FICHA TÉCNICA
Botafogo
0x2 Fluminense
» Gols: Lucca, aos 66’, e Wellington Silva, aos 90+7’
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 24.01.2021
» Local: Estádio São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitra: Edina Alves Batista (SP); Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Neuza Ines Back
(SP): VAR: José Cláudio Rocha Filho (SP)
Cartões amarelos: Luiz Henrique e Yago Felipe (FLU); Rafael Forster
(BOT)
» Botafogo: Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto, Kanu,
Rafael Forster (Barrandeguy); Kevin, José Welison (Rafael Navarro), Caio
Alexandre, Victor Luís (Cícero); Bruno Nazário (Davi Araújo); Matheus
Nascimento (Ivan Angulo), Matheus Babi. Técnico: Eduardo Barroca.
» Fluminense: Marcos Felipe; Calegari, Nino, Luccas Claro,
Egídio; Yago Felipe, Martinelli, Nenê (Matheus Ferraz); Luiz Henrique (Hudson),
Jhon Kennedy (Marcos Paulo), Lucca (Wellington Silva). Técnico: Marcão.
36 comentários:
Olá Ruy,
Ontem tive uma pequena rusga com um amigo tricolor, ele disse que ganhar do BFR é apenas uma obrigação. Ele retribuía a empafia de alguns flamenguistas antes do próprio fla vs flu, que aliás perdemos.
As pessoas olham o futebol como se tivesse começado ano passado, o debate sobre futebol é muito pobre e isso é uma ameaça aos nossos clubes.
Durante uma fase, sendo mais preciso entre 2002 e 2005 o Flamengo era sempre chacota e agora o fazem com o BFR. O problema maior é que não só os torcedores rivais, mas tbm parte da imprensa.
Tentar diminuir o peso do BFR é ruim para o futebol como todo, é uma prática predatória mas até a imprensa é incapaz de observar isso.
Tristeza demais.
Abraço!
Leymir, essas práticas predatórias são intencionais. A pequenez das pessoas leva a isso - torcedores e mídia. É maior o prazer de humilhar o adversário do que comemorar a vitória do próprio clube. Desprezo esse tipo de torcedores. Aliás, eu nunca discuto clubes com adversários (o Leymir é uma exceção porque o que debatemos é o Clubismo e não tolices) e se em tempos vinham para me zoar, perentoriamente eu não autorizava sob o pretexto de que nunca fiz isso a um adversário. E virava costas, às vezes com respostas duras. Não tenho tempo para esse tipo de tolices.
O Clubismo é algo sensacional: inclui o Clube social, a equipe de futebol, os demais desportos. O Clubismo é uma grande emoção, mas creio que uma boa margem de torcedores não sabe o que isso é; sabe é zoar, gritar palavrão nos estádios e muitas vezes o clube é apenas o time de futebol e não o Clube no seu conjunto. Não vivem o clube realmente, mas apenas uma parte dele - talvez a mais pobre...
Eu amo o Clube em todas as suas facetas e em todos os seus desportos.
Abraços.
Claro, vc é torcedor do Botafogo e não "apenas" do futebol do Botafogo.
Um torcedor agir assim, eu lamento, mas até entendo. Agora a imprensa?
Eu acredito que os clubes grandes em maior ou menor quantidade, tem marcas que são só suas e são insubstituíveis.
O imaginário do nosso Futebol tem a ver com Garrincha, ele não foi parido ali, mas Garrincha o consolidou.
A seleção de 62 sem o Botafogo nem existiria, eu estou citando dois tópicos mas poderia citar mais.
O que ganha a imprensa em diminuir o BFR, o que ganhava a imprensa em diminuir o CRF de 2002 a 2005, imagino que o único fruto dessas ações é o enfraquecimento do futebol como o todo.
Aqui cito apenas o futebol, porque a mídia não cobre quase nada fora a isso.
Uma chacota que me doeu muito foi ouvir dizer que o Flamengo era um clube irresponsável, um clube de moleques, como se não fosse um clube existente desde 1895, como se existisse no período de 92 a 2004...
Outro dia um jornalista debatia a sério se o BFR deixaria ou não de ser grande, como isso seria possível com a história que tem o Botafogo?
E essa ideia tosca e pobre,é passada para os torcedores. Os torcedores não deveriam ser reféns do presente uma vez que torcem por instituições mais que centenárias, mas lamentavelmente o são.
Eu imagino que essa seja uma mentalidade corrosiva, estimulada estranhamente por quem vive exatamente dessa paixão, a imprensa esportiva.
Grande Ruy!
Não sei se conheces a página, mas vale muito a leitura.
Uma matéria sobre "Myke Tyson", aquele maqueiro fortíssimo que trabalhou por anos no Maracanã me emocionou, a página tem cuidado de divulgar personagens comuns a todos que amam o futebol e isonimia quando visita craques específicos das diferentes agremiações.
Há uma matéria logo no começo sobre Nilson Dias, ela é linda!
Uma festa da torcida do Botafogo, organizada no bar de um Flamenguista e tudo acontecendo em perfeita harmonia.
Colocou nesse espaço porque estávamos discutindo a imprensa, achar essa página foi muito bom pra mim.
https://www.facebook.com/omuseudapelada/
Grande abraço!
Para mim a coisa é simples, Leymir. A falta de formação e de educação leva à perda da importância do 'Outro'. Pior, a falta humana de formação e de educação regozija-se com a humilhação dos adversários, tratadps como inimigos. Com violência, com ordinarice, quase com o desejo de estuprar (há um rexto clássico sobre o 'estupro no futebol'). A animalidade humana vem ao de cima e concentra as suas raivas e frustrações no futebol. No seu clube. No seu umbigo. O caso de Garrincha é paradigmático: uma significativa parte da imprensa carioca enalteceu sempre Pelé e o Santos em detrimento de Garrincha e do Botafogo, espumando raiva em relação a Garrincha e, desculpe que lhe diga isso, essa imprensa era comandada por jornalistas (?) predominantemente flamenguistas.
O futebol precisa de ser amado, não um simples escape para traumas e frustrações. Nunca o será enquanto as entidades oficiais deixarem que aconteça o que acontece em váruos domínios, enquanto não houver formação e educação desportiva. Amar um Clube, tal como amar uma pessoa, não é fácil, exige empenho, respeito e galhardia.
Grande abraço, companheiro!
Não há nenhum problema em me dizer isso, até porque a vigarice nesses jornalistas que eram Flamenguistas não tem a ver com o time que eles torcem e sim o tipo de alma que eles tem.
Diminuir Garrincha por inveja é de uma mesquinharia absurda, eu fico com os que o veneram e também sou Flamengo.
Achei perfeito isso aqui:
"futebol precisa de ser amado, não um simples escape para traumas e frustrações. Nunca o será enquanto as entidades oficiais deixarem que aconteça o que acontece em váruos domínios, enquanto não houver formação e educação desportiva. Amar um Clube, tal como amar uma pessoa, não é fácil, exige empenho, respeito e galhardia."
Abração!!
O Museu da Pelada é interessante. As suas leituras e as minhas coincidem no que há de melhor sobre futebol. Acerca do texto do editor da página, apenas um reparo: reparou que não há uma única referência a Garrincha, quando na verdade ele foi talvez o maior rei do Maracanã durante uns 10 anos (aproximadamente 1954-64?
Grande Abraço.
Leymir, realmente há 'peças estragadas' em todos os clubes, em todas as profissões e em todas as culturas, como os jornalistas desportivos, que podem prejudicar a imagem dos seus prórpios clubes. Porém, são os torcedores no seu conjunto os principais responsáveis por definir o perfil de um clube. E sobretudo os torcedores mais influentes no meio social. O clube nunca é uma entidade abstrata, mas uma entidade forjada nos seus torcedores. São eles que constroem o perfil. Não há que fugir disso. Dois exemplos opostos: a Lazio representa o fascismo porque uma grande parte da torcida divulga elementos ilustrativos do fascismo; o St. Pauli representa o comunismo porque uma grande parte parte da torcida divulga elementos ilustrativos do comunismo. Um clube nunca é independente da construção dos seus torcedores.
Falando de cariocas, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama são bastante distintos porque as suas torcidas contribuíram com elementos diferentes para a construção dos respetivos perfis. Resta-nos perceber as diferenças entre os 4 perfis.
Grande abraço, companheiro!
Uma grande falha, mas várias matérias ali são sobre ídolos do BFR. Eu acho que nesse texto ele estava falando do Maracanã dos 70 até os 90.
Todas aquelas personagens que ele cita são desse tempo, inclusive o próprio maqueiro.
Eu tenho impressão que foi esse o motivo, espero que sim.
Um lugar que se chama museu da pelada, não pode nunca ser contraii ao jogador mais formidável de todos exatamente em levar a melhor da pelada para os campos profissionais.
Abração
Muito bom sempre aprender aqui!
A diferença entre os 4 cariocas é parte dessa beleza , a identidade desses clubes que na mesma cidade, construídos em período de tempo próximo, jogando quase sempre os mesmos campeonatos, e em sua modalidade mais popular exatamente os mesmos, ainda assim são distintos entre si.
Tem o mais tradicional, tem o mais popular, tem o mais elitista , tem o mais suburbano (óbvio que suburbano no bom sentido) e poderíamos mencionar mais e mais traços subjetivos, e saberíamos de qual clube estaríamos falando, isso é lindo!
Ainda que mais ou menos dessas características que citei estejam presentes em todos, o Flamengo é obviamente glorioso, mas glorioso mesmo é o Botafogo! O Botafogo é obviamente querido mas o mais querido é o Flamengo! O Fluminense é gigante, mas gigante mesmo é o Vasco! O Vasco que é fidalgo, mas fidalguia é o Fluminense!
Eu nunca me oponho a estes traços, existem traços negativos a cada uma dessas torcidas que sujam a instituição tbm, mas estes na minha humilde opinião são traços decadentes da nossa sociedade que obviamente vão resvalar em nossos clubes, sobretudo, no esporte mais popular do país.
Para mim estes clubes são sagrados, acima de nossas pobrezas de espírito e por isso que tenho a absoluta certeza que sempre serão gigantes. Eles são forças da natureza que em dado momento do tempo são represados por gente que nem merece o comentário.
Sinto que tomo muito do seu tempo, é que pra mim é sempre um prazer dialogar contigo.
Um abração!
"...traços decadentes da nossa sociedade que obviamente vão resvalar em nossos clubes, sobretudo, no esporte mais popular do país." - ASSINO NA ÍNTEGRA!
Também creio que dificilmente um grande Clube desapareça para sempre,porque as suas torcidas sã onumerosas. Se é grande, há de ressurgir. Há inúmeros exemplos por esse mundo fora. Ma sé necessário definir o que é grande: não creio que o América renasça com a importância de outrora porque foi sempre de natureza média, e por isso não me parece inteiramente lógico dizer-se que o botafogo se 'americanize'. Veremos.
Leymir toma o meu tempo e faz muitíssimo bem! Deixo sempre que tomem o meu tempo quando há do outro lado alguém que valha a pena, e o Leymir vale a pena bem mais ainda.
Grande abraço, companheiro.
Talvez tenha razão, Leymir. O Sergio falou dos craques do tempo do 'Myke Tyson'. E como o Museu da Pelada tem qualidade, admito perfeitamente que a sua observação seja correta.
Grande abraço.
No entanto, a grande beleza do futebol brasileiro terá tido o seu limite precisamente no início da década de 1970. Até 1970 o futebol e todo o seu entorno era completamente diferente dos períodos seguintes, que, infelizmente, se foram degradando.
Grande Abraço.
Eu perdi um texto já no final, tive um problema com a conexão.
Primeiro é uma honra ser chamado de companheiro, mas em matéria de clubismo (do bom clubismo) você pra mim é um professor, muito obrigado pelo carinho de sempre!
Quanto a possibilidade do BFR se tornar um america, é impossível. Um leão ainda que velho e maltratado não virará jamais um gato, embora sejam ambos felinos.
Com todo respeito ao simpático América, os 12 grandes clubes são fundamentais no jeito que amamos e compreendemos o futebol , e desses 12 Botafogo e Santos tem destaque na idealização para as massas do que é um futebol de excelência, não importando para que time se torça.
Quando ouço um jornalista dizer isso, penso que é de caráter dúvidoso ou inapto para a profissão que exerce.
O BFR tem problemas estruturais serissimos, a proporção divida vs receitas é assombrosa, o quadro político não se renova e nos últimos anos lamentavelmente vem perdendo força desportiva e talvez seja necessário uma nova refundação, não sei, o tempo dirá.
A diferença que o Botafogo e não somente o BFR, mas o Botafogo tem tanta reserva histórica (infelizmente penso em uma expressão estrangeira para ficar claro o que penso: background) que já ressurgiria grande independente de divisão.
Uma vez conversamos sobre isso, e você deu o exemplo de um clube Escocês que passou por processo parecido, o Rangers.
Para mim é bastante claro que se daria o mesmo com o Botafogo, porque repito, o Botafogo é uma força da natureza, e o que acontece hoje com ele é uma anomalia, uma completa antagônia ao que é o Botafogo, e imposta por gente que deveria zelar pelo clube.
Assim como você eu tenho amor por uma instituição, mas cada vez que venho aqui fico mais ciente da história do Botafogo e mais o admiro e respeito.
Quando essa gente sair de perto do Botafogo ele só crescerá , e se tiver que recomeçar numa 4 divisão, não vejo motivo para nenhuma vergonha.
Um abração, professor!
Eu entendo essa visão, eu teria dificuldade muito grande pra dizer aonde começa...
Didi, Heleno, Domingos, Djalma, Pirillo,Zizinho, Carvalho Leite, Leônidas?
Do mesmo jeito tenho dificuldade com esse corte, porque acho que jogadores após 70 ainda merecem essa áurea.
Zico, Falcão, Sócrates, Reinaldo, Leandro, Junior, Mauro Galvão, Careca, Renato Gaúcho...
Eu iria um pouquinho mais, eu iria até 82.
Não citei propositadamente os jogadores de 60, por que não deveríamos necessitar citar Garrincha, Gerson, Pelé, Rivelino, Nilton Santos, Dida, e afins...
Eu acho que essa ideia de futebol que não sei aonde começou, mas que teve como principal referência e consolidação no Santos e no Botafogo das décadas de 60, ainda era a máxima vigente em 82.
O melhor flamengo de todos de 78 a 82, ele remete muito mais aos 60 e 70 que anuncia os anos 90.
Apesar de não precisar quando começou a grande beleza que citas, e identificar que teve seu apogeu com Botafogo e Santos da década de 60, eu acho que o corte não foi 70 e sim 82.
Mas é um debate muito interessante.
Abração!
Leymir, realmente sou professor e pesquisador universitário, mas chamar-me 'professor' tem um significado muito especial neste contexto informal da nossa amizade. Então, é uma honra enorme porque denota que a nossa relação é profícua de parte a parte. Muito grato.
Indo ao asssunto. "Um leão ainda que velho e maltratado não virará jamais um gato, embora sejam ambos felinos" é uma premissa notável!
Os problemas estruturais do Botafogo vem desde o erro estratégico de Rivadavia Corrêa Meyer que julgava que a única maneira deresolver oproblema financeira era vender o seu patrimônio. A dívida do Flamengo era maior da que ado Botafogo, mas não caiu na asneira do Rivadavia e foi gerindo adívida. Ainda hoje o Flamengo tem uma grande e o que faz é geri-la. Desde aí houve altos e baixos até que aparecerampredidentes pior do que Rivadavia: Palmeiro, Assumpção, CEP e Mufarrej. Estes quatro, respaldados por Montenegro, são os grandes coveiros do Botafogo.
Quanto a mim a refundação seria o melhor caminho. Declarar falência, consolidar patrimônio que pode chegar a 300 milhões, adaptar o nome para algo como 'Botafogo de Futebol e Esportes', descer à Série D e recomeçarcom uma diretoria de perfi inverso às 4 últimas: séria, desinteressada, transparente, competente e sobretudo plena de Botafoguismo, coisa que não se viu desde Bebeto de Freitas.
Em 4 anos o Botafogo teria condições para regressar à 1ª divisão, como fizeram os escoceses do Rangers, e disputar títulos coo a Copa do Brasil e ou a Copa Sul-americana. Esses seriam os objetivos desportivos a médio prazo.
Grande abraço, companheiro.
O único motivo do Flamengo de 2020 não estar numa situação talvez igual, e talvez até pior que o BFR, se chama Eduardo Bandeira de Melo.
A eleição de 2012 foi muito disputada e por pouco o grupo de Patrícia Amorim não permaneceu.
Se esse grupo fosse vencedor daquelas eleições, e se mantivesse no poder até hoje. (Quadro atual do Botafogo desde 95 com exceção de Bebeto de Freitas) O Flamengo caminharia para a falência, e eu estaria com faixas na rua dizendo que prefiro jogar a 4 divisão do que ver meu clube sugado por Patrícias Amorim.
Rivadavia Correia foi infeliz, mas os 4 que destacou e todos apadrinhados por Carlos Augusto Montenegro, são terríveis.
Eu concordo com sua leitura, em 4 anos já disputaria títulos medios e em 10 os grandes.
É como já disse muitas vezes aqui, torcer para que Durcesio seja diferente embora saindo do mesmo lugar.
Um abração, professor!
Eu não tenho muita dificuldade. Diria que o futebol brasileiro, e sobretudo o 'charmoso' futebol carioca, terá começado após o Flamengo iniar-se no futebol. O CRF juntou-se ao Botafogo e ao Fluminense e, vá lá, ao America, que nessa época era importante (só mais tarde o CRVG entrou na liça). Então eu podia marcar um período de 50-55 anos a começar em 1915 ou 1920 e até 1970 e outro de 1970-2020.
Não obstante, concordo consigo que houve muitos e grandes jogadores brasileiros até cerca de 2000. Indubitavelmente! Expressei-me mal, porque não me referia à qualidade de jogadores como Zico, Dinamite, Marinho Chagas, Falcão, Sócrates, Romário, Ronaldo, Roberto Carlos e, sobretudo, Ronaldinho Gaúcho, que equiparo a Garrincha em termos de habilidades natas. Referia-me ao conjunto do futebol, a todo o seu entorno, ao espetáculo de torcidas muito originais e dinâmicas, ao ambiente mágico que se respirava e que, em minha opinião, iniciou a decadência quando a ditadura brasileira se imiscuiu no futebol a partir de 1970. E foi também aí que o Botafogo começou a declinar porque enfrentou a ditadura com o seu perfil libertário fundado pelos garotos do Largo dos Leões. A ditadura iniciou o declínio do futebol e do próprio país. Nem o futebol nem o País regressaram ao brilho antigo.
Quanto ao apogeu eu diria que ocorreu entre 1958 e 1970 com a conquista de 3 títulos inéditos e sem favorecimentos - como ocorreu em 1994 e 2002 - com base em quatro grandes clubes da época que jogavam futebol mágico: Botafogo, Santos, Palmeiras e Cruzeiro.
Grande abraço.
Admito que o segundo período citado se reparta em dois: 1970-2000 ainda com grandes craques; 2000-2020 em perda absoluta e com a magia a transferir-se completamente para o continente europeu - que absorve os melhores futebolistas brasileiros
Grande abraço.
Sim, a Patrícia foi um dos maiores desastres diretivos do Flamengo. E o Bandeira de Mello tem sido injustiçado, porque na sua diretoria é que se estruturou o futuro. Primeiro, semear, depois, colher. Os que lá estãoagora são apenas os beneficiários da sementeira do BM.
Grande abraço, companheiro.
Tá vendo o quanto aprendo? Eu não teria conhecimento pagar os cortes temporais.
Agora ainda não tenho mas já tenho um norte pra pesquisa.
É e nessa que vou.
Um grande abraço e uma boa noite!
Pode fazer o mesmo com os primeiros 50-60 anos anos (1910-1970), isto é, o período tem duas características distintas: mais ou menos de 1910-1940, o futebol romântico, a crise do AMADORISMO e a transição para o profissionalismo; 1940-1970, o fim da transição, a transferência do futebol-arte para o PROFISSIONALISMO altamente competitivo.
Depois de 1970 a coisa começou lentamente a passar para o futebo, europeu e consagrou-se neste século com competições cada vez mais exigentes e estruturas altamente profissionais em todos os domínios: nas federações nacionais, na gestão dos clubes, na formação de árbitros, na formação de treinadores, na consolidação das Academias para revelação de jogadores da base, enfim, na criação de um dos negócios mais lucrativos do mundo. O Brasil quedou-se a olhar para o umbigo, convenceu-se que era o melhor futebol do mundo para sempre, não modernizou as estruturas desportivas e chegou à quase humilhação de um 7x1 numa Copa em casa. E ainda assim nada mudou...
Grande abraço!
Bom dia Ruy,
Vc indicaria alguns livros que retratem as primeiras décadas do futebol, preferência no Rio de Janeiro.
E tbm que trabalhem a transição entre futebol amador e profissional?
Eu tenho alguns que têm como tema a fundação do Flamengo, pode me indicar alguns bons sobre o Botafogo?
Uma sugestão, quando tiver tempo e se já não fez isso, podes indicar uma bibliografia básica para quem se interesse no assunto e lançar no blogue?
Óbvio, quando você tiver tempo porque sei que é trabalhoso.
Achei os cortes que indicou, geniais de 10 a 40, 40 a 70 , 70 a 2000 e 2000 até aqui.
Um abração!
Não é fácil, Leymir. Muito do que são as minhas perspetivas é fruto da leitura e interpretação dos milhares de jornais que li referentes ao período 1900-1970 (Imparcial, o Paiz, o Jornal dos Sports, a Noite...), livros e teses, colunas de opinião, textos soltos. Ademais, muitos textos que li são movidos por uma ótica etnocêntrica, cuja desmontagem é um produto da minha própria análise. Em todo o caso, considerarei a sua proposta e prometo debruçar-me sobre o assunto.
Grande abraço.
Vou entrar nessa discussão e concordo com grande parte do diálogo, e vou enumerar alguns pontos.
1° o auge do futebol brasileiro foi mesmo entre 58 a 74. Nas outras décadas tivemos grandes craques e isso, digamos que a ultima grande década de craques tenha sido a de 90 se estendendo até 2006, dali até agora, o numero de craques de verdade é diminuta.
2° Considero Nicolas Ladanyi como o "pai do futebol moderno" do Botafogo. O clube entra na década de 30 esbarrando num tabu de 18 anos sem títulos. Ele consegue fazer os craques que já estavam no clube anos antes, com alguns que chegariam e foi a "pedra fundametal" na gestão de Paulo Azeredo. Ladanyi também foi o pioneiro no clube no que chamamos hj de psicologia do esporte, embora a imprensa debochasse disso o chamando de louco. Fez o clube voltar aos trilhos das conquistas.
3° o auge do Botafogo no topo do mundo começa em 1957 e termina em 1974. Fica quase 20 anos entre os melhores times. A nivel nacional eu estenderia até o time do camburão.
Olhando com os olhos de hoje, os 21 anos foram "mais leve" que os atuais 25. Ao menos, em boa parte dos 21 de jejum tivemos bons times.
3° Diretoria atrapalha time, e isso o Botafogo é ótimo. Um clube vencedor, todos os setores precisam estar unidos. Quantas vezes vimos notícias internas sendo vazadas no clube??? Ahh e detalhe, além da ditadura do país, o Botafogo através de seus sócios a época, contribuiram para que o clube vivesse uma ditadura interna, e deixasse resquicíos até tempos atuais.
4° Tenho uma teoria que, enquanto o Botafogo não estiver bem o país não ganhará copa do mundo. No seu auge nos deu 3, quando voltou ao caminho das vitória na decada de 90, o país venceu uma e foi vice em outra. E em 2002 o clube ainda não tinha sido rebaixado à B nacional.
5° No Botafogo, tem a cultura de um candidato no seu ultimo ano prejudicar o próximo que entra de presidente. Por aqui, para melhorar o clube precisaremos de umas 3 diretorias seguidas no mínimo só para reorganizar tudo.
6° o sucesso do clube na decada de 60, vai além do futebol. Assim deve ser gerido um clube multidesportivo.
7° O problema do Botafogo iniciar em divisoes menores com outro nome é que continuaria na mão desse povo atual, e correira riscos de extingui-se. Eu sou contrário a isso. Aí é que eles se sentiriam mais donos do clube ainda.
8° Leymir, os próprios dirigentes boicotaram um projeto de "profissionalizacao" por 4 vezes. 3 vezes só no período em q o MONTENEGRO esteve dentro do clube.
9° A imprensa, principalmente a do RJ, menospreza o clube desde praticamente seu surgimento. E isso se estende a federações e pasmem, confederação.
Imagina um clube que foi dominante com o Flu entre 1906-1912. Foi dominante na década de 30, só ñ foi dominante na década de 40 por conta do Expresso da Vitória. Botafogo foi 4 vezes vice estadual no RJ e venceu em 48. Entre 57-74 fora dominante no Brasil, junto a Santos,Palmeiras e pouco depois o Cruzeiro. Volta a década de 90 onde conseguiu ser vitorioso. E qual a ideia que a mídia passa sobre o clube????
Bom, acho que esses tópicos ajudam a elucidar ainda mais esse diálogo brilhante.
Abraço a todos!!!
Os tópicos são válidos, Carlos Eduardo, mas descreveu-os praticamente na perspetiva do Botafogo. Por muito que o Botafogo tenha feito, se os adversários não tivessem tido arte, não haveria futebol-arte. Essa foi uma produção coletiva dos brasileiros em determinado período de tempo. Que em minha opinião termina praticamente em 1970. Aliás, no caso do Botafogo, o jejum vai justamente desde o fim de 1969 (Taça do Brasil de 68 jogada em 69) a 1989. O futebol mágico foi produto dos grandes clubes do Rio e de São Paulo, e um pouco mais tarde chegou o Cruzeiro, e essa é uma perspetiva global para avaliar o futebol-arte do amadorismo e do início do profissionalismo.
Nesse período 1910-1970 o futebol era arte, os atletas uns cracaços com muito folclore à mistura, torcidas esfuziantes de paixão pura, até os árbitros tinham caracerísticas peculires como Malcher e Vianna, entre outros, uma mídia espetacular, sobretudo por parte do Botafogo (João Saldanha, Sandro Moreyra, Oldemario Touguinhó, Armando Nogueira, Roberto Porto, etc.) e do Fluminense (o fabuloso Nelson Rodrigues e seu irmão Mário Filho) e histórias de encantar como o sapo do Arubinha e tantas outras (no nosso Clube as histórias têm protagonistas espantosos: Carlito Rocha, roupeiro Aluízio, Nenem Prancha, Garrincha, Didi, Manga, etc. Era um encanto, que se foi perdendo desde a ditadura.
Abraços Gloriosos.
Carlos Eduardo e Ruy, que prazer!
Vou ler novamente todo o diálogo, muito bom ter a oportunidade de participar de uma conversa como essa.
Grande abraço a vocês!!!
Tenho serissimas críticas aos que lá estão, e medo que as contas do clube entrem em colapso novamente.
EBM é para o CRF, um tipo parecido com Bebeto de Freitas para o BFR.
As diferença é que EBM teve uma oposição menos agressiva ao seu mandato que Bebeto de Freitas, e foi sucedido por parte do seu grupo político.
É como se Bebeto de Freitas depois de seus dois mandantos , ainda que derrotado, fosse sucedido por uma filosofia parecida.
Aqui em casa todos éramos fãs do Bebeto, por intermédio de minha mãe que não perdia um jogo da seleção de vôlei.
Grande abraço!
Bebeto de Freitas era um homem com coluna cervical inteira e sem deformações. Antes quebrar que torcer. Daí ter sido tão combatido pela oligarquia montenegrista.
Abraços.
Tem muito que reler, Leymir.(rsrsrs)
Grande abraço.
Olá Ruy,
Procurei um livro sobre a fundação do Botafogo, não achei disponível algum que trate essa tema, embora haja vasta bibliografia sobre o Botafogo.
Acabei comprando, "Como esta estrela veio parar no meu peito. Os 70 anos de fusão do Botafogo" de Rafael Case.
Não sei se é ou não um grande livro, mas é sem dúvida um grande assunto e me fará bem ler sobre isso, enquanto procuro um livro que fale sobre a fundação do clube.
Comprei também "histórias do Flamengo" de Mario Filho, esse sim aborda o assunto que inicialmente procuro, a fundação do Rubro Negro ( que aliás, não nasceu rubro negro. Hahaha) Acredito que um livro escrito por Mario Filho não pode ser menos que ótimo.
Os livros chegarao entre dia 05 e 12 de fevereiro, estou procurando livros sobre a fundação do Fluminense e Vasco também.
Quando encontrar volto aqui para continuar esse papo.
Pretendo ter uma visão geral da fundação desses 12 grandes clubes, para depois aprofundar espeficidades de cada um.
Um grande e empolgado Abraço!
Leymir, do lado direito do blogue encontram-se uma lista de todos os livros publicados sobre o Botafogo. Basta ir movendo o cursor até encontrar a abadesignada por 'literatura'. Aí encontra todfos os livros.
No caso dos livros do Botafogo aconselho três dos 40 que li: "Botafogo: o Glorioso!" de Roberto Porto; "Botafogo 101 anos de histórias, mitos e superstições", de Roberto Porto; "Botafogo entre o Céu e o Inferno", de Sergio Augusto.
Grande abraço.
Olá Ruy,
Consegui uma edição usada, chegara entre 10 e 17 de fevereiro.
Uma pena não existir a opção de livro eletrônico, já poderia começar a ler de pronto.
Agora é esperar chegar, irei agora ver o restante dos livros que indica.
Abração!
Não consegui acessar essa aba, talvez porque esteja acessando do celular.
Assim que possível irei acessar de um PC e vejo se consigo chegar até ela.
👍👍👍
Grande abraço, companheiro.
Sim, no celular não aparece a aba.
Abraço.
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