por CARLOS VILARINHO
especialmente para o
Mundo Botafogo
sócio-proprietário e
historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
[A narração que se segue
reporta-se ao ano de 1962]
Na
noite de segunda-feira uma tragédia enlutou o povo carioca. […] Um DC-8 da Panair, o mesmo que trouxera o
escrete do Chile, caiu na Baía de Guanabara por não responder ao comando de
descolagem. Retirando a nave da pista, […] o comandante Renato Lacerda César evitou que o avião colidisse as
pedras de arrebentação do mar.
Já
sem pneus, o avião arrastou-se de barriga pela grama, quebrou o muro que separa
a praia da estrada, arrebentou dois postes de iluminação e, finalmente, tomado
pelas labaredas, caiu no mar. […] Ardeu até afundar.
Morreram
14 passageiros e um
tripulante. O pequeno Marcílio (neto de Josué de Castro), com apenas dois meses
de vida, morreu afogado. A aeromoça
Maria Fernanda Fortunata não sabia nadar. Na asa, entrou em desespero e
lançou-se ao mar. Ensaiou algumas braçadas e pereceu. […]
Comovido com a imensa
tragédia, Paulo Azeredo reuniu a Diretoria na quarta-feira. Ficou decidido que
o Botafogo colocaria o seu departamento de natação à disposição de todas as
companhias de aviação comercial para o treinamento de suas tripulações.
Fonte do excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição
do Autor: Rio de Janeiro, pp. 106-107.
LOCAIS DE AQUISIÇÃO DA OBRA: É
distribuída pela Editora e Distribuidora Mauad X (ver portal) e pode ser adquirida nos portais das
grandes livrarias do Brasil, na Internet,
e nas suas lojas, como, por exemplo, a Livraria da Travessa e a
Livraria Pontes. Também pode ser adquirido na tradicional Livraria Folha Seca, na Rua do
Ouvidor nº 37.
Sem comentários:
Enviar um comentário