por RUY MOURA | Editor do Mundo
Botafogo
A
equipe do Ypiranga foi totalmente dominada em ambos os jogos da Copa do Brasil,
com 7 ou 8 grandes oportunidades para o Botafogo, além dos gols concretizados, o
que de certo modo me espanta tendo em consideração que os gaúchos terminaram em
1º lugar a fase de todos contra todos no campeonato gaúcho de 2022 e que se
sagraram vice-campeões após as semifinais e a final.
Seja
como for, o Botafogo conquistou boa margem no jogo de ida fora de casa e só
muito dificilmente a classificação lhe fugiria. Talvez por isso, fora duas boas
defesas de Lucas Perri (uma das quais com remate à sua figura), o Ypiranga apresentou-se
de forma apática, que podia ter sido goleado não fosse a displicência dos
atletas do Botafogo neste jogo ‘treino’ e o excelente desempenho do goleiro
Caíque.
A
partida valeu muito porque foi bem jogada – sobretudo na 1ª parte – e permitiu
aos habituais reservas do Botafogo acumularem minutos de jogo, mas parece-me
que, apesar de sucessivas boas jogadas, deveriam ter colocado mais empenho e
determinação nas conclusões a gol porque, afinal, só se exercitando e
concretizando com sucesso os detalhes em situação real é que se obtém a
consistência desejada relativamente às situações de treino.
A
incrível perda de gols na 1ª parte, principalmente por Luís Henrique, Tchê Tchê
e Matheus Nascimento, bem como na 2ª parte por Matías Segovia, Victor Sá e
novamente Luís Henrique, não tem justificação a não ser por displicência ou por
falta de qualidade técnica para fazer gols. E em certos casos também pelo
desempenho de Caíque. Ainda assim, justificava-se um placar de 4x0, pelo menos.
No
entanto, em geral, e tendo em conta as circunstâncias de jogo, a equipe foi bastante
bem, mas confesso parecer-me que Marlon Freitas e Raí não serão jogadores com
atributos para figurar sequer como reservas. Vamos ver como evoluem nos
próximos tempos.
Matheus Nascimento não jogou mal, mas deve-se considerar que o adversário não era dos mais fortes, que o jovem jogador não foi incisivo em momentos cruciais e que a sua fragilidade física não augura nada de muito significativo na carreira, caso não siga um rigoroso plano de encorpamento. E até a sua comemoração, ilustrada com uma mão formando um M de Matheus e a outra mão com um sinal impositivo de ‘caluda’, é compatível com uma certa fragilidade emocional e pouco apelativa ao torcedor – especialmente se compararmos, por exemplo, com a comemoração de Erison junto da bandeirola de escanteio envolvendo emocionalmente os torcedores. O jogador vai ter que trabalhar muito, e apoiado, para crescer e desenvolver-se.
Finalmente
realço as atuações de Sauer e Luís Henrique (embora ainda tenha que evoluir e
jogar mais coletivamente) e sublinho a atuação de Janderson, que substituiu com
sucesso Matheus Nascimento e que me parece ter sido uma aquisição promissora – que
nos pode vir a dar algumas alegrias.
Que
venha o próximo adversário, sabendo-se que provavelmente defrontaremos um clube
da Série A, já que estão classificados quinze da Série A e um da Série B
(Sport).
FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x0 Ypiranga
de Erechim
» Gols: Matheus Nascimento,
aos 4’, e aos 87’
» Competição: Copa do
Brasil
» Data: 27.04.2023
» Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de
Janeiro (RJ)
» Público: 11.088
espectadores
» Renda: R$
501.750,00
» Árbitro: Denis da
Silva Ribeiro Serafim (AL); Assistentes: Nailton Júnior de Sousa Oliveira (CE)
e Brígida Cirilo Ferreira (AL); VAR: Adriano Milczvski (PR)
» Disciplina: cartão
amarelo – Hugo (Botafogo) e William Barbio (Ypiranga); cartão vermelho –
Mossoró
» Botafogo: Lucas
Perri; Daniel Borges (Rafael), Philipe Sampaio, Luís Segovia e Hugo; Marlon
Freitas, Tchê Tchê (Lucas Fernandes) e Raí; Gustavo Sauer (Matías Segovia),
Matheus Nascimento (Janderson) e Luís Henrique (Victor Sá). Técnico: Luís
Castro.
» Ypiranga: Caíque;
Ivan (Netto), Heitor (Ronald Carvalho), Islan e Guilherme Guedes; Lorran,
Mossoró, Gabriel Tota (William Barbio) e João Pedro (Vini Peixoto); Erick e
Rubens (Jhonatan Ribeiro). Técnico: Luizinho Vieira.
2 comentários:
Caro Ruy, boa vitória, classificação sem sustos, administrando bem o elenco.
O Botafogo vem apresentando um time forte que não se abala ante eventuais reveses do jogo. Tanto contra o S. Paulo como contra o Bahia levamos o dmpate, mas o time manteve o controle emocional. Isto é alvissareiro. Ainda mais após aquele hiato de compleyo descontrole apresentado contra o Vasco, o catadão sub20 do Fla, Sergipe e Portuguesa.
Que continuemos evoluindo, lembrando que ainda precisamos de reforços.
Por fim, Lucas Perri, excelente, Sauer e L. Henrique mostrando evidente evolução, Segovinha bem, idem o equatoriano L. Segovia.
Sigamos crescendo.
Abs.
Caro Eduardo, concordo com as suas observações. Apenas deixo em stand by o Luis Segovia. Ele já teve falhas, mas como é recente no elenco talvez ainda se esteja a adaptar e possa ser realmente interessante. Combativo, é. Vejamos como evolui a técnica.
O controlo emocional total depois dos desastres emocioanis contra vasco e Flamengo, surpreende-me, até porque me inclinei para o caso do Castro ter perdido o controolo da equipe, mas realmente o Castro, venha a ter ou não grande sucesso no Botafogo, uma coisa é certa: é de uma resiliência impressionante, e isso émuito bom para unir a equipe e consolidar a parte mental qie nos tem faltado há duas décadas, pelo menos.
O Castro insiste nos quatro elementos essenciais na preparação dos jogadores:entendimento estratégico e tático, preparação física e mental. Creio que a física e a mental já estão em grande nível de evolução. veremos as demais.
Abraços Gloriosos.
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