quinta-feira, 14 de junho de 2012

Conto do Vigário



por Adilson Taipan
Poeta do Povo e do Botafogo

O Madureira foi à final
Com o Botafogo em 2006.
O espírito revolucionário
Que tomou conta do tricolor suburbano
Tinha 43 anos de história.
O time fez a festa na terra de Fidel,
Ganhou as 5 partidas que disputou
E posaram com o Comandante Che.
Caíram no conto do vigário.
Guevara era torcedor do Botafogo.
Usava a boina com a Estrela
Acreditava na Luz Solitária
Como claridão do homem.
Ele não ia trair seu ideais.
Deu no que deu, fomos campeões.
A torcida do Madura aumentou,
Tinha até a Bateria da Império Serrano.
Fiquei triste com tanta gente chorando de dor.
Ficamos na concentração de Sierra Maestra,
Entramos nas quatro linhas do Maracanã
E fizemos a revolução.
O Madureira de 63 é um poster na parede,
Um recorte de jornal.
Aquele cubano, de sangue argentino,
Batia um bolão.
Jogava num timinho pequeno
Que até hoje, todo o ano é campeão.
O Botafogo e a ideologia
Percorrem os caminhos das minhas veias,
Os dois caminham juntos,
Um dia, chegarão.

Adílson Taipan (2007): Poeta do Povo e do Botafogo. Rio de Janeiro, Edição de autor.

Imagem: Recorde – Revista de História do Esporte. Equipa do Madureira recebida pelo eterno Che Guevara há 49 anos atrás.

6 comentários:

Anónimo disse...

O senhor de óculos escuro não seria o empresário José da Gama?

Ruy Moura disse...

Quem sabe?!

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

José da Gama, se não me engano era lusitano. Nos anos 60 ele era quem encaminhava a maioria das excursões dos clubes brasileiros, grandes e pequenos. Era uma festa!

Ruy Moura disse...

Fui pesquisar e aí está a confirmação:

"Os amistosos, negociados por José da Gama Correia da Silva, o Zé da Gama, português que presidiu o Madureira no biênio 1959/60 e atuava como empresário de futebol, começaram na Colômbia, seguiram-se na Costa Rica, passando por El Salvador e México. Em Cuba, em 1963, o Madureira fez um total de cinco jogos, vencendo todos: Industriales (campeão local, 5 a 2), Municipalidad de Morrón, da Província de Camaguey (6 a 1), um combinado universitário (11 a 1) e uma seleção de Havana (vitórias por 1 a 0 e 3 a 2). A segunda partida, no dia 18 de maio, foi presenciada por Che, na época ministro da Indústria."

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

Viu Só? Eu não sabia que ele havia sido presidente do Tricolor Suburbano! Acho que Zé da Gama merece, digamos, uma mini biografia neste seu espaço. ele faz parte da história doi futebol brasieiro.

Ruy Moura disse...

Certo, Anónimo. Eu não sabia da existência da personagem. Você assegura que era uma pessoa de bem? Será assim justa uma biografia? Se assim for, eu encarrego-me disso, mas não poderei fazer algo com muita profundidade neste momento devido ao trabalho intenso que estou fazendo em Luanda.

Abraços Gloriosos!

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