Como no jôgo
do bicho, os sonhos são uma fórmula tradicional de previsão no futebol. Um dos
sonhadores mais em evidência foi o cronista esportivo Geraldo Romualdo da
Silva. No campeonato de 1945,
êle costumava aparecer todos os sábados na concentração do Botafogo, no Hotel
Leblon. Na véspera de um jôgo com o Bonsucesso, não apareceu. Sonhara que o
Botafogo tinha empatado (1 a 1) e resolvera sumir para não contagiar os
jogadores com seus maus pressentimentos. A realidade foi ainda mais dura do que
o sonho: o Botafogo perdeu por um a zero.
Daí em
diante, os botafoguenses trataram de evitar que o cronista tivesse outros
sonhos dêsse tipo. Na sexta-feira, Carlos Machado reservava-lhe a melhor mesa
do Cassino da Urca e prendia-o até de manhã. Depois apareciam outros
botafoguenses para conversar até a hora de êle ir para o trabalho. A mesma
coisa se repetia no sábado. E o cronista teve que se habituar a não dormir nos
fins de semana.
Fonte:
Facebook de Flamínio Lobo.
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