por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
Francisco Rodrigues, o ‘Tatu’, nasceu no dia 27 de junho de 1925, em São Paulo, e faleceu no dia 30 de outubro de 1988. O atleta atuou nas posições de atacante e ponta-esquerda, media 1,76m de altura e pesava 73kg.
A alcunha ‘Tatu’ foi-lhe atribuída devido à semelhança física do seu perfil com o do animal e a inclinação do corpo para a frente, curvando-se quando chutava.
Dono de potente remate, Rodrigues Tatu iniciou carreira nas bases do Ypiranga (1940-1942), ascendendo posteriormente à equipe principal (1942-1944). Apaixonado por corridas de cavalos e encantado com a madrugada paulista, estreou a 27 de março de 1943 na vitória por 2x1 sobre o São Paulo.
Em 1945 transferiu-se para o Fluminense (1945-1950), onde fez dupla com Jair Rosa Pinto, conquistando o campeonato carioca de 1946, no qual foi o artilheiro com 28 gols, e o Torneio Municipal de 1948. Atuou em 199 jogos e marcou 94 gols.
Durante a Copa do Mundo de 1950 rumou ao Palmeiras (1950-1955), estreou a 23 de julho de 1950 e nesse ano conquistou o campeonato paulista e a Taça Cidade de São Paulo; em 1951 venceu a Copa Rio, assinalando um gol em cada um dos jogos finais contra a Juventus, o Torneio Rio-São Paulo e fez o bis da Taça Cidade de São Paulo (conjunto de títulos denominados pelo alviverde por ‘Cinco Coroas’).
Na Copa Rio, considerado o Mundial à época, o Palmeiras conquistou o título com uma vitória por 1x0 no dia 18 de julho, gol de Rodrigues Tatu, e empate por 2x2 no dia 22 de julho, gols de Rodrigues Tatu e Liminha. No segundo jogo do título a equipe formou com Fábio; Salvador e Juvenal; Túlio, Luís Villa e Dema; Lima, Ponde de Leon (Canhotinho), Liminha, Jair e Rodrigues Tatu.
No alviverde o atleta atuou em 232 jogos e marcou 127 gols.
Foi também no período 1950-1955 que integrou a Seleção Brasileira, conquistando o Campeonato Pan-Americano de 1952, no dia 20 de abril em Santiago, na vitória sobre o Chile por 3x0, gols de Ademir Menezes (2) e Pinga. A equipe da final formou com Castilho (Oswaldo Baliza); Djalma Santos e Pinheiro (Gérson); Nilton Santos, Ely e Brandãozinho; Didi, Julinho Botelho, Ademir Menezes (Pinga), Baltazar (Ipojucan) e Rodrigues Tatu.
O atleta participou, ainda, nas Copas do Mundo de 1950 e 1954. Titular na Copa de 1954, o ataque canarinho foi formado por Julinho Botelho, Didi, Índio (ou Humberto Tozzi), Pinga e o próprio Rodrigues Tatu.
Atuou em 21 partidas pela Seleção Brasileira e marcou 7 gols.
Em 1955 Rodrigues Tatu foi contratado pelo Botafogo (1955-1956), atuando ao lado de Garrincha, Didi e Nilton Santos, entre outros craques, e estreou a 6 de novembro de 1955 no empate por 2x2 com o Bangu, gols de Garrincha e Arlindo. O Botafogo formou com Lugano; Orlando Maia, Thomé e Nilton Santos; Pampolini e Danilo; João Carlos, Arlindo, Paulinho e Rodrigues Tatu.
O primeiro gol ao serviço do Botafogo ocorreu 7 dias após a estreia, no dia 13 de novembro de 1955 no empate por 2x2 com o Sport, gols de Rodrigues Tatu e Pampolini. O Botafogo formou com Lugano; Orlando Maia, Gérson e Rubens; Bob e Danilo (Pampolini); Reinaldo, Allarcón, Arlindo (Mário), João Carlos (Paulinho) e Rodrigues Tatu.
Porém, numa equipe de craques que se preparava para irromper triunfante no futebol brasileiro e mundial, já com 31 anos de idade e muita boêmia associada, foi dispensado e fez a sua última partida pelo Glorioso no dia 14 de outubro de 1956 na vitória por 5x1 sobre o Olimpic, gols de Paulinho (2), Garrincha, Ary e um gol contra. A equipe formou com Amaury (Natero); Rubens, Orlando Maia e Nilton Santos; Bob (Pampolini) e Bauer (Juvenal); Garrincha (Neivaldo, depois Ary), Didi (João Carlos), Paulinho, Mário (Allarcón) e Rodrigues Tatu.
Atuou 46 vezes pelo Botafogo e marcou 12 gols.
Em descendência na carreira regressou ao Palmeiras em 1956, passou pelo Juventus em 1957 e Paulista em 1958, regressou ao Juventus em 1959 e encerrou a carreira no Rosario Central da Argentina (1960-1961) aos 36 anos de idade.
Fontes: Almanaque do Palmeiras, de
Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti; O Futebol do Botafogo 1951-1960,
de Carlos Ferreira Vilarinho; Saopaulominhacidade.com.br;
Seleção Brasileira Anos 90, de Antônio Carlos Napoleão e Roberto Assaf; Tardesdepacaembu.wordpress.com;
Terceirotempo.uol.com.br;
Wikipedia.org;
Zerozero.pt
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