo is?”

É claro que depois de tal resposta nada mais restou ao nosso amigo rubro-negro, perdido pelas ruas de Londres, senão subir correndo as escadas do ‘porão’ ao encontro do conforto amigo e brasileiro.

Os botafoguenses presentes no recinto, ao serem informados do achaque sofrido pelo brasileiro, correram ao banheiro para averiguar o ocorrido. Ao chegarem ao banheiro o inglês continuava na sua cadeirinha e, ao descobrir novos brasileiros, tornou a dizer:

– “Botafogo!”

Imediatamente, todos responderam:

– “Fogo!!!! – e o homem emocionou-se.

Um dos botafoguenses levava consigo um chaveiro com o escudo do Glorioso e ofereceu-o ao inglês. Os olhos do sujeito marejaram de lágrimas e, na despedida, todos se apresentaram ao cidadão de Sua Majestade dizendo os seus nomes. No final das nossas apresentações ele respondeu:

– “Pleasure to meet you fellows, my name is Manoel Santos, everyone here calls me Garrincha!”

Consta que depois disto o grupo de brasileiros tomou um porre memorável e todos adormeceram no hotel com a certeza de que a Estrela Solitária brilha impávida nos cinco continentes e que, façam o que fizerem, a história e a tradição do pavilhão alvinegro jamais será apagada.

Fonte
Internet (origem: Luís Paulo Corrêa e Castro, grupo de teatro Nós do Morro)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Parabéns, Fogão! De Salomé a General Severiano – a origem do nome Botafogo

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por Roberto Porto

"O que tem a ver a lendária e sensual Salomé com o Botafogo? A rigor, nada, supostamente nada. Mas recentes e aprofundados estudos perpetrados por alvinegros apaixonados, reviraram Livros Sagrados e de História Geral e descobriram que sinais, obviamente premonitórios, da chegada do Glorioso Alvinegro da Estrela Solitária à face da Terra já foram sentidos em tempos bíblicos.

Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, viajou a Roma, por volta de 27 DC e lá, de maneira sórdida e insidiosa, surrupiou Herodíades, mulher de seu irmão Herodes Felipe. Diga-se de passagem que Herodes Felipe também não era lá flor que se cheirasse, porque a bela Herodíades vinha a ser sua sobrinha. O fato é, porém, que quando Herodes Antipas retornou à Galiléia, levando a nova mulher e a enteada Salomé a tiracolo, rolou o maior barraco na província, com o povo escandalizado com o gesto do tetrarca. João Batista, o homem que batizou Jesus Cristo nas águas do Rio Jordão, foi o primeiro a botar a boca no trombone.

O resultado foi péssimo para Herodes Antipas. O tetrarca mal podia se locomover pelas ruas, em companhia de Herodíades e Salomé, sem que o povo o vaiasse estrepitosamente. João Batista, mais tarde elevado à categoria de santo, era o chefe da oposição e não lhe dava trégua, alegando, não sem razão, que Herodes aviltara e rasgara as rígidas leis de Moisés.

Resultado: sem alternativa, disposto a terminar com o bafafá, Herodes Antipas apelou para a velha solução e encarcerou João Batista. Mas a situação ainda iria piorar. No aniversário de Herodes Antipas, Salomé deu um show sensual de dança, deixando os convivas com água na boa. E Herodes Antipas - que já deveria estar de olho na enteada - disse à jovem que, tão espetacular havia sido a sua exibição que ela poderia pedir o que quisesse como prêmio. A loura Salomé, pouquíssimo intelectualizada, decidiu perguntar à mãe o que deveria ganhar. Cheia de ódio, Herodíades foi vingativa: "Peça a cabeça de João Batista numa bandeja de prata".

Quinze séculos depois, ainda chocados com a decapitação e macabra vingança da trinca Herodes, Herodíades e Salomé, os portugueses lançaram ao mar um poderosíssimo barco de guerra denominado São João Batista. Na linguagem do gentio do cais lisboeta, o galeão ficou conhecido como "O Botafogo". Originalmente, botafogo era o apelido que se dava ao artilheiro, que, de acordo com a história e a definição de Aurélio Buarque de Hollanda, ateava fogo às peças dos canhões das fortalezas terrestres e dos barcos de combate das marinhas de guerra.
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Maqueta do São João Baptista

Portugal, uma das mais famosas nações desbravadoras dos mares nunca dantes navegados, no célebre poema de Luiz de Camões, passou a contar, então, no reinado de Dom João III, com o já referido e impressionante São João Batista, dotado de nada menos do que 200 peças de artilharia. Tão poderoso e destruidor era o São João Batista, pois parecia deitar fogo pelas ventas, que os próprios nobres lusitanos também passaram a chamá-lo de Botafogo. Portugal chegou a cedê-lo à Espanha, a pedido de Carlos V, a fim de reforçar a esquadra espanhola que combateu o pirata otomano Barbaroxa, em 1535. Barbaroxa, era mau e tinha nascido na ilha grega de Lesbos, onde o homossexualismo feminino comia solto.

De nome de barco de guerra, Botafogo virou sobrenome de família. E, ainda no século do descobrimento, João Pereira de Souza Botafogo veio dar com os costados no Brasil, como lugar-tenente do governador-geral Antônio Salema, encarregado da defesa do Rio de Janeiro. Tão bem se houve no cargo, numa cidade sempre cobiçada pelos franceses, João Pereira de Souza Botafogo ganhou de presente do rei uma extensa sesmaria na Enseada de Francisco Velho - mais tarde conhecida como Praia de Botafogo. O local, porém, permaneceria selvagem e inabitado por mais de 250 anos. A rigor, a conquista da sesmaria só teria início com a chegada da família real ao Brasil, fugindo da fúria das tropas de Napoleão Bonaparte que invadiram Portugal. Carlota Joaquina, mulher de Dom João VI, foi com certeza uma das primeiras moradoras do bairro carioca que surgia.

Antes dela, porém, ainda no tempo das sérias ameaças dos franceses e tamoios, como escreve o historiador Brasil Gérson, os desbravadores da sesmaria foram Antônio Francisco Velho - que dava o nome à bela enseada ao pé do Pão de Açúcar - o próprio João Botafogo, português de Elvas, e a curiosa figura do padre Clemente Martins de Matos. Sobre este último corre a lenda de que havia abraçado a religião católica e fugido para o Brasil tantos foram os escândalos amorosos de que fora protagonista em Lisboa. O tempo passou, a controvertida espanhola Carlota Joaquina, à revelia de Dom João VI, ergueu um palacete no final da hoje Marquês de Abrantes e Botafogo foi gradativamente ocupado por casas elegantes - algumas delas ainda ornamentando o bairro - até o início do passado século 20.

Foi no início do passado século 20, no Largo dos Leões, que leva este nome em homenagem a Joaquim Marques Batista de Leão, que o Botafogo Football Club surgiu há exatos 99 anos. Na tarde de 12 de agosto de 1904, uma sexta-feira, Flávio da Silva Ramos e Emanoel de Almeida Sodré, livres das aulas no Colégio Alfredo Gomes, reuniram amigos e adeptos do novo esporte da bola e decidiram fundar o a princípio chamado Eletro Club. Francisca Teixeira de Oliveira, conhecida como dona Chiquitota, avó de Flávio Ramos, detestou o nome escolhido meio a esmo, em razão de um talão de recibos de um extinto grêmio de pedestrianismo, e mudou o nome para Botafogo, a 18 de setembro. Os garotos aprovaram e o novo clube entrou para a história.

Naquele tão distante 12 de agosto de 1904, uma coincidência do destino teria lugar. O matutino Correio da Manhã, numa pequena nota de pé de página, publicaria a seguinte notícia: "Ontem foi dado um aviso à Estação de Bombeiros da Rua Humaitá de que lavrava pavoroso incêndio na Rua General Severiano. Comparecendo ao local, os briosos soldados do fogo verificaram tratar-se de um rebate falso. Teve conhecimento do fato a polícia da 18ª Circunscrição". Hoje, quase 100 anos depois, percebe-se que a notícia não era tão falsa assim. Certamente, como nos tempos bíblicos de São João Batista, tratava-se de uma premonição do que aconteceria anos depois. O clube que tornaria a rua tão famosa era realmente um incendiário Botafogo. E o general Severiano da Fonseca - irmão mais velho do marechal Deodoro, o proclamador da República - também inscreveria seu nome na história do futebol brasileiro e mundial."

Fonte
Jornal dos Sports, 12/08/2003

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Misses Brasil botafoguenses


A 13 de Dezembro de 2007 foi publicado, na etiqueta ‘matizado’ do blogue, os nomes das misses Botafogo galardoadas com o título de Miss Brasil.

A mesma notícia foi publicada no Boletim do Botafogo de Futebol e Regatas em 1965 aquando da eleição da última Miss Botafogo que conquistou o título brasileiro.

Cláudio Falcão, amigo botafoguense, facultou-me o texto do Boletim do BFR da época:

Há muito que se realizam concursos de beleza no Brasil, para escolha da nossa representante no certame de Miss Universo. A beleza da mulher brasileira tem sido muito bem figurada, já tendo mesmo conquistado o título internacional e, em outras ocasiões, obtido ótimas colocações. Na Guanabara, nas provas de classificação, para indicação da candidata do Estado e, posteriormente, de Miss Brasil, o BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS, através das suas representantes, tem, desde seu início, se sobressaído, de forma excepcional, segundo vejamos. A lista começa com OLGA BERGAMINI DE SÁ, em 1929; VÂNIA PINTO, em 1938; ADALGISA COLOMBO, em 1958; GINA MACPHERSON, em 1960; e MARIA RAQUEL DE ANDRADE, em 1965. Todas elas foram eleitas Miss Brasil, concorrendo pelo BOTAFOGO, além de outras candidatas, em número de quatro, escolhidas Miss Guanabara. Devemos anda lembrar que a primeira “Senhorita Rio”, ANDRÉA BELLO, foi candidata do alvinegro. Assim, também no terreno da formosura, o BOTAFOGO tem brilhado com candidatas de rara beleza – essa inesgotável beleza da mulher brasileira.

Eis algumas fotos das nossas misses Brasil:
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Olga Bermini de Sá (1929)
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Vânia Pinto (1938)

Adalgisa Colombo (1958)

Gina MacPherson (1960)



Maria Raquel Andrade (1965)

Carvalho Leite, o famoso craque botafoguense do tetracampeonato (campeão em 1930, 1932, 1933, 1934 e 1935), além do apelido ‘Maravilha da Serra’, por ter nascido em Petrópolis, também era conhecido por ‘Crack Gallant’, especialmente depois do romance que manteve com a Miss Botafogo e Miss Brasil Vânia Pinto.

Fontes:
Acervo de Claudio Falcão
Acervo de Rui Moura
Boletim Botafogo de Futebol e Regatas
http://www.missesdobrasil.com/

terça-feira, 24 de junho de 2008

Tetracampeão brasileiro de voleibol


Entre meados dos anos sessenta e meados dos anos setenta do século passado o voleibol masculino do Botafogo vencera onze campeonatos cariocas consecutivos e constituía a base do escrete brasileiro.

Em 1971, o Botafogo venceu o VI Troféu Brasil de Clubes Campeões de Vôlei, categoria masculina. O nosso clube venceu os sete jogos que disputou e, na final, bateu o Santos inapelavelmente por 3x0 com os parciais de 15x9, 15x9 e 15x4.
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Campeões de 1971

No ano seguinte, em 1972, o Botafogo tornou a ser campeão brasileiro (dados desconhecidos) e em 1975, confirmando o favoritismo à época, o Botafogo venceu pela terceira vez o Troféu Brasil de Clubes Campeões de Vôlei. A campanha botafoguense foi absolutamente notável porque em cinco jogos não perdeu um único parcial, ganhando os quinze que disputou:

Botafogo 3x0 Clube Astreia (Paraíba)
Botafogo 3x0 Sete Lagoas (Minas Gerais)
Botafogo 3x0 Paulistano (São Paulo)
Botafogo 3x0 Fluminense (Rio de Janeiro)
Botafogo 3x0 Santos (São Paulo) – finalíssima

O Botafogo era treinado por Célio Cordeiro e os atletas campeões foram os seguintes: Bebeto, Suíço, Cláudio, Ruben, Badá, Luís Filipe, Mário Dunlop, Celso Kalache, Pina, Zé Ricardo e Paulão.

No ano seguinte, em 1976, realizou-se o I Campeonato Nacional de Voleibol. A Taça Brasil deixou de constituir o título de campeão brasileiro.

O Botafogo e o Paulistano disputaram a final e não havia favorito. Uns dividiam-se entre a experiência do Paulistano e a melhor situação física e técnica do Botafogo. Na verdade, o Botafogo arrasou o Paulistano, ganhando por 3x0 com parciais de 15x6, 15x9, 15x5.

Os tricampeões brasileiros de voleibol masculino foram treinados por Célio Cordeiro e alinharam com Bebeto, Mário, Suiça, Pina, Careca, Nelsinho, Zé Ricardo, Granjeiro, Marco Aurélio, Badá.

Fonte
Recortes de jornal digitalizados (Acervo de Cláudio Falcão, companheiro botafoguense do blogue)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Coincidências a preto & branco



por Leonel de Jesus
Poeta e jornalista

Já me tinha apercebido disto faz algum tempo, mas tinha guardado para mim.

Não que fosse um segredo, mas talvez por falta de contexto ou para não pensarem que estou a querer influenciar. Mas agora que fiz uma viagem a Itália com paragem em Turim e que, curiosamente, a Juventus foi o segundo clube preferido pelos leitores do blog Mundo Botafogo, resolvi partilhar estes meus pensamentos, que parecerão ociosos para alguns, mas interessantes para muitos outros.

Quando se fala de Botafogo e Juventus vem logo à cabeça e à conversa dos entendidos aquela final electrizante de 1996 no estádio Riazor na Corunha. Como não lembrar? Golo cá golo lá, os italianos já vencedores, golo cá golo lá, os brasileiros empatam, nas grandes penalidades golo lá golo lá, do Botafogo. Campeão da Tereza Herrera com a particularidade única e tremendamente botafoguense de ter jogado com o uniforme emprestado da simpática equipa da casa, o Deportivo da Corunha. Diz-se que muita gente fez confusão através da televisão com as camisas também alvinegras listradas dos italianos. Quem deveria trocar o uniforme? Não sei, o que sei é que o Botafogo não tinha outro. Talvez tenha dado sorte e era bem preciso, pois a Juve tinha a equipa campeã europeia e nós alguns campeões brasileiros de 1995, e a roupa do Deportivo, mas muita raça.
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A Juventus foi fundada em 1897 na cidade de Turim, capital da província do Piemonte, norte de Itália. A outra grande equipa e rival é o Torino (nome da cidade em italiano), fundado em 1906. Este é um clube de grande mística, pois foi a melhor equipa da Europa na década de quarenta. Porém, a tragédia do acidente aéreo contra uma igreja em Turim quando regressavam de Lisboa abalou inexoravelmente o clube e nunca mais retornou a esses tempos gloriosos.

Já a Juventus é o maior vencedor de campeonatos italianos e um dos maiores clubes do mundo. E se na cidade as paixões se dividem, no resto do país e no mundo os alvinegros dominam. Mas, além da capital, também o resto do Piemonte possui tradição futebolística pioneira na Itália, especialmente devido ao famoso quadrilátero piemontês do início do século XX em que constavam o Pro Vercelli (1892), o Novara (1908), o Casale (1909) e o Alessandria (1912). Só o Pro Vercelli venceu sete campeonatos seguidos nesses tempos de pioneirismo do Calcio (campeonato italiano).

A Juventus e o Torino conquistaram, no conjunto, quarenta e oito títulos entre campeonatos e taças de Itália. Portanto, mais títulos do que os dois grandes de Milão. Turim é, aliás, um segredo bem escondido, uma cidade que, não deslumbrando turistas, é para se descobrir aos poucos, desde as suas delícias (chocolates, gelados, café, Martini) à sua arquitectura racional, mas devidamente barroca quando necessário. Cidade de escritores e elegante com os frios Alpes ao fundo. Não contem o segredo a ninguém.

E, assim, por alto, e sem entrar em pormenores e muitos números, ficam aqui o que eu considero algumas coincidências entre o Botafogo e a Juventus de Turim.

· Ambos foram fundados por um grupo de jovens estudantes de um colégio.
· Por vezes, no seu emblema, a Juventus usa estrelas a representar conquistas. O símbolo do Botafogo é a mais que conhecida estrela solitária.
· O preto e branco do Botafogo deve-se ao facto de um dos seus fundadores ter estado em Itália e ter sugerido as cores da Juventus.
· A Juventus foi fundada em 1897 e o Botafogo Football Club em 1904, no entanto já existia desde 1894 o Clube de Regatas Botafogo. Raízes no século XIX.
· Ambos tiveram poetas como presidentes; Augusto Frederico Schmidt para o Botafogo na década de quarenta e Corrado Corradini para a Juventus no final da primeira grande guerra.
· Foram os clubes que nos seus respectivos países mais contribuíram com jogadores para as selecções campeãs do mundo.
· Ambos dominaram a década de trinta: o Botafogo foi tetracampeão carioca e a Juventus foi pentacampeã italiana.
· O técnico e preparador físico Paulo Amaral, um nome muito importante do Botafogo, foi treinador da Juventus na década de sessenta.
· Ambos os clubes só estiveram um ano na segunda divisão.
· Grande parte da imigração italiana para o Brasil era orginária da região do Piemonte.
· A mais emocionante final da Taça Tereza Herrera na Corunha foi a disputada entre as duas equipas em 1996.

Lisboa, 2008.

[Nota: Leonel de Jesus é um ‘velho’ amigo botafoguense que escreveu este artigo especialmente para o blogue Estrela Solitária / Mundo Botafogo.]

domingo, 22 de junho de 2008

Uma noite na casa do Cláudio

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Cláudio Falcão é um amigo pessoal e colaborador do blogue Mundo Botafogo, tendo contribuído com a informação de títulos antigos do Botafogo nas modalidades ‘olímpicas’ e com diversas outras curiosidades botafoguenses.

Cláudio possui imensas coisas sobre o nosso clube e então imaginei que um dia destes íamos em sua companhia ao Estádio Olímpico em Engenho de Dentro assistir a uma partida pelo campeonato brasileiro e, no regresso, ele nos convidava para um fecho de noite verdadeiramente à botafoguense.

Provavelmente, Cláudio propunha um jogo de cartas para entreter e teríamos a grata surpresa de o fazer em muito boa simbologia:

Ademais, o Cláudio propunha-nos umas cervejas para comemorar a vitória do nosso clube:

A mim ainda colocava como alternativa uma bebida à boa maneira portuguesa:

É claro que o Cláudio também poria à nossa disposição um simpático abridor de garrafas e, para quem precisasse, ainda disponibilizaria um cortador de unhas para ninguém se agarrar sozinho às garrafas... Se houvesse uma companhia feminina no grupo o Cláudio talvez lhe oferecesse uma pulseira, e aos homens propunha um enfeite para bicicleta ou um chaveiro porta-fichas de telefone:


Obviamente que o Claudio teria algo muito raro para nos mostrar – o Botafogo representado por um galo intitulado o ‘rei dos reis’:

Depois de umas cartadas bem divertidas entre os botafoguenses convidados, o Claudio ainda nos brindava com um conhaque:

Finalmente, como recordação, e porque achámos tão original o galo botafoguense, o Cláudio ainda tinha réplicas de uma estampilha raríssima para nos oferecer:


Fonte
Acervo de Cláudio Falcão

Botafogo 0x1 Portuguesa

Durante o decorrer do jogo entre Botafogo x Portuguesa eu estava viajando de Lisboa para Luanda, razão pela qual não vi nem ouvi o jogo.

Li hoje as notícias e fiquei abismado com este Botafogo. Fase de transição?... Ajustamento a novas táticas?... Lembro que as vassouras servem para certas coisas… E fico-me pela ficha técnica. Tristemente…

FICHA TÉCNICA
Botafogo 0x1 Portuguesa
Gol: Edno 12’ 1ºT (Portuguesa)
Competição: Campeonato Brasileiro
Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’; 20/06/2008
Arbitragem: Jailson Macedo Freitas (BA); Alessandro Rocha de Matos (BA) e Antonio Carlos de Oliveira (ES)
Cartões Amarelos: Jorge Henrique, Ferrero, Leandro Guerreiro e Carlos Alberto (Botafogo); Edno, Preto, Bruno Rodrigo e Carlos Alberto (Portuguesa)
Botafogo: Castillo, Alessandro, Renato Silva, Ferrero e Triguinho (Luciano Almeida 30'/2ºT); Leandro Guerreiro, Túlio (Vanderlei), Lúcio Flávio e Carlos Alberto; Jorge Henrique e Wellington Paulista (Fábio). Técnico: Eugênio Souto, o 'Geninho'
Portuguesa: André Luís, Patrício, Bruno Rodrigo, Halisson e Bruno Recife; Dias (Erick), Gavilán, Edno e Preto (Carlos Alberto); Diogo e Washington (Rogério). Técnico: Vagner Benazzi.

sábado, 21 de junho de 2008

Botafoguenses no escrete canarinho (sub 23)


Durante o século XX o Botafogo cedeu 33 jogadores ao escrete canarinho sub 23. A lista de jogadores foi a seguinte (indica-se o ano de estreia e inclui-se os gols sofridos pelos goleiros):

· China (1959): 13 jogos, 9 gols
· Bruno (1960): 3 jogos, 2 gols
· Augusto ‘Macarrão’ (1960): 4 jogos, 0 gols
· Arlindo (1963): 4 jogos, 0 gols
· Adevaldo (1963): 10 jogos, 0 gols
· Jairzinho (1963): 4 jogos, 2 gols
· Othon (1963): 7 jogos, 5 gols
· Zé Carlos (1963): 3 jogos, 0 gols
· Hélio Dias (1963): 5 jogos, 4 gols
· Dimas (1964): 3 jogos, 0 gols
· Florisvaldo (1964): 5 jogos, 2 gols
· Mura (1964): 6 jogos, 0 gols
· Roberto Miranda (1964): 5 jogos, 3 gols
· Humberto (1964): 2 jogos, 0 gols
· Ferretti (1968): 8 jogos, 1 gol
· Galdino (1971): 7 jogos, 0 gols
· Nílson Dias (1971): 8 jogos, 3 gols
· Roberto Carlos (1971): 7 jogos, 1 gol
· Tuca (1972): 3 jogos, 0 gols
· Osmar (1972): 9 jogos, 0 gols
· Tiquinho (1975): 4 jogos, 1 gol
· Zé Carlos (1975): 9 jogos, 6 gols
· Cremílson (1976): 5 jogos, 0 gols
· Mendonça (1976): 1 jogo, 0 gols
· Jérson (1979): 20 jogos, 3 gols
· Luís Cláudio (1979): 9 jogos, 0 gols
· Silva (1979): 13 jogos, 6 gols
· Oswaldo (1979): 2 jogos, 0 gols
· Helinho (1983): 2 jogos, 0 gols
· Maurício (1987): 2 jogos, 0 gols
· Djair (1991): 8 jogos, 0 gols
· Rodrigão (1991): 5 jogos, 0 gols
· Beto (1996): 6 jogos, 3 gols

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Botafogo imparável na natação

O Botafogo continua imparável na natação estadual em 2008 ao sagrar-se bicampeão estadual de Inverno na categoria infantil.

Uma nova geração de nadadores continua a evidenciar imensos talentos e encontra-se em plena ascensão. O Botafogo dominou em todas as vertentes desde a primeira hora e o primeiro dia de competição.

Das medalhas de ouro em disputa o nosso clube conquistou 45% delas e obteve a seguinte pontuação:

Infantil I
1º Botafogo, 1.446 pontos
2º Fluminense, 745 pontos
3º GNG Sport e Ação, 452 pontos

Infantil II
1º Botafogo, 1.443,0 pontos
2º Flamengo, 798,0 pontos
3º Fluminense, 788,5 pontos

Infantil – Geral
1º Botafogo, 3.289,0 pontos
2º Fluminense, 1.942,5 pontos
3º Flamengo, 1.484,0 pontos

No conjunto o Botafogo arrecadou 60 medalhas: 29 de ouro, 13 de prata e 18 de bronze.

Fonte
Notícias Internet

Herben inspira Danilo


por Danilo

Mais um grande texto do Herben. Novamente, agradeço ao Rui pela publicação.

Lembro bem desse jogo. Um amigo meu comprou um pano branco e um preto. Nos encontramos na casa da minha namorada para ir ao jogo e ele pediu para ela costurar os panos e fazer uma bandeira para ir amarrada no teto do carro. Só que estávamos atrasados; então ela costurou uns pontos enormes e o restante prendemos com grampeador, fita durex e, no auge do desespero, até clips!

Fomos de Copacabana a Niterói gritando. Cheguei no jogo com uma baita dor de cabeça.

O Botafogo estava ganhando, mas o Palmeiras estava 1x1. Ainda não era o resultado que nos classificava por antecipação. Aí teve pênalti para o Botafogo, o Camacho marcou.

Liguei para a minha namorada para gritar "GOL DO BOTAFOGO!", mas nesse exato instante apareceu no placar: 2x1 Palmeiras – o resultado que precisávamos. A única coisa que lembro é que fiquei gritando:

“– Gol do Palmeiras! Gol do Palmeiras! Vamos subir! Vamos subir!”

Comecei a chorar, perdi a voz e desliguei o telefone...

Que noite foi aquela...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Botafoguenses no escrete canarinho


Durante o século XX o Botafogo cedeu 92 jogadores ao escrete canarinho, constituindo recorde absoluto entre os clubes. A lista de jogadores foi a seguinte (indica-se o ano de estreia e inclui-se os gols sofridos pelos goleiros):

· Abelardo de Lamare (1914): 1 jogo, 0 gol
· Rolando de Lamare (1914): 1 jogo, 0 gol
· Luiz Maia de Bittencourt Menezes (1916): 6 jogos, 0 gol
· Benjamim de Almeida Sodré ‘Mimi’ (1916): 2 jogos, 1 gol
· Osny Augusto Werner (1916): 1 jogo, 0 gol
· Aluízio Pinto Vieira de Mello (1917): 2 jogos, 0 gol
· Francisco Police (1918): 1 jogo, 0 gol
· Luiz Bento Palamone (1919): 7 jogos, 0 gol
· Alfredo Silva ‘Alfredinho’ (1921): 4 jogos, 0 gol
· Joaquim Antônio Leite de Castro (1922): 1 jogos, 0 gol
· Sylvio Serpa ‘Alemão’ (1923): 7 jogos, 0 gol
· Nilo Murtinho Braga (1923): 14 jogos, 11 gols
· Estanislau de Figueiredo Pamplona (1915): 3 jogos, 0 gol
· Benedicto de Moraes Menezes (1930): 4 jogos, 1 gol
· Carlos Antônio Dobbert de Carvalho Leite (1930): 26 jogos, 14 gols
· Heitor Canalli (1932): 18 jogos, 0 gol
· Martim Mércio da Silveira (1932): 27 jogos, 3 gols
· Paulo Goulart de Oliveira ‘Paulinho’ (1932): 3 jogos, 0 gol
· Victor Corrêa Gonçalves (1932): 4 jogos, 3 gols
· Roberto Gomes Pedrosa (1934): 19 jogos, 40 gols*
· Ariel Nogueira (1934): 20 jogos, 0 gol
· Octacílio Pinheiro Guerra (1934): 12 jogos, 1 gol
· Germano Boettcher Sobrinho (1934): 2 jogos, 5 gols
· Paulo Samuel Santos ‘Dondon’ (1934): 5 jogos, 1 gol
· Rogério Braga Filho (1934): 8 jogos, 0 gol
· Vicente de Paulo Mattos da Graça (1934): 9 jogos, 0 gol
· Walter Guimarães ‘Waldyr’ (1934): 6 jogos, 0 gol
· Áttila de Carvalho (1934): 8 jogos, 7 gols
· Álvaro Lopes Cançado ‘Nariz’ (1934): 5 jogos, 0 gol
· Rodolpho Barteczko ‘Patesko’ (1934): 14 jogos, 6 gols
· Sílvio Hoffmann Mazzi (1934): 1 jogo, 0 gol
· Waldemar de Britto (1934): 1 jogo, 0 gol
· José Perácio (1938): 6 jogos, 4 gols
· José Procópio Mendes ‘Zezé Procópio’ (1938): 10 jogos, 0 gol
· Aymoré Moreira (1940): 3 jogos, 11 gols
· Heleno de Freitas (1944): 18 jogos,15 gols
· Ary Nogueira César (1945): 8 jogos,13 gols
· Ivan José Macahyba Dias (1946): 4 jogos, 0 gol
· Octávio Sérgio da Costa Moraes (1949): 4 jogos, 1 gol
· Nilton dos Santos (1949): 85 jogos, 3 gols
· Osvaldo Alfredo da Silva ‘Baliza’ (1949): 2 jogos, 0 gol*
· Araty Pedro Vianna (1952): 1 jogos, 0 gol
· Gérson dos Santos (1952): 4 jogos, 0 gol
· Manoel dos Santos ‘Garrincha’ (1955): 48 jogos, 13 gols
· Waldir Pereira ‘Didi’ (1956): 53 jogos, 18 gols
· Mário Jorge Lobo Zagallo (1959): 24 jogos, 2 gols
· Paulo Valentim ‘Paulinho’ (1959): 5 jogos, 5 gols
· Waldir Cardoso Lebrego ‘Quarentinha’, (1959): 17 jogos, 17 gols
· Amarildo Tavares Silveira (1961): 19 jogos, 9 gols
· Rildo da Costa Menezes (1963): 24 jogos, 1 gol
· Gérson de Oliveira Nunes ‘Canhota de Ouro’ 1964): 38 jogos, 11 gols
· Jair Ventura Filho ‘Jairzinho’ (1964): 101 jogos, 42 gols
· Haílton Corrêa de Arruda ‘Manga’ (1965): 15 jogos, 15 gols*
· Adhemar Bianchini de Carvalho (1965): 3 jogos, 0 gol
· Antônio Parada Neto (1966): 1 jogo, 0 gol
· Sebastião Leônidas (1967): 2 jogos, 0 gol
· Ismael Moreira Braga (1967): 3 jogos, 0 gol
· Paulo César Lima ‘Caju’ (1967): 46 jogos, 10 gols
· Roberto Lopes de Miranda (1967): 15 jogos, 7 gols
· José Carlos Gaspar Ferreira ‘Zé Carlos’ (1967): 1 jogos, 0 gol
· Carlos Roberto de Carvalho (1968): 2 jogos, 0 gol
· Waltencir Pereira Senra (1968): 1 jogos, 1 gol
· Rogério Hetmanek (1970): 4 jogos, 0 gol
· Nei da Conceição Moreira (1970): 1 jogos, 0 gol
· Hércules Brito Ruas (1971): 14 jogos, 0 gol
· José Márcio Pereira da Silva ‘Zequinha’ (1971): 5 jogos, 0 gol
· Wendell Lucena Ramalho (1973): 7 jogos, 5 gols*
· Dirceu José Guimarães (1973): 10 jogos, 1 gol
· José Luís Carbone (1973): 6 jogos, 0 gol
· Francisco Chagas Marinho ‘Marinho Chagas’ (1973): 27 jogos, 2 gols
· Nílson Severino Dias (1977): 5 jogos, 1 gol
· Gilberto Alves ‘Gil’ (1977): 25 jogos, 5 gols
· José Rodrigues Neto (1977): 15 jogos, 0 gol
· Paulo Sérgio de Oliveira Lima (1981): 3 jogos, 1 gol*
· Perivaldo Lúcio Dantas (1981): 3 jogos, 0 gol
· Jorge Luiz Rocha de Paula (1981): 1 jogo, 0 gol
· Ricardo Rogério de Brito ‘Alemão’ (1983): 19 jogos, 5 gols
· Geraldo Pereira (1983): 1 jogo, 0 gol
· Josimar Higino Pereira (1986): 16 jogos, 2 gols
· Mauro Geraldo Galvão (1989): 25 jogos, 0 gol
· Valdeir Celso Moreira (1990): 12 jogos, 0 gol
· Renato Portaluppi ‘Gaúcho’ (1991): 12 jogos, 2 gols
· Márcio Roberto dos Santos (1992): 6 jogos, 1 gol
· Carlos Alberto Costa Dias (1992): 1 jogo, 0 gol
· Válber Roel de Oliveira (1992): 1 jogo, 0 gol
· Túlio Humberto Pereira Costa ‘Maravilha’ (1994): 13 jogos, 13 gols
· Jefferson Vieira da Silva (1995): 1 jogo, 0 gol
· Sérgio Manoel Júnior (1995): 2 jogos, 0 gol
· Joubert Araújo Martins ‘Beto’ (1995): 5 jogos, 0 gol
· Osmar Donizete Cândido (1995): 1 jogo, 1 gol
· Marcelo Gonçalves Costa Lopes (1996): 22 jogos, 1 gol
· José Roberto Gama de Oliveira ‘Bebeto’ (1998):10 jogos, 3 gols
* Gols sofridos

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Das trevas à gloriosa redenção!


por Herben Faria

Foi como um filme!

Um filme com final anunciado, cujo ingresso não comprei!

Não precisava: o BOTAFOGO era o time marcado para descer!

O gol de Dill aos 9 minutos do 2º tempo foi só a pá de cal que faltava para definitivamente enterrar as pretensões do alvinegro permanecer na divisão de elite do futebol brasileiro. Era 17 de Novembro de 2002. O time reserva do São Paulo ganhou por 1x0 no estádio do Caio Martins, em Niterói. O BOTAFOGO sucumbindo a uma série de equívocos e erros estava rebaixado para a série B do Campeonato Brasileiro, frustrando mais uma vez sua torcida.

A melhor colocação do time neste ano, na série A do Brasileiro foi o 13º lugar. O pior público do campeonato foi na derrota (0x2) frente ao Coritiba, em Campos: 811 “testemunhas”. O time estava divorciado do bom futebol e de sua torcida.

Então, como num filme “trash” de quinta categoria, os piores pesadelos assombravam a mente dos alvinegros. Às vésperas de seu centenário, o BOTAFOGO teria forças para voltar à divisão principal?

-“Pai, e agora?” – perguntou-me Rafael. Nascido em agosto de 1989, logo após a conquista histórica do Carioca, acostumara-se com meus gritos de vitória. Os títulos do Carioca (89/90, 97), Rio-São Paulo (98), Copa Conmebol (93) e, principalmente, o Brasileiro (95), faziam parte de um passado recente e vitorioso. Agora, de nada valiam. Com o pessimismo normal de quase todo botafoguense respondi: -“Não sei! Tá feia a coisa!”

Sem jogadores, patrocínio, sem local de treino e sem estádio. Podia ser pior? Sim, no BOTAFOGO não há nada de ruim que não possa piorar! Jogadores contatados para reforçarem o elenco recusavam-se ao convite por conta de salários não pagos, promessas e acertos não cumpridos por administrações passadas.

Foi com este cenário que Bebeto de Freitas assumiu como Presidente do BOTAFOGO para o período de 2003 até 2008.

LEVIR CULPI. Uma das primeiras providências do recém-empossado Bebeto, foi procurar um comandante que pudesse ajudá-lo a tirar o clube do fundo do poço. Ele tinha consciência de que não poderia ser qualquer um. Teria que ter capacidade, competência, respeito e credibilidade no meio do futebol. Alguns declinaram da ‘missão certamente impossível’, por não acreditarem que seriam capazes. Outros por exigências financeiras. Afinal, há muito, bom futebol e dinheiro passavam ao largo de General Severiano.

Um homem acreditou! Primeiro em outro homem: Bebeto. Depois, na sua vontade, na sua coragem de resgatar o BOTAFOGO daquela situação medíocre. Mesmo sabendo que o acerto financeiro que fez poderia não ser cumprido, o ex-zagueiro Levir Culpi aceitou a incumbência. A realidade do BOTAFOGO exigiria do comandante paranaense mais do que força de vontade. Disciplina, muito trabalho, força, fé e esperança certamente teriam que fazer-se incluir no caldeirão do mágico Levir.

VALDO. Aos 39 anos, com uma carreira respeitada no Brasil e no Exterior, Valdo Cândido de Oliveira Filho não tinha mais nada para provar a ninguém. Com uma situação financeira já definida, convocado por Bebeto e Levir, terminou aceitando a missão de ‘conduzir’ dentro de campo o time na ‘epopéia da volta’.

- “Pai, este Valdo não é muito velho para jogar no BOTAFOGO?” – Rafael insistia descrente no time que era formado para tentar a volta para a divisão de elite do futebol brasileiro.

A REDENÇÃO. Os dois primeiros jogos foram desastrosos. Estréia com derrota para o Vila Nova (GO) e empate com o Avaí (SC) faziam aumentar o desalento dos torcedores. Para os adversários, era um prato cheio. A primeira vitória somente aconteceu pela terceira rodada, contra o ‘fortíssimo’ esquadrão do CRB (AL): 3x0. Então, o time deu uma melhorada e chegou a liderar algumas rodadas da primeira fase do campeonato, tendo o Palmeiras (SP) sempre em seu encalço. Terminamos em segundo lugar.

Na fase seguinte, sempre alternando bons e maus momentos, o BOTAFOGO encerrou na vice liderança, credenciando-se, assim, para disputar o quadrangular final juntamente com Palmeiras, Marília (SP) e Sport (PE), em jogos de ida e volta.

Estreamos contra o Palmeiras em Caio Martins. Jogo duríssimo, bastante disputado e empate por 1x1. Depois empatamos novamente fora de casa sem gols com o Marília. Na terceira rodada, com um verdadeiro show da torcida, batemos o Sport: 3x1. Porém, na rodada seguinte, no jogo de volta, perdemos pelo mesmo placar. Era o velho BOTAFOGO testando novamente os milhões de corações alvinegros espalhados pelo planeta.

– “Pai, será que vai dar prá subir?” – Rafael impaciente questionava-me pela enésima vez. “Precisamos fazer as contas. Se o Palmeiras ganhar do Sport na Ilha do Retiro, basta ganharmos do Marília em casa. O Marília já está fora. Temos um ponto na frente do Sport. Assim o caminho da volta está desenhado. É só acontecer.” – mais animado, respondia.

No dia 22 de novembro aconteceu a magia: Em Garanhuns (PE), Magrão e Edmilson anotaram os tentos do Palmeiras. Gaúcho descontou para o Sport. O resultado de 2x1 atestava o alviverde paulista na primeira divisão. Faltava contar a história do Fogão!

A noite de sábado entrou para a história do clube: drama, sofrimento, lágrimas, euforia, paixão, fé, luta. Não faltaram ingredientes!

Sandro, zagueiro capitão, com um chutaço de fora da área, abriu o marcador. Gol de raiva. De raça, de fibra, de coragem! Golaço!

Mais tarde, Leandrão, centroavante rompedor, entra na área e é derrubado pelo goleiro do Marília. Camacho bate bem no canto esquerdo do goleiro Pedro Paulo. 2x0 e o Caio Martins, lotado, treme! A torcida canta o hino!

Em outro ataque fulminante, Camacho pela direita entra na área, livra-se do zagueiro e cruza na cabeça do lateral esquerdo Daniel. A cabeçada sai certeira na direção do gol e é impedida pelo braço direito do defensor do Marília. Pênalti! Camacho, de novo, bate de perna canhota, no mesmo canto da baliza defendida por Pedro Paulo: 3x0!

Nem o gol de Camanducaia diminui a glória alvinegra!

Final: BOTAFOGO 3x1! Juntamente com o Palmeiras o time de General Severiano volta à primeira divisão do futebol brasileiro!

Valdo é carregado pelos jogadores em direção à torcida que agradece a obstinação de um veterano. Ele, ao lutar pela recondução do BOTAFOGO à primeira divisão, certamente inscreveu-se na galeria de eternos ídolos alvinegros.

Leandrão, substituído, chora no banco de reservas. Com ele, milhares de alvinegros espalhados por este mundão de meu Deus, também não agüentam. E choram! E vibram! E sorriem! E gritam! Entram em êxtase! Um êxtase alvinegro, que somente nós botafoguense de guerra sabemos o significado e a extensão!

Olho para o Rafael e vejo lágrimas nos seus olhos! –“São de alegria pai!”. Não consigo responder.

Aos 14 anos, Rafael começa a entender como nasce, cresce e se torna imortal algo chamado paixão. Paixão alvinegra!!!

[Nota: Herben Faria é um amigo botafoguense que escreveu este artigo especialmente para o blogue.]

terça-feira, 17 de junho de 2008

Ficção ou realidade?...

o
Confesso que não gostei do jogo Botafogo x Internacional - de parte a parte. São duas equipas com novos treinadores, que vêm de maus desempenhos anteriores e não encontraram nem estratégia de jogo nem ritmo de andamento.

O Internacional começou por pressionar nos primeiros minutos e acabou sendo coroado por um golaço de fora da área aos 6’. O Botafogo reagiu, mas muito na base da emoção de ‘pelada’: aos 9’ Zé Carlos perde uma excelente bola dentro da área devido à sua lentidão, aos 12’ Lúcio Flávio faz um excelente lançamento para dentro da área que não é aproveitado e aos 14’ Alessandro também desperdiça o empate.

Diz-se que quem não marca leva e isso tornou a acontecer com o Botafogo aos 17’, após mais um fiasco de Leandro Guerreiro, que continua sem ritmo de jogo e sem condições de titularidade, o qual bateu a bola contra um companheiro e na sobra o Internacional marcou sem ângulo. O único sítio possível da bola passar era debaixo das pernas de Renan. E foi por aí que passou: 2x0. Dois chutes, dois gols…

Depois disto o Botafogo levou tempo a recuperar do impacto, mas conseguiu posse de bola sem eficiência – o adversário geria o placar, jogando mal também – e somente aos 39’ houve uma possibilidade de gol após um escanteio de Lúcio Flávio, mas naquele espaço da pequena área não estava ninguém do Botafogo…

Então o Internacional fica reduzido a 10 unidades por expulsão e aos 43’ poderia ter ocorrido o terceiro gol. Renato Silva, nas suas investidas ineficazes ao ataque fica caído no cão, o adversário arranca em velocidade, entra pelo sítio onde Renato devia estar e só por milagre não marcou.

Na segunda parte, com o Internacional reduzido a 10 unidades seria suposto que se criaria uma estratégia de vantagem, mas nada disso aconteceu. O Botafogo jogou a passo durante largos períodos, incapaz de romper o bloqueio adversário, a preparação física dos atletas continua a desconhecer a velocidade e a mudança de flancos e somente aos 23’ Lúcio Flávio chutou ao poste.

Com ambas as equipas sem criarem praticamente perigo na segunda parte, deve-se frisar que não tiveram estratégia de jogo. O Botafogo teve mais posse de bola no conjunto do jogo e teve mais oportunidades, mas a sua ineficácia e o chutão para a frente do Internacional fariam juz a um empate. Ninguém mereceu vencer, apesar do golaço do Internacional.

Da parte do Botafogo ainda não há fio de jogo nem envolvência e o ataque viveu quase à custa das investidas de Alessandro pela direita e das bolas paradas de Lúcio Flávio. Porém, Wellington Paulista e Vanderlei foram uma negação completa. WP tornou-se um cai-cai que começa a irritar e Vanderlei ainda não se sabe ao que veio.

De resto, a esquerda de ataque do Botafogo foi absolutamente inexistente. Zé Carlos continua lento e mau. Lúcio Flávio foi uma nulidade, excepto nas bolas paradas. Aliás, deve-se realçar que Lúcio Flávio ainda continua a contar porque o resto da equipa está bastante má. Na verdade, começa a ser preocupante que Lúcio Flávio só apareça nos penalties – que bate magistralmente –, nas faltas e nos escanteios. E em cada chute de bola parada parece menos eficiente do que no passado.

Portanto, o único jogador que podia desequilibrar não o faz nem tem quem aproveite as suas bolas no ataque. Na verdade, o Botafogo não tem nenhuma individualidade que seja capaz de driblar e desequilibrar a defesa contrária, fazendo a diferença. Por outro lado, as jogadas de equipa deixaram de funcionar desde a final da Taça Rio.

O único jogador capaz de inverter tal situação será Carlos Alberto, e com Jorge Henrique a jogar, mas ainda é necessário que outros jogadores retornem à equipa. Num grupo muito mediano, a falta de Jorge Henrique é notável, a esquerda nunca mais funcionou desde que Triguinho se lesionou e, por incrível que pareça, o melhor jogador da equipa, em minha opinião, continua na ‘geladeira’: Ferrero.

São conhecidas as razões ‘absurdas’ de Cuca para manter Ferrero na reserva – entre as quais para garantir o lugar de Renato Silva, que devia ser ocupado por Ferrero com André Luís à esquerda –, mas não se compreende que o novo treinador tenha feito as declarações que fez sobre o jogador não tendo sido responsável pela ‘geladeira’ anterior. Pareceu-me de pouco bom senso…

E na verdade, desde que Ferrero saiu, nunca mais a defesa do Botafogo saiu a jogar. Renato Silva, André Luís e os demais só praticam o chute para a frente, sem classe e sem nexo.

Não é de crer que antes do regresso de alguns jogadores o esquema do Botafogo se modifique muito. É certo que temos que dar um período de tempo a Geninho – como é curial e direito de qualquer treinador, sobretudo numa equipa que joga mal há muito tempo –, mas não se viu nada de novo ainda da sua parte: o jogo continua desarticulado, o chute para a frente impera, a qualidade de passe permanece imprópria para consumo…

Apesar de tudo poder-se-ia dizer que os jogadores se encontram focados, que estão cientes das dificuldades, que percebem que têm que agir em grupo… Mas na verdade o grupo afigura-se desfocado da realidade. Talvez eu esteja a ser muito crítico, mas não me parece que um jogador esteja focado na realidade quando marca um gol a um minuto do fim (reduzindo para 1x2) e em vez de ir buscar a bola ao gol para apressar o jogo, sai comemorando efusivamente como se fosse um gol de título… Francamente…

Continuo a acreditar que o regresso de alguns jogadores, que os reforços prometidos e que a competência e o bom senso de Geninho possam mudar o panorama…

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x2 Internacional
Gols: Alessandro 46´ 2ºT (Botafogo); Edinho 6’ 1ºT e Adriano 17' 1ºT (Internacional)
Competição: Campeonato Brasileiro
Estádio: Beira-Rio, Porto Alegre (RS); 14/6/2008
Arbitragem: Salvio Spínola Fagundes Filho (SP); Ednilson Corona (SP) e Vicente Romando Neto (SP)
Cartões amarelos: Diguinho, Alessandro e Leandro Guerreiro (Botafogo); Guiñazu, Ricardo Lopes, Sidnei e Magrão (Internacional)
Cartões vermelhos: Sidnei (Internacional)
Internacional: Renan, Ricardo Lopes, Indio, Sidnei e Marcão; Edinho, Guiñazú, Magrão e Andrezinho (Orozco, intervalo); Gil (Ramon) e Adriano (Guto). Técnico: Tite
Botafogo: Renan, Renato Silva, Leandro Guerreiro e Édson; Alessandro, Diguinho (Túlio Souza, intervalo), Túlio, Lucio Flavio e Zé Carlos (Eduardo e Fábio); Wellington Paulista e Vanderlei. Técnico: Eugênio Souto, o 'Geninho'

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Avalie o legado de Cuca 2006-2008

o
Resultados da enquete (62 votos):

Muito bom: 19 votos (31%)
Bom: 31 votos (50%)
Mediano: 9 votos (14%)
Mau: 0 votos (0%)
Muito mau: 3 votos (5%)

[Votação entre 03-16/06/2008]

A média atribuída ao legado de Cuca é de 4 valores numa escala de 1 a 5. A média aceita-se por tudo o que aconteceu em 2006-2008, mas é de registar que cerca de 1/3 dos votantes escolheram a valorização de ‘muito bom’, apesar de Cuca não ter conquistado nenhum título de relevo.

Em minha opinião, tal situação deve-se, sobretudo, a que durante a ‘era’ de Cuca a equipa conseguiu criar encanto através de bom futebol – apesar de por duas vezes o Botafogo ter ‘prometido’ títulos pela forma como jogava e também por duas vezes a equipa ter caído a pique após desaires em finais ou semifinais.

Não obstante a falta de ‘grandes’ títulos a ‘era’ Cuca conquistou duas finais da Taça Rio e teve uma final na Taça Guanabara, duas finais no campeonato carioca e duas semifinais na Copa Brasil.

Odes ao Botafogo


Eis quatro composições curtas que escolhi de entre várias, mas repletas de paixão pelo nosso Botafogo de Futebol e Regatas:

E ninguém cala

Composição: Originária da torcida do FC Porto (Portugal)

E ninguém cala
Esse nosso amor
E é por isso
Que eu canto assim
É por ti Fogo

Fogoôôô
Fogoôôô
Fogoôôô
Fogoôôô
Fogoôôô

E ninguém cala
Esse nosso amor
E é por isso
Que eu canto assim
É por ti Fogo

Fogoôôô
Fogoôôô
Fogoôôô
Fogoôôô
Fogoôôô

***

Eu cantarei por ti

Composição: Torcida Loucos pelo Botafogo

Eu cantarei por ti
Mesmo que a voz me doa
Contigo a todo lado
Durante todo o ano
Só porque eu te amo

Fogo ôô
Fogo ôôô
Fogo ôô! Fogo ôô! Fogo ôô!

***

Eternamente alvinegro

Composição: Indisponível

Ser Botafogo é orgulho...
Ser Botafogo é paixão...
Eternamente alvinegro
Será o meu coração

Brilha a tua estrela
Canto com muita emoção
o preto e branco é minha vida
Te amo! Óh meu Fogão

***

Grito de guerra da Fúria

Composição: Indisponível

Da liberdade
De opinião
Nasceu a Fúria
Disposição

Nossa torcida
Independente
É um orgulho
da nossa Gente

ÉTICA - RESPEITO – ATITUDE
FÚRIA NOVA ERA!

Fogo oô, oô
Fogo oô, oô
Fogo oô, oô

Fogo oô
É A FÚRIA, MANÉ!

Tricampeão sul-americano de voleibol


Onze vezes campeão carioca e quatro vezes campeão brasileiro, o voleibol botafoguense também arrecadou três títulos de campeão sul-americano nos anos de ouro ocorridos entre 1965 e 1977.

Tricampeões sul-americanos de voleibol, 1977

Em 1971 o Botafogo conquistou o II Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões de Voleibol masculino adulto (dados desconhecidos) e em 1972 tornou-se bicampeão. O favorito Botafogo venceu o Clube Universidad Vila-Real (Peru) e a Sociedade Esportiva Crus del Sur (Paraguai) antes da final. A finalíssima:

· Botafogo 3x0 Pinamar (Uruguai)
Parciais: 15x11, 15x13, 15x9

Em 1977 o Botafogo conquistou o seu terceiro título ao vencer o VII Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões de Voleibol masculino adulto. A campanha do campeão foi a seguinte:

· Botafogo 3x1 Estudiantes de La Plata (Argentina)
Parciais: 15x10, 15x10, 9x15, 15x6

· Botafogo 3x2 Clube Náutico (Uruguai)
Parciais: 15x2, 13x15, 15x11, 12x15, 15x6

· Botafogo 3x1 Paulistano (Brasil)
Parciais: 15x13, 12x15, 15x5, 15x10

Na final, o primeiro parcial foi muito disputado e o Paulistano esteve a vencer por 12x13, mas o Botafogo virou para 15x13 e venceu. No 2º parcial o Paulistano jogou muito melhor, e apesar de permitir uma recuperação do Botafogo, acabou por vencer por 15x12. No 3º parcial o Paulistano esteve irreconhecível e o Botafogo mostrou-se muito vibrante e rápido, com Suíço ganhando todas as cortadas, e chegando a 11x0! No final o placar registou 15x5. O 4º parcial era decisivo para o Paulistano e a equipa esteve bem até 5x5, mas depois o Botafogo tornou a dominar e a vencer por 15x10.

O tricampeonato sul-americano permitiu ao Botafogo arrecadar definitivamente o Troféu de Campeão Sul-Americano. A equipa campeã alinhou com Suíço, Mário, Mauro, Marco Aurélio, Nelsinho e Careca. Jogaram, ainda, Pedrinho, Betinho, Luiz Fernando e Mesquita.

Fonte
Recortes de jornal digitalizados (Acervo de Cláudio Falcão, companheiro botafoguense do blogue)

domingo, 15 de junho de 2008

Sportinguistas e ex-Sportinguistas na EuroCopa

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A disputa da Euro Copa 2008 por Portugal revela, entre outros aspectos, a importância crucial que a Academia do Sporting Clube de Portugal representa para o país ao revelar 7 dos convocados por Felipe Scolari (cerca de 1/3).

De entre os 23 jogadores já jogaram no Sporting 9 deles, constituindo praticamente 40% dos convocados. O Sporting é o clube que mais contribui com jogadores seus, mas também é o clube que apresenta mais ex-jogadores na equipa portuguesa.

EX-SPORTINGUISTAS:

Cristiano Ronaldo (Manchester United). Revelado nas categorias de base do Sporting. Jogou na equipa principal entre 2001-2003.

Nani (Manchester United). Revelado nas categorias de base do Sporting. Jogou na equipa principal entre 2005-2007.

Ricardo Quaresma (FC Porto). Revelado nas categorias de base do Sporting. Jogou na equipa principal entre 2001-2003.

Ricardo (Betis Sevilla). Jogou na equipa principal do Sporting entre 2003-2007.

Simão Sabrosa (Atlético Madrid). Revelado nas categorias de base do Sporting. Jogou na equipa principal entre 1996-2000.

SPORTINGUISTAS:

Hélder Postiga (Sporting), reforço do ataque do Sporting para a época 2008-2009:

João Moutinho, revelado nas categorias de base do Sporting, joga na equipa principal desde 2004:

Miguel Veloso, revelado nas categorias de base do Sporting, joga na equipa principal desde 2006:
Rui Patrício, revelado nas categorias de base do Sporting, joga na equipa principal desde 2006:

sábado, 14 de junho de 2008

Tude Sobrinho recorda o título de basquetebol


O artigo “Basquetebol: 1º campeão brasileiro entre cariocas”, publicado a 4 de Fevereiro na etiqueta ‘z.basquetebol’, refere o maior feito conseguido pelo basquetebol botafoguense: foi o primeiro clube carioca a vencer o Campeonato Brasileiro de Basquetebol masculino em 1967.

Equipa campeão em 1967

Tude Sobrinho foi épico treinador do Botafogo, cuja equipa era formada por José Luiz Pereira, Raimundo Grossi, Cláudio Devoto, César Sebba, José António Gonçalves, Aurálio Tomasini, Carlos Netto, Otto Ditrichi Júnior, Édson Ramos, José Carlos Ciavella e Ricardo Conde.

A conquista foi muito suada e surpreendente. Após vencer o Náutico do Recife e o Clube dos Funcionários de Volta Redonda, o Botafogo venceu o Corinthians na final por 85x84. A vitória só ficou garantida depois de o cronómetro estar zerado. O favoritismo do Corinthians era enorme, porque o escrete brasileiro bicampeão do mundo em 1963 era constituído por uma base corinthiana e o clube era bicampeão brasileiro das duas edições anteriores. Nos últimos segundos, o ala Amaury poderia ter dado a vitória ao Corinthians, mas… falhou dois lances livres e sagrámo-nos campeões brasileiros.

Na altura, por ser dirigente botafoguense, Tude teve acesso à concentração do Corinthians e ouviu os jogadores adversários combinarem a viagem para um torneio em Filadélfia com o campeão brasileiro. Então, o técnico usou de psicologia e disse aos seus jogadores: “ – Eles já estão achando que são campeões. Vocês vão deixar?”

Estas revelações foram feitas por Tude mais de trinta anos depois em entrevista concedida no ano 2000. O treinador recordou: “ – O time deles tinha Ubiratan, Vlamir, Amaury e Rosa Branca, titulares da seleção. Ninguém acreditava que poderíamos vencer.”

Os segundos finais ficaram gravados para sempre na memória de Tude Sobrinho: “ – Antes mesmo de o segundo lance livre de Amaury bater no aro já tínhamos invadido a quadra para comemorar. Foi um verdadeiro milagre ganhar daquele time.”

Especial milagre ocorrido no dia 1º de Abril de 1967. Mas não foi mentira, não!... O Botafogo foi mesmo campeão!

[Nota: Os botafoguenses do blogue elegeram, além do futebol, o basquetebol e o voleibol como os seus desportos favoritos. Então, recordamos mais uma vez o título brasileiro de basquetebol.]

Fonte
Recortes de jornal digitalizados (Acervo de Cláudio Falcão, companheiro botafoguense do blogue)

Botafogo campeão de nado sincronizado


O Botafogo foi campeão estadual de nado sincronizado em 1979, na piscina do Maracanã, totalizando 40 pontos contra 38 do Flamengo e 28 do Fluminense.

O Botafogo conquistou um 1º lugar (dueto) e dois 2ºs lugares (solo e equipa). Os resultados foram os seguintes:

· Solo
1º Vivien Patrícia (Fluminense), 125,00 pontos
2º Maria Helena Reis (Botafogo), 123,80 pontos
3º Tereza Basílio (Flamengo), 122, 90 pontos

· Dueto
1º Maria Helena / Márcia Leite (Botafogo), 123,48 pontos
2º Marília / Kátia (Fluminense), 116,90 pontos
3º Tereza / Cristiana (Flamengo), 11,96 pontos

· Equipa
1º Tereza / Cristiana / Erica / Natália e Isabela (Flamengo), 123,00 pontos
2º Maria Helena / Márcia / Viviane / Márcia Leite e Alegra (Botafogo), 115, 30 pontos
3º Marília / Kátia / Ana Cláudia / Helena e Marili (Fluminense), 112,55 pontos

Fonte
Recortes de jornal digitalizados (Acervo de Cláudio Falcão, companheiro botafoguense do blogue)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Botafogo embala casamento em Brasília


por Paulo Henrique Caruso

“Que a paixão dos botafoguenses é digna de admiração, disso nunca se duvidou. Agora, celebrar um dos momentos mais importantes da vida com o time de coração como pano de fundo, é, sem dúvida, tarefa para poucos. Tudo deu certo para Célio Ferreira de Jesus, de 29 anos. De casamento marcado, vibrou com a notícia de que o Botafogo treinaria e jogaria em Brasília semanas antes da cerimônia.

Foi aí que teve de convencer a noiva, Rita de Cássia Rodrigues, de 27 anos, a realizar uma idéia inusitada: fazer o ensaio fotográfico da prévia do casório em pleno Mané Garrincha, durante o treino da última quinta do time de Cuca. Rubro-negra sem muita convicção e pouco afeita a futebol, Rita hesitou, mas aceitou.”

Este ensaio pré-nupcial ocorreu em 2007 num momento em que o Botafogo foi jogar a Brasília e liderava o campeonato brasileiro de futebol. A torcida botafoguense encontrava-se eufórica nessa época – especialmente a efusiva torcida brasiliense. Desejo que Rita e Célio sejam muito felizes.

Foto: Gustavo Miranda

Fonte
Notícia de Internet

Botafogo absoluto na natação


O ano de 2008 tem sido notável para a natação botafoguense. O Botafogo ganhou o Torneio Sudoeste, o Top 16 carioca e as duas rodadas do circuito estadual. Neste circuito o Botafogo teve vitórias absolutas em ambas as rodadas e em todas as categorias – Infantil, Juvenil, Júnior e Sénior – e arrecadou a notável marca de 332 medalhas [115 ouro, 110 prata, 107 bronze].

Os resultados e as medalhas conquistadas pelos botafoguenses foram os seguintes:

1ª Rodada do Circuito Estadual Infantil, Juvenil, Júnior e Sénior

· Infantil
1º Botafogo, 2.597 pontos [24 ouro, 15 prata, 21 bronze]
2º Fluminense, 1.588 pontos
3º Flamengo, 1.193 pontos

· Juvenil
1º Botafogo, 1.663 pontos [17 ouro, 15 prata, 18 bronze]
2º Fluminense, 1.446 pontos
3º Tijuca, 1.032 pontos

· Júnior
1º Botafogo, 1.017 pontos [10 ouro, 22 prata, 14 bronze]
2º Fluminense, 860 pontos
3º Flamengo, 436 pontos

· Sénior
1º Botafogo, 836 pontos [12 ouro, 9 prata, 5 bronze]
2º Flamengo, 458 pontos
3º Tijuca, 423 pontos

2ª Rodada Circuito Estadual Infantil e Juvenil

· Infantil
1º Botafogo, 2.140,0 pontos [14 ouro, 11 prata, 14 bronze]
2º Fluminense, 1.133,0 pontos
3º Flamengo, 1.010,0 pontos

· Juvenil
1º Botafogo, 1.498,5 pontos [9 ouro, 9 prata, 13 bronze]
2º Fluminense, 1.484,5 pontos
3º Tijuca, 1.092,00 pontos

2ª Rodada do Circuito Estadual Júnior I/II e Sénior

· Júnior
1º Botafogo, 981,0 pontos [16 ouro, 9 prata, 12 bronze]
2º Flamengo, 712 pontos
3º Fluminense, 645,0 pontos

· Sénior
1º Botafogo, 1.190,0 pontos [13 ouro, 15 prata, 10 bronze]
2º Flamengo, 663,0 pontos
3º Fluminense, 386,0 pontos

Fonte
Notícias na Internet

quinta-feira, 12 de junho de 2008

O Glorioso Botafogo

Carta Mensal - nº 172

por Claudio Falcão

O Botafogo de Futebol e Regatas, do Rio de Janeiro, clube de tantas tradições e conquistas, é resultante da fusão, ocorrida em 8 de dezembro de 1942, do Club de Regatas Botafogo, o ‘vovô’ dos esportes náuticos (fundado a 1° de julho de 1894), do qual herdou a alva estrela, com o Botafogo Football Club, o ‘Glorioso’ (fundado a 12 de agosto de 1904), mais que centenários e com as mesmas cores preta e branca.

O fato que motivou a união das duas agremiações esportivas do mesmo bairro foi o falecimento em plena quadra do atleta de basquetebol do BFC, Armando Albano, numa partida contra o “irmão” CRB.

Pela fusão, o novo clube assumia todo o passivo e todo o ativo das agremiações que lhe deram origem.

Logicamente o Botafogo de Futebol e Regatas é conhecido no país, bem como no exterior, pelo futebol, que, com o remo, constituem-se estatutariamente nos dois esportes que têm que ser mantidos a todo o tempo em atividade pelo clube, não fosse ele ‘de futebol e regatas’.

No entanto, o ‘Clube da Estrela Solitária’ conquistou também expressivos resultados na natação, com o recordista mundial, na época, dos 100 m peito, José Sílvio Fiolo (1968), bem como o tetracampeonato do Troféu Brasil do mesmo esporte (1971-1974), assim como o campeonato brasileiro no basquetebol masculino (1967), além dos títulos sul-americanos (1971, 1972 e 1977) e brasileiros (1971,1972, 1975 e 1976) no voleibol masculino, o qual também sagrou-se undecacampeão carioca (títulos consecutivos, de 1965 a 1975), na maioria dos anos contando com a participação do atleta Paulo Roberto de Freitas, o Bebeto, atual presidente do clube.

No futebol, foi campeão carioca (depois estadual do Rio de Janeiro) em 1907, 1910, 1912, 1930, 1932, 1933, 1934 e 1935 - tetra, 1948, 1957, 1961, 1962, 1967, 1968, 1989, 1990, 1997 e 2006, campeão do Torneio Rio-São Paulo em 1962, 1964, 1966 e 1998, da extinta Taça Brasil em 1968, brasileiro em 1995 e da Copa Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol) em 1993, fora outras conquistas em prestigiados torneios no exterior (de Paris, de Palma de Mallorca, Teresa Herrera, etc.).

Clube eleito pela FIFA um dos 18 maiores do século XX (na realidade o 12°), viu envergar sua camisa jogadores do nível de Heleno de Freitas, Nílton Santos, Garrincha e Didi (os três últimos bicampeões mundiais pelo Brasil, 1958-1962), Jairzinho (campeão mundial pela seleção canarinho em 1970, marcando gols em todas as partidas do certame) e Gérson, só para citar os mais significativos.

Trata-se de um resumo da trajetória do alvinegro Botafogo, clube de minha paixão, que ilustro com alguns postais de minha coleção particular, com exceção de apenas um, com o escudo do BFC, do acervo do prof. Octavio Victor Ribeiro do Espírito Santo Filho, também associado da ACARJ, ex-árbitro de futebol, que, por coincidência, apitou uma partida do Campeonato Carioca de 1961, na qual o ‘Glorioso’ derrotou o C. R. Vasco da Gama por 2x1, sagrando-se antecipadamente campeão naquele ano.

Vida longa e sempre muito sucesso ao Botafogo de Futebol e Regatas!

[Nota: Claudio Falcão, recente amigo botafoguense, publicou este artigo – imaginem onde… – na revista da Associação de Cartofilia do Rio de Janeiro, o que constitui mais uma originalidade do Botafogo (o artigo foi acompanhado de oito cartões postal, que são o ‘foco’ da Associação). Além disso, o artigo refere mais três títulos sul-americanos e três títulos nacionais do voleibol botafoguense, não relacionados em nenhum espaço botafoguense e devidamente confirmados. Estes artigos serão acrescentados à etiqueta ‘títulos’.]

Fonte
Claudio Falcão (2007): “O Glorioso Botafogo”, em Carta Mensal, n°. 172, com reproduções de 8 cartões, Associação de Cartofilia do Rio de Janeiro (ACARJ).

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Um beijo no coração do Herben


[O texto comovente que se segue é o comentário de Gil ao artigo de Herben anteriormente publicado]

por Gil

Rui, mande um beijo no coração para o nosso amigo (permita), BOTAFOGUENSE, Herben.

Voltei no tempo lendo o seu testemunho. Em 71, com 15 anos, fui sozinho ao Maraca ver o primeiro roubo da minha existência ao nosso GLORIOSO, para desespero da minha mãe. Em 73, colado ao radinho, gritava com todas as forças dos pulmões e cordas vocais a cada gol nos molambos. Em 81 chorei, como agora, em mais um roubo ao nosso querido GLORIOSO. Tive que comprar outro rádio, pois o antigo arremetera na parede.

Em 21.06.89, como muitos BOTAFOGUENSES, chorava e não sei se a dor no peito era de emoção ou um infarto. Presenciei algumas pessoas sendo socorridas ao posto médico. As lágrimas desciam e todos se abraçavam. Pessoas que nunca haviam-se visto, todas estavam em transe e parecíamos uma grande família. Cantamos os ‘parabéns para você’ (contando ano a ano) que por tanto tempo nos achincalhavam em cada jogo.

Rui, agradeça-o, pois mesmo no trabalho não deu para evitar as lágrimas nos olhos. VALEU!!!!

Incrível como as histórias repetem-se e no BOTAFOGO não serve como experiência. O jogo dos aflitos levou-me ao ano de 81. O roubo no carioca de 2007 (anulado o gol do Dodô), lembra-me o ano de 71. A falta de forças federativas existe até hoje.

Por tudo isso que NINGUÉM, MAS NINGUÉM CALA ESSE NOSSO AMOR!!!!

Anos de chumbo entre glórias


por Herben Faria

1968.
O ano em que o sol se escondeu!
Para um longo e tenebroso inverno.
Podia ser também inferno!
Pensávamos que seria algo passageiro. Uma alternativa! – diziam uns.
Vai passar! – afirmavam outros!
Ninguém garantia absolutamente nada!
Inútil resistir!
Não temos armas capazes de lutar contra o inimigo. Ou seriam inimigos, no plural?
Temos que aceitar os fatos!- os mais ponderados conversavam.
Talvez sobrevivamos! – os mais pessimistas murmuravam.
O que será do futuro desta nação?

Mal saberíamos o que estava por vir:

O BOTAFOGO de tantas lutas e glórias iria mergulhar pelos próximos 21 anos no período mais tenebroso de sua história.

1968...

***
Nosso calvário começou em 1971. Naquela época, os campeonatos estaduais tinham seu glamour. Eram disputadíssimos! A competição mais importante que um clube poderia almejar.

Chegamos à decisão contra o Fluminense jogando pelo empate. 140 mil pessoas no Mário Filho! O árbitro (ou soprador de apito, como diria Mário Vianna, com dois ‘enes’, comentarista de arbitragem da Rádio Globo) era José Marçal Filho.

***
Naquele 27 de junho, a noite chegou mais cedo no interior da Bahia. Barreiras, com pouco mais de 25 mil habitantes, tinha poucos botafoguenses. Conhecia, nem que fosse de “ouvir falar”, grande parte deles. Éramos fanáticos e fiéis!

Não tínhamos TV. A luz era deficiente. Existia rodízio para fornecimento. Em dias alternados, casas pares e ímpares recebiam a parca iluminação deficiente. Os rádios eram a pilha e estavam todos sintonizados na mesma estação. As esquinas ecoavam a criatividade e a competência do locutor em traduzir do campo de futebol para as ondas do rádio todos os lances e disputas.

Os escassos torcedores já comemoravam com foguetes, gritos e provocações. Menino, nos meus oito anos, que dormia cedo, por conta do escuro e também por imposição materna, corria na calçada, pulando e comemorando o título tão especial!

Afinal, faltavam 3 minutos para o jogo acabar.

***
Aos 42 minutos do segundo tempo, Oliveira, zagueiro tricolor, cruzou. Ubirajara, arqueiro alvinegro subiu para praticar a defesa e posar para as lentes dos fotógrafos, devidamente posicionados na linha de fundo. Marco Antônio, lateral esquerdo do Fluminense, numa falta acintosa, impediu que o goleiro do BOTAFOGO fizesse a defesa. Lula, ponta esquerda pernambucano, veio na seqüência e tocou para o fundo das redes.

José Marçal validou o lance e correu para o meio de campo cercado pelos jogadores alvinegros inconformados com sua decisão. Na confusão ainda expulsou Carlos Roberto.

Fluminense campeão…

***
O foguete estourou perto do meu braço. Algumas fagulhas penetraram a lã do casaco de frio provocando a queimadura pequena, porém suficiente para provocar dor.

Minha mãe acudiu-me primeiro. Pegou-me no colo, gritou por meu pai e levou-me para dentro de casa, pedindo por gelo e pasta de dentes. O estrago no casaco foi maior do que no braço. Porém o choro era por outra dor. Deixava de ser campeão em poucos minutos. E o pior: roubado! Até os tricolores reconheciam que o lance havia sido irregular. E aproveitavam este fato para aumentar a gozação.

Aí, a dor transformava-se em raiva. E aumentava...!

Era o começo da escuridão!

***
-“Fomos promovidos de General para Marechal!”.

Não sei quem foi o infeliz que proferiu tamanha blasfêmia. Própria de quem vivia ou militava no regime militar que ainda imperava no País.

O BOTAFOGO acabava de vender sua sede em General Severiano para a Companhia Vale do Rio Doce. Lugar sagrado para os alvinegros!

Justamente o campo que viu Garrincha dar seus dribles em Nilton Santos quando foi fazer seu primeiro teste. O campo em que Biriba, correndo, latia para saudar os bons fluidos emanados e tão sofregamente solicitados por Carlito Rocha. Local abençoado pelo Cristo Redentor, que certamente do seu pedestral espiava o alvinegro e torcia.

Lugar que revelou tantos craques como Jairzinho, Paulo César, Roberto Miranda... Terreno em que desfilou Heleno, Didi, Juvenal, Pampolini, Paraguaio, Quarentinha, Zagalo, Paulinho Valentim, Leônidas, Mimi Sodré...

O estádio de General Severiano, aonde o BOTAFOGO conquistou o título de 1934 e também o 1948, ganhando do Vasco por 3x1 estava desolado.

Virou mato. Transformou-se em nada...

E logo mais viraria ferro, cimento, brita, garagens, escritórios, salas...

Aos 73 anos, em agosto de 1977, o BOTAFOGO exilava-se na Zona Norte. Agora faria parte do subúrbio de Marechal Hermes.

A história virava pó!

***
Zé Anísio era mais velho do que eu. Com 16 anos, já possuía um bigode ralo e barbicha. Magro, esquelético até, alto, orelhudo, portador de asma, não jogava bola conosco. Ficava sentado na escada, imitando Waldir Amaral e Jorge Cúri, narrando gols do Fluminense.

Fazia questão de caprichar na narração. Principalmente quando os lances eram contra o BOTAFOGO. Ele sabia que não tínhamos poder de reação. E que no próximo jogo provavelmente perderíamos.

E o pior é que ele tinha razão!

***
Durante os anos de chumbo, o BOTAFOGO teve lampejos de felicidade para com sua torcida. Em novembro de 1973, uma goleada histórica no Flamengo: 6x0! E logo no dia do aniversário do clube da Gávea. Belo presente que por muitos anos tornou-se o principal trunfo para tirarmos sarro do Urubu.

Antes, em 1972, fomos vice-campeões do brasileiro. Perdemos a final para o Palmeiras. Aliás, o jogo da final era para ser realizado no Maracanã. Porém, o BOTAFOGO não tinha forças federativas que defendesse seus interesses e mesmo com a maior pontuação obtida ao longo do campeonato, teve que deslocar-se para São Paulo.

Participamos da Libertadores em 1973, sendo eliminados nas semifinais pelo Colo-Colo.

Somente em 1981 voltamos a fazer bonito no Brasileirão. Nas semifinais, disputamos uma vaga com o São Paulo. No jogo de volta no Morumbi (ganhamos o primeiro no Rio por 1x0) terminamos o primeiro tempo com a vitória parcial: 2x0. Mais uma vez, a arbitragem, agora do paranaense Bráulio Zanotto, desnorteou os nervos dos jogadores alvinegros. Juntamente com os fatores extra-campo, confusões no vestiário, gandulas, etc., o soprador de apito inverteu faltas, expulsou jogadores do Fogão, fazendo com que o time capitulasse. A cena mais aviltante foi a marcação de uma grande penalidade inexistente contra o Botafogo. Serginho Chulapa bate forte do lado esquerdo do goleiro Paulo Sérgio, que voa e espalma a bola pela linha de fundo, de maneira sensacional. O árbitro alega que Paulo Sérgio se adiantara, manda cobrar de novo e o goleiro alvinegro torna a defender num voo felino. Aí acontece o fato mais inusitado que já se presenciou num estádio – a torcida sampaulina toda grita em uma só voz – “REPETE, REPETE, REPETE!!!” Coagido e pusilânime, o juiz alega então invasão de área (totalmente falso). Manda bater pela terceira vez e Serginho empata a partida. No placar eletrônico do Morumbi, letras garrafais anunciavam sem parar a seguinte frase: “FOGO, FOGUINHO, FUMAÇA, ACABOU, PAU NELES”!!!!!!!!!!!!!!”

Os paulistas acabaram vencendo por 3x2. Era a síndrome do emocional derrubando mais uma vez o BOTAFOGO.

Neste período de tempo, tivemos que ‘vibrar’ com jogadas de Cremílson, Tuca, Puruca, Perivaldo, Tinho e outros tantos.

Para compensar tivemos Mendonça, craque na arte de jogar e amar o BOTAFOGO e Nilson Dias, centroavante, verdadeiro cavalheiro, capaz de fazer gols e passar campeonatos inteiros, sem sequer ser advertido pela arbitragem com cartão amarelo. Era meu ídolo!

Poucos se salvaram nesta fase. Muitos poucos...!

***
Aos 21 minutos do segundo tempo, no dia 21 de junho, com temperatura de 21 graus, no 12° cruzamento, o BOTAFOGO acendia novamente sua luz, fazendo brilhar sua estrela solitária. Mazolinha foi ao fundo e fez o cruzamento. Maurício, com a camisa sete que Mané sempre honrou, com um leve toque deslocou o lateral Leonardo e com a ‘chapa do pé’ escorou a bola para o fundo das redes. 1x0. O suficiente para ganhar e ser campeão! E o melhor: ganhando do Flamengo, com Jorginho, Zico e Cia.

BOTAFOGO CAMPEÃO!

***
Marcus Vinícius (foi uma homenagem a Vinícius de Moraes!) tinha dois anos. Mesmo no frio da noite da cidade serrana de Sobradinho (DF), coloquei-o no meu pescoço e devidamente uniformizados, para desespero da mãe, fomos para a Quadra 8, principal avenida, local de comemorações. Logo apareceram outros carros (é amigos, em Brasília comemoramos “de carro”!) e passei a ver tantos alvinegros que não acreditava. A alegria do título aumentava com a surpresa de descobrir que a torcida do BOTAFOGO ali, não caberia apenas em uma Kombi. Éramos seis! Muito mais! Logo o trânsito engarrafou, as buzinas e fogos desvirginaram o silêncio do fim de noite e início de madrugada. A alegria contagiava até os adversários: - “Parabéns vocês mereceram!!”

Nos meus braços, alheio a toda confusão sadia em volta, Marcus Vinícius dormia! Com um sorriso nos lábios! Sorriso de CAMPEÃO!!

[Nota: Herben Faria é um novo amigo botafoguense que escreveu especialmente para o blogue Estrela Solitária / Mundobotafogo o seu testemunho pessoal dos ‘anos de chumbo’ do nosso clube.]

Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

Fonte: X – Botafogo F. R. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo conquistou brilhantemente o Campeonato Estadual de Futebol...