Imagem: reprodução Facebook
Eis aí a
foto que flagra nossa primeira reunião, há exatos doze meses atrás, no
aprazível Bar do Zé, no Catete (a presença etílica de Rudá Caprilles foi um
evento por si só).
Hoje
[05.03.2015] faz
precisamente um ano da fundação oficial do Radical Contra Futebol Clube. Hoje
já houve celebração da data por conta da nossa vitória sobre os parceiros do
Boêmios da Vila no jogo-treino para o grande Barbosão que se avizinha.
Outros de
igual valor aderiram à causa do association
libertário desde então ao engrossarem nossas fileiras.
Portanto,
parabéns Radicais a nós mesmos e ao futebol alternativo nacional e
internacional!
Abaixo,
nossa carta de fundação, lida aos brados, em uníssono, naquela ocasião inaugural,
quando também nossa primeira leva de camisas foi distribuída:
"O Radical Contra Futebol Clube é uma
agremiação alternativa do association amador carioca idealizada e formada no
início do ano de 2015. Para deixar claro a que veio e, fazendo jus à escolha do
nome, o seu escudo traz a figura do guerrilheiro anarquista Buenaventura
Durruti. Sem cair no culto da personalidade ou outra armadilha de idealização
romântica, essa é a nossa homenagem à memória do adepto mais célebre da ação
direta na Revolução Espanhola de 1936.
Imagem: reprodução Facebook
A ideia de criar o Radical
Contra F.C. surgiu durante a produção do documentário Barba, Cabelo &
Bigode, sobre os jogadores Afonsinho, Paulo Cézar Caju e Nei Conceição. Filmar
os três craques da bola e da contestação permitiu, entre tantas experiências,
conhecer o Trem da Alegria, time itinerante fundado em 1975 por Afonsinho, o
pioneiro na luta pelo passe livre que enxergou nessa iniciativa um modo de
driblar os desmandos da cartolagem. Ele reuniu artistas e demais colegas de
profissão então sem contrato formal com nenhum clube para se apresentar pelos
campos do país. Parte desse espírito impregnou o Radical Contra F.C. A
realização do filme possibilitou, ainda, o contato com duas equipes anarquistas
de São Paulo: o Autônomos F.C. e o Rosanegra Ação Direta e Futebol. Também
livremente inspirado em ambos, o Radical Contra F.C. dá continuidade à linhagem
de times de viés libertário espalhados pelo mundo.
Sem capitão, sem técnico, sem
diretor ou qualquer tipo de comando, o Radical Contra F.C. é autogestionado
pelos seus jogadores e rechaça não apenas toda forma de autoritarismo, mas o
próprio princípio de autoridade. Tanto no interior das suas fileiras como fora
delas. Hierarquia zero, eis a nossa divisa.
Portanto, nada mais coerente do
que contarmos com Nei Conceição na condição de camisa 5 e patrono do nosso
time. (Falamos “patrono”, e não “patrão”.)
Então é isso aí: carregando
Durruti no peito e tendo Nei Conceição por patrono, o Radical Contra F.C., toda
vez que entra em campo, nunca esquece que o que está sempre em jogo é a
liberdade.
Nosso ataque é uma linha de
frente e nossa defesa é uma barricada!"
Nota do
Mundo Botafogo: Além de Afonsinho, Nei Conceição e Paulo Cézar Caju, juntam-se
habitualmente os meus amigos Danilo Paiva e José Cosme ‘Muga’.
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