terça-feira, 6 de junho de 2017

Fragmentos ‘futebol do botafogo 1961-1965’: Nilton Santos armadilhado e depois reconhecido (I)… [58]

por CARLOS VILARINHO
especialmente para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário e historiador do Botafogo de Futebol e Regatas

[A narração que se segue reporta-se ao ano de 1965]

Sandro Moreyra então perguntou a Brandão Filho se o Botafogo aceitaria fazer um jogo de despedida com renda para Nilton Santos (casca de banana lançada por Armando Nogueira). Brandão Filho respondeu que a ideia era “ridícula”, pois o zagueiro era proprietário de casas e apartamentos. Além disso, possuía uma renda que lhe garantia uma vida folgada […] Sandro correu para contar ao craque, que fisgou a isca: […] o Botafogo, segundo o Sr. Brandão, somente renovou o meu contrato o ano passado por prêmio, isto é, não acreditava mais em mim”. Brandão Filho procurou o zagueiro para desfazer a fofoca, mas foi recebido com frieza.

[Dias depois, voltas dadas, Nilton Santos em] entrevista concedida a Sandro Moreyra: […] “Já agradeci pessoalmente ao Botafogo nas pessoas de Ney Palmeiro e o Vice-Presidente Brandão Filho, mas faço questão de tornar pública a minha gratidão ao Clube que defendo com todo o carinho e dedicação desde 1948. O Botafogo foi, de fato, justo comigo”.

O Boletim nº 6 […] publicara esta nota da Tesouraria: “A expectativa do nosso glorioso Nilton Santos, de que receberia em 1964 cerca de 800 mil cruzeiros mensais, foi ultrapassada, pois que, nesse exercício de 1964, o BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS lhe efetuou pagamentos, entre ordenados e prêmios, que somaram Cr$ 11.737.400,00”.

Fonte do excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição do Autor: Rio de Janeiro, pp. 268 e 271.

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