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por LÚCIA SENNA
por LÚCIA SENNA
Escritora e Cantora
Cronista do Mundo Botafogo
Estou em São
Francisco do Sul, uma das cidades mais antigas do Brasil, no Estado de Santa
Catarina. Vim passar as festas de final
de ano. Lugar pacato, poucas lojas, nenhum shopping,
nenhum camelô gritando nos nossos ouvidos. Ruas livres de carros. Pessoas
curtem a beleza da região, nas suas janelas coloniais. Morando no Rio de
Janeiro – onde o caos resolveu se instalar – a sensação de bem-estar é algo
sensacional.
Ao invés dos
roncos dos motores, o som dos cantos dos pássaros. Ao invés das buzinas
irritantes, o silêncio só quebrado por latidos de cachorros ao longe. Ao invés
dos incessantes tiroteios, a suavidade do cair da tarde. Ao invés da iluminação
artificial, a luz natural branca-prateada, esparramada por todos os lados. Ao
invés dos arranha-céus, o casario baixo e de cores fortes, tropicais. E, ao
invés de praias de águas poluídas e geladas, praias limpas de águas mornas,
convite irresistível para o banho de mar.
Saio andando a favor do vento. Quero conhecer bem a cidade, descobrir
seus segredos, suas manias, magias, lendas e crenças. Quero que ela me
surpreenda a cada passo, a cada beco, a cada esquina. Quero saber das pedras das
calçadas, das fachadas centenárias e dos lampiões de ferro batido. Quero que me
encante com as histórias dos seculares casarões, resquícios preciosos de um
Brasil que não volta mais. Quero, enfim,
que ela me conte seu passado, seu presente e os planos para o novo ano.
Não demoro pra descobrir que a cidade é muda. A casa de Cultura de São Francisco do Sul, o
Museu Nacional do Mar, e todas as demais instituições culturais estão fechadas
e as visitas suspensas sem previsão de alta. Sim, a cultura está doente e, pelo
jeito, a doença é grave. Volto desanimada
pelas ruas desertas e melancólicas. Apenas as cigarras e os cachorros me fazem
companhia. O lugar é lindo, os ipês amarelos estão explodindo em flor, a brisa
do mar é magnífica, a tarde cai sem nenhuma pressa e o céu, em tons
avermelhados, é um verdadeiro deslumbre. Mas, cadê o povo dessa cidade?
Não sou fotógrafa. Sou cronista. Preciso urgentemente de um evento, um acontecimento,
uma comemoração, um lance, um fato, uma briga de casal, um bêbado, um circo
mambembe, um desatino, uma loucura, sei lá... mais agito, menos contemplação!
Necessito de boas histórias pra contar. Sou caçadora de assuntos
palpitantes, temas inusitados, um mote, um argumento, alguma coisa que valha a
pena ser registrado. A calmaria da cidade me deixa desassossegada. Já estive até
na delegacia pra saber se havia alguém preso e porque motivo. Encontrei um
policial dormindo por cima da mesa e um cachorro, com ar entediado, amarrado ao
pé de uma cadeira empoeirada. Não quis incomodá-los. Mamãe me ensinou que o
sono é sagrado.
Estou visivelmente atordoada. Ser escritora é transformar emoções em
palavras, sentimentos em textos. Tenho compromissos assumidos com um blogue e
não posso voltar de uma viagem sem uma carta na manga. Preciso de gente e de
gente louca, de preferência.
O vento, sempre ele, me traz uma notícia alvissareira: uma feira esotérica
está acontecendo na pracinha em frente à Igreja da Matriz. Uma chance
imperdível! Uma cigana me oferece seus serviços de taróloga por cinquenta
reais. Evidente que quero. E, num rápido
abrir de cartas, sela o meu destino: estarei sob a influência do Diabo durante
todo o ano de 2019. Todo cuidado é pouco. Perigo à vista. Será essa a razão do
calor infernal que venho sentido há dias?
Estou tonta com a diabólica revelação e sou capaz de dar o meu último
tostão em troca de proteção. Compro uma figa bem pesada e penduro no pescoço.
Desde então, ando com torcicolo. Exagerei no tamanho. Uma variedade de patuás
contra o mau-olhado me são oferecidos por uma cigana de dentes dourados, com
barraca ao lado da taróloga. O valor é
astronômico. Mas proteção não tem preço.
De repente, um tumulto, uma confusão, um corre-corre, uma gritaria ecoa
da tenda da taróloga. Corro pra lá e incrédula vejo a cigana sendo desmascarada
por uma dúzia de mulheres que haviam descoberto que, no seu baralho de tarôt, todas as cartas eram do Diabo. Tratava-se de uma falsa profissional,
uma corrupta, bandida, e o mulheril enfurecido queimava os baralhos numa
euforia histérica. E mais: a taróloga era parceira da que vendia os caríssimos
patuás. Tudo armado pra tirar dinheiro da mulherada que, como eu, havia acabado
com o estoque de amuletos em busca de proteção contra o Coisa Ruim.
Um policial chega e empurra as duas vigaristas pra dentro da viatura.
Acordaram o pobre homem que ainda tinha os olhos vermelhos de sono. Mulheres
gritavam e batiam palmas numa algazarra ensurdecedora até que o carro sumisse
rumo à delegacia.
Pronto. Se eu precisava de um desatino, de uma loucura para escrever uma
crônica, fui plenamente contemplada. Volto para o Rio com uma na mochila. As enganadoras
foram a salvação da lavoura. Entro o ano pedindo aos deuses que não me neguem
boas histórias pra contar e que as risadas estejam garantidas.
Quanto aos amuletos, tenho usado. Não que eu seja supersticiosa. Longe
de mim. Mas, vai que...
111 comentários:
Lúcia,
Como é bom te ter de volta... e que volta! O cenário está deslumbrante: tudo é vida e exuberãncia. Tiraste férias prolongadas, mas valeu a pena esperar. O texto é uma delícia e repleto das mais notáveis emoções. Seja muito bem-vinda! Abraços, ALCEGLAN
Lúcia Senna,
Voltas trazendo uma crônica gloriosa, repleta de poções de encantamento. Delícia pura!
Gabriel, um fã entre tantos...
Crônica sensacional.
Parabéns, Lúcia!
Abraços,
Carlos Eduardo
De todas as fotos, a tua imagem é que mais me chama atenção.
Nossa rainha está com pose de porta bandeira. LINDA!
ANÔNIMO CONVICTO
Oi,minha amiga
És muito louca mesmo. A tua crõnica demonstra isso (rsrsrs).
Adorei o texto. Beijos da Taty
Senti o teu drama, minha amiga. Certamente, não é fácil o ofício de cronista. Tem que ter mesmo muita inspiração para criar histórias quando elas não acontecem. Admirável a tua capacidade inventiva. Parabéns. ELIZA
Lúcia Senna escreve de uma maneira muito peculiar. Tenho entrado na sua etiqueta e lido antigas crõnicas. Todas elas são notáveis. Ela encara o mundo com otimismo e o mundo retribui com abertos sorrisos. A de hoje é fantástica. Divirto-me com os seus textos, do início até o final. Abraços gloriosos,
OTÁVIO
Em primeiro lugar, elogio a tua bonita figura morena, contrastando com o amarelo forte da roupa. Charme total. Quanto ao texto, só há uma palavra para descrever: FABULOSO!!!
Tenho absoluta certeza que não te faltaram boas histórias para contar neste ano. E, caso não haja, inventas rs. Abraços, MÁRIO.
É amiga, ser cronista não é moleza não. Há que se ter uma mente muito fértil para produzir histórias interessantes pra contar. E nesse quesito, és fera. Ainda bem que era falsa a informação que estarias sob a influência do COISA RUIM rsrs. Se fosse verdadeira, acabarias com a raça do pobre- diabo rsrs. Beijos . VAL
Lúcia,
Uma cidade quase morta até chegares, certo? Nem o DIABO pode contigo! Depois da crônica sobre Adão e Eva, tudo a ver a influência do HOMEM na tua vida. Melhor continuares usando os amuletos contra o mau- olhado. Sei que não acreditas em nada disso. Mas, vai que...
Beijos, minha linda! SÉRGIO MARTINS
Você será sempre contemplada com alguma loucura, minha maluca beleza.
Cidades fantasmas são essenciais para testar o talento de um escritor (a).
O teu já foi aprovado faz tempo. Há quem duvide? Beijos da Norinha.
Oi, prima
Quantas voltas e reviravoltas e que imaginação diabólica (risos). Escreves de um jeito que dá pra visualizar perfeitamente toda a cena, como se fosse um filme. Que os deuses da escrita te protejam te encaminhando sempre para onde houver casos a serem transformados em divertidas crônicas. Beijinhos da LUCIANA.
Lúcia,
Levei um susto dos diabos! Estava tudo tão calmo e de repente uma confusão generalizada e hilária muda completamente o rumo da prosa. Que cronista mais doida que tu és. AMEI! CLARA.
Oi, amiga.
Começaste o ano com uma crônica bombástica. Ri muito imagunando a mulherada atacando a taróloga safada, rasgando as cartas do seu falso tarot. Uma cena inesquecível. Crias com muita graça teus personagens. Que venham outrose que continues brilhando no blog. Beijos da BEL.
Como não sou cronista e não preciso de nenhuma história para escrever, quero demais conhecer essa cidade. Fiquei fascinada desde o início quando falas sobre as belezas naturais da região e do silêncio só quebrado pelo canto das cigarras e dos pássaros. E o que dizer das fotos postadas? Maravilhosas! Quanto ao texto rsrsrs... Muito bem bolado. Bem Lúcia Senna. Parabéns, queridona. SANDRA.
Oi, Luquita.
Fui testemunha ocular do teu "sofrimento" na ânsia de um fato para ser transformado em crônica.Os dias passando e... nada! Bem, nada que a mente fértilnão pudesse resolver.A prova está aí no delicioso texto "Viajando pelo interior". Por pouco não saio na postagem. Tantas fotos que tiramos juntas e foste escolher exatamente a que não estou. Fiquei triste... Claro que estou brincando... Beijos. CHESCA.
Oba, amiga! De volta no pedaço. Contigo, a srisadas estarão sempre garantidas. Beijocas. VERA.
Você criou a Feira Esotérica para poder criar ciganas e tarólogas.Antes já havias criado a figura impagével do policial dorminhoco. Também entras na história comouma das personagens. E depois juntas toda essa turma num só acontecimento. pra lá de divertido. Valeu, amiga. Beijos. TELMA.
Que bela morena enfeitando a linda paisagem..
Acho que o Papai do Céu estava muito bem humorado quando te criou. Além de bonita, charmosa,
brejeira, criativa e inteligente. Com todos esses atributos, não me admiro de seres bem humorada. Ao teu redor, monotonia não se cria. Até uma pequena e pacata cidade do interior do Brasil, pode ser cenário para o teu rico imaginário. Parabéns, garota.
HAROLDO TELLES
Lúcia,
Parabéns pela ótima crônica. Original, criativa e divertida, como sempre.
A cidade é uma poesia e o texto uma prosa gostosa, tipica das cidades do interior.
A rotina do local só foi quebrada quando lá pisaste. Não precisava ter havido nenhum acontecimento especial pois tu já és o próprio evento. Abraços, ARTHUR
Tenho lido várias crônicas e o assunto têm sido muito repetitivo: política, política e mais política. Realidade demais cansa. A tua é tão leve e tão engraçada... O título é um achado e a edição espetacular. Precisamos de lazer e divertimento. E é isso que nos trazes, cara Lúcia. Parabéns!!! WANTUIL MORAES
Fiz uma leitura assim: a cidade como um boa anfitriã, recebendo com carinho a cronista do Mundo Botafogo. Sentindo que ela não estava plenamente satisfeita, criou um evento para que ela pudesse, com o seu talento criativo, inventar uma boa história pra contar pros seus fãs do blog. Deu o primeiro passo e deixou todos os outros a seu cargo. Pronto, nascia mais uma crônica encantadora , com emoções as mais variadas possíveis.
Abraços Gloriosos, AMÉRICO REZENDE
Lúcia,amiga querida
Mais uma crônica para nos encher de alegria. Que dupla mais safada, hein? rsrs Mas se não fosse por elas não terias nos presenteado com um texto tão gostoso de ler. Beijocas. GRAÇA!
Uma crônica absurda! RSRSRS. Absurdamente genial. Estás toda bonitona de amarelo,trazendo mais luminosidade pra região. Tchau, queridona! MARIANA.
E mais uma vez, você nos leva ao imaginário mundo louco, dessa linda e exagerada cronista.
E preciso que se leia, ate a ultima virgula, para então, surpreender-se com o imensurável e desmedido conto.
Você e talentosa demais!! Parabéns!!
Nunca é demais repetir que és mesmo muito inspirada. Viajava contigo em mar sereno e calmo, quando de um instante pro outro, terremoto à vista. Incrementas os textos com um turbilhão de sentimentos e emoções, capaz até de despertar quem já morreu. Muito bom! Parabéns.
ELIANA
Minha Amiga do Peito,
Através da tua narrativa, pude entender que ser cronista é estar sempre de plantão, mesmo quando se está de férias. Revelas pro leitores os bastidores do teu ofício e achei isso muito interessante. Caçadora de fatos curiosos e quando não ocorrem é preciso apelar para a imaginação. E que imaginação, hein querida? Marlene e eu nos deliciamos com a mulherada enfurecida , quebrando as tendas das ciganas. Que bom que estás de volta. Beijos do MILTON
Olá,amiga
Adorei conhecer São Francisco do Sul.Teu relato é tão bonito, uma verdadeira poesia. Pra mim que ando farta do RIO, parece-me a cidade ideal. Abro até mão da cultura pra ficar apenas com a estonteante beleza natural. As fotos são belíssimas! O Ruy está caprichando pra valer na edição. Cenário digno de uma verdadeira rainha. Beijos da MARLENE
Lúcia,
Tuas crônicas valem por uma sessão de risoterapia.
Continuas me surpreendendo. Texto GIRO, como gostas de dizer rsrsrs
Beijocas da MARCIA
Depois de um dia quente e com muitos abacaxis pra descascar, resolvo acessar o blog - santo refúgio que me faz esquecer dos problemas diários. Pra minha alegria, vejo que tem crônica da Lúcia Senna novinha em folha. E além da crônica, ainda ganho de presente uma foto da nossa RAINHA, em plena praia, linda e exuberante, rindo pra nós, seus admiradores. Aos poucos, vou relaxando e começo a ler o texto da nossa cronista. Termino, completamente convencido que a Lúcia põe um tempero diferente no que escreve. Já sou outro homem. Vou dormir relaxado. Ela vale como um amuleto capaz de tirar o peso e a chatice da rotina do dia a dia. Ruy, nossa RAINHA é uma estrela de primeira grandeza. Parabéns pela linda edição. JOÃO MARTINI
Meus parabéns, Lúcia Senna, por trazer alegria para nós do Mundo Botafogo. Fico admirado que você, morando no Rio de Janeiro, consiga ter sempre um bom humor incrível. É mesmo surpreendende. Que você permaneça assim e... quem dera que mais Lúcias existissem por esse universo mal humorado e cinzento da atualidade. Abraços festivos, MAURO MEIRELLES
Oi, amiga
A cena do policial dormindo ao lado do cachorro entediado, me fez rir muito. Já morei em cidades do interior e é exatamente isso. E acrescido do teu hilário comentário dizendo que ' mamãe me ensinou que o sono é sagrado" é bom demais. Beijos, LIA
Crõnica muito bem temperada com o sal na quantidade certa e pimenta malagueta pra dar um gosto especial. É de abrir o apetite de qualquer um. Abraços e um feliz ano novo com muito molho nas histórias. ALCEU
Lúcia,
Um título romântico, umas fotos de dar água na boca, uma morena sestrosa e um texto lúdico e louco. Uma mistura esplêndida revelando uma cronista envolvente e sedutora. BRAVO!
ALOÍSIO
LÚCIA SENNA SEMPRE LÚCIA SENNA! SUAS CRÕNICAS SÂO JÓIAS DO COTIDIANO.
ABRAÇOS DO EDSON
Minha querida,
Não sei se já te disse ( acho até que sim) que deverias escrever contos ao invés de crônicas. Assim, poderias criar vários personagens e uma história completa com ínicio, meio e fim. Já imagino a ETIQUETA : " LÚCIA CONTA OS SEUS CONTOS". Será que o RUY MOURA aprovaria? Teu talento é maior do que o espaço de uma crônica. Fica aqui a sugestão.
Perderíamos uma cronista, mas ganharíamos uma contista. BEIJOS. JANE
Caramba, Lúcia, que confusão dos diabos , amiga. Do bucolismo ao caos generalizado, o texto é ...infernal.
Amei! SOLANGE
Que bom, GABRIEL, receber elogios tão gloriosos. Que tenhas um excelente 2019 !
Abraços,
Valeu, CARLOS EDUARDO. Estarei sempre por aquí contando as minhas histórias e contando com a tua presença sempre tão simpática e cordial.
Abraços Gloriosos,
Poxa, fico feliz com o teu comentário. Confesso que adoraria ser porta- bandeira de alguma Escola de Samba. Mas , sei que não tenho cacife pra tanto. KKKK
Abraços,
Um pouco de loucura é desejável quando se escreve. É ela que dá o sal necessário para a crônica ficar SALborosa KKKK
Beijos , sua maluquinha.
Pois é, amiga... Mas eu gosto! Gosto de um desafio. E quando sinto que o pessoal do blogue aprovou, a recompensa é prá la de gratificante. Beijos, queridona!
Que bom, Otávio, saber que andas lendo minhas antigas crônicas. Não imaginas a satisfação que isso me causa. Obrigada por esse interesse nos meus textos e pelos comentários sempre tão elogiosos. Grande abraço,
Que os deuses te ouçam e não me neguem histórias interessantes pra compartilhar com todos vocês. ABRAÇOS,
Eu acabar com a raça do pobre- diabo? KKK
Tens um conceito diabólico a meu respeito.
Mas, que eu iria enfrentá-lo, lá isso eu iria.
Quem mora no Rio, já vive num inferno e está acostumado com COISAS RUINS KKKKK
Beijão,
Com certeza, meu amigo. E depois são muito charmosos. Não que eu acredite nessas crendices populares. Claro que não!!!! MAS, VAI QUE ... KKKK
Beijos, Sérginho.
Será norinha? Será? Sei não. Mas gostei de saber que estás levando fé no talento da sogrinha.
Beijocas carinhosas,
Fiquei me perguntando se a escrita está protegida por algum deus da mitologia grega.
Alguém saberia me dizer?
Obrigada, LULU
Beijinhos,
Como eu disse, CLARA, calmaria não é o melhor cenário para uma cronista. Um pouco de agito é bem mais interessante. Se assim não fosse, vocês dormiriam ao ler meus textos e até babavam por cima deles kkkkk Nojento!!!!
Beijos, Clarinha
Que tarólogas mais atrevidas e ousadas...CORRUPTAS!!!Tomara que estejam presas na delegacia e que o policial não fique dormindo como de costume. Se ele dormir no ponto, as duas o prendem e se mandam- sabe Deus pra onde !!! - na viatura policial KKK
Beijos, amiga
Se quiseres fazer um retiro espiritual durante os dias de Carnaval, super indico o local. Também é excelente para meditar, filosofar e coisas do tipo. Mas para uma cronista está longe de ser uma boa opção.
Valeu, SANDRA. Beijos,
A cidade pode ser monótona mas , nas tuas mãos, sempre dás um jeito de teansforma- la em algo muito especial e merecedora de uma crônica. Muito boa a narrativa!
Es ótima, amiga querida.
Ju.
Imperdoável, CHESCA. Na próxima vez que fizermos um passeio juntas, enviarei para o RUY uma foto nossa e, pedirei de joelhos, que ele publique no blogue. Vai que cola, né? kkk
Beijos, minha querida,
Obrigada, VEROCA, pela confiança na amiga aqui.
Beijocas,
O que eu não sou capaz de fazer para permanecer no blogue? Se for preciso causar um tumulto no cemitério aqui da Real, com os mortos saindo dos túmulos em plena luz do dia, é pra já KKKKKKK Valeu, JU querida. BEIJOS.
Agradeço teu comentário, TELMA. Pois é, amiga. Se a coisa não é real, que seja SURREAL!
Só não pode ser insossa. Certo? Beijos,
Primeiro, agradecer pelo " GAROTA". AMEI!!!!kkk
Sinto que também és uma pessoa muito bem humorada. Não costumo me enganar e o meu sétimo sentido ( já passei do sexto, há tempos kkk) me diz que és um homem de bem com a vida.
Muito obrigada por palavras tão doces e gentis. Grande abraço, HAROLDO
UAU, ARTHUR ! Gostei disso! Comentário assim, tão poético, deixa-me com vontade de escrever mais e mais. Agradeço e te desejo um ano cheio de encantadores eventos.
Grande abraço,
Concordo contigo, Wantuil : realidade demais é muito cansativo. Precisamos de fantasias, de sonhos, de ludicidade e de risos, muitos risos. Que eu consiga sempre trazer um pouquinho que seja de alegria com os meus textos, é o que mais desejo. Obrigada pelo carinho. Abraços,
Acho que darias um bom cronista, AMÉRICO. Talvez até sejas um escritor. Será? Gostaria de saber. A tua leitura, interpretando a cidade como uma cuidadosa anfitriã, é muito maneira. Vou esperar que satisfaças a minha curiosidade, ok? Grande abraço,
Isso é verdade. Se não fosse por elas, estaria suspensa do blogue e, sabe-se lá por quanto tempo. O RUY é bastante rigoroso com compromissos assumidos e não realizados.
Nossa, nem é bom pensar...
Beijos, Gracinha
Gostou, amiga? Que bom! Gosto muito de amarelo. Só não gosto de sorriso amarelo. Isso não. Valeu, pelo absurdo de comentário. BEIJOS,
Tão bom receber teus elogios, amiga...
Também te admiro muito como fotógrafa. Irias te esbaldar se fosses fazer um passeio em São Francisco do Sul. Voltarias carregada de fotos espetaculares! O Ruy ficaria encantado e publicaria todas no nosso delicioso blogue. Quem sabe um dia iremos juntas: Tu, fotografando a natureza. Eu, registrando o cotidiano. Iria ser GIRO, com toda certeza. Beijos,
Teus comentários também são bastante originais. Inspiração , parece, anda por todas as partes. Os leitores são todos muito inspirados. RUY MOURA, meu querido editor, é a inspiração em pessoa. Tem feito edições lindas e atraentes para as crônicas. Ainda que algum leitor queira passar por cima de um texto meu e seguir adiante, não vai conseguir, tamanha a luminosidade que ele imprime a cada edição. Realmente o MUNDO BOTAFOGO tem brilho intenso e um brilho que chega de todos os lados. Nosso poeta Sérgio Sampaio é brilho só. Obrigada, ELIANA, por também abrilhantar o blogue, com comentários tão especiais. Beijão!
Gosto quando dizes que ser cronista é estar sempre de plantão. MUito verdadeiro, MILTON querido. Estamos sempre em estado de alerta pois, a qualquer momento, pode acontecer uma bela história e não podemos correr o risco de perdê-la. É mais ou menos o que ocorre a um surfista que está constantemente a procura de uma boa onda pra surfar. Estou de volta, amigo. E te espero aqui sempre para uma boa prosa. Beijão!
Oi, amiga
o Ruy capricha pra valer em tudo que faz. Para as minhas crônicas, faz arranjos fantásticos. Eu fico toda prosa com o seu jeito poético de ser.
Se estás farta do nosso RIO, convida o Milton e vão conhecer São Chico , apelido carinhoso da cidade. Sei que vocês vão gostar e muito. Beijos, minha queridona.
Que legal, Márcia! Rir é tão bom, né amiga? Faz um bem danado! E dizem que além de tudo faz bem pra pele. Será verdade? kkkk
Beijocas,
Ah, João...
Confesso que fico até sem graça com as tuas palavras tão generosas...
Não sei como agradecer e muito menos como retribuir tanta gentileza.
Só sei dizer que o teu comentário é extremamente gratificante e me deixa muito, muito feliz. Abraços,
Acho, MAURO, que devemos, na medida do possível, cultivar o bom humor. Ser bem humorado quando todas as condições nos são favoráveis, é facílimo. Agora, ser bem humorado no Rio de janeiro, por exemplo, é batalha, é conquista , é luta e árdua. Mas vale a pena!
Obrigada por comentar o texto e um grande abraço,
Hilário mesmo pensar que numa delegacia de polícia , damos com um policial dormindo por cima da mesa ao lado de um cachorro sonolento. Modéstia à parte, também gostei kkk
Beijão, LIA
Bacana , ALCEU. Eis um comentário bem regado em azeite português, quando tudo fica mais saboroso. Abraços Gloriosos,
Que delícia de comentário! Obrigado, Aloísio!
E o teu comentário é jóia preciosa.
Obrigada, EDSON
O calorão que tem feito nos deixa ,literalmente, de cabeça quente. Daí a pensar em infernos e figuras do Diabo , é um pulo. Acho que foi por aí que aconteceu... kkkk
Amei saber que tu amaste o texto. Também gostas de um inferninho, né amiga? KKK
Beijão!
Levas-te a um lugar onde o tempo parou,
Uma “coisa” parecida com jogo sem gol!
Coração buliçoso teu, como o de Sherlok,
Investigou a pasmaceira buscando um choque,
Algo fora do comum naquela eira sem beira...
Sabendo que lá haveria feira esotérica,
Elegante (bem sei), curiosa e mui feérica,
Nas barracas, tentas buscar a sorte matreira:
Não é que só saíram sinais de maus presságios!
A procurar proteção, compraste patuás;
Custa pouco se prevenir, apesar dos ágios...
O dia míngua, logo começam ba-ba-bás:
Surge o conluio cigana \ vendedor, o amor,
Todas que o pediram, sabiam, teriam plágios!
Apenas a Rainha soube manter o humor!
Sérgio Sampaio
www.umpoetinha.com.br
Sei não , mas eu sou mais você do que o Diabo. Jogaria minhas fichas em você , minha amiga. RSRS
Beijos,
ANA
Lúcia, muito interessante essa crônica. Primeiro ela nos transporta para um lugar sonhador. Dá até para sentir a brisa, o mar, visualizar os Ipês amarelos,imaginar aquele pôr do sol avermelhado e a luz do luar. De repente há uma sensaçãode busca,de ansiedade por algo que parece difícil de se encontrar. E, do nada, a salvação. Durabte o texto fiquei torcendo por um acontecimento! Eis que surge um fato tão desejado!!! Muito inteligente a maneira sinuosa de encaminhar a crônica!!! Parabéns! Showwwww! Ansiosa pela próxima! ARINDA.
Bem, não sei se o Ruy aprovaria. Quanto a mim, não aprovaria kkkk. Gosto de escrever crônicas e me identifico inteiramente com esse jeito rápido e charmoso de registrar fatos do cotidiano. Sem dúvida alguma o conto é algo muito mais elaborado e eu não teria como estar no blogue duas vezes por mês. Só uma e olhe lá. Essa razão já seria um belo motivo para descartar a hipótese de ser contista. KKKK
Mas a sugestão é válida. Beijos,
Sério, ANA? Isso significa que me achas PODEROSÍSSIMA!!!!!
Que orgulho!!!! Valeu, amigona. KKKKKK
Beijos,
Encantador, como sempre!
Encantador e preciso como um relógio suiço.
Toda a minha prosa dita , em versos, em poucas e harmoniosas linhas.
És mesmo um iluminado a jogar luz no meu texto. Obrigada, grande poeta.
Beijos,
Minha amigona,
Interessante o comentário, com detalhes relevantes e bem desenvolvidos. Como uma boa amiga, ficaste torcendo para que um evento acontecesse. E aconteceu. Ao menos na minha imaginação kkkk
Obrigada, ARINDA, pela tua participação. BEIJOCAS.
Lúcia,
Tuas crõnicas deixam-me alegre. Simples assim: leio, me encanto com as tuas histórias engraçadas, sorrio comigo mesmo e fico bem. Penso como é bom saber que ainda existem pessoas de bem com a vida...
Parabéns por tudo isso. TADEU
Lúcia Senna,
Prazer tê-la de volta. Considero o ofício de cronista muito importante. Em um momento em que as pessoas passam cada vez mais tempo olhando telas digitais , ao invés do mundo ao redor, escrever crônicas é, minimamente, um ato de resistência. Tuas crônicas são realmente muito interessantes e eu te parabenizo por isso.
GUILHERME
Cronica muito fofa. Que lugar é esse? Conforme o teu relato deve ser o paraíso e é pra lá que eu vou. PARABÉNS! LOURDES.
Lúcia, se o diabo caísse nas tuas mãos, eu ficaria com pena dele. Irias transformá-lo num churrasquinho, ou melhor dizendo, num amendoimtorradinho rsrs.
Gostei muito da tua história bem doida e muito divertida. BEIJOS, JOANNA.
Obrigada, Alceglan, sempre tão gentil e atencioso. Espero te encontrar aqui durante todo o ano de 2019, para podermos compartilhar nossas impressões sobre a vida.
Grande abraço.
Lúcia, 'COISAS RUINS' inclui o Clube de Regatas do Flamengo?... (rsrsrs)
Beijos Gloriosos.
Sim, Lúcia, claro que está! A escrita é uma das grandesconquistas humanas. Na Grécia, Deus Hermes; em Roma, Deus Mercúrio; no Egito, Deus Toth. Hermes, Mercúrio e Toth são, simultaneamente, Deuses da MAGIA!!!
Longos beijos, Mágica Rainha!
Não é preciso pedir de joelhospara publicar sobre duas mulheres tãoqueridas, mas há umacondição da qual não abro mão: QUERO IR TAMBÉM PASSEAR COM AS DUAS!!! (rsrsrs)
Beijos Gloriosos. Às duas queridas senhoras!!!
Tudo na vida tem exceção para confirmar a regra. Até no que respeita ao rigor. Nada rigoroso e muito tolerante com a minha amada Rainha! Ela merece TUDO!
Beijos Gloriosos.
Uma fotografa, outra cronografa e eu acompanha ao passeio as duas 'GRAFAS'.
Beijos Gloriosos às 'grafas'!
És sempre tão gentil e 'cavalheira' (rsrsrs!!!) comigo. Tratado como me tratas sinto-me nas nuvens como se fosse um DEUS NO OLIMPO!
Beijos, LUCILINDA!
Obrigado, Marlene. Como diz a Lúcia, capricho sempre em tudo que faço. Se fazemos, então façamos bem! Mas... para a Lúcia é mais do que caprichar. Entrego-me inteirinho. Ela é simplemnente... ADORÁVEL!!!
Beijos Gloriosos.
Sem dúvida, João Martini. De primeiríssima GRANDEZA! Uma escrita surpreendente, uma voz fabulosa, uma alma para a qual não há adjetivos. Adoro esta mulher!
Beijos Gloriosos.
Jane e Lúcia, claro que eu aprovaria. Mas... passar de cronica a conto e de conto a romance não é fácil. São estruturas e degraus diferentes. A Lúcia adora o impacto célere da cronica e seguir para o conto exige uma mudança de perspetiva. Porém, é apenas uma questão de vontade. A Lúcia pode ser cronista, contista e escritora. Ela pode ser tudo o que quiser quando coloca uma caneta nas mãos (ou as mãos num teclado - rsrsrs).
Beijos Gloriosos.
Telma, não sei como escolher a melhor ou as melhores cronicas da Lúcia, tal é a qualidade de todas. Mas esta talvez tenha sido a condução mais sinuosa e espetacular desde a calmaria ao vendaval. Por outro lado, a nível mais micro, a imagem do policial dorminhoco e do seu cachoro é simplesmente irretocável. Talvez a mais realista de todas as cenas criadas pela Lúcia. Um espanto de cronica!
Beijos Gloriosos.
Sem dúvida alguma, RUY. E , a bem da verdade, foi exatamente o que primeiro me veio à cabeça quando usei a expressão... ( rsrsrs)
BEIJOS GLORIOSOS,
Quem sabe, sabe. Morro de orgulho do meu editor tão querido que sabe tudo sobre tudo.
Um dia - QUEM SABE- eu chego lá. KKK
Beijos sabidos, guRUY!!!
Ideia aprovadíssima!!!!Quando iremos? OBAAAAAAAAAAAAAAA!!!!
Beijos de intensa alegria!!!
EMUDECI! Um comentário desses, vindo do grande RUY MOURA, é pra ser enquadrado e posto na parede da sala. Acho que vou explodir de emoção. Preciso, urgentemente, de uma rede pra me embalar....
MIL VEZES OBRIGADO, meu amado editor!!!!
Sério , preciso de uma rede com urgência absoluuuuuta....
Elogios assim, RUY, são demais para o coração de uma simples cronista...
Estou tonta de emoção!!!!!
BEIJOS TONTOS!!!
E o Ruy, editografa.
Trio MARAVILHA!
Dizem que três é demais. Então tiro a Eunice e vou passear só com o Ruy em São Francisco do Sul KKKKKKK
BEIJOS SULISTAS
Mas tu és um DEUS NO OLIMPO. Ninguém, que te conheça bem , pode ter dúvidas a respeito disso.
BEIJOS OLÍMPICOS!
ADORÁVEL, és tu, meu querido.
Adorável, envolvente, sedutor, carismático e GIRO. Giríssimo!
És o superlativo absoluto sintético personificado!
Beijos Absolutos.
E depois, RUY, dizes que a exagerada sou eu...
Mas posso te confessar um segredo de liquidificador, como diria o nosso poeta CAZUZA?
ADORO QUANDO EXAGERAS NOS ELOGIOS QUE ME FAZES KKKKK
Que mulher não ficaria altamente lisonjeada com elogios do fascinante RUY MOURA?
BEIJOS LISONJEADOS
É muito gostoso saber que vocês acreditam em mim a ponto de considerar que eu poderia ser uma contista ou até mesmo uma escritora de mão cheia. Na verdade, estou muito aquém dessas possibilidades. Além do mais, a crônica, ao meu ver, tem uma vantagem: dá pra ler na condução, na sala de espera do dentista ou no intervalo de uma reunião. O mundo anda apressado, infelizmente. Mas uma crônica, ao menos, uma pequena crônica , é possível de ser lida. E se for levinha pode até funcionar como uma deliciosa e refrescante água de coco, no meio de uma tarde quente de verão.
Mas tenho que dizer que ADOREI saber que tanto a JANE ( amiga querida) como o RUY ( amado editor) acreditam que tenho potencial para tanto. QUE GLÓRIA!!!!!!
BEIJOS AOS DOIS!
E o teu comentário, TADEU, também me deixa muito feliz. Simples assim : leio e penso como é bom ter leitores tão especiais e gentis...
Obrigada por tudo. Abraços,
Gostei demais quando dizes que " ESCREVER CRÔNICAS É, MINIMAMENTE, UM ATO DE RESISTÊNCIA. Uma excelente sacada. Nunca havia pensado nisso. Taí, adorei!
Grande abraço,
Não seria de todo mal transformar o COISA RUIM em amendoim torradinho.
De COISA RUIM passaria a ser COISA BOA, né mesmo JOANNA? KKKKK
Beijocas,
Pode ser o paraíso ou o inferno, depende das circunstâncias. Pra ti, SIM, será o paraíso. A cidade é linda e muito carismática. Só não te recomendo frequentar nenhuma feira esotérica. Sei lá... vai que...
Beijos, LOURDECA
Lúcia, achei a viagem muito saborosa. Isso mesmo! Consumi com o prazer que avanço nos prazeres do prato predileto. Você se supera a cada crônica. Escreva sempre sobre qualquer assunto como fazia Rubem Braga com textos inesquecíveis. Bj. NEY.
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