Assim como seu antecessor, Mendonça, Alemão
também não ganhou títulos pelo Botafogo, onde jogou de 1982 a 1987. Mas com seu
jeito humilde e seu futebol forte e valente, o mineiro de Lavras logo
conquistou o coração d torcida botafoguense, que ressentia-se de um ídolo no
time.
por
HIDEKI TAKIZAWA
Revista
Placar, edição nº 1242, Set/2002, retomando reportagem de 1983.
Quando,
desgastado e desgostoso, Mendonça deixou o time no início do ano, a desanimada
torcida botafoguense sofreu um novo, duro golpe […]
Com
sua figura marcada pelos cabelos louros – foi por causa deles que seu próprio
pai lhe deu o apelido de Alemão –, Ricardo Rogério de Brito, forte e valente
mineiro de Lavras, ocupou imediatamente a posto vago de ídolo. […]
Menino
pobre, com quatro irmãos, foi ajudante de pintor até que cansou de ser
explorado e começou a trabalhar por conta própria. Ao mesmo tempo, jogava no modesto
time de sua cidade natal […] e
um dia decidiu “Mãe”, avisou, “estou indo para o Rio de Janeiro, jogar bola,
ganhar dinheiro e lhe comprar uma casa”. […]
Na
abandonada concentração de Marechal Hermes, resistiu ao calor, aos mosquitos, à
falta de lençóis e até de comida.
Aprovado
na peneira do Botafogo, onde logo de início mostrou a coragem e a força dos
seus 1,80m de altura e 70kg, passou a esperar nos juniores […]
a oportunidade no time principal. […]
Em
1981, a chance surgiu. […] O
técnico interino Félix mandou-o entrar em campo. E logo no lugar de Mendonça.
“Imagine, substituir o Mendonça. Na hora, tremi. Mas me saí bem no fim.”
Cabeça-de-área
inteligente, habilidoso e resistente, […] Alemão assinou contrato por 40.000 cruzeiros mensais. […] Em janeiro deste ano, renovou contrato por
4 milhões d eluvas e 500.000 mensais de salário.
A
torcida o adora e ele sabe até onde pretende ir: “Não vou ser um novo Mendonça.
Se as coisas um dia virarem, eu saberei o momento certo de deixar o clube.
Agradecimentos a Mauro Axlace, editor do blogue Aqipossa [https://aqipossa.blogspot.com] que gentilmente cedeu a informação.
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