“A presidente, o ex-presidente e o partido
perderam toda a visão política e toda a noção dos limites a que se devem
sujeitar os detentores dos mais altos cargos de uma nação. A oposição mostrou à
exaustão, ao longo dos últimos tempos, que está entregue a protagonistas com a
mais cínica argumentação social das décadas pós Ditadura Militar e
provavelmente também com muitos envolvimentos suspeitos de corrupção. A
magistratura perdeu a noção de independência e dos seus limites. A incerteza
tomou conta da vida brasileira. Se tudo começou com uma espécie de ‘golpe
político’ da ‘oposição’ insatisfeita com o poder, tudo desembocou em um ‘golpe
político’ da ‘situação’ (um equívoco político e histórico) e vai continuar com
decisões judiciais muitíssimo duvidosas. Configura-se um destino sem regresso
às origens por muitos e muitos anos. Estou profundamente triste com o caminho
que todos esses atores sociais, cuja irrepreensibilidade deveria ser exemplar,
destinaram ao povo brasileiro.”
– Nota do
autor: trata-se de um desabafo de uma pessoa profundamente desolada com os
acontecimentos dos últimos tempos, mas que respeita outras posições divergentes
desde que não sejam antidemocráticas; o autor viveu sob duas ditaduras,
conhece-as bem e não gostou de nenhuma – nem de esquerda nem de direita, porque
ditadura é ditadura.
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