“Na manhã seguinte, 1º de Julho [de 1954], abrindo as
comemorações dos 60 anos do CR Botafogo e dos 50 anos do BFC, no terreno cedido
pela Municipalidade, presentes o prefeito Dulcídio do Espírito Santo Cardoso,
ministros e autoridades desportivas, Paulo Azeredo lançou a pedra fundamental
do futuro Mourisco, projetado gratuitamente pelo botafoguense Óscar Niemeyer.
Agora sim, começaria a demolição do antigo Palacete Mourisco. Serão longos anos
de luta. O Botafogo, para continuar disputando os campeonatos de basquete e
voleibol, terá de recorrer, com grande sacrifício, ao aluguel das quadras. Até
1961, ficará de fora dos campeonatos de natação e pólo aquático. O Botafogo
perderá 800 sócios.
Na madrugada de domingo, Santos retornou. No outro
domingo, em Berna, pelas quartas de final, o Brasil, aturdido, fora liquidado
pela Hungria (4x2). Santos, expulso numa troca de socos com Bozsik, foi
escalado em todas as seleções votadas pelos jornalistas presentes ao Mundial. E
por causa do outro Santos (o Djalma), da Portuguesa de Desportos, passou a ser
chamado de Nilton Santos.
(…)
No sábado [7 de agosto], o Cinquentenário do Botafogo
FC foi comemorado com um emocionante congraçamento de todos os atletas que
defenderam a bandeira desde 1904 (atletismo, basquete, futebol, natação, remo e
voleibol). Ao meio-dia, em Wenceslau Braz, ao som de
números musicais executados pela Banda do Corpo de Fuzileiros Navais, Paulo
Azeredo presidiu um banquete de confraternização. Discursaram Flávio Ramos,
Mimi Sodré e Paulo Azeredo.”
Excerto autorizado pelo autor. In: VILARINHO, C. F.
(2013). O Futebol do Botafogo 1951-60. Rio de Janeiro: Edição do Autor, pp. 99
e 100 (à venda nas melhores livrarias do Rio de Janeiro)
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