sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Botafogo 2x1 Resende

Os artilheiros. Crédito: Vitor Silva / Botafogo

por RUY MOURA

Editor do Mundo Botafogo

Pensando com realismo, o campeonato carioca é uma competição de importância atualmente muito diminuída, não temos ainda técnico para modelar o perfil e a dinâmica de jogo, não temos reforços importantes e os quatro grandes clubes do Rio serão seguramente os finalistas da prova. Portanto, dir-se-ia que pouca importância faz o entrosamento apresentado, mas… até faz diferença!

A diferença está na não diferença: quer com Enderson quer com Lúcio Flávio, a equipe mostra-se tecnicamente fraca, não tem domínio de bola, erra persistentemente passes fáceis, mede mal os lançamentos em profundidade, perde divididas básicas, continua com pontaria desafinada e na verdade não tem modelo de jogo, apresenta má saída de bola, criatividade frágil e raramente busca mudanças de jogo abrindo à esquerda e à direita para desorganizar a defesa contrária e surpreender o adversário.

Ainda treinada por Enderson a equipe parecia progredir alguma coisa, mas regrediu claramente no jogo contra o Fluminense e tem ganhos jogos não porque esteja realmente progredindo o seu entrosamento mas porque os adversários apresentam-se ainda piores. Em suma, que venha a nova comissão técnica e os reforços para sabermos com o que poderemos contar para o período principal da época: Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.

Dito isto, pode-se afirmar que o jogo foi mau e nem a técnica nem a emoção estiveram presentes. O Botafogo começou por criar alguns momentos interessantes no início da partida, especialmente em remates de Raí e Matheus Nascimento, em que o goleiro do Resende defendeu bem, mas foi sol de pouca dura e o jogo tornou-se aborrecido com a incapacidade de produção de parte a parte, especialmente do Resende.

No segundo tempo a equipe chegou com mais vontade, e entre lançamentos perdidos, passes errados, ataques incompletos e chegadas furadas no remate final, adivinhava-se o gol do Botafogo pela maior pressão que fazia e pela possibilidade de um remate acertar as redes. Raí perdeu um gol quase feito, mas pouco depois, mesmo junto à linha de fundo, Luiz Fernando, marcado, tocou a bola por entre as pernas do adversário para Fabinho um pouco à sua frente, também marcado, que devolveu com um pequeno toque a Luiz Fernando que entretanto avançara um pouco mais, cruzando rapidamente para a pequena área e Matheus Nascimento, à centroavante, surgiu de rompante e enviou a bola para onde devia. Botafogo 1x0.

Após esta jogada, talvez a única da partida marcada por precioso pormenor, dois minutos depois Matheus Nascimento enviou um belo passe para Luiz Fernando, pelo lado direito da grande área, foi derrubado e o árbitro marcou pênalti. Erison cobrou como manda a lei da penalidade máxima: goleiro para a esquerda e bola para a direita. Botafogo 2x0.

Logo após, mais dois gols perdidos e, num contra ataque, o Resende diminuiu para 2x1. Faltavam ainda 21 minutos para jogar, mais os acréscimos, todavia, nada mais aconteceu de parte a parte, nem sequer o clássico sufoco do Botafogo no final. Realces: os 3 pontos e Matheus Nascimento, pelo gols e pelos melhores passes do jogo, embora sem resultado prático por desperdício dos companheiros.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 2x1 Resende

» Gols: Matheus Nascimento, aos 59’, e Erison, aos 61’ (pen.) (Botafogo); Jeffinho, aos 69’ (Resende)

» Competição: Campeonato Carioca

» Data: 17.02.2022

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Público: 1.774 pagantes

» Renda: R$ 49.254,00

» Árbitro: Rafael Gomes de Sá (RJ); Assistentes: Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (RJ) e Fabiana Nóbrega Pitta (RJ)

» Disciplina: cartão amarelo – Barreto (Botafogo) e Khevin, Alan Cardoso e João Felipe (Resende)

» Botafogo: Gatito Fernández; Daniel Borges, Joel Carli, Kanu, Jonathan Silva; Luiz Fernando (Maranhão), Fabinho, Barreto (Breno), Raí (Kayque); Erison (Chay), Matheus Nascimento (Gabriel Conceição). Técnico: Lúcio Flávio.

» Resende: Jefferson Luís; Juninho, Joanderson, Heitor, Alan Cardoso (Douglas); Brendon, Khevin (Jeffinho), João Felipe, Emanuel Bianccuchi (Kaique); Igor Bolt, Macena (Ivo). Técnico: Sandro Sargetim.

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