A LENDA
DE AMOR DA PRINCESA ARDINGA
A Princesa Ardinga, filha do rei Alboazam, viveu no século X, época em que Lamego, região de Trás-os-Montes e Alto Douro, se encontrava sob domínio árabe e pagava tributo ao Califado de Córdova. Foi o período da reconquista da Península Ibérica aos árabes.
Ardinga apaixonou-se por D. Tedon, um jovem cavaleiro cristão, que por o ser já constituía impedimento ao seu amor. Ardinga fugiu do domínio de seu pai e foi refugiar-se no Convento de São Pedro das Águias, onde se converteu ao Cristianismo com a ajuda do velho eremita Frei Gelásio.
Perseguida pelo pai, Ardinga viria a morrer às suas mãos, pois a ira do rei mouro levou-o a degolar a filha e derramar o seu sangue junto ao Rio Távora, ali mesmo junto ao Convento onde se havia convertido e jurado amor eterno a D. Teon.
Diz o povo que ainda hoje há
quem ouça o choro da jovem princesa junto ao rio e que as águas do rio ainda
ficam vermelhas, tingidas pelo sangue da princesa convertida.
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