quarta-feira, 12 de abril de 2023

Maria Luiza Henry: esgrimista do Botafogo e heroína da Força Expedicionária Brasileira

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Maria Luiza Vilela Henry nasceu em 1917, em Petrópolis (RJ), filha do engenheiro Emílio Henry e de Lígia Vilela Henry, foi esgrimista do Botafogo, tendo sido campeã estadual de Esgrima, na categoria ‘Florete Feminino’, e Enfermeira da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Grande Guerra Mundial, graduada em Capitão do Exército.

Maria Luiza passou no Curso de Enfermagem V. S. da Cruz Vermelha Brasileira e no Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército (CEERE), 1ª Turma/1ª Região Militar / Distrito Federal e foi nomeada enfermeira de 3ª Classe pela Portaria nº 6.303, de 5 de abril de 1944.

No dia 20 de abril de 1944, a Portaria nº 6.382 oficializou e ultrapassou todos os obstáculos com uma determinação impressionante. A enfermeira Maria Luiza partiu por via aérea com o 5º Grupo, cujo destino era Nápoles, para uma missão que jamais seria esquecida por ela, pelos pares, pelos parentes, pelos superiores e, principalmente, por aqueles a quem ela cuidou.

Os seus feitos, integrada no Serviço Social e Cirurgia, ocorreram nos Hospitais de Sangue na Itália: 38th Evacuation Hospital, em S. Luce e Pisa; 7th Station Hospital, em Livorno; 45th General Hospital e 300th General Hospital, em Nápoles.

Dando tudo de si aos outros, teve duas baixas à enfermaria para se recuperar, sendo uma no 45th e outra no 300th General Hospital, mas quando questionada pela sua resistência a cuidar de si própria, dizia: “Eles [os feridos] precisam de mim”.

Recebeu, por isso, diversos louvores de superiores, entre os quais os do Capitão Médico Dr. Amílcar Viana Martins, Tenente Coronel Médico Dr. Augusto Sette Ramalho, 2º Tenente Médico Dr. Paulo Samuel Santos e, finalmente, o do Chefe da Sua Seção (B.I. nº 170, elogio e louvor):

Agradecendo a cooperação leal da enfermeira Maria Luiza Vilela Henry, é com prazer que a ela me dirijo. A capacidade de ação demonstrada a colocou em situação elevada. Com paciência, atenção e desvelo, cuidou dos pacientes que estiveram sob os seus cuidados. Não mediu esforços para levar aos enfermos o conforto moral e assistência profissional. Essa colaboradora merece de todos uma parcela grande de admiração pelo muito que fez em beneficio dos brasileiros atingidos pelos malefícios da guerra.

Maria Luiza foi mencionada como “uma heroína que salvou inúmeras vidas no período da Segunda Guerra Mundial e por isso foi condecorada pelo Exército Brasileiro com a Medalha de Campanha e Guerra”.

Quando foi licenciada pela Portaria nº 8.553, de D. O. 16 de agosto de 1945, passou a ter a nobre alcunha de HEROÍNA DA FORÇA AÉREA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA..

Fontes: Basearch.coc.fiocruz.br; Botafogo o Glorioso – Uma História em Preto e Branco, de Braz Winkler Pepe, Luiz Felipe Miranda e Ney Oscar de Carvalho; Portalfeb.com.br

6 comentários:

jornal da grande natal disse...

Emocionante! Simples assim.

Ruy Moura disse...

Estamos juntos nessa emoção!
Abraços Gloriosos.

Anónimo disse...

Onde era o departamento de Esgrima do Botafogo? Em General Severiano? O Mourisco continua interditado?

Ruy Moura disse...

Miguel, não tenho a certeza de ser em Genaral Severiano. O Mourisco continua interditado. A piscina rachou, e dinheiro suponho que não existe para a recuperação, que é cara.

Abraço.

Anónimo disse...

Gostaria de agradecer.
Pois nunca relataram a historia da minha mãe tão completa e verdadeira.
Muito obrigado.

Ruy Moura disse...

Não tem de quê, Anônimo! A sua mãe foi Soberba!

Não encontrei mais informações. Se tiver mais informações para enriquecer a publicação de uma vida tão notável, não hesite: informe para mundobotafog@gmail.com

Abraços Gloriosos.

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