sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Um “facho de luz” no fim do túnel!

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

por CARLOS EDUARDO

Crônicas de Quinta, no Mundo Botafogo

Um dos assuntos que têm sido mais falados nos últimos meses com certeza é a SAF do Botafogo. Finalmente, o tão sonhado profissionalismo (boicotado por diversos dirigentes nas últimas três décadas), começa a aparecer no horizonte botafoguense.

A grande festa da torcida ao redor e dentro de ‘General Severiano’ diante da aprovação da venda do futebol a John Textor (e, por consequência, à Eagle Holding), mostra-nos que o clube nunca terá estado em verdadeiro risco de se eclipsar – apesar da ação perniciosa de uma grande parte de mandatários que por ele passaram – e prova-nos que a celebração não está no formalismo monetário, mas sobretudo na estrutura e organização do Clube para um futuro sustentável.

Quem também concorda com essa afirmação é Marcelo Azevedo (integrante do Canal Futebol S.A. – uma das grandes referências sobre SA/SAF no Brasil):

A torcida vibrou não pelo investidor americano, mas para avisar que mesmo a incerteza do que virá diante de uma relação com o desconhecido, é um risco que ela topa viver desde que isso liberte-a de um passado que praticamente levou o clube à irrelevância esportiva.

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

John Textor, um dos acionistas do Crystal Palace (tradicional clube londrino) e de 90% da SAF Botafoguense, é uma pessoa experiente no meio esportivo, tecnológico e financeiro e vem para um projeto de SAF aparentemente já sólido e consolidado.

Ele está chegando a um Botafogo que se preparou mais intensamente para esse momento desde o início de 2021, embora o tema ‘clube-empresa’ já fosse debatido internamente há anos, consubstanciado na gestão de Bebeto de Freitas que, em 2003, fundou a ‘Companhia Botafogo’.

Atualmente, a organização interna deve-se muito ao CEO Jorge Braga que, a par com a gestão de Durcésio Mello, sobrepôs-se às ‘capitanias-hereditárias’ que afundaram o nosso Clube.

Minha expectativa na vinda de John Textor não resume-se em quanto capital ele traz, mas como a sua experiência empresarial trará qualidade ao debate sobre a estrutura do futebol brasileiro e tudo que cerca-o, forçando os clubes a redefinirem seus modelos gerenciais, e não apenas as suas estruturas societárias. – complementa Marcelo Azevedo.

E, obviamente na tentativa de surfar na onda SAF, muitos jornalistas basearam suas opiniões em ‘achismos’, má-vontade (com o assunto e com o Clube), preguiça na apuração da informação e notícias falsas.

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

De muitos desses jornalistas (!?) não (ou)víamos qualquer comoção quando o Clube acumulava vexames, más-gestões e dívidas, já que durante muito tempo limitaram o Botafogo a rápidas ‘participações de rodapé’ nos programas esportivos e nos jornais.

Na verdade, o que todos precisam entender é que a figura da SAF já é uma realidade em alguns países da Europa há bastante tempo, não tanto por terem sido dilapidados durante anos, como aconteceu no Brasil em diversos casos, mas sobretudo porque na virada do século XX para o século XXI ocorreu uma vontade imparável de renovação e inovação que alavancou o futebol, dentro e fora de campo, a um patamar de profissionalismo nunca antes alcançado.

Marcelo Azevedo, que também é botafoguense, torce para que a SAF do Clube seja um marco divisório e que possa representar o começo de novos tempos para o Botafogo e, quem sabe, para o futebol brasileiro. Porém, alerta:

– "Seguirei colaborando para que a torcida entenda que nenhuma empresa recupera, em um ano, prejuízos de décadas anteriores, independentemente do segmento econômico."

Infelizmente, dirigentes e imprensa tentaram ‘apagar’ o Botafogo, omitindo propositadamente que isso afetaria drasticamente o esporte brasileiro.

Que "O Glorioso" seja (re)conduzido novamente à “estrada dos louros” e reencontre o seu “facho de luz” que faça brilhar ainda mais alto a sua gloriosa Estrela Solitária!

E como nós o merecemos, torcedor!!!

Para memória futura. Montagem de Carlos Eduardo.

Nota do Autor: Marcelo Azevedo é formado em Administração de Empresas com MBA em Gestão de Negócios e atua há mais de 30 anos liderando áreas de gestão e finanças. É sócio e apresentador do Futebol SA, conteúdo multiplataforma liberado em podcast, YouTube, Twitter e Instagram. O projeto tem uma coluna semanal no portal ‘Lei em Campo’. Entre 2019 e 2021, o programa ia ao ar aos sábados na Rádio Sociedade da Bahia. Hiperligação ao Canal Futebol S.A.: https://youtube.com/c/CanalFutebolSA.

2 comentários:

Sergio disse...

Excelente artigo, aliás são sempre muito bons os escritos do Carlos Eduardo. Abs e SB!

Carlos Eduardo disse...

Obrigado pelos elogios, Sérgio.

É sempre bom vê-lo prestigiando o "Crônicas de Quinta".

Abração!!!

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