O francês Just
Fontaine é o maior artilheiro de uma Copa do Mundo ao assinalar 13 gols na fase
final em 1958, no primeiro Mundial ganho pelo Brasil.
Entrevistado
por SporTV, reiterou o que já se sabia há anos no que respeita a ter despertado
o interesse do Botafogo:
– Ainda me sinto um garoto. Tudo vai muito
bem. E lembro de tudo como se fosse ontem. Em 1959, um ano depois de eu ter
vivido meu auge na Copa da Suécia, o Botafogo ligou para o presidente do Reims
porque queria contratar-me. A transferência, infelizmente, não aconteceu
porque Kopa (um dos grandes craques da equipe) já havia saído alguns anos antes
para Real Madrid. E o presidente não queria que outro atacante da equipe
saísse. Tanto que eu tinha um contrato de três anos, assinado. Nesse período de
“indecisão”, já em 1960, quebrei minha perna (dupla fratura na perna direita) e
não pude seguir com a minha carreira depois. Eu gostaria muito de ter jogado no
Brasil porque adoro o futebol brasileiro.
Breve
biografia de Fontaine:
Just
Fontaine nasceu em Marrocos, na cidade de Marraquexe, então colônia francesa,
no dia 18 de agosto de 1933 (possui atualmente 85 anos de idade), sendo um
atacante veloz, dono de dribles curtos, chutes certeiros e, embora não fosse
muito alto (1,74m), tinha um ótimo cabeceio.
Fontaine
foi um dos mais importantes futebolistas franceses e a Federação Francesa de
Futebol elegeu-o, em 2005, como o maior futebolista francês dos últimos 50 anos
(1955-2005). O maior artilheiro de uma Copa do Mundo explica assim o seu
‘segredo’:
– “O segredo? Com a bola nos pés eu só tinha
olhos para o gol.”
Questionado
em 2009, ainda no limiar da retumbante ‘Era CR7 / Messi’, sobre o melhor ‘onze’
de todos os tempos, Just Fontaine fez a sua escolha organizando a equipe no
clássico 3-4-3 (WM):
Yashin;
Nilton Santos, Maldini e Beckenbauer;
Bobby Moore, Bossic, Platini e Cruyff;
Pelé, Di Stéfano e Garrincha.
Discreto e
com absoluto domínio da razão, Just Fontaine não se incluía nos ‘deuses do
futebol’. Dizia que vinha a seguir… provavelmente no lote de Kócsis, Puskás,
Didi, Eusébio, Bobby Charlton, Van Basten, George Best, Maradona, Zidane,
Ronaldo e outros.
Pesquisa de
Ruy Moura (editor do blogue Mundo Botafogo) sugerida pelo amigo José Carlos
Milito.
2 comentários:
Será que brilharia ao lado da fulgurância de Didi e Mané?
Provavelmente sim, se ocupasse o lugar do Quarentinha. Na verdade penso que ele e Quarentinha eram dois 9 só com olhos postos no gol. Sendo que, tanto quanto sei (nunca vi jogar Fontaine) pelas leituras, era mais técnico que Quarentinha.
Abraços Gloriosos.
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