por RUY MOURA
Editor do Mundo Botafogo
Após alguma evolução nos primeiros jogos do campeonato
carioca, os dois últimos – clássicos – foram muito mal jogados, principalmente
na segunda parte.
O Botafogo teve alguma qualidade no início do jogo, com
possibilidades de marcar logo aos 5’, havendo desperdício à boca da baliza, mas
depois a equipe enrolou-se na saída de bola – tal como o Vasco – e somente à
meia hora de jogo conseguiu abrir o placar mercê de um movimento mais elástico
com virada súbita de flanco por Raí, tendo Diego Gonçalves recebido a bola na
ala esquerda, foi até quase à linha de fundo, fez um cruzamento tenso e
rasteiro para a área e com grande oportunidade o ‘tanque’ Erison inaugurou o
marcador.
Se não houvesse VAR o Botafogo teria sido novamente
prejudicado pelo assistente ao anular inicialmente o gol – confirmado pelo VAR.
Braço avançado não conta, mas os assistentes do árbitro parece que não sabem
disso, ou não querem saber…
Depois disso apenas houve uma oportunidade de gol por
Luiz Fernando no primeiro tempo. O Botafogo continuou apresentando dificuldades
de criação e o Vasco praticamente se omitia do jogo.
O segundo tempo foi uma espécie de reedição do jogo com o
Fluminense: só deu Vasco! O Botafogo simplesmente não conseguia criar, errava
passes, não controlava a bola e remeteu-se à defesa. Apenas a sorte e Gatito
nos ajudaram a que o Vasco não empatasse e Lúcio Flávio só à beira dos 20’
reforçou a marcação, mas sempre com o Vasco melhor.
Foi sufoco até ao fim e ainda com duas perdidas do
Botafogo para ampliar em contra ataque, claramente por falta de qualidade
técnica para conclusões de sucesso – em especial no caso de Daniel Borges, cara
a cara com o goleiro. É certo que temos muitas lesões e, consequentemente,
desfalques. Mas, ainda assim, jogou-se mal de mais, e sobretudo com a equipe
praticamente perdida no segundo tempo, fora as duas oportunidades, também elas
desperdiçadas.
E quem segurou a vitória foi Gatito Fernández, que após
um regresso pálido no 1º jogo já voltou à sua forma habitual e garantiu a
vitória com grandes defesas.
O nosso consolo bem que pode ser o de termos destronado o
líder e terminado com a sua invencibilidade na competição.
Esperemos que dias melhores regressem e que haja
reforços, porque com esta equipe, e mesmo que seja integrada pelos atuais
lesionados, não se vislumbram qualidades para disputar o Brasileirão. E a
questão do treinador é outro assunto decisivo para consolidar o modelo e a
dinâmica de jogo em 2022 com vista a melhores voos em 2023.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x0 Vasco da Gama
» Gols: Erison, aos 31’
» Competição: Campeonato
Carioca
» Data: 13.02.2022
» Local: Estádio Governador
Plácido Castelo, o ‘Castelão’, em São Luís (MA)
» Público: 9.363
espectadores
» Árbitro: Wagner do
Nascimento Magalhães (RJ); Assistentes: Michael Correia (RJ) e Gustavo Mota
Correia (RJ); VAR: Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ)
» Disciplina: cartão amarelo
– Juninho e Diego Gonçalves (Botafogo) e Léo Matos, Nenê e Gabriel Pec (Vasco
da Gama)
» Botafogo: Gatito
Fernández; Daniel Borges, Joel Carli, Kanu e Hugo (Jonathan Silva); Barreto,
Breno (Mezenga) e Raí (Juninho); Luiz Fernando (Fabinho), Erison (João Victor) e
Diego Gonçalves. Técnico: Lúcio Flávio.
» Vasco da Gama: Thiago
Rodrigues; Léo Matos (Getúlio), Ulisses, Anderson Conceição e Edimar (Riquelme);
Matheus Barbosa, Juninho e Nenê; Bruno Nazário (Figueiredo), Raniel e Gabriel
Pec (Laranjeira). Técnico: Zé Ricardo.
2 comentários:
Ruy, o time do Botafogo é muito fraco, e temos pelos que estão subindo, pois jogar com esse monte de jogadores fracos a só atrapalha o desenvolvimento dos oriundos da base.
Sobre o Vasco, que é um clube que tenho muita simpatia, se não melhorar muito dificilmente irá subir, o jogo de ontem mostrou isso.
Para terminar, como pode um time fazer segundos tempos tão ruins, e isso não é de hoje. Abs e SB!
Sem dúvida, Sergio.Misturar jogadores de base com ummonte de perebas que não servem de farol, de conselheiros e nem para o exercício de maturidade, só podem prejudicar os oriundos da base, já por si inadequadamente preparados no seu desenvolvimento.
Sobre o Vasco, temo isso. A equipe é ruim e o treinador também. Aliás, a maioria esmagadora dos treinadores roda sem sucesso de clube em clube e acaba por voltar duas e três vezes ao mesmo clube. Estranho, não?... No caso dos que não serviram antes, servem depois?...
Segundos tempos ruins é conosco, porque não temos concentração para 90 minutos de jogo, o que só se obtém com determinação e rigor. De memória, penso haver um caso contrário recente: a equipe de Jair Ventura crescia e resolvia as partidas no segundo tempo.
Abraços Gloriosos.
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