Enciclopédia Católica
(edição de 1911): "A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da
Igreja... os primeiros indícios dela são provenientes do Egito... os costumes
pagãos relacionados com o princípio do ano se concentravam na festa do Natal".
Orígenes, um dos
chamados pais da Igreja (ver mesma enciclopédia acima): "...não vemos nas Escrituras ninguém que
haja celebrado uma festa ou celebrado um grande banquete no dia do seu
natalício. Somente os pecadores (como Faraó e Herodes) celebraram com grande
regozijo o dia em que nasceram neste mundo".
Autoridades
históricas demonstram que, durante os primeiros 3 séculos da nossa era, os
cristãos não celebraram o Natal. Esta festa só começou a ser introduzida após o
início da formação daquele sistema que hoje é conhecido como Igreja Romana
(isto é, no século 4o). Somente no século 5o foi
oficialmente ordenado que o Natal fosse observado para sempre, como festa
cristã, no mesmo dia da secular festividade romana em honra ao nascimento do
deus Sol, já que não se conhecia a data exata do nascimento de Cristo. (…)
Quando [Jesus] nasceu
"...havia
naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as
vigílias da noite, o seu rebanho." (Lucas 2:8). Isto jamais pôde
acontecer na Judeia durante o mês de dezembro: os pastores tiravam seus
rebanhos dos campos em meados de outubro e os abrigavam para protegê-los do
inverno que se aproximava, tempo frio e de muitas chuvas (Adam Clark Commentary,
vol. 5, página 370). (…)
The New Schaff-Herzog
Encyclopedia of Religious Knowledge (A Nova Enciclopédia de Conhecimento
Religioso, de Schaff-Herzog) explica claramente em seu artigo sobre o Natal:
"Não se pode determinar com precisão até
que ponto a data desta festividade teve origem na pagã Brumália (25 de dezembro),
que seguia a Saturnália (17 a 24 de dezembro) e comemorava o nascimento do Deus
Sol, no dia mais curto do ano.
As festividades pagãs de Saturnália e Brumália
estavam demasiadamente arraigadas nos costumes populares para serem suprimidos
pela influência cristã. Essas festas agradavam tanto que os cristãos viram com
simpatia uma desculpa para continuar celebrando-as sem maiores mudanças no
espírito e na forma de sua observância. Pregadores cristãos do ocidente e do
oriente próximo protestaram contra a frivolidade indecorosa com que se
celebrava o nascimento de Cristo, enquanto os cristãos da Mesopotâmia acusavam
a seus irmãos ocidentais de idolatria e de culto ao Sol por aceitar como cristã
essa festividade pagã.
Recordemos que o mundo romano havia sido pagão.
Antes do século 4o os cristãos eram poucos, embora estivessem
aumentando em número, e eram perseguidos pelo governo e pelos pagãos. Porém,
com a vinda do imperador Constantino (no século 4o) que se declarou
cristão, elevando o cristianismo a um nível de igualdade com o paganismo, o
mundo romano começou a aceitar este cristianismo popularizado e os novos
adeptos somaram a centenas de milhares.
Tenhamos em conta que esta gente havia sido
educada nos costumes pagãos, sendo o principal a festa idólatra de 25 de
dezembro. Era uma festa de alegria [carnal] muito especial. Agradava ao povo!
Não queriam suprimi-la."
O artigo já citado da
"The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge" revela
como Constantino [levou os] pagãos do século 4o (…) a adaptarem a
sua festa do dia 25 de dezembro (dia do nascimento do Deus Sol), dando-lhe o
título de dia do natal do Filho de Deus.
Assim foi como o
Natal se introduziu em nosso mundo ocidental! Ainda que tenha outro nome,
continua sendo, em espírito, a festa pagã de culto ao Sol. Apenas mudou o nome.
Podemos chamar de leão a uma lebre, mas por isto ela não deixará de ser lebre.
A Enciclopédia
Britânica diz:
"A partir do ano 354 alguns latinos
puderam mudar de 6 de janeiro para 25 de dezembro a festa que até então era
chamada de Mitraica, o aniversário do invencível sol... os sírios e os armênios
idólatras e adoradores do sol, apegando-se à data de 6 de janeiro, acusavam os
romanos, sustentando que a festa de 25 de dezembro havia sido inventada pelos
discípulos de Cerinto." (…)
A GUIRLANDA (coroa verde adornada com fitas e
bolas coloridas) que enfeita as portas de tantos lares é de origem pagã. Dela
disse Frederick J. Haskins em seu livro "Answer to Questions"
(Respostas a Algumas Perguntas): "[A
guirlanda] remonta aos costumes pagãos de adornar edifícios e lugares de
adoração para a festividade que se celebrava ao mesmo tempo do [atual] Natal. A
árvore de Natal vem do Egito e sua origem é anterior à era Cristã."
Também as VELAS, símbolo tradicional do Natal,
são uma velha tradição pagã, pois se acendiam ao ocaso para reanimar ao Deus Sol,
quando este se extinguia para dar lugar à noite.
PAPAI NOEL é lenda baseada em Nicolau, bispo
católico do século 5o. A Enciclopédia Britânica, 11ª edição, vol.
19, páginas 648-649, diz: "São Nicolau, o bispo de Mira, santo venerado pelos gregos e
latinos em 6 de dezembro... conta-se uma lenda segundo a qual presenteava
ocultamente a três filhas de um homem pobre... deu origem ao costume de dar em
secreto na véspera do dia de São Nicolau (6 de dezembro), data que depois foi
transferida para o dia de Natal. Daí a associação do Natal com São
Nicolau..."
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