quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Fragmentos ‘futebol do botafogo 1961-1965’: drama e solidariedade… [28]

por CARLOS VILARINHO
especialmente para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário e historiador do Botafogo de Futebol e Regatas

[A narração que se segue reporta-se ao ano de 1962]

Na noite de segunda-feira uma tragédia enlutou o povo carioca. […] Um DC-8 da Panair, o mesmo que trouxera o escrete do Chile, caiu na Baía de Guanabara por não responder ao comando de descolagem. Retirando a nave da pista, […] o comandante Renato Lacerda César evitou que o avião colidisse as pedras de arrebentação do mar.

Já sem pneus, o avião arrastou-se de barriga pela grama, quebrou o muro que separa a praia da estrada, arrebentou dois postes de iluminação e, finalmente, tomado pelas labaredas, caiu no mar. […] Ardeu até afundar.

Morreram 14 passageiros e um tripulante. O pequeno Marcílio (neto de Josué de Castro), com apenas dois meses de vida, morreu afogado. A aeromoça Maria Fernanda Fortunata não sabia nadar. Na asa, entrou em desespero e lançou-se ao mar. Ensaiou algumas braçadas e pereceu. […]

Comovido com a imensa tragédia, Paulo Azeredo reuniu a Diretoria na quarta-feira. Ficou decidido que o Botafogo colocaria o seu departamento de natação à disposição de todas as companhias de aviação comercial para o treinamento de suas tripulações.

Fonte do excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição do Autor: Rio de Janeiro, pp. 106-107.

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