A equipe do Botafogo não entusiasma
ninguém e, por isso, o que mais interessa atualmente é somar pontos e manter a
posição na tabela até onde for possível. Assim, a rodada foi positiva e o Botafogo
distanciou-se 10 pontos da zona de rebaixamento, que é fundamentalmente o que
interessa em 2019 com vista a não repetir as façanhas do Vasco da Gama (na 2ª
Série) e do FluminenCe (na 3ª Série).
No entanto, a coisa não foi fácil. Barroca
foi mais uma vez surpreendido pelo rompante inicial do Athletico, que valeu aos
paranaenses tomarem a dianteira no marcador logo aos 15 minutos, após uma
pressão contínua desde o início da partida que lhes rendeu 60% de posse de bola nesse período.
Tratando-se de equipe reserva, o
Athletico não conseguiu manter a pressão após o gol, provavelmente esperando
uma falha nossa para alargar o placar sem tanto esforço. Sem jogar bem e sem soluções de bola
rolando no gramado, as tentativas foram feitas através de chutões para a frente
e de cruzamentos. Um deles resultou graças ao goleiro adversário e o Botafogo
empatou a partida, indo para o intervalo com um pouco mais de sossego.
Na 2ª parte deu mais Botafogo e o
árbitro e o VAR mostraram que não sabem gerir absolutamente nada a nova
situação de revisão das jogadas, levando minutos infindos para (re)decidir a
validade das ocorrências. Uma tristeza de árbitros naquele que já foi o país do
futebol (não graças aos árbitros, aos dirigentes e até mesmo aos treinadores,
mas graças a craques fabulosos que brotaram das antigas peladas do futebol da
várzea, hoje praticamente desaparecido).
Até que um pênalti, absurdamente não marcado
logo pelo árbitro, recorrendo-se outra vez ao VAR desnecessariamente, permitiu
a Diego Souza assinalar a virada e o gol da vitória.
Porém, além de duas vitórias seguidas
muito importantes, em circunstâncias especiais (contra o 'lanterna' e contra uma equipe
reserva), e a manutenção de uma incrível boa posição, tendo em conta o nosso
fraco futebol, não podemos embandeirar em arco porque poderíamos até ter
perdido ou empatado a partida não fosse Gatito ter realizado duas boas defesas
logo no início do jogo e mais duas defesas cruciais já nos acréscimos do segundo tempo.
Desta vez, nem o monótono tique-taque
de Barroca ocorreu, porque a posse de bola foi apenas de 51% contra 49% do
adversário.
Esperemos que, à falta de melhor coisa,
a sorte nos continue acompanhando.
Uma nota final: o regresso de Lucas Campos
à equipe do Botafogo foi positivo e vale a pena torcer pelo rapaz. Pode ser que
dê certo e anime um pouco mais a fraca dinâmica da equipe.
FICHA TÉCNICA
Botafogo x Athletico Paranaense
» Gols: Luiz Fernando, aos 30’ e Diego
Souza, aos 76’ (Botafogo); Thonny Anderson, aos 15’ (Athletico)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 11.08.2019
» Local: Estádio
Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 6.692
pagantes: 7.992 espectadores
» Renda: R$ 220.526,00
» Árbitro: Douglas Marques das Flores (SP); Assistentes: Alex
Ang Ribeiro (SP) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP); VAR: Márcio
Henrique de Góis (SP)
» Disciplina:
» Botafogo: Gatito Fernández; Marcinho, Joel Carli,
Marcelo Benevenuto (Kanu) e Gilson; Gustavo Bochecha (Jean), Cícero e João
Paulo; Rodrigo Pimpão (Lucas Campos), Luiz Fernando e Diego Souza. Técnico:
Eduardo Barroca.
» Athletico: Caio, Madson, Lucas Halter, Pedro Henrique e
Abner Vinícius; Matheus Rossetto, Lucho González (Erick) e Léo Cittadini
(Pedrinho); Tomás Andrade (Vitinho) Braian Romero e Thonny Anderson. Técnico:
Tiago Nunes.
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