Gen Kelsang Drime é discípulo de Geshe Kelsang Gyatso (Fundador da Nova Tradição Kadampa)
e tem trabalhado para estabelecer o Budismo Kadampa no Brasil na
qualidade de professor residente do Centro de Meditação Kadampa Rio
de Janeiro.
por
SÉRGIO SAMPAIO, ‘um poetinha’
Escrito
para o blogue Mundo Botafogo
Nasci em família católica, mas pouco frequentei a igreja.
Os escândalos dos pedófilos quase inalcançáveis
deixaram-me estrangeiro até na religião.
Desde
muito novo, intrigavam-me algumas aflições que sentia ao assistir filmes sobre
Hitler e o Nazismo; deleite absoluto, ao ouvir a música popular americana,
imortais desde a metade do século passado, as compostas por judeus; gosto do
humor judaico de Woody Allen e das séries televisivas de autores, também,
judeus.
Comecei
a achar que minha alma é de algum dos 6 milhões do Holocausto.
Isso
foi de encontro aos dogmas que o catolicismo me inculcou.
Pressionado
pela raiva que sentia do meu eu interior, por conta de algumas decisões que
muito me prejudicaram, fui, por acaso, a um centro Budista buscar maneiras de
combater o inimigo que mora em mim.
Após
palestra do monge Gen Drime, ele pergunta à platéia se alguém tinha observação
a fazer. Levantei-me e disse que o assunto exposto, referia-se a perdoar,
compreender, ter piedade com os outros e, como eu não sentia qualquer aversão
por ninguém e tinha ido lá para procurar maneiras de combater meu inimigo íntimo,
que desejava matá-lo, mas significaria cometer suicídio. Então arguí se ele
poderia me ajudar.
Ele
respondeu que sim, se eu poderia retornar no dia seguinte, de 9 às 10:30, que
na primeira hora ele me ouviria e na restante meia hora faria comigo ritual de
purificação cármica.
Tudo
assim foi feito e, há vinte dias que venho, diariamente, repetindo o ritual. A
maravilha é que meu espírito foi acalmado e vivo cada vez mais vivo!
Agora,
pensando bem, verifico que eu, neto de Antonio de Carvalho, de Portugal, filho
de José de Carvalho Sampaio Sobrinho, tenho em meu nome completo, Sérgio
Pereira de Carvalho Sampaio, dois sobrenomes que eram usados para substituírem
sobrenomes judeus em vista da perseguição Nazista.
Nascido
em 1945, seis milhões de almas judias desencarnadas, com certeza uma delas me
foi posta quando ainda feto. Graças à iluminação recebida e trabalhada, sei.
Tanto
que preparei um acróstico ao meu libertador que lhe entregarei e que transcrevo
abaixo:
Grassava,
em minha alma, ódio de mim, terrível,
Em
meus sonhos, tribunais (eu, réu, também juiz)
Negavam-me
os dons, puniam os erros além
De
qualquer redenção, humanamente, possível!
Raios
de iluminação, o nosso encontro, quis:
Indicaste
a mim a solução, direto, bem,
Monge
de sorriso suave, encorajador
E que guiou-me em prima prostração, doador!
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