domingo, 27 de dezembro de 2009

Excursão internacional à África e Europa (1972)

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Em 1972 o Botafogo realizou uma excursão a África e à Europa, fazendo cinco jogos em África e quatro na Europa.

Os nove amistosos realizados saldaram-se por 4 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, tendo sido assinalados 15 gols e sofridos 9. Deve-se realçar que o Botafogo realizou cinco jogos seguidos com seleções nacionais – Mali, Costa do Marfim, Camarões (2) e Congo.
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Botafogo 1x2 Seleção de Mali (Mali)

Data: 16/Janeiro/1972

Local: Bamako (Mali)

Botafogo 5x0 Seleção de Costa do Marfim (Costa do Marfim)

Data: 20/Janeiro/1972

Local: Abidjan (Costa do Marfim)

Botafogo 1x0 Seleção de Camarões (Camarões)

Data: 23/Janeiro/1972

Local: Yaoundé (Camarões)

Botafogo 2x2 Seleção de Camarões (Camarões)

Data: 27/Janeiro/1972

Local: Yaoundé (Camarões)

Botafogo 0x0 Seleção do Congo (Congo)

Data: 30/Janeiro/1972

Local: Brazzaville (Congo)

Botafogo 1x0 Olympiakos (Grécia)

Data: 02/Fevereiro/1972

Local: Atenas (Grécia)

Botafogo 1x3 Fenerbahce (Turquia)

Data: 05/Fevereiro/1972

Local: Istambul (Turquia)

Botafogo 3x0 Besiktas (Turquia)

Data: 06/Fevereiro/1972

Local: Istambul (Turquia)

Botafogo 1x2 Panathinaikos (Grécia)

Data: 09/Fevereiro/1972

Local: Atenas (Grécia)

Fonte: Acervo e pesquisa de Rui Moura.

10 comentários:

Fernando Lôpo disse...

Caro Rui.

Antes de tudo, um feliz Natal atrasado e desculpe o sumiço.

Acabei de ler O Negro no Futebol brasileiro e cada vez mais me convenço ser necessário rever essa aura de grande presidente que tem o Paulo Azeredo.

Gostaria de saber sua opinião sobre ele, pois certamente você conhece mais sobre o período dele do que eu.

Abraços.

Anónimo disse...

AMIGO RUY - DESTA DIRETORIA NADA ESPERO,MAS ERA A FAVOR DE SE MODIFICAR O CALENDÁRIO E PERMITIR QUE OS CLUBES BRASILEIROS NOVAMENTE PARTICIPASSEM DE AMISTOSOS NO EXTERIOR - COISA QUE CADA DIA MAIS FICA RARO.VEJA A PREPARAÇÃO DOS TIMES EUROPEUS E SEUS AMISTOSOS - AQUI TEMOS MAL E MÁ 15 DIAS SE MUITO - PRECISAMOS COM URGÊNCIA MODIFICAR O CALENDÁRIO DO FUTEBOL BRASILEIRO E ADAPTÁ-LO AO EUROPEU - NA MINHA OPINIÃO - SAUDAÇÕES GLORIOSAS - MARCOSS VENICIUS

Ruy Moura disse...

Fernando, o que é observável acerca de Paulo Antônio Azeredo é que decidiu, durante a 1ª presidência, recolocar o BFR na rota dos títulos. Contratou uma comissão técnica estrangeira, relacionou jogadores <de grande calibre e conquistou cinco títulos em seis anos, perdendo a sequência apenas em 1931.

Quando fez a 2ª presidência, fez a famosa aposta em João Saldanha e contratou jogadores decisivos como Didi, tendo-se rodeado de gente com grande qualidade no departamento de futebol.

Também Jairzinho, Roberto Miranda e outros foram da safra de juniores de PA Azeredo. Terminados os reflexos da Era PA Azeredo amargámos a falta de títulos até que Emil Pinheiro decidiu investir no clube.

É esta história que conheço. Há outras, mas terão inmportância?... Por exemplo, para negociar PA Azeredo considerava o America e o Bangu clubes grandes. Alguém lhe chamou a atenção sobre isso e PA Azeredo respondeu: "Claro que não são clube sgrandes, mas médios. E você queria que eu os fosse chamar de 'médios'?... Não ganhávamos nada com isso na snegociações e ainda arrumaríamos um problema 'politico' com eles. portanto, PA Azeredo, além de inteligente, também era um 'político pragmático'... Sobre outras virtudes que deveria ter, julgo que não se lhe pode pedir tudo, especialmente de quem vem de famílias clássicas do Rio...

Os resultados mostram que ele foi o presidente do clube que apresentou obra realmente feita no final dos seus mandatos.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Marcos, creio que o calendário deveria ser radicalmente mudado, mas para mim isso implica rever também o formato dos estaduais, que são longos e 'rebentam' com os jogadores para o 'Brasileirão'. A falta de qualidade que é vista no campeonato nacional é, em parte, reflexo do estoiro físico do 1º trimestre.

As equipas fazem jogos a mais durante o ano e isso não permite nenhum plano sério de ordem física ao longo do ano. Por isso as lesões são imensas e as recuperações muito longas.

Os estaduais têm os dias contados para o futuro (pelo menos nos moldes atuais), mas os homens não têm, a maioria das vezes, a coragem de antecipar o futuro.

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

RUY - PAULO AZEREDO FOI UM VISIONÁRIO - UM HOMEM A ANOS LUZ A FRENTE DE TODOS OS OUTROS - UM HOMEM QUE SABIA QUE O INVESTIMENTO TERIA O RETORNO NECESSÁRIO DEPENDENDO DO QUE FIZESSE A CURTO OU LONGO PRAZO - SEM DÚVIDA ALGUMA EM MINHA OPINIÃO O MAIOR PRESIDENTE DO BOTAFOGO DE TODOS OS TEMPOS - NO LIVRO TEREMOS ALGO A RESPEITO DELE, DE COMO COMEÇOU A MUDAR O GLORIOSO - SAUDAÇÕES ALVINEGRAS - MARCOS VENICIUS

Ruy Moura disse...

Completamente de acordo, Marcos. Independentemente de quaisquer defeitos que lhe vejamos; seja dele seja da época em que viveu.

Afinal, Einstein nunca foi simpático para com a mulher, mas apenas com a amante, e mudou o mundo. Não branqueio a forma como o 'nosso' Albert tratou a mulher, mas a obra dele é de outro mundo'.

Se o nosso PA Azeredo terá tido defeitos concerteza, mas nada apagará os 8 campeonatos cariocas conquistados, os ataques bicampeões do mundo que montou e os juniores que incentivou através de Neca e que se tornaram bi-bi em 1967-68, campeões do Brasil em 1968-69 e tricampeões do mundo em 1970.

Tal nível de visão só pode ser suplantado pelo extraordinário nível de anti-visão de Pinóquio Omissão.

Abraços Gloriosos!

Fernando Lôpo disse...

Rui e Marcos, é exataemnte isso tudo que eu gostaria de relativizar. Parte dos nossos títulos dos anos 1930 se deve ao fato de termos ficado sozinhos no amadorismo. Em 1933, o Bangu foi campeão da outra liga batendo fla, flu, vasco, América e até o São Cristóvão, enquanto paralelamente jogávamos um campeonato com times de menor expressão.

O fato de Azeredo ser bastante racista, o que é mencionado em livros diferentes sobre épocas diferentes, na minha opinião é grave.

Segundo o livro de Mario Filho, ele teve forte resistência a Leônidas da Silva. Depois, chutamos esse jogador pro flamengo, e lá ele foi um grande responsável por um aumento significativo na popularidade do clube do Mal.

Também segundo Mario Filho, o Botafogo, com Azeredo, foi o último clube a de fato se abrir para os negros, o último a olhar apenas para a qualidade do jogador.

Sobre a aposta em Saldanha, se não me engano, na própria biografia do João Sem Medo (ou na do Quarentinha) há o relato de que uma das razões para Saldanha assumir foi que Geninho, o antecessor, fez exigências e foi demitido, mas que Paulo Azeredo já não gostava da ideia de um negro ser o técnico do clube.

Do nosso grande time dos anos 1950/60, Nilton santos veio na época do Carlito, e veio por acaso. Garrincha também chegou por acaso. Didi, ao que se diz, foi coisa do João Saldanha, assim como Paulo Valentim. No mesmo período, não dá pra comparar o que o Santos conquistou com o que conquistamos.

Acho inadmissível o mané ficar no clube de 1953 a 1964 (ou 1965, não sei ao certo) e ter apenas 3 Cariocas em uns 12 disputados, mais um ou ouro RJ-SP. Taça Brasil, Libertadores, supremacia inconteste no estado, nada disso conseguimos, e o Santos conseguiu.

A política salarial praticada no Botafogo é bem descrita na biografia de Garrincha, de Ruy Castro. Usavam Nilton Santos contra Garrincha, e Garrincha contra o resto, a ponto de Zagallo, ao ouvir esse recorrente argumento de "mas o Garrincha ganha 'x'", responder: "não sou responsável pelos maus contratos do Garrincha".

No Santos, havia basicamente três níveis salariais: Pelé, os de seleção e o resto. A questão de amistosos, excursões e premiações também era bem definida no clube paulista.

Dessa época, vendemos Didi (saiu do clube duas vezes), Amarildo, Paulo Valentim e Rildo, este pro Santos. Na biografia de Quarentinha, descreve como ele também teve problemas com o clube. Além do empréstimo ao Bonsucesso no começo, mais pro final, depois da contusão, ele teve chance de fazer um bom contrato no exterior, mas o clube o segurou apenas para deixá-lo encostado.

Nada contra Azeredo, a minha ideia é apenas debater um pouco mais esse assunto que geralmente é pouco discutido.

Abraços!!!

Ruy Moura disse...

Fernando, você coloca várias questões diferentes:

1) Racismo. Todos os grandes clubes eram racistas, em especial os da Zona Sul. Produto da época, não creio que o racismo tenha sido decisivo para menores performances do BFR. Brancos mesmo, quem foram os grandes craques brasileiros e botafoguenses?... Pelé?... Garrincha?... Didi?... Jairzinho?... Nilton Santos, Paulo Valentim, Amarildo e Quarentinha também não são brancos... O Botafogo sempre teve gente com mistura de cores pelo menos desde os anos quarenta. E PA Azeredo contratou alguns deles.

2) Amadorismo. Não me parece que isso deva menosprezar os títulos do BFR. O nosso clube era amador por convicção. Houve excelentes jogadores, como Tovar, que abandonaram o futebol porque entendiam que devia ser amador e não aceitavam ser remunerados. Nós mantivémo-nos nessa pureza. As ligas paralelas abundam no Rio de Janeiro; até mesmo dois títulos de campeão carioca do mesmo clube no mesmo ano (!!!). Portanto, não desvalorizo o que era socialmente aceite à época.

3) Gestão. Para mim a imagem de Pelé é o Santos; a imagem de Garrincha é o Botafogo. Pelé é organizado; Garrincha é desorganizado. Pelé entrava em campo para ser eficaz; Garrincha entrava em campo conforme o seu humor. O problema é que ambos os clubes dependiam daqueles dois jogadores, isto é, problema para nós porque o Garrincha jogava se lhe apetecia, e às vezes nem podia fazê-lo bem porque tivera noites intensas de sexo. Não há gestão que resista a um Garrincha, capaz de virar tudo ao contrário - para o bem e para o mal. Por isso é que nenhum dos 10 mais poderosos clubes do mundo de hoje quereria Garrincha nos seus quadros nos dias de rigor e disciplina que correm.

Apesar de tudo isto, P. A. Azeredo, nas duas vezes que foi presidente, fez o que poucos fizeram: investiu refrescando jogadores e comissões técnicas com gente de qualidade. Os grandes clubes em depressão sabem que precisam de investir em jogadores e comissão técnica para sobreviverem na luta pelos títulos. O exemplo que eu tenho mais próximo e recente é o do Sporting. Durante quatro anos não investiu porque queria sanar dívidas e contentava-se com o 2º lugar para ir à Europa e ganhar uns milhões. Com a ressuscitação do Benfica e o péssimo ano, o clube que dizia que não tinha dinheiro acabou de fazer o maior investimento deste século num só ano para recuperar o tempo perdido e a imagem de desgaste que apresenta. Portanto, quem fez isso no Botafogo?... Que eu saiba, foi PA Azeredo nos seus dois períodos de presidência e Emil Pinheiro, o homem que abanou o BFR e o fez ressuscitar no final dos anos 80 e início dos anos 90.

Bebeto tentou fazer isso recentemente com Dodô, Zé Roberto, Lúcio Flávio, Leandro Guerreiro, Túlio, etc., mas enganou-se rotundamente na deprimida comissão técnica que escolheu - Cuca, Cuquinha e companhia. Devia ter investido também num treinador consagrado com uma equipa técnica de nível elevado. Em suma, não creio que seja possível diminuir o peso de PA Azeredo: oito dos doze campeonatos cariocas que o BFR conquistou entre 1907 e 1961.

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

* Na lista de partidas citadas na excursão ao exterior África e Europa esta faltando a ultima realizada em 09/02/1972 entre Panathinaikos-Grécia 2 x 1 Botafogo com o gol do Carlos Roberto.

Ruy Moura disse...

Acrescentado. Obrigado, Companheiro!
Abraços Gloriosos.

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